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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
GABRIEL TAVARES LUCIO 
MORGANA MAGALHÃES DI ZACRI DE OLIVEIRA 
PRISCILA SANTA ROSA PALASON 
RODRIGO DOS SANTOS CITOLINO 
 
 
 
 
 
 
 
A SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2017 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
GABRIEL TAVARES LUCIO 
MORGANA MAGALHÃES DI ZACRI DE OLIVEIRA 
PRISCILA SANTA ROSA PALASON 
RODRIGO DOS SANTOS CITOLINO 
 
 
 
 
 
A SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
para obtenção do título de 
graduação em Engenharia Civil 
apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
 
Orientador: Prof.: José B. Sacomano 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2017 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
GABRIEL TAVARES LUCIO 
MORGANA MAGALHÃES DI ZACRI DE OLIVEIRA 
PRISCILA SANTA ROSA PALASON 
RODRIGO DOS SANTOS CITOLINO 
 
 
 
A SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
para obtenção do título de 
graduação em Engenharia Civil 
apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
 
Aprovado em: 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_______________________/__/___ 
Prof. 
Universidade Paulista – UNIP 
 
_______________________/__/___ 
Prof. 
Universidade Paulista – UNIP 
 
_______________________/__/___ 
Prof. 
Universidade Paulista UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
RESUMO 
 
Sendo a engenharia civil grande responsável pelo consumo de materiais e energia 
no planeta, tornou-se interessante um estudo sobre as formas de responsabilidade 
ambiental. Dentre elas estão às certificações ambientais. 
Certificações são conjuntos de normas e regras baseadas em um senso comum de 
boas maneiras para uma relação saudável em comunidade. 
Na construção civil, há os “Selos Verdes”, certificações concedidas às empresas ou 
empreendimentos que visão a melhoria da relação obra versus meio ambiente. 
Porém já mais valores envolvidos nessa forma de certificação além do âmbito 
ambiental, assim sendo a sustentabilidade uma das condições a ser levada em 
consideração para se obter um destes selos, como será demonstrado no caso da 
certificação LEED (Leadership in Energy Environmental Design). 
O termo sustentabilidade tem sido comumente ligado ao meio ambiente e seu trato, 
porém apresentaremos neste projeto uma visão ampla de seu conceito, além de um 
exemplo prático aplicado ao desenvolvimento do projeto e construção do Sistema 
Anchieta-Imigrante, obra esta de responsabilidade da empresa Ecovias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Being the great civil engineering responsible for the consumption of materials and 
energy in the planet, a study on the forms of environmental responsibility became 
interesting. Among them are environmental certifications. 
Certifications are sets of rules based on a common sense of good manners for a 
healthy relationship in community. 
In civil construction, there are the "Green Stamps", certifications granted to 
companies or constructions that vision the improvement of the relation work versus 
the environment. However, there are already more values involved in this form of 
certification than the environmental scope, so sustainability is one of the conditions to 
be taken into consideration to obtain one of these stamps, as will be demonstrated in 
the case of LEED (Leadership in Energy Environmental Design) certification. 
The term sustainability has been commonly linked to the environment and its 
treatment; however we will present in this project a broad vision of its concept, as 
well as a practical example applied to the development of the Anchieta-Imigrante 
System project and construction, which is the responsibility of the company Ecovias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................8 
1.1 Considerações iniciais.......................................................................................8 
1.2. As formas de sustentabilidade........................................................................10 
1.2.1 Sustentabilidade econômica.............................................................................10 
1.2.2 Sustentabilidade ambiental...............................................................................11 
1.2.3 Sustentabilidade social.....................................................................................12 
 
2. OBJETIVOS..........................................................................................................14 
2.1 Objetivo geral....................................................................................................14 
2.2 Objetivo específico...........................................................................................14 
 
3. JUSTIFICATIVA...................................................................................................15 
 
4. METODOLOGIA...................................................................................................16 
5. SUSTENTABILIDADE CONSTRUTIVA...............................................................17 
5.1 O desenvolvimento de construções sustentáveis.........................................17 
5.1.1 Triple Bottom Line............................................................................................19 
5.2 Normas e a garantia da qualidade...................................................................21 
6. MODELO DE CERTIFICAÇÃO LEED...................................................................24 
6.1 Benefícios da certificação.................................................................................25 
7. REFERÊNCIAL TEÓRICO....................................................................................31 
7.1 Materiais sustentáveis.......................................................................................31 
7.1.1 Materiais de mudança de fase..........................................................................33 
7.1.2 Ecoprodutos..................................................................................................35 
7.2 Madeira................................................................................................................36 
7.3 Energia..............................................................................................................38 
7.4 Água.....................................................................................................................39 
7.5 Espaços especiais na área externa..........................................................40 
7.6 A importância da ecologia, do meio ambiente e da sustentabilidade para a 
construção civil.......................................................................................................40 
7.7 Resíduos............................................................................................................42 
 
 
 
 
7 
 
 
 
7.8 Certificação na construção civil (Ecoconstrução)....................................44 
8 ESTUDO DE CASO....................................................................................50 
8.1 Visita Ecovias – 13 de maio de 2017................................................................50 
8.2 Grupo EcoRodovias................................................................................50 
8.3 Comitêde ética........................................................................................51 
8.4 Objetivos – Código de conduta................................................................51 
8.5 Sistema Anchieta-Imigrantes...................................................................52 
8.6 Detalhamento dos impactos na fase da construção.................................54 
8.7 Construção da pista descendente – processo AIA/EIA.............................55 
8.7.1 Critérios das etapas das leis ambientais .................................................55 
8.7.2 Visões e impactos e suas mitigações......................................................57 
9 APÊNDICE......................................................................................................64 
10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..................................................................68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Esse trabalho tem por interesse transcorrer sobre a sustentabilidade na 
construção civil, mas para isso se faz necessário apresentar algumas informações 
sobre a importância desse tema, bem como sobre as diversas formas de 
sustentabilidade. 
 
1.1 Considerações Iniciais 
 
A engenharia civil é uma das profissões mais antigas que se tem registro, 
antes mesmo que fosse chamada por este nome. Ela tem papel fundamental na 
formação das sociedades desde o seu inicio. O desenvolvimento humano se deu 
através da transformação do meio que o cerca para atender suas necessidades, 
essas transformações foram a evolução. 
Desde os primórdios, o ser humano utiliza dos recursos naturais para seu 
desenvolvimento, fazendo com que essa evolução social através da Engenharia civil 
tenha grande responsabilidade na deterioração do meio ambiente até os dias atuais. 
Por meio da Engenharia civil, entre muitas outras contribuições, se deu o 
favorecimento da evolução da sociedade, contribuiu com o crescimento da 
densidade demográfica e possibilitou a evolução das sociedades do passado, até 
chegarmos à nossa sociedade contemporânea; Mas ela não fez apenas maravilhas, 
pois por um longo período de tempo, ela atuou nessa sociedade sem os devidos 
cuidados com o meio ambiente e com os recursos naturais. 
Segundo José Goldemberg (2010), presidente do Conselho de 
Sustentabilidade da Fecomercio, a construção civil é responsável pelo consumo 
de até 75% dos recursos naturais do planeta e aproximadamente 40% da energia 
gasta no mundo é destinada a construção e ao funcionamento de casas e 
apartamentos .Além disso, produzem entulho e lixo em quantidades enormes, não 
substituem sistemas tradicionais mais caros ou prejudiciais ao ambiente, poluem 
o solo, geram resíduos, entre outros problemas. Segundo ele, a falta de 
planejamento e de investimento em projetos são os fatores que mais contribuem 
para o elevado gasto do setor. 
 
 
 
 
9 
 
 
 
As construções em metrópoles consomem cerca de 30 a 50% dos recursos 
naturais do planeta, mais da metade da energia produzida, produzem entulho e 
lixo em quantidades enormes, não substituem sistemas tradicionais mais caros ou 
prejudiciais ao ambiente, poluem o solo, geram resíduos, entre outros problemas. 
O meio ambiente tem sido o centro das discussões sobre o futuro. Na 
área da construção o futuro implica em uma “criação”. E no ramo de construção 
de habitações, as inovações e a criatividade conhecem apenas o limite dos 
Engenheiros, arquitetos e outros profissionais dedicados à área da construção 
civil. 
Profissionais estes que estão acostumados com uma dinâmica altamente 
rica de desenvolvimentos em termos de designers, projetos, materiais, criações 
de estilos, e cada vez mais, esses profissionais têm sido também convidados a 
participarem do desenvolvimento sustentável. 
A preocupação com o planeta e os recursos ambientais levam as pessoas 
a procurarem se aproximar mais da natureza e contribuir com sua preservação, 
de maneira que a preocupação com o ambiente tem se mostrado um dos mais 
destacados temas de discussões no mundo todo. 
Ao lado disso, a realidade da escassez de matéria-prima e de recursos 
naturais leva à criatividade e ao desenvolvimento de novos materiais e projetos 
que respeitem essa realidade atual. 
Como se viu acima, construção civil continua sendo uma das maiores 
responsáveis pelo consumo de recursos naturais na sociedade atual seja através da 
utilização de materiais, energia, água e outros tantos recursos. 
Sendo assim, é responsabilidade do engenheiro civil, em suas inúmeras 
funções, a conscientização para a utilização desses recursos naturais e o descarte 
de resíduos decorrentes da construção de forma correta, além da sua manutenção e 
possível prevenção desses excedentes. 
Toda essa conscientização e mudança de postura para que o uso 
desenfreado dos recursos não traga cada vez mais danos ao meio, aos seres e suas 
futuras gerações e ao país como um todo. 
Atualmente, a engenharia civil vem sendo cada vez mais cobrada no quesito 
sustentabilidade, não só nos assuntos corriqueiramente tratados como descarte de 
resíduos e uso consciente dos recursos naturais, mas para que a construção seja 
 
 
 
 
10 
 
 
 
tratada como um projeto com responsabilidade ambiental em sua totalidade, 
incluindo uma vida útil maior, e seus benefícios sociais, econômicos e ambientais. 
O setor da construção civil tem uma importante função econômica sendo ela 
representante de 8% do PIB do país, podemos afirmar que sem o crescimento da 
indústria da construção civil não existe crescimento econômico (Rubens Menin 
2017). 
Com o passar do tempo houve-se a conscientização de que os avanços 
tecnológicos, econômicos, sociais e construtivos só serão possíveis se possibilitar o 
ecossistema a manter o seu ciclo natural de regeneração e desenvolvimento. Sendo 
necessária a constante preocupação com esses recursos bases do meio ambiente, 
até alcançarmos o equilíbrio na relação do homem com o meio que o cerca. 
Para que o país continue seu ininterrupto desenvolvimento é preciso que a 
construção civil esteja focada na responsabilidade ambiental para garantir sua 
evolução e a melhoria nas condições de vida de toda a sociedade, bem como deve 
atuar profissionalmente de acordo com a ética e com todas as normas e legislação 
vigente. 
Pode-se entender que uma pesquisa que considere a bioconstrução com 
os novos materiais disponíveis, bem como técnicas e produtos empregados 
alternativos em construções sustentáveis significa abordar um tema moderno, 
atual e com futuro em termos de ampliação desse conhecimento. 
Assim, espera-se com este trabalho apresentar uma linha de pesquisa que 
possa crescer e se desenvolver com o tempo, oferecendo ao seu autor e a outros 
a oportunidade de seguir um caminho profissional aberto ao futuro. Para isso, o 
termo sustentabilidade deve ser aclamado pela sociedade e empreendedores desde 
agora. 
 
 
1.2 As formas de sustentabilidade 
 
1.2.1 Sustentabilidade econômica 
 
Sustentabilidade econômica não deve mais ser tratada como uma concepção 
utópica ou uma mera ideologia. Ela é uma ação socioeconômica focada em um 
 
 
 
 
11 
 
 
 
empreendimento de baixo custo e sem danos ao meio, que gere retorno rápido a 
aquele que o implementa, ao usuário e a toda sociedade que o cerca. Buscando 
inclusive alterar certos fatores da realidade que vivemos tornando o futuro mais 
próspero para as gerações futuras. Ao tratar de gerações futuras, interligamos 
medidas de outras abrangências, como por exemplo, a sustentabilidade ambiental. 
A definição desustentabilidade econômica leva certos fundamentos 
considerados básicos, como medidas que buscam um desenvolvimento estável da 
economia, evitando os assombrosos picos econômicos a qual nosso país 
constantemente enfrenta, e que visa uma baixíssima, senão nula taxa de inflação 
por ano. Além disso, também contam com fatores essenciais: a boa gestão dos 
recursos naturais, principalmente no quesito da geração de energia, buscando a 
utilização de fontes renováveis no lugar das não renováveis. 
Um grande problema enfrentado para a aplicação dos conceitos da 
sustentabilidade econômica e sua busca por fontes de energias renováveis dos 
países em desenvolvimento são as suas cautelas com os investimentos financeiros, 
que no primeiro momento podem apresentar certo risco econômico. Entretanto com 
a economia sustentável possibilita-se também a melhora de outros setores sociais e 
ambientais. Uma vez que a sociedade daquele meio torna-se livre da escravidão aos 
recursos disponíveis e importações. 
É importante ressaltar que a sustentabilidade econômica, como o próprio 
nome já diz, é a base para a conquista de uma sociedade estável e mais justa, além 
disso, ela viabiliza o desenvolvimento sustentável do país como um todo. 
 
1.2.2 Sustentabilidade ambiental 
 
Garantir o desenvolvimento a partir da preservação do ambiental é o que rege as 
ações que visam garantir a sustentabilidade ambiental. Ela consiste na manutenção 
dos componentes do ecossistema e de suas funções, de modo sustentável, que 
busquem medidas realista para os setores de atividades humanas. O grande 
objetivo é garantir, em todos os campos, o desenvolvimento. Sem que seja 
necessário a agressão e até possível destruição do meio ambiente. 
A melhor forma de alcançarmos este objetivo da sustentabilidade ambiental é 
usando da inteligência nos recursos naturais, garantindo que eles se mantenham 
 
 
 
 
12 
 
 
 
para o futuro, ou seja, sua longevidade. Por isso definimos a sustentabilidade 
ambiental como a capacidade de manter o ambiente natural viável para as pessoas 
e para as espécies através da manutenção de suas condições de vida. 
A sustentabilidade ambiental garante a qualidade de vida para o homem, tendo a 
habilidade, a beleza e a função do ambiente como fonte de energias. A adoção 
dessas medidas sustentáveis garante de médio a longo prazo um planeta com 
condições para o desenvolvimento das muitas formas de vida, inclusive a humana, 
gerando a manutenção dos recursos naturais necessários para que as próximas 
gerações tenham qualidade de vida, e possibilitando o continuo desenvolvimento. 
No quesito das energias renováveis um dos exemplos de ações sustentáveis 
que recai sobre ele é a procura de um substituto ecologicamente correto para o 
petróleo, que atualmente é grande responsável pela poluição e tende a esgotar-se 
ainda mais rápido por conta do aumento do seu consumo ao longo dos séculos. Por 
isso a busca por uma alternativa do chamado biocombustível vem sendo cada vez 
mais pesquisada no Brasil. 
 As importantes ações sustentáveis que deve-se ter atenção é: a exploração 
dos recursos vegetais de florestas e matas, deve-se garantir o seu replantio, a 
preservação de áreas verdes, sendo essas não destinadas à exploração econômica, 
e o uso de fontes de energia, controlando-se o consumo de agua, evitando seu 
desperdício, além da busca por medidas que visem a não poluição dos recursos 
hídricos, entre outras. 
 Pode-se perceber que assumir um compromisso com a sustentabilidade 
ambiental é uma característica de toda pessoa ou instituição que se importe com a 
continuidade da vida. 
 
1.2.3 Sustentabilidade social 
 
 A sustentabilidade social é definida por um conjunto de ações que visam a 
melhor qualidade de vida da população, através da diminuição da desigualdade 
social, ampliação dos direitos e garantia de serviços como educação e saúde, 
possibilitando a todas as pessoas o acesso a cidadania. Sendo essas ações de 
importância não somente para aqueles menos favorecidos, pois quando são 
 
 
 
 
13 
 
 
 
efetivamente colocas em pratica, possibilitam a qualidade de vida de toda 
população, indiscriminadamente. 
 Vale ressaltar que não é possível a existência de uma sociedade igualitária ou 
justa sem que o mercado e as empresas participem da mesma. 
 A definição de desenvolvimento sustentável prevê que cada cidadão, como 
consumidor, membro de empresa ou do governo, deve adotar praticas em seu 
comportamento que fortaleça a sustentabilidade de todos os processos sociais, 
políticos, econômicos e ambientais. 
 As companhias devem ter ciência de que a comunidade que a cerca e todos 
os seus funcionários, devem, por direito, gozar de uma vida com qualidade. Assim 
como os seus processos internos e as empresas com quem negocia devem estar de 
acordo com as boas práticas. 
 Após a aprovação da Norma ISO 2600, em 2010, para a implementação e 
manutenção de um Sistema de Gestão da Sustentabilidade e Responsabilidade 
Social (SGRS). O comprometimento com a responsabilidade e a sustentabilidade 
social foram grandemente valorizadas nas empresas. 
 Para a certificação do SGRS, deve-se, essencialmente, demonstrar o 
atendimento às normas legais e sociais ligadas ao trabalho forçado, ao trabalho 
infantil, à saúde ocupacional e segurança, ao direito de negociação e de associação 
coletiva, à discriminação, às práticas disciplinares, à jornada de trabalho e aos 
salários. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
 2.1 Objetivo geral 
 
Este trabalho objetiva estudar e compreender os conceitos e práticas da 
sustentabilidade na construção civil. 
O objetivo geral do trabalho é apresentar um estudo sobre os atuais 
projetos de construção baseadas na ecossustentabilidade, economia de recursos 
naturais e utilização de materiais que respeitam o meio ambiente, com finalidade 
de análise da sua viabilidade em termos de gestão de processos de trabalhos e 
resultados financeiros. 
A conscientização da importância e os benefícios das construções 
sustentáveis e a garantia de sua qualidade através das atuais e possíveis 
certificações disponíveis para comprovação da responsabilidade ambiental das 
empresas através das normas vigentes. 
 
 2.2 Objetivo específico 
 
Indicar as vantagens da construção de obras ecossustentáveis sobre a 
construção convencional buscando incentivar e acelerar a utilização da construção 
sustentável para que haja a conscientização da possibilidade de conquista de 
construções que garantam o futuro e o continuo desenvolvimento da profissão e 
do país. 
Analisar construções existentes no ponto de vista de suas vantagens 
econômicas e de gestão de processos de trabalho. 
O embasamento necessário das normas direcionadas a construções 
sustentáveis para a conquista das certificações. 
Os benefícios da conquista de certificações ligadas a engenharia sustentável 
e seus benefícios através do atendimento das normas vigentes referentes a 
engenharia civil e a garantia da qualidade para a empresa, economia e futuro do 
país. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
3. JUSTIFICATIVA 
 
A escolha do tema foi através do interesse em construções sustentáveis. 
Visto que a sustentabilidade tem sido cada vez mais aclamada pela economia, 
política e sociedade do país. 
Sendo a engenharia civil grande responsável pela utilização de recursos 
naturais e suas fontes de energias, torna-se então de seu interesse as tratativas e 
uso consciente desses recursos que nos cercam e servem diariamente para o 
crescimento do país. 
 A conscientização pública da sustentabilidade em seus três pilares (TripleBottom Line) é indispensável para melhoria da sociedade em geral, seja no âmbito 
construtivo, social e ambiental. 
 A ampliação, abrangência e fiscalização das normas e certificações voltadas 
à sustentabilidade devem ser levadas a rigor para garantia de uma sociedade com 
melhor qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
4. METODOLOGIA 
 
O desenvolver do presente estudo se deu principalmente através de pesquisa 
bibliográfica. Assim, a pesquisa foi desenvolvida tendo por base livros físicos e 
digitais. A coleta de dados também foi colhida através de artigos, teses e periódicos 
publicados na integra no Brasil no período de 2005 a 2017, a fim de analisar e 
esclarecer o estudo através da vivencia dos autores especialistas no tema 
pesquisado. De inicio realizou-se pesquisas sobre referido tema, depois realizou-se 
leitura específica e pormenorizada e na sequencia seguiu para a fundamentação. 
Em um segundo momento será apresentado uma pesquisa de campo 
realizado na Empresa Ecovias. Dados do projeto e detalhes da empresa foram 
apresentados pelo engenheiro responsável, a fim de um comparativo do projeto 
inicial e depois das alterações a fim de que se tornasse mais sustentável. 
Assim, além do conhecimento conceitual da sustentabilidade na construção 
civil, foi possível vivenciar a realidade de um projeto aprimorado na busca por uma 
empresa mais sustentável. 
 Quanto à estrutura do trabalho primeiramente realizou a introdução e suas 
considerações iniciais quanto ao que concerne à sustentabilidade. Na sequencia 
apresentou-se o desenvolvimento das construções sustentáveis, normas, 
certificações e etapas e também o modelo LEED. Depois destas considerações 
apresentou-se o referencial teórico, onde buscou-se conhecer a opinião de 
especialistas da engenharia civil, relevando a importância da ecologia, 
sustentabilidade para a engenharia civil. Por ultimo será apresentada as conclusões 
finais sobre o conhecimento adquirido. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
5. SUSTENTABILIDADE CONSTRUTIVA 
 
Uma construção será considerada sustentável quando as diversas dimensões 
do desenvolvimento sustentável forem ponderadas desde a fase de projeto. A 
construção, em sua concepção e baseia-se na avaliação da pressão ambiental e de 
aspectos funcionais (relacionados com as normas e regulamentos de construção e 
com as características sociais dos utilizadores) e na análise dos custos relativos ao 
seu ciclo de vida. A construção sustentável procura uma maior compatibilidade entre 
os ambientes artificial e natural sem, contudo, comprometer os requisitos funcionais 
dos mesmos, assim como a viabilidade económica do produto. 
 
5.1 O desenvolvimento de construções sustentáveis 
 
O mundo corporativo vive se reinventando, e de tempos em tempos criam 
paradigmas que vão alterando significativamente o comportamento das empresas 
com relação a seus públicos e a sociedade em geral. No passado, a relação 
Produção versus Tempo era a característica de destaque por entre os concorrentes. 
Posteriormente, a necessidade de humanização das companhias surgiu, dando-se 
importância a sua imagem e relação com seus usuários e consumidores. 
 Atualmente, o atributo aclamado tem sido a sustentabilidade. Podendo ser 
observado o tamanho esforço das organizações para a promoção de suas ações 
através de anúncios, logomarcas, propagandas e embalagens através da divulgação 
da poderosa palavra sustentabilidade. 
Hoje sabemos que a sustentabilidade não está mais apenas relacionada ao 
meio ambiente. Por muito tempo acreditou-se que, embora ainda importantes, 
apenas seguir projetos de preservação à natureza, reflorestamento, proteção às 
espécies, entre outras ações, seriam válidas para a garantia da sustentabilidade, 
porém hoje eles não representam o amplo conceito de desenvolvimento sustentável. 
 Os três principais pilares que formam a ideia do Triple Bottom Line são: 
social, econômico e ambiental. Uma empresa que queira se desenvolver de forma 
sustentável, deve desenvolver suas atividades de forma que esses três pilares 
coexistam e interajam de forma harmoniosa entre si. 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 O pilar social trata do capital humano relacionado às atividades da empresa, 
seja direta ou indiretamente. Isso inclui não apenas os seus funcionários, bem como 
seus clientes e consumidores, fornecedores e até a comunidade a seu entorno e a 
sociedade em geral. 
 Isso significa que desenvolver ações sociais não se trata apenas do cuidado 
com seus funcionários a partir de férias e benefícios. As ações sociais englobam 
o cuidado com um ambiente que estimule a criação de relações legitimas e 
saudáveis no meio de trabalho, e principalmente favorecer o desenvolvimento dos 
envolvidos, seja pessoal ou coletivo, direta ou indiretamente. 
 O pilar econômico busca a economia sustentável através da capacidade de 
produzir, distribuir e oferecer seus produtos e serviços de forma justa na relação de 
competitividade com os demais concorrentes do mercado. 
 O desenvolvimento econômico não deve existir através do desequilíbrio do 
ecossistema ao seu redor. Se a organização lucra a partir da degradação do meio 
ambiente e de más condições de trabalho dos funcionários, podemos afirmar que ela 
não esta tendo um desenvolvimento econômico sustentável, pois não existe 
harmonia nas relações estabelecidas pela empresa. 
 O pilar ambiental refere-se às corretas condutas com o impacto ambiental no 
meio ambiente para o desenvolvimento ambientalmente sustentável, a curto, médio 
e longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
Fluxograma 1: Tripé da sustentabilidade 
 
Fonte: Ecologic Construcoes – Tijolo Ecológico 
 
Muitas empresas promovem medidas mitigatórias, adotando, por exemplo, o 
plantio de arvores após a emissão de gases poluidores, com o intuito de que uma 
coisa compense a outra. Porém o desenvolvimento sustentável busca primeiramente 
a minimização dos impactos ambientais na produção industrial, com foco em sua 
causa. Caso o objetivo seja essas medidas de compensação, então estaremos 
falando de estratégias de marketing, e não em sustentabilidade de fato. 
 Não se garante um desenvolvimento sustentável de um dia para o outro. A 
sustentabilidade precisa de planejamento, acompanhamento e avaliações 
diariamente. Os três pilares devem caminhar conjuntamente com os objetivos da 
empresa, e não devem ser baseados em ações pontuais e/ou compensatórias. 
Sua conquista é consequência do respeito mútuo e consciência de que somos 
um único ecossistema formado por empresas, comunidades, pessoas e demais 
seres. Devendo haver equilíbrio entre as partes. Entendendo que mesmo sendo uma 
pequena parte do todo, pequenas ações podem afetar o universo infinitamente maior 
a qual estamos inseridos. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
5.1.1 Triple Bottom Line 
 
 Torna-se cada vez mais frequente as perguntas relacionadas a ideia da 
sustentabilidade para os negócios em geral. Empresas e empreendimentos visam 
ações contemporâneas no mercado e na sociedade, já que cada vez mais os 
consumidores exigem conhecer o impacto ambiental, econômico e social de seu 
consumo a partir dos produtos que escolhe. 
 O conceito do Triple Bottom Line, foi formulado por Elkington (1994), que no 
inglês é conhecido por 3P (People, Planet e Profit) e no português, seria PPL 
(Pessoas, Planeta e Lucro), assim as pessoas geram lucros através do planeta e 
esse vai contra a sustentabilidade que se analisado de forma separada se tem aEconômico, cujo propósito é a criação de empreendimentos viáveis, atraentes para 
os investidores; o Ambiental, cujo objetivo é analisar a interação de processos com o 
meio ambiente sem lhe causar danos permanentes e o Social, que se preocupa com 
o estabelecimento de ações justas para trabalhadores, parceiros e sociedade 
(ELKINGTON, 1994). 
Juntos, no entanto, estes três pilares se relacionam de tal forma que a 
interseção entre dois pilares resulta em viável, justo e vivível, e dos três, resultaria 
no alcance da sustentabilidade. Cabe ressaltar que, recentemente, mais um pilar foi 
incorporado aos Bottom lines: o pilar cultural. No entanto, este pilar ainda não foi 
totalmente incorporado pelas organizações como forma de análise para a 
sustentabilidade (ROMANEL, 2013). 
No mundo globalizado que vivemos, com tanto desmatamento, poluição, um 
empreendimento sustentável é fundamental, pois com ele se tem muitas vantagens, 
aproveitando da melhor maneira possível todos os recursos que a natureza tem a 
nos oferecer, em um futuro bem próximo este tipo de empreendimento será obrigado 
a todas as empresas aderirem para que a vida no planeta continue (JOHN, 2000). 
Enquanto o empreendedorismo tem seu foco na criação de valor econômico, 
o empreendedorismo sustentável amplia este objetivo e engloba também o 
desenvolvimento sustentável e seus benefícios sociais e ambientais. O conceito do 
empreendedorismo sustentável na construção civil envolve, portanto, a identificação, 
criação e exploração de novos negócios que possibilitem ao empreendedor obter 
lucros a partir da solução de um problema ambiental e social (JOHN, 2017). 
 
 
 
 
21 
 
 
 
Organizações na Europa e Estados Unidos já têm acolhido a ideia da 
sustentabilidade e buscado apresentar seus resultados em triplo critério, são estes 
três setores: ambiental, econômico e social. Este tripé da sustentabilidade, ou Triple 
Bottom Line, também conhecido como os 3 Ps (People, Planet e Profit, em 
português, PPL, Pessoas, Planeta e Lucro). Fazendo com que estes três conceitos 
interajam de maneira que os resultados de gato atribuam a empresa o título de 
sustentável. 
 Dados apontam quem 68% das multinacionais da Europa Ocidental fazem 
seus relatórios, medindo seus resultados nesses três termos sociais, econômicos e 
ambientais, enquanto nos EUA a porcentagem é de 41%. Ainda não existe a 
obrigatoriedade por lei de que sejam apresentados os resultados dessa maneira, é a 
própria organização comprometida com o desenvolvimento sustentável que toma 
essa escolha. 
Buscar medir a "sustentabilidade" de uma empresa e a através de resultados 
mensuráveis para se comprovar seu crescimento de forma sustentável, não é uma 
tarefa simples. O responsável por esse quadro conceitual que é o Triple Bottom Line 
é o norte-americano John Elkington. No artigo "O tripé da sustentabilidade: O que é 
e como funciona?" (originalmente escrito em inglês e chamado "The triple bottom 
line: What is it and how does it work?"), o doutor e Diretor de Análise Econômica do 
Centro de Pesquisa em Negócios de Indiana, Timothy F. Slaper, e a Analista de 
Pesquisa em Economia, Tanya J. Hall (ambos da Universidade de Indiana de 
Negócios Kelley) se aprofundou no assunto. 
Os autores tratam a importância de Elkington na construção de um método 
pragmático e eficaz na medição da sustentabilidade no ambiente corporativo. "John 
Elkington se esforçou para fazer 'medições' de sustentabilidade em meados dos 
anos 1990 englobando um novo esquema conceitual. Esse esquema foi além de 
métodos tradicionais que mediam lucros, retorno sobre investimento e valor para o 
acionista, incluindo fatores ambientais e dimensões sociais", afirmam os estudiosos 
no artigo. A questão aqui é ver a sustentabilidade e sua mensuração como a análise 
do impacto das atividades da empresa, organização ou nação no mundo ao seu 
redor. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
5.2 Normas e a garantia da qualidade 
 
A história do desenvolvimento da qualidade no setor da Construção Civil se 
deu devido às empresas em sua adaptação ao cenário de competitividade na 
economia do país. Antigamente, na década de 1990, a construção civil tinha uma 
imagem de pouco desenvolvimento em seu setor, marcada por mão de obra pouco 
qualificada, mal-uso de tecnologia de mecanização e automação e altos índices de 
desperdícios. Fatores estes que levavam a produtos de má qualidade, gerando 
insatisfação dos usuários finais destas construções. 
Após esta época de desvalorização e insatisfação com a indústria de 
construção civil, a década de 90 foi marcada pelo despertar da consciência pela 
busca de melhoria da qualidade no setor. Devido às mudanças na economia, com a 
abertura de mercado para empresas multinacionais, viu-se a necessidade de 
melhorar a imagem da construção civil brasileira, respeitando e promovendo o uso 
racional dos recursos, a modernização e a gestão das organizações diante do novo 
cenário econômico globalizado. 
As empresas de construção começaram movimentos pela melhoria da 
qualidade e produtividade, marcando este processo de modernização do setor 
através de grandes investimentos em novas tecnologias construtivas e em 
programas de gestão da qualidade, além da busca pela certificação ISO 9000, com 
reconhecimento internacional. 
 
A NBR ISO 9004:2000 é um complemento da NBR ISO 9001 e introduz ela 
mesma como “orientação para apoiar qualquer organização que esteja operando 
dentro de um ambiente complexo e exigente, e sempre em mudança, a alcançar o 
sucesso sustentado, através de uma abordagem de gestão da qualidade. 
 
”O sucesso sustentado de uma organização é alcançado através da sua 
habilidade em atender as necessidades e expectativas dos seus clientes e demais 
partes interessadas, a longo prazo e de forma equilibrada. O sucesso sustentado 
pode ser alcançado pela gestão eficaz da organização, através da consciência do 
ambiente organizacional, elo aprendizado e pela introdução de melhorias ou 
inovações, ou ambas. ” 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
Fluxograma 2: Modelo ampliado baseado em um processo de sistema de gestão da 
qualidade 
 
Fonte: NBR ISSO 9001 (ABNT, 2008) 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
6. MODELO DE CERTIFICAÇÃO LEED 
 
No Brasil são fornecidos quatro certificações a Green Building – LEED, 
o selo do INMETRO – PROCEL, o AQUA e o método IPT. 
LEED é um certificado influenciado pelas diretrizes inglesas que tem 
conceitos semelhantes aos dos Estados Unidos, apresentando uma lista de 
critérios que inclui energia, materiais, água, ambientes internos e ambientes 
sustentáveis. Este selo verde indica que o empreendimento foi construído 
levando em conta medidas socioambientais seguras, além do projeto 
apresentado conseguir atender os requisitos da construção sustentável e reunir 
colaboradores para ações realizadas na comunidade em que está inserida. 
Certificado pela Green Building Council (GBC), entidade do World Green 
Building Council que trabalha na difusão de novas tecnologias e melhores 
práticas adotadas, iniciou a certificação LEED no ano de 2000, e chegou ao 
Brasil em 2007. Seu papel é de um órgão regulador e estimulador de iniciativas, 
criação de novas tecnologias, debates sobre a questão da sustentabilidade, e 
operações sustentáveis de construção civil. 
De acordo com o Green Building Council Brasil, aproximadamente 80% dos 
custos durante a vida útil dos edifícios vêm de operação e manutenção predial, 
essas duas etapas podem ser modificadas para uma realidade na sustentabilidade. 
A certificação tem a missão de transformar o projeto, obra e a operação em uma 
realidade mais sustentável.No Brasil há poucos casos de investimentos em certificações, apenas 
grandes investidores conseguem esta qualificação atualmente. Nos 
empreendimentos de grande porte: 9% a 11% dos investimentos são para 
certificações. 
Este sistema de certificação foca o empreendimento por inteiro, desde a 
geração do projeto até a construção final e sua manutenção. Para isso, leva em 
consideração questões de implantação, uso moderado de água, eficiência 
energética, escolha dos materiais, qualidade ambiental interna, estratégias e 
questões de prioridade regional. Além disso, o LEED certifica todos os tipos de 
edificações com diferentes tipos de avaliação, sendo aplicável a todos em qualquer 
fase de sua vida. 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 Os sistemas de avaliação são atualizados frequentemente para responder à 
novas tecnologias e mudanças no setor da construção. 
O LEED v4, nova versão da certificação, possui requisitos de sustentabilidade 
organizados em 9 categorias, com pré-requisitos (obrigatórios) e créditos, são 
recomendações que quando atendidas garantem pontos. Um empreendimento 
conquista a certificação LEED quando alcança 40 pontos. A pontuação determinará 
o nível de sustentabilidade, ou o nível de certificação, que é definido entre Certified 
(Básico), Silver, Gold e Platinum. 
 
INTEGRATIVE PROCESS (Projeto Integrado) – Sugere que o projeto seja 
desenvolvido por profissionais de diversas áreas, desde a concepção da ideia do 
projeto. 
LOCATION AND TRANSPORTATION (Localização e Transporte) – Incentiva a 
localizados de terrenos em áreas urbanas já bem desenvolvidas e adensadas. 
SUSTAINABLE SITES (Espaço Sustentável) – Encoraja minimizar o impacto no 
ecossistema durante a implantação do empreendimento. 
WATER EFFICIENCY (Eficiência do uso da água) – Promove inovações com foco 
na redução do consumo de água potável e alternativas de tratamento; reuso dos 
recursos. 
ENERGY & ATMOSPHERE (Energia e Atmosfera) – Promove empreendimentos 
com eficiência energética por meio de estratégias simples e inovadoras. 
MATERIALS & RESOURCES (Materiais e Recursos) – Incentiva o uso de materiais 
de baixo impacto ambiental e reduzir a geração de resíduos, e promover o descarte 
consciente. 
INDOOR ENVIRONMENTAL QUALITY (Qualidade ambiental interna) – Promove a 
qualidade ambiental interna do ar, conforto térmico e priorização de espaços com 
vista externa e luz natural. 
INNOVATION (Inovação e Processos) – Incentiva a busca de conhecimento sobre 
Green Buildings e a criação de medidas projetuais não descritas nas categorias do 
LEED. 
REGIONAL PRIORITY (Créditos de Prioridade Regional) – Incentiva os créditos 
definidos como prioridade regional para cada país, de acordo com as diferenças 
ambientais, sociais e econômicas existentes. 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
6.1 Benefícios da certificação: 
 
Econômicos 
 
• Redução dos custos operacionais 
• Redução dos riscos regulatórios 
• Valorização do imóvel para revenda ou arrendamento 
• Aumento na velocidade de ocupação 
• Modernização e menor desgaste na edificação 
 
Sociais 
 
• Mais segurança e melhoria na saúde dos trabalhadores e habitantes 
• Incentivo do senso de comunidade e Inclusão social 
• Capacitação profissional 
• Conscientização ambiental para os todos envolvidos 
• Mais produtividade dos funcionários da obra, dos alunos em caso de obras 
escolares, melhor recuperação dos pacientes em hospitais, aumento no 
impulso de compra em comércios. 
• Incentivo a fornecedores com maiores responsabilidades socioambientais 
• Bem estar e satisfação dos usuários 
• Apoio a políticas públicas ligadas a Construção Sustentável 
Ambientais 
 
• Uso moderado e redução do consumo dos recursos naturais 
• Redução do consumo de água e energia 
• Implantação consciente e ordenada 
• Alivio dos efeitos das mudanças climáticas 
• Uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental 
• Tratamento, reuso e redução dos resíduos da operação e construção. 
 
 Custos e Impactos 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 O custo de um empreendimento aumenta de 5% a 10% com a certificação 
ambiental, para obras maiores acaba não impactando tanto no orçamento. Esse 
custo acaba sendo recuperado com a econômica de materiais, energia e água ao 
longo da vida útil do empreendimento. 
Cada nível de certificação gera um custo diferente para o empreendimento. 
Um projeto com certificação ambiental pode levar até 30% mais do tempo que um 
projeto sem a certificação. Isso ocorre pela necessidade de haver uma maior 
retenção na concepção e na execução dos projetos. 
Estudos da Poli-USP indicam que um Green Building pode chegar a 20% a 
mais no valor de venda, e seu condomínio tem uma redução media de 30%, em 
cálculos que leva em conta a redução do consumo de energia, água e do custo 
operacional do edifício. Já estão sendo aprovados projetos para a redução dos 
IPTUs (Imposto Predial e Território Urbano) e facilidade de financiamento para 
construções que implemente esse crédito. Um empreendimento sustentável pode 
reduzir 35% das emissões de CO2, 30% o consumo de energia, 50% o consumo de 
água, e até 70% do descarte de resíduos. 
No Brasil, os principais edifícios com a certificação ambiental são os edifícios 
corporativos o qual seus locatários são grandes empresas que querem vincular sua 
marca a sustentabilidade, e que conhecem mais o beneficio de uma certificação 
ambiental. 
 
 A certificação é conferida quando o candidato solicita um ou mais dos oito 
diferentes tipos de LEED, a saber: 
 
• LEED NC: Esse selo dado às novas construções e grandes projetos de 
renovação de edificações já existentes. 
• LEED ND: Selo para projetos com o objetivo de desenvolvimento de 
bairros inteiros. 
• LEED CS: O selo CS se destina a projetos de entorno das edificações e 
também para a parte central. 
• LEED Retail NC e CI: Foi criado para lojas de varejo. 
• LEED Healthcare: Trata-se da opção de edificações desenvolvidas para 
 
 
 
 
28 
 
 
 
abrigar unidades de saúde. 
• LEED EB_OM: Criado para iniciativas de manutenção de edifícios 
existentes. 
• LEED Schools: Foi desenvolvido para escolas e centros de ensino. 
• LEED CI: Para projetos de interior ou edifícios comerciais. 
 
 
Nos Gráficos 1 e 2 abaixo podemos analisar quais categorias da certificação 
são usualmente requeridas nos empreendimentos brasileiros e suas 
tipologias. 
 
 
Gráfico 1: Crescimento no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gráfico 2: Tipologia adotando sustentabilidade 
 
 
 
 
O Gráfico 3 abaixo nos apresenta o crescimento dos registros e certificações 
LEED no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gráfico 3: Crescimento dos Registros e Certificações LEED 
 
 
 
 
O gráfico 4 abaixo nos mostra a porcentagem de crescimento dos registros 
apresentados nos estados brasileiros. 
 
 
 
Gráfico 4: Crescimento dos Registros por Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
7. REFERENCIAL TEÓRICO 
7.1 Materiais Sustentáveis 
Na última década a construção civil experimentou um grande crescimento 
na demanda para construção de novos empreendimentos e habitações. Isso fez 
com que gerasse uma crise na área da construção que levou cerca de 30% dos 
compradores de imóveis a ingressarem em juízo contra as construtoras. 
(ESTADÃO, 2010) 
A explicação é que não há racionalidade nas construções, e embora a 
demanda seja alta, a execução é lenta e perde-se em qualidade quando deve-se 
atender uma alta demanda. 
Na verdade os atrasosna entrega de imóveis sempre foram um problema 
inerente à construção, em função de modificações da economia, com o 
surgimento de planos econômicos heterodoxos, dificuldades no planejamento, 
limitação de linhas de crédito bancário, operacionalização e mão-de-obra, e na 
oferta e procura de materiais para construção. 
A escassez ou mesmo falta de insumos ou equipamentos para a 
construção é o dos problemas que tem afetado e contribuído para a demora na 
entrega dos imóveis. Mas, mais do que esse problema, o custo das construções 
de habitações vem inviabilizando projetos feitos por profissionais de Engenharia e 
realizados por construtoras que respeitem e tenham acesso a bons materiais e 
produtos sustentáveis, que saibam instalar e empregar na construção e, 
sobretudo que consigam bons preços. 
Além da demora, a aquisição de materiais de construção tem uma 
implicação especial, pois sendo a base da construção, sua essência, e sendo 
impossível descartar o seu uso, as construtoras têm que arcar com as alterações 
de preço, que afetam diretamente o custo da obra. 
 A sustentabilidade empresarial é uma prática das empresas de construção 
atualmente e as certificações através das normas ISO são uma boa garantia de 
que o material da construção terá qualidade, resistência e que será adequado ao 
fim que se propõe. 
Mais recentemente se desenvolveu a ISO 26000 que é uma norma de não-
certificação, uma norma voltada para o impacto dos negócios no meio ambiente e 
 
 
 
 
32 
 
 
 
sobre a Responsabilidade das organizações sobre esses impactos. Como é 
uma norma não certificadora a ISO 26000 se adequa as eco construtoras, pois 
produz um comportamento voltado para a sustentabilidade e que leva em conta 
as expectativas das partes. (SANTOS, 2011). 
Estudar a sustentabilidade da construção civil é uma das maneiras de 
gerar economia, não só para os construtores, mas também para os compradores 
de imóveis. E, é uma maneira de contribuir com a preservação ambiental, 
ajustando as necessidades sociais aos custos ambientais do aumento de 
construções. 
Ultrapassando-se a construção da estrutura, os materiais de acabamento 
vêm sendo cada vez mais preferidos. Os ecoprodutos artigos de origem artesanal 
ou industrializada, que sejam não -poluentes, atóxicos, benéficos ao meio ambiente 
e á saúde dos seres vivos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.) 
apresentam grandes vantagens, especialmente para as pessoas que estão 
envolvidas com os problemas ambientais globais. 
A diferença de clima, de região, ou de localização dentro de uma mesma 
região não era considerada na escolha dos materiais até há alguns anos, em 
virtude de não se haver alternativas. Atualmente as tecnologias, materiais, 
equipamentos e produtos empregados na construção oferecem a vantagem de 
serem mais eficientes, como é o caso do uso de painéis solares para redução do 
consumo de energia, a cobertura verde para o telhado que é mais barata e reduz 
custos de obra (telhado verde), paredes de superadobe (são estes definidos pela 
Graciane Martins [2016] como uma técnica de autoconstrução ecológica e 
sustentável, onde é possível construir uma casa com poucos recursos usando sacos 
de polipropileno amarrados com arame, preenchidos com terra argilosa e moldado 
através do apiloamento(compactação de material) por processo artesanal ou semi-
industrial, através de pistões), entre muitas outras escolhas que podem ser feitas. 
De outro lado, deve-se avaliar também que o tema é novo, e que os 
projetos de construção ainda estão em desenvolvimento, sofrendo 
experimentações que irão ajudar muito no futuro a entender as especificações de 
aplicação e emprego de cada um deles. 
Certamente não se faz essa experimentação de modo aleatório, uma vez 
que uma das maneiras mais eficientes de avaliação dos materiais tem sido as 
 
 
 
 
33 
 
 
 
certificações e o desenvolvimento de normas ISO, como por exemplo a ISO 
14046 que trata da pegada Hídrica e a ISO 14067 que define a pegada de 
carbono, e que são maneiras ideais de se trabalhar. Para os projetistas e também 
para os construtores a determinação correta de uso dos materiais é essencial. 
Outrossim, os construtores e donos das habitações ainda carecem de 
maior profundidade e alcance das informações sobre o uso, emprego, descarte e 
armazenamento de elementos utilizados nas construções sustentáveis. 
A construção de cidades com planejamento urbano é um plano avançado 
que atualmente não tem ainda previsão ajustada às ideias da sustentabilidade. O 
que significa que muitas construções dentro de cidades que se nomeiam como 
planejadas podem estar utilizando algumas poucas tecnologias, mas não ainda 
de maneira suficiente para contribuir com a sustentabilidade econômica ou social 
das construções civis. 
 
7.1.1 Materiais de Mudança de Fase 
A procura de materiais mais econômicos aliada à ideia da sustentabilidade 
tem conseguido bons resultados com o emprego de materiais ecológicos, 
especialmente no acabamento das construções. 
Os Materiais de Mudança de Fase (sigla PCM – Phase Change Material, 
em inglês) são em si sustentáveis. Pertencem a esta classe de materiais as 
argamassas que tem desempenho térmico melhorado (Ligante, agregados, PCM). 
Os PCMs são materiais capazes de aumentar a inércia térmica em 
edifícios sem aumentar a espessura das paredes. Os dois grupos de 
PCMs mais comuns são os compostos orgânicos (p. ex., ceras 
parafínicas, ácidos gordos e ésteres de ácidos gordos) e os compostos 
inorgânicos (p. ex., sais hidratados). Em comparação com outros 
materiais para o armazenamento térmico, tais como o betão e a água, os 
PCMs apresentam uma densidade de armazenamento de energia muito 
elevada. Desta forma, pode-se atingir o mesmo objetivo com menos 
material. Por outro lado, os PCMs também permitem o armazenamento e 
libertação de energia térmica a uma temperatura quase constante. O 
suod e PCMS é pois especialmente interessante no projeto de edifícios 
solares passivos. (UNIVERSIDADE DE AVEIRO, 2011, s.p.). 
Os MMF ou PCM são hidrocarbonetos (C2H2n+2) que têm como relevância a 
elevada entalpia. Na sua estrutura, pode-se observar uma camada polimérica 
 
 
 
 
34 
 
 
 
protegendo o coração de 1 a 60 ץm, que possui as seguintes propriedades, 
segundo Aguiar e Monteiro (2004): 
• Armazenam calor 
• Libertam calor até solidificar 
• Mudam de fase a temperatura constante 
• Absorvem calor do ambiente, liquefazendo-se 
• Podem ser programados para mudar de fase a uma temperatura 
determinada 
• A sua densidade de armazenamento de energia é o triplo da água e 
o sêxtuplo da pedra. 
 As argamassas tradicionais são produzidas na obra, que necessita de 
espaço para guardar as matérias-primas e também para misturá-las, ocupando a 
mão-de-obra com o doseamento e preparo. 
 Já as industriais exigem menos mão-de-obra, menos espaço, e tema maior 
possiblidade de incorporação de adições, além da qualidade garantida. (AGUIAR; 
MONTEIRO, 2004). 
 A argamassa PCM também pode ser usada em: 
• Estrutura de betão armado; 
• Recobrimento de tubagens de aquecimento colocadas no pavimento; 
• Em sistemas de aquecimento solar; 
• Em materiais de construção: telhas, blocos. 
• Em rebocos. 
A substituição da areia por PMC tem também vantagens, pois a resistência 
aumenta dependendo do ligante, a mistura do PCM é neutra, não reagindo com o 
ligante e porque o PCM é leve. 
Além dessas, outras vantagens, já na fase pós construção são importantes 
para o clima no Brasil: 
• Durante o dia quando a temperatura sobe, passando a temperatura 
de fusão, há a fusão do PCM, retirando calor do ambiente; 
• Durantea noite, quando a temperatura desce o PCM liberta o calor 
retido até solidificar; 
• Um sistema de ventilação natural poderá aumentar o efeito 
regularizador dos PCM’s. 
 
 
 
 
35 
 
 
 
7.1.2 Ecoprodutos 
 Atualmente uma casa ecológica pode ser feita em diferentes regiões, 
com emprego de materiais diferentes que serão mais bem adaptados ao local. 
Além disso, diferenças de luminosidade, de aproveitamento solar e de 
isolamento térmico, são considerados na utilização dos ecoprodutos como parte 
da regulação do clima no interior da construção. 
Os materiais de construção são uma componente importante numa casa 
ecológica. Existem diversos materiais aconselhados, de baixo impacte 
ambiental na produção e ao longo da vida útil: cerâmica, isolamentos 
naturais (feitos de fibras vegetais, cânhamo e celulose), tintas biológicas, 
cal, vidro, ferro, cobre, plásticos ecológicos e pedra. (FÓRUM DA 
CONSTRUÇÃO, 2014, s.p.). 
A bioconstrução lida também com o aproveitamento do meio natural, 
aplicando a tecnologia dos materiais ecológicos para a realização de projetos que 
buscam diminuir resíduos, poupar energia, otimizar temperaturas e outras 
funções que esses materiais cumprem, tais como apresenta o Fórum da 
Construção (2014): 
• Iluminação Zenital: As lajes da casa ecológica são produzidas com 
um dispositivo inédito de iluminação Zenital. Por ser acoplado às luminárias 
dispostas no teto da residência, este processo, reflete os raios solares sobre a 
superfície de globos leitosos, propiciando uma iluminação natural durante o dia, 
economizando energia despendida com lâmpadas convencionais. 
• Energia limpa: Há duas formas mais fáceis de conseguir energia 
limpa, uma delas é a energia eólica, energia que provém do vento. A energia 
eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de 
energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, 
amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de 
combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. A energia eólica 
transforma a rotação das ventoinhas em energia mecânica. A força da rotação é 
enviada para um gerador que transforma por sua vez energia mecânica em 
energia elétrica. 
 
 
 
 
36 
 
 
 
• Painéis solares: Basicamente, dispositivos utilizados para converter 
a energia da luz do Sol em energia elétrica. O dispositivo também é conhecido 
como “Painel Solar Fotovoltaico”. A composição de um painel solar consiste em 
células fotovoltaicas, com a propriedade de ter sensibilidade de absorver a 
energia solar e gerar a eletricidade em duas camadas opostas. 
• Energia solar para aquecer a água: com essa “mini usina” caseira 
gasta-se 30% menos energia elétrica. Custa em torno de R$ 7.000,00 (sete mil 
reais) a mais em construções novas. Com a economia na conta de luz, o 
investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das 
baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico. 
 
7.2 Madeira 
 Para algumas construções o uso da madeira tem se mostrado o material 
principal para encaixe perfeito nas exigências do modelo ecológico. 
(…) o uso da madeira, como principal material de construção, encaixa 
perfeitamente nas exigências deste novo modelo, mudando radicalmente 
as bases da indústria, ao estar baseada na queima de energias fósseis: 
a matéria-prima é de origem natural, e a árvore para produzir madeira, 
empregando energia solar. Além do mais, ao ser um material leve 
emprega menores quantidades de energia para a sua manipulação e 
transporte, assim como para a sua mecanização e transformação. 
Permite poupar cimentações e melhorar a produtividade, apenas produz 
resíduos que se podem reciclar várias vezes e no final da sua vida útil 
transporta energia limpa. (HABITAÇÕES DE MADEIRA, 2014, s.p). 
A madeira pode ser empregada em várias partes da casa como janelas, 
divisórias, pisos, vigas, paredes e outros. O tipo mais empregado atualmente é a 
madeira reflorestada. Em geral essa madeira é fruto de árvores que são 
cultivadas em área própria e são do tipo pinus elliotti ou eucalipto, que substitui 
madeiras nativas ou nobres, raras ou em extinção. Esse tipo de madeira 
reflorestada possui um selo desde 2009 para reconhecimento do seu uso 
ecologicamente correto. (LOPES, CALIFICE, MAESTRI, 2012). 
O uso da madeira na construção de habitações ou móveis está 
ameaçando florestas. São cerca de 1,7 milhões de habitações com estruturas 
 
 
 
 
37 
 
 
 
tradicionais de madeira, aço e concreto consumindo a mesma quantidade de 
energia que o aquecimento e a refrigeração de 10 milhões de habitações por ano, 
de acordo com a Sociedade de Pesquisa sobre Materiais Industriais Renováveis. 
(FÓRUM DA CONSTRUÇÃO, 2014). 
A construção sustentável oferece hoje materiais renováveis, naturais e 
disponíveis no local da construção, que tendem a reduzir os custos da construção 
em médio prazo, além da redução da poluição e da depredação dos recursos 
naturais. 
Para se produzir concreto vários materiais podem ser empregados. 
Sua resistência será proporcional à dureza dos produtos usados. Um 
exemplo de concreto reciclado é substituir a brita por caco de vidro, 
bolinhas de cerâmica, pó de pneu ou pó de pedras para fazer o contra 
piso. Usando a imaginação, aliada a alguns testes, podemos reutilizar 
muitas coisas que iriam para o lixo. A construção sustentável, também 
chamada de natural, oferece uma maneira de construir uma casa com 
materiais renováveis, naturais e disponíveis localmente, ao contrário dos 
produtos industriais ou artificiais. Esses materiais permitem reduzir os 
custos em médio prazo, e por consequência, a poluição é também 
reduzida. (ARASAKI, 2014, s.p.) 
 O emprego de materiais alternativos à madeira, além de oferecer mais 
facilidade de aplicação, custo e a condição ecológica correta, proporciona 
melhores resultados após a aplicação, pois torna a construção mais leve, o 
ambiente mais fresco e podem ser um diferencial no uso da energia, pois certos 
materiais, ao proporcionarem condições mais frescas evitam o uso de 
ventiladores e ar condicionado. (ARASAKI, 2014). 
 Ainda, segundo, Arasaki (2014) o uso de embalagens de Tetrapack na 
fabricação de placas e telhas na construção civil é considerado um grande 
avanço na técnica de construir telhados. 
[Projeto] Desenvolvido pela própria Tetra Pak, as pesquisas tiveram 
como objetivo estimular a reciclagem das embalagens e valorizar a 
cadeia de reciclagem como forma de gerar emprego e renda. Com isso, 
toneladas de material plástico, papel e alumínio deixam de ser jogados 
em aterros sanitários. Começando pelas cooperativas de catadores, que 
têm uma fonte de renda, também funcionam como uma forma de diminuir 
a exclusão social da população, ao mesmo tempo que reduz o impacto 
ambiental na sociedade. (ARASAKI, 2014). 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 O uso dessas embalagens como isolante térmico tem sido mais 
pesquisado nos últimos tempos. Segundo Pagani (2001) essas embalagens 
usadas como isolantes térmicos podem minimizar o problema do 
superaquecimento de moradias, especialmente as moradias de baixa renda. 
 As coberturas feitas de cimento-amianto em escolas são particularmente 
problemáticas, pelo calor insuportável que geram, introduzindo uma variável no 
ambiente educativo, que tem sido percebido por professores como capaz de 
reduzir o desempenho escolar e atingir a saúde das crianças. (PAGANI, 2001). 
 Aplicada em telhados essas embalagens podem refletir 95% da irradiação 
infravermelha do sol e produzir perto de 90 C a menos na temperatura ambiente. 
Coberturas de cimento-amianto são comuns também em escolas, 
submetendocrianças e professores a um calor insuportável, a alterações de 
humor e a problemas no rendimento escolar e de saúde. 
O aproveitamento do material também assegura, nas noites de inverno, o 
fim do gotejamento nas telhas, causado pela condensação da umidade relativa do 
ar (respiração e vapor desprendido das panelas no fogão). (PAGANI, 2001). 
 
7.3 Energia 
A questão da energia tem sido uma das principais preocupações na 
bioconstrução. A energia solar já há alguns anos vem sendo estudada e 
experimentada como um meio eficiente de captação de luminosidade e fonte 
renovável. 
O sistema de captação de energia proveniente do sol é geralmente 
implantado no teto das habitações e esse pode ser classificado como 
direto ou indireto. Chamamos de sistema de captação direto quando o 
sol atinge a célula fotovoltaica criando assim a energia elétrica, ou 
quando o sol atinge uma superfície escura gerando calor e aquecendo a 
água. E indireto, quando é necessária mais de uma transformação de 
energia para ser reutilizada. (LOPEZ, CALIFICE, MAESTRI, 2012, p. 5). 
A energia solar é vista como abundante e uma fonte limpa. As áreas em 
que ela é melhor aproveitada são aquelas próximas à linha do Equador, devido a 
 
 
 
 
39 
 
 
 
intensidade do sol naquela área. 
Nas bioconstruções essa energia tem diferentes aplicações, 
especialmente a de iluminação e aquecimento. 
Para captação é necessário um reservatório térmico para armazenamento 
da água que é aquecida e para garantir a incidência de radiação solar em dias de 
baixa luminosidade natural. Esse reservatório pode ser colocado dentro da casa, 
preferentemente próximo a um fogão adaptado para uso com luz solar. 
A desvantagem desse sistema é o seu custo. 
7.4 Água 
 O armazenamento de água da chuva tem sido um método empregado, 
especialmente pelo seu baixo custo. O fluxo de água da chuva é captado para 
uma cisterna por calhas e reservatórios e pode ser reaproveitada para irrigação 
de plantas, jardins e hortas, lavagens de higiene da casa e de carros.(LOPEZ, 
CALIFICE, MAESTRI, 2012) 
Em regiões onde a frequência de chuvas é baixa esse sistema é bastante 
eficiente, sendo muito comum encontrarem-se cisternas em regiões semiáridas, 
que em geral ficam fora da casa e servem a muitas finalidades. 
As águas cinza, como são conhecidas aquelas que provem do uso em 
tanques de lavagem de roupas, máquinas de lavar, chuveiros e pias também 
servem para a reutilização. 
Esse tipo de reciclagem exige que seja utilizado um filtro biológico. 
(...) dividido em três etapas. Na primeira etapa, a água passa por uma 
camada de pedras de carvão e areia, que servem para a retirada de 
gorduras pesadas e de resíduos orgânicos mais densos, 
respectivamente. Na segunda etapa, após a água passar pela areia, ela 
atravessa raízes de plantas de banhado, como a Taboa e os Papiros. 
Após encher, o sistema transborda, passando para a terceira etapa. Na 
última fase do processo, a água apenas circula por plantas aquáticas, 
plantas superficiais e, após isso, é bombeada livre de resíduos. (LOPEZ, 
CALIFICE, MAESTRI, 2012). 
A qualidade da filtragem é tão maior quanto maior a dimensão da 
porosidade do material usado. Depois de filtrada, é liberada em um açude, onde 
 
 
 
 
40 
 
 
 
pode haver piscicultura. 
7.5 Espaços especiais na área externa 
 As habitações ecológicas e outros tipos, mesmo tradicionais, que podem 
criar hortas para cultivo de chás, frutas, ervas e legumes são ambientes que 
devem ser pensados. 
A luminosidade, a intensidade e tempo de exposição ao sol, a 
proximidade de tanques ou cisternas, o espaço, enfim, tudo o que pode ser 
benéfico para a plantação deve ser pensado. 
As hortas têm também a função de produzir lixo orgânico reaproveitável. 
7.6 A importância da ecologia do meio ambiente e da sustentabilidade para 
a construção civil 
O Green Brands Global Survey identificou que no Brasil 73% das 
pessoas planejam aumentar gastos com produtos e serviços verdes e 28% 
querem gastar até 30% mais nesses produtos e serviços. (FIGUEIREDO, 2014). 
No setor da construção civil a realização de projetos e objetivos 
sustentáveis foi sentida como um dos compromissos mais sérios a ser assumido 
pelo governo, empresas e profissionais em razão de ser o setor que gera 
impactos consideráveis ao ambiente dentro das atividades humanas 
Reconhecidamente, o setor da construção civil tem papel fundamental 
para a realização dos objetivos globais do desenvolvimento 
sustentável. O Conselho Internacional da Construção – CIB aponta a 
indústria da construção como o setor de atividades humanas que mais 
consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, 
gerando consideráveis impactos ambientais. Além dos impactos 
relacionados ao consumo de matéria e energia, há aqueles associados 
à geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Estima-se que mais 
de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades 
humanas sejam provenientes da construção. Tais aspectos ambientais, 
somados à qualidade de vida que o ambiente construído proporciona, 
sintetizam as relações entre construção e meio ambiente. 
(BRASIL/MMA, 2015, s.p.) 
Dentre os desafios para o setor da construção, o Ministério do Meio 
Ambiente (MMA) sintetizou alguns que consistem basicamente na redução e na 
 
 
 
 
41 
 
 
 
otimização de consumo de materiais e energia, redução de resíduos gerados 
nas construções, preservação do ambiente natural e melhoria da qualidade do 
ambiente construído, recomendando ações que podem ser elencadas como no 
Quadro abaixo. 
 
Quadro 1 - Desafios do setor de construção (MMA, 2015). 
1. Mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de 
projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras 
mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as 
demolições; 
2. Busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de 
energias renováveis; 
3. Gestão ecológica da água; 
4. Redução do uso de materiais com alto impacto ambiental; 
5. Redução dos resíduos da construção com modulação de componentes 
para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de 
materiais. 
6. Gerenciamento de ambiente com base no ciclo de vida. 
Fonte: MMA, 2015. 
 
O equacionamento dessas ações e decisões depende em parte da 
existência de pesquisas em tecnologias alternativas que possam reestruturar os 
materiais e tecnologias vernáculas com uso de materiais alterativos, como 
pedra, bambu, palha, e outros materiais naturais e pouco processados. E, ainda, 
depende de que empresários invistam esforços em empreendimentos de cunho 
ecológico e sustentável adquirindo certificações, e avançando no processo de 
experimentação controlada de novas tecnologias e materiais. (BRASIL/MMA, 
2015). 
No quadro dessas ações e decisões a Administração Municipal tem um 
papel importante, pois elas podem fomentar e levar a construção de boas 
práticas por meio da legislação e código de edificações, incentivos tributários e 
 
 
 
 
42 
 
 
 
convênios com concessionárias de serviços públicos. 
O MMA recomenda que haja adaptação à topografia local, com redução 
da movimentação da terra, além de preservação de espécimes nativas de 
plantas e árvores, planejamento quanto a ruas e caminhos que tenham no 
pedestre e no ciclista seu foco, preservação de espaços comuns para 
integração comunitária e uso de solo diversificado que possa minimizar os 
deslocamentos. (BRASIL/MMA, 2015) 
 Em relação a edificações o MMA (2015) recomenda: 
• Adequação do projeto ao clima do local, minimizando o consumo de 
energia e otimizando as condições de ventilação,iluminação e 
aquecimento naturais; 
• Previsão de requisitos de acessibilidade para pessoas com mobilidade 
reduzida ou, no mínimo, possibilidade de adaptação posterior; atenção 
para a orientação solar adequada, evitando-se a repetição do mesmo 
projeto em orientações diferentes; 
• Utilização de coberturas verdes; e a suspensão da construção do solo (a 
depender do clima). 
Muito importante é a questão do material de construção que será 
empregado. A utilização de materiais que estão disponíveis no local da 
construção que sejam não tóxicos, pouco processados e potencialmente 
recicláveis são recomendações que vão junto com o cuidado de sempre evitar 
uso de materiais químicos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como 
amianto, CFC, HCFC, formaldeído, policloreto de vinila (PVC), tratamento de 
madeira com CCA, entre outros. (BRASIL/MMA, 2015). 
Os resíduos são outro problemas para as construções, e a 
recomendação do MMA é de que devam ser reduzidos e dispostos 
adequadamente para reciclagem ou reuso. 
 
7.7 Resíduos 
 
Segundo Romanel (2013) a construção civil pode trazer problemas ambientais sérios, 
se essa não for tratada com foco na sustentabilidade, pois os resíduos sólidos dessas 
construções muitas vezes são eliminados de forma errônea, materiais esses que podem ser 
 
 
 
 
43 
 
 
 
reaproveitáveis de forma a realizar uma gestão ambiental com foco na sustentabilidade. Os 
resíduos da construção civil estão visíveis no dia a dia das cidades, as quais muitas vezes 
estão expostos na passagem de pedestres, poluindo o meio ambiente e em alguns 
momentos levando a população a doenças respiratórias, trazendo impactos ambientais, 
sociais e físicos, não só para aqueles que participam como profissionais da construção civil, 
mas para as pessoas que residem próximo a essas. 
Como forma de minimizar os problemas gerados pelos resíduos da construção 
civil, se pode citar a reciclagem pode-se acrescentar que este processo de 
reaproveitamento de materiais é, do ponto de vista ambiental, o método mais indicado 
para o tratamento dos resíduos. Segundo Colavitti (2003) apud (ÂNGULO et.al. 2017): 
 
A reciclagem, apesar de também gerar resíduos e exigir grande 
investimento, é o melhor destino para 30% dos detritos que acabam em 
lixões e aterros. [...] Trata os resíduos sólidos como matéria-prima. Entre as 
vantagens do método estão a diminuição da quantidade de lixo enviada a 
aterros, da extração de recursos naturais, do consumo de energia e da 
poluição. Também contribui para limpeza da cidade, conscientização 
ambiental e geração de empregos. (p.41) 
 
O processo está intimamente ligado ao sistema de coleta seletiva, o qual visa à 
reciclagem e o esclarecimento da comunidade envolvida. A reciclagem, na visão de 
Teixeira (2007) apud (ÂNGULO et.al. 2017) desmistifica a ideia de que os resíduos não 
têm utilidade, pelo contrário: 
 
Em nosso país, por exemplo, estima-se que técnicas como a reciclagem 
pode fazer com que as 44 milhões de toneladas anuais de lixo produzam 
pelo menos 30% da energia gerada na Hidrelétrica Binacional de Itaipu. [...] 
a reciclagem desses resíduos sólidos geraria um invejável incremento de R$ 
10 bilhões na economia e criaria um milhão de empregos, além, é claro, de 
proporcionar o reaproveitamento de produtos para a fabricação de novos 
utensílios, o que representa economia de matéria prima e de energia. (p.02). 
 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305/2010, que em seu artigo 
13, incisos I e II, classifica-os quanto à origem e periculosidade. Quanto à origem (inciso I, 
alínea C), de acordo com a referida Lei, os resíduos sólidos urbanos são classificados em: 
 
 
 
 
44 
 
 
 
domiciliários (os originários de atividades domésticas em residências urbanas) e resíduos de 
limpeza urbana (os oriundos da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros 
serviços de limpeza urbana), e quanto à periculosidade, os resíduos sólidos urbanos são 
classificados em detrimento às suas características físico-químicas. 
 
7.8 Certificação na construção civil (Eco construção) 
O século XXI tem testemunhado a depreciação do meio ambiente, com 
destaque para o desflorestamento de grandes áreas verdes e a redução drástica de 
recursos naturais essenciais a sobrevivência, como a água. 
A preocupação com o desflorestamento não toca apenas os países onde 
essas práticas são cometidas, mas de modo geral envolve todo o planeta em um 
destino catastrófico. 
As discussões sobre o desflorestamento e o impacto causado ao meio 
ambiente tem preocupado diversos ambientalistas e estudiosos, levando-os a 
pesquisarem alternativas para este assunto. Apesar das diferentes abordagens com 
que têm sido tratadas essas questões, todos os enfoques apontam para a 
necessidade de políticas públicas voltadas para o meio ambiente. 
E, para além da construção de políticas públicas eficazes, que realmente 
sejam capazes de ferir os problemas ambientais de modo a solucioná-los, essas 
políticas precisam ser acompanhadas de projetos de realização viáveis a curto, 
médio e longo prazo. 
Hoje há várias empresas especializadas em consultoria ambiental, que 
atuam junto a órgãos ambientais no sentido de regularizar a situação de clientes que 
precisam de licenças de construção e para seus negócios. Algumas destas 
empresas fornecem também certificações e são especialistas em legislação 
ambiental. 
 É essencial que as empresas de construção mudem seus rumos para 
contemplar uma nova visão da construção e possam planejar essa mudança 
com visão das dificuldades que são enfrentadas no cotidiano da construção no 
que se refere às normas ambientais e de sustentabilidade na construção. 
 
 
 
 
45 
 
 
 
Planejamento é um processo intencional de mudança organizacional, 
mediante o qual uma organização, partindo da análise do ambiente externo 
e de sua situação interna, define sua missão e determina seus objetivos e 
metas, bem como as estratégias e meios para alcançá-los num certo 
espaço de tempo. (BORGES E ARAUJO, 2001, p. 64). 
Dessa forma o planejamento força a empresa a definir melhores seus 
objetivos e políticas e leva a uma melhor coordenação de seus esforços, 
oferecendo padrões de desempenho mais claros para controle. 
Isto se deve ao fato de que o planejamento com vistas às futuras 
aprovações e licenciamentos de projeto pode ser o instrumento mais eficaz para 
dirigir os esforços em uma direção segura que possa garantir o sucesso de uma 
construtora. 
Borges & Araújo (2001) consideram que “o planejamento é um poderoso 
instrumento de intervenção na realidade e que, se bem utilizado, constitui 
ferramenta fundamental para o desenvolvimento das organizações”. 
(BORGES&ARAÚJO, 2001, p. 65). 
Para fazer face à competitividade no setor de construção civil as 
empresas devem planejar suas ações, mudar sua organização de forma a poder 
atender basicamente as exigências técnicas e legais, com destaque para as que 
se voltam para a garantia “verde”, percebendo oportunidades e ameaças que 
possam vir no que respeita ao licenciamento e autorizações para liberação das 
construções. 
Neste sentido também é importante que a empresa tenha o seu alicerce 
bem fundamentado, ou seja, bem definido em relação ao seu propósito. 
 O propósito é a mola – mestra que manifesta o desejo que a empresa 
tem de ser e de agir, e abrange a missão, a visão, os princípios e os valores da 
empresa, que viabiliza a otimização da relação da empresa com seu ambiente. 
A importância do planejamento recai sobre um ajuste estratégico entre os 
objetivos, habilidades e recursos de uma organização.Uma maneira de as empresas começarem um processo de inovação 
via sustentabilidade é por meio da busca pela certificação de seus 
produtos e serviços. Os chamados selos verdes normalmente 
estabelecem exigências que promovem a diferenciação e a fácil 
 
 
 
 
46 
 
 
 
identificação por parte dos consumidores. Em meio a tantas 
informações e, muitas vezes, desinformação movida pela maquiagem 
verde, os selos e atestados são a garantia de que o produto passou por 
avaliações e está em conformidade com critérios e normas nacionais e 
internacionais. Contudo, deve-se estar alerta para os “pseudos” selos, 
sem consistência, apenas informativos e classificatórios que não 
avaliam as condições de salubridade, qualidade e desempenho e 
responsabilidade social e ambiental, entre outros itens. Pesquisa da 
Accenture, Mudanças Climáticas para os Consumidores Finais, também 
aponta a preferência do consumidor por produtos e serviços 
sustentáveis, revelando que 98% dos brasileiros alegam que trocariam 
de fornecedor se um produto fosse certificado, com o objetivo de 
impactar menos as mudanças climáticas, ante 90% no mundo. 
(FIGUEIREDO, 2014, s.p.) 
Dessa visão estratégica decorrem as certificações. Tanto a conquista 
destas quanto o ajuste da organização às novas demandas do mercado, a 
adequação a legislação, o conhecimento dos problemas ambientais no mundo, 
os acordos e tratados assinados entre os países e as decorrencias 
administrativas municipais, estaduais e federais. 
Certificação significa cumprimento de metas e leis, normas e definições 
que respeitem às boas práticas no setor, e que venham a contribuir com o meio 
ambiente social e humano. 
Uma arquitetura sustentável demanda atualmente conhecimento, e uso 
planejado de meios e estratégias que evitem choque ambiental na construção 
de uma edificação, implica em um desenvolvimento contínuo de ideias criativas 
que permitam diversificar recursos tecnológicos e lidar com uma realidade 
cotidiana. 
Trata-se de criar projetos que buscam renovar o espaço, aproveitar ao 
máximo, usar energia limpa e contribuir com sua economia, ajustar construções 
antigas a padrões modernos, identificar matéria-prima e saber empregar 
recursos renováveis, entre outras ações “verdes”. 
Muitos conceitos empregados para certificações se derivam dos 
documentos normativos para o meio ambiente sustentável, como o Relatório 
Brundtland (1987) que recomdenda para uma construção sustentavel que haja, 
entre outras, eficiência energética, qualidade do ar, uso e reaproveitamento de 
água, emprego de recursos naturais locais na construção, conforto e qualidade 
 
 
 
 
47 
 
 
 
nos ambientes internos, gestão de resíduos (reciclagem e redução), uso de 
materiais renováveis, permeabilidade do solo. (MOTA, 2011) 
A Certificação ISO para construção civil apresenta alguma normas que são 
aplicáveis a ecoconstrução, como a ISO 9000 que é uma série de normas que 
implicam rigoros controle de processos de construção, admnistrativos, de 
planejamento da obra, de treinamento e qualificação dos trabalhadores, bem como 
se estende ainda a administração das vendas. 
Segundo Mattei (1998) há alguns processos de planejamento e qualidade 
que são mais importantes de serem observados, conforme explana: 
 
1. O corpo diretivo-gerencial das empresas tem formação majoritariamente técnica, 
mais precisamente em engenharia. Esse fator não representa um problema, ao 
contrário; mas deve ser considerado, pois a tendência do engenheiro é a de buscar 
soluções em tecnologia. Quando se trata de Sistema de Gestão da Qualidade, as 
soluções são gerenciais e necessariamente passam pelas pessoas. 
2. O relacionamento chefe/subordinado nos canteiros não é, normalmente, propício 
à participação dos funcionários no processo (cultura do setor e desnível social). 
3. O setor está começando a ser exposto à concorrência internacional. Essa 
exposição, se traz os custos sociais da globalização, traz também os benefícios do 
crescimento profissional e pessoal. Nos segmentos que já têm experiência de operar 
no mercado global, aspectos como certificação da mão-de-obra, preocupação com a 
rotatividade, índices de desempenho "classe mundial", gerenciamento da cadeia de 
fornecedores e padronização são bastante conhecidos e difundidos. 
4. Na maioria das empresas, o processo construtivo não é padronizado, mas sim 
improvisado. O histórico número, muitas vezes divulgado, que indica um desperdício 
da ordem de 30% nos processos construtivos é, certamente, exagerado, se 
considerarmos como desperdício somente os materiais não utilizados e perdidos. 
Mas é tímido, se considerarmos como desperdício uma série de perdas que são 
entendidas como parte do processo: retrabalho, re-programações, paradas por falta 
ou recebimento de materiais, excesso de estoque (intermediários inclusive), falta de 
qualidade dos materiais fornecidos, horas improdutivas nos canteiros etc. (MATTEI, 
1998, s.p.) 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
A implantação da norma também guarda algumas dificuldade, entre as quais 
Mattei (1998) indica: 
 
1. Depositar a responsabilidade pela implantação em uma única pessoa, por 
exemplo, o gerente da qualidade. O programa deve ser "da empresa" e conduzido 
por todos os gerentes, como parte de suas responsabilidades; 
2. Criar um pequeno comitê para discutir os assuntos relacionados com o programa, 
e tomar decisões. As pessoas que conduzem os processos devem estar à frente do 
projeto, participando de discussões e soluções, garantindo assim seu compromisso; 
3. Não definir prazo para concluir o projeto, incluindo a não definição de prazos 
intermediários, onde seja possível aferir o progresso da implantação; 
4. Focar a empresa "por departamentos" em vez de "processos"; 
5. Começar o programa escrevendo procedimentos (departamentais) de "como 
deveria ser" a empresa. O primeiro passo deve ser "planejar" o sistema da qualidade 
e definir as estratégias de como ele será "aculturado" definitivamente; 
6. Acreditar que o programa termina com a certificação. Na verdade, o processo de 
melhoria contínua será colocado em marcha após a certificação, quando 
efetivamente começará o programa; 
7. Criar expectativas não realistas; 
8. A diretoria da empresa não patrocinar o projeto, ou deixar de patrociná-lo durante 
seu desenvolvimento. Um projeto desse porte, que envolve mudanças culturais, não 
é realizado rapidamente e precisa do apoio incondicional da direção; 
9. Não aplicar recursos de forma adequada, com especial atenção aos recursos 
humanos envolvidos e disponíveis para o programa; 
10. Não ter metodologia comprovadamente eficaz, que seja capaz de fornecer a 
disciplina e os métodos necessários para romper com a antiga forma de raciocínio. 
 
Há ainda, as normas ISO 9000-1 que está ligada a conceitos de qualidade e 
fornecimento de diretrizes para seleção e uso das normas da família NBR ISO 9000, 
e a normas ISO 26000, mais recente que está voltada para a Responsabilidade 
Sociais e impactos da construção no meio ambiente. 
Outras Certificações que são bem atuais são as que atestam o cumprimento 
 
 
 
 
49 
 
 
 
das exigências legais e normativas sobre o impacto ambiental da construção. Elas 
são chamadas de “Selos verdes”. 
Desde a década de 1990 que diversos países da Europa e América do 
Norte se mostravam preocupados com as metas mundiais em termos de 
energia, água e clima, desflorestamento e outros problemas ambientais que 
eram gerados pelas construções. 
Estes países, então, desenvolveram metodologias que geravam pontos 
para os empreendedores que considerassem e realizassem construções 
ecologicamente corretas.Atualmente há um grupo de países que emitem “selo verde”, certificados 
que as empresas de construção podem adquirir em função de sua realização 
segundo os critérios e metas relativas ao meio ambiente. Na tabela 1 abaixo se 
encontra uma relação de Certificações segundo o país que emite. 
 
Tabela 1 - Selo Verde. Emissão internacional 
 
PAÍS 
 
 
CERTIFICADO 
 
África do Sul SBAT 
Austrália BGRS 
Canadá Green Globes 
China HK Bean 
Estados Unidos LEED 
França Habitat e environment 
NF Batiments Tertiaires 
Japão CASBEE 
Noruega Ecoprofile 
Portugal Lider A 
Reino Unido BREEM 
Suécia Ecoefect 
Internaciona GBTOOL 
BRASIL 
Green Building – LEED 
INMETRO – PROCEL 
AQUA 
Método IPT 
Fonte: SENAI/SP, 2010. 
 
 
 
 
50 
 
 
 
8 ESTUDO DE CASO 
 
8.1 Visita Ecovias – 13 de maio de 2017 
 
A Ecovias, empresa do Grupo EcoRodovias, administra o SAI (Sistema 
Anchieta Imigrantes) , formado pelas rodovias Anchieta, Imigrantes, Padre Manoel 
da Nóbrega e Cônego Domenico Rangoni. 
Na construção e no projeto da Nova Imigrantes, o Sistema de Gestão 
Ambiental considera as restrições impostas ao projeto, produto ou serviço, por 
órgãos ambientais, como desafios para a inovação e a criação de soluções, que vão 
propiciar um desenvolvimento sustentável. 
Os especialistas através de estudos resolveram a complexa equação 
envolvendo o aspecto ambiental versus o impacto ambiental, cuja solução produz o 
desenvolvimento sustentável. Enfatizaram a importância e o papel das etapas do 
processo de AIA (Avaliação de Impacto Ambiental), EIA (Estudo de Impacto 
Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto ao Meio Ambiente) que sucedem a 
aprovação do projeto, em particular a etapa de acompanhamento da construção da 
pista descendente da rodovia dos Imigrantes, que afeta diretamente o ecossistema, 
onde foi utilizado para confirmar o alcance da AIA na prevenção e redução de 
impactos ambientais negativos, principalmente na fase de implantação do projeto. 
 Os dados obtidos em observações de campo e monitoramento da qualidade 
da água permitiram o reconhecimento de impactos não previstos no EIA. 
 
8.2 Grupo EcoRodovias 
8.2.1 EcoRodovias Infraestrutura e Logística 
A EcoRodovias é uma Companhia de infraestrutura logística integrada, que 
opera ativos de logística intermodal, concessões rodoviárias e serviços 
correlatos, de forma sustentável e socialmente responsável. A missão da 
Companhia é empreender negócios sinérgicos e sustentáveis em infraestrutura 
logística, integrando as empresas com seus valores, práticas de gestão e 
governança. 
 
 
 
 
51 
 
 
 
A EcoRodovias conta hoje com sete concessões rodoviárias, dezesseis 
unidades de logística controladas pela Elog, distribuídas no Sul e no Sudeste do 
país, além do terminal portuário Ecoporto Santos, localizado no maior porto do 
país, em Santos (SP). 
Seus ativos compõem uma cadeia logística intermodal crescentemente 
integrada, oferecem sinergias operacionais e econômicas e estão 
estrategicamente localizados nos principais corredores de 
exportação/importação e de circulação de bens para o mercado interno, de 
produção, de consumo e de turismo do país. 
A EcoRodovias é uma empresa de capital aberto registrada na CVM 
(Comissão de Valores Mobiliários) desde 2003, e com ações negociadas na 
BMF&Bovespa desde 1º de abril de 2010. 
 
8.3 Comitê de ética 
 
O Comitê de Ética tem a função, dentre outras, de avaliar e decidir sobre 
infrações cometidas por colaboradores da empresa ao Código de Conduta. 
Para tanto, recebe denúncias, comentários ou sugestões de colaboradores e de 
outras pessoas que se relacionem com a empresa. Todas as informações enviadas 
ao Comitê de Ética são tratadas com absoluto sigilo, inclusive a identidade do 
remetente. 
Os integrantes do Comitê de Ética são designados pelo Conselho de 
Administração da EcoRodovias entre os membros da alta direção. 
A Comissão de Apuração do Comitê de Ética é composta por: 
-DiretorSuperintendente 
- Ouvidora 
- Assessor Jurídico Local 
 
8.4 Objetivos – Código de conduta 
 
O Código de Conduta comprova publicamente o empenho da EcoRodovias 
em honrar seus compromissos com os colaboradores, investidores, clientes, 
usuários e demais públicos de relacionamento. Por meio desse documento, é 
 
 
 
 
52 
 
 
 
possível conhecer as atitudes e comportamentos esperados de seus colaboradores 
e parceiros e também seus direitos na empresa. 
Além de uma demonstração de transparência e respeito, o Código de 
Conduta é mais uma das contribuições para o melhor desempenho da Companhia e, 
consequentemente, de uma sociedade mais justa e responsável. 
Principais objetivos: 
• Definir e consolidar os princípios e as normas de conduta que orientam a atuação 
de seus administradores e profissionais. 
• Disciplinar os relacionamentos internos e externos com os diversos públicos 
envolvidos, evitando conflitos de interesses individuais versus empresariais; 
• Proteger o patrimônio físico e intelectual dos acionistas; 
• Alavancar a imagem da empresa como sólida, confiável, consciente de sua 
responsabilidade social e empresarial, que persegue resultados de maneira honesta, 
justa, legal e transparente. 
 
8.5 Sistema Anchieta-Imigrantes 
 
O Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) é a principal ligação entre a região 
metropolitana de São Paulo e o Porto de Santos – o maior da América Latina –, o 
Pólo Petroquímico de Cubatão, as indústrias do ABCD e a Baixada Santista. 
Desde 1998, o trecho é administrado pela empresa Ecovias dos Imigrantes, sob 
o edital de licitação nº 015/CIC/97, de lote 22, junto ao Governo do Estado de São 
Paulo e regulamentado pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo – 
Artesp. A partir disto, cabe a empresa a exploração e manutenção do sistema 
rodoviário de 176,8 km de extensão, além da prestação de serviço aos mais de 30 
milhões de veículos recebidos no Sistema Anchieta-Imigrantes anualmente. 
 
Trechos que compõe o SAI: 
• SP 150 - Rodovia Anchieta, do KM 9, mais 700 metros, até o km 65, mais 600 
metros. 
Um total de 55,90 quilômetros; 
• SP 160 - Rodovia dos Imigrantes, do KM 11, mais 460 metros, até o KM 70. 
Um total de 58,54 quilômetros; 
 
 
 
 
53 
 
 
 
• SP 040/150 – Interligação Planalto. Tem 8 km de extensão, ligando as rodovias 
Anchieta e Imigrantes no alto da Serra, altura do KM 40; 
• SP 059/150 - Interligação Baixada. Tem 1,8 quilômetros de extensão, ligando as 
rodovias Anchieta, altura do KM 59, com a Imigrantes, altura do KM 62; 
• SP 248/55 – Rodovia Cônego Domênico Rangoni, mais conhecida como 
Piaçaguera-Guarujá, 
com 30,6 quilômetros – do KM 270 ao KM 248 de Cubatão e do KM 1 ao KM 8, no 
Guarujá; 
• SP 055 – Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, com 21,60 quilômetros 
do KM 270 de Cubatão ao KM 292 da Praia Grande. 
 
A avaliação de impacto ambiental de uma rodovia se inicia no planejamento, 
continua na fase de implantação e construção, até a fase operacional quando a 
qualidade de sua manutenção tem grandes implicações. No Brasil, ainda é precária 
a fase de operação, sendo pouco ou nada exigido pela legislação. 
A pista descendente da rodovia dos Imigrantes inicia-se, em São Bernardo do 
Campo, região do ABC paulista, no km 40, junto à interseção com a SP-041 
(interligação Imigrantes-Anchieta, no Planalto), atravessa o desnível de 730m até 
seu término, no cruzamento com a SP-59 (interligação Imigrantes-Anchieta, na 
Baixada Santista), na altura do km 63, no município de Cubatão. É denominado 
Rodovia dos Imigrantes (SP-160), um dos principais acessos ao litoral paulista. 
A obra de construção dessa pista iniciou-seem setembro de 1998 e foram 
concluídas em dezembro de 2002. A Concessionária Ecovias consumiu 300 milhões 
de dólares na realização do empreendimento, com financiamento do Banco 
Interamericano de Desenvolvimento – BID e do Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social – BNDES, agências que também impõem condições de controle 
ambiental à liberação de verbas. O restante foi oriundo de investimento da empresa, 
sendo 30% procedente da receita do pedágio. A capacidade do SAI passou, com a 
conclusão da nova pista, de 8.500 para 14.000 veículos por hora. 
Essa pista constitui-se por seções de terraplenagem nos trecho Baixado e 
Planalto. O trecho Serra é transposto, quase que exclusivamente por túneis 
entremeados, a viadutos de pequena extensão e movimentos de terra pouco 
expressiva. 
Nesta demanda de obra, estiveram presentes no Parque Estadual da Serra 
do Mar (PESM) cerca de 5.000 profissionais, tendo sido consumidos 420 mil m3 de 
 
 
 
 
54 
 
 
 
concreto, 25 mil toneladas de aço, 600 mil m2 de fôrmas e escavados 800 mil m3 de 
solo e 1.200 mil m3 de rocha. A adoção de práticas de gestão ambiental durante a 
construção foi fundamental para que o meio pudesse suportar um projeto dessa 
demanda. 
 
Imagens: Vista da Rodovia dos Imigrantes descendente e o cruzamento das 
pistas. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias. 
 
8.6 Detalhamento dos impactados na fase da construção. 
 
Os impactos físicos avaliados durante a fase de construção foram separados 
qualitativamente, e considerando as alterações ao meio biótico e socioeconômico, 
este que avançou de forma consideravel a economia local, nos pontos positivo e 
negativo: 
 
Positivos: 
Sócio econômico 
– Estabilidade de encostas em cortes. 
– Circulação de veículos de carga; 
– Fixação temporária de mão-de-obra; 
– Circulação de veículos e pedestres (trecho Planalto); 
– Circulação de veículos e pedestres (trecho de Baixada); 
– Criação de empregos. 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 
Negativos: 
Meio físico 
– Estabilização de massas de tálus; 
– Problemas de escavação dos túneis; 
– Erodibilidade; 
– Quebra de continuidade dos substratos; 
– Aquáticos e ruptura dos fluxos de alimentos e água salgada; 
– Poluição sonora; 
– Poluição atmosférica; 
– Desmatamentos 
– Danos sobre a qualidade das nascentes, córregos e rios e áreas de bota-fora; 
– Áreas de bota-fora. 
Meio Biótico 
– Barreiras ao deslocamento de espécies móveis; 
– Soterramento de vegetação e de mangue e atulhamento de talvegue; 
– Soterramento de áreas de mangue; 
Sócio econômico 
– Ocupação da área lindeira (trecho de baixada); 
– Circulação de veículos e pedestres (trecho de baixada); 
– Sobrecarga das conexões com as rodovias e sistema viário da Baixada Santista 
 
8.7 Construção pista descendente – processo AIA/EIA. 
 
8.7.1 Critérios das etapas das leis ambientais. 
 
As etapas do licenciamento ambiental estruturam-se, dê acordo com o 
Decreto 99.274/90, em Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de 
Operação (LO). A concessão da LP para um empreendimento representa apenas 
que sua concepção e localização são ambientalmente viáveis. Entretanto, sua 
construção somente é autorizada mediante a obtenção da LI, para a qual terão que 
ser atendidas, pelo empreendedor, todas as exigências formuladas na etapa anterior 
 
 
 
 
56 
 
 
 
do processo. Procedimento similar é adotado para o alcance da LO, que possibilita a 
operação da rodovia. 
A LP da segunda pista da rodovia dos Imigrantes foi concedida à Dersa, em 
1989, pelo DAIA, com base na Deliberação Consema 038/89 que aprovou o 
EIA (TRÂNSITO, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES – TTC, 1988) e as 
conclusões do parecer técnico DAIA, de 30/10/89, da SMA referente à análise da 
viabilidade ambiental do empreendimento. Como essa pista interfere em áreas 
legalmente protegidas, a LP tem que ser autorizada pela Assembléia Legislativa do 
Estado de São Paulo. Assim, a permissão para desafetar o trecho do Parque 
Estadual Serra do Mar, atravessado pelo traçado e para construção da obra foi 
referendada pela Lei 9.444/96. 
A Ecovias ficou responsável pela obtenção da LI. As características técnicas 
da pista descendente associadas ao planejamento da logística da obra e às 
variáveis ambientais do meio, sobretudo fatores do meio físico, implicaram pedidos 
de LI por segmentos do empreendimento. Os trechos Planalto e baixada, foram os 
primeiros submetidos à solicitação da LI. Parte do terraplenagem, no planalto, havia 
sido concluída concomitantemente à finalização da pista ascendente. 
A consolidação do projeto básico para os viadutos da Baixada encontrava-se 
em estágio mais adiantado do que no trecho Serra, cujo detalhamento do traçado iria 
requerer estudos complementares. Além disso, ambos os trechos estão localizados 
nos extremos do empreendimento e em regiões com fácil acesso, não necessitando 
do uso da estrada de serviço para sua execução. 
O trecho Serra, foi o último a ser licenciado, uma vez que carecia de uso de 
infraestrutura mais complexa e da recuperação da estrada de serviço, utilizada na 
construção da pista ascendente. O segmento também na Baixada, compreendido 
entre o km 59 e km 63, em que parte do terraplenagem havia sido realizada 
anteriormente, foi o último a ser licenciado. A construção deste trecho, que seria 
executada pelo Estado (DER), foi repassada à Concessionária Ecovias, somente no 
início de 2002, sendo as licenças concedidas, após análise de relatórios técnicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
 
8.7.2 Visões dos impactos e suas mitigação: 
 
Para se adaptar às novas exigências da legislação ambiental, foi necessária a 
utilização de tecnologia de ponta e métodos construtivos mais atualizados, reduzindo 
em 40 vezes o impacto ambiental causado à Mata Atlântica, em relação à 
construção da primeira pista na década de 70. 
De acordo com ECOVIAS (2012) por toda a extensão da Rodovia foi utilizado 
o pavimento rígido de concreto, que possui maior resistência ao desgaste em 
relação ao pavimento flexível asfáltico, reduzindo assim a necessidade de 
manutenção e, consequentemente, de obras de conservação que prejudicam o 
tráfego. 
Os três túneis construídos totalizaram 8,23 quilômetros, e dentre estes, 
encontra-se o maior túnel rodoviário do Brasil (TD1), com 3.146 metros de 
comprimento, assim foi possível reduzir apenas sete pontos a interferência com a 
floresta nativa às três entradas e saídas dos túneis e uma “janela” utilizada para 
agilizar a construção do TD1. O túnel que observamos na Figura 01/02 abaixo serviu 
como saída operacional, em caso de emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
Fig 01: TD1- Em dias atuais. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias. 
 
Fig: 02 “Janelas” Saída de emergência. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias. 
 
Na crista da Serra do Mar próximo ao planalto, local de maior dificuldade 
técnica, o viaduto inicialmente previsto com 1.490m e alguns pilares com mais de 
 
 
 
 
59 
 
 
 
90m de altura, foram substituídos por três viadutos menores e pilares com as 
fundações mais próximas, em função do ajuste do eixo do traçado, ampliando assim 
o vão padrão de 45m, para 90m, conforme figuras 03/04 abaixo, reduzindo os 
impactos necessários de abertura de clareiras e escavações para as fundações 
visando diminuir os impactos locais. 
 
Fig: 03: Ilustra o vão do projeto original, com 45m de comprimento. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias.60 
 
 
 
Fig: 04: Ilustra o vão do novo projeto, com o dobro do comprimento. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias. 
 
Houve conforme mencionado pela Ecovias à eliminação de dois viadutos 
planejados, para minimizar a interferência a montante da captação de água. Uma 
grande racionalização de instalações de apoio também foi efetivada, onde 
anteriormente contava com 16 canteiros, passou a contar com apenas dois 
integralmente inseridos em áreas degradadas aproveitadas da construção da 
primeira pista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
 
 
Fig: 05: Ilustra a construção da tubulação na parte interna do Túnel. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias 
Fig: 06: Ilustra a tubulção da parte externa para captação de liquidos na pista. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias. 
 
Buscando atender as exigências ambientais, foi também realizado a 
tubulação da caixa de coleta da captação do túnel, onde o material coletado fica 
 
 
 
 
62 
 
 
 
armazenado, aguardando que uma empresa especializada faça a retirada, evitando 
o lançamento no meio ambiente, conforme figura 07 abaixo. 
 
Fig: 07: Ilustra caixa coletora de materiais perigosos. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias. 
 
Um dos fatores que mais gerou impacto na obra da pista descendente foi a 
água de infiltração dos túneis que saiam por emboques contaminada com pó de 
pedra das atividades de perfuração, e concreto, foram tratadas por cinco estações 
especialmente projetadas, com aplicação de floculantes químicos e procedimentos 
de correção do pH. Conforme Figura 08/09 a mesma representou a contaminação da 
água nos rios Pilões a Cubatão com a incrustação carbonática. Após o tratamento as 
águas eram lançadas com características similares às verificadas nos cursos d água 
receptora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
 
 
 
Fig: 08/09: Fotos ilustram resíduos de contaminação da água nos Rios Pilões 
e Cubatão. 
 
Fonte: Material cedido pela Ecovias. 
 
Assim, considera-se, como o principal impacto sobre o meio físico da fase de 
instalação da pista descendente, a alteração da qualidade da água (poluição e 
assoreamento). Esse impacto foi decorrente, principalmente, das atividades de 
escavação e concretagem dos túneis. As atividades de escavação e concretagem 
dos viadutos, o uso de áreas de apoio e tráfego de máquinas pela estrada de 
serviços e vias de acesso também contribuíram para a ocorrência desse impacto, 
embora em menor proporção. Sua forma de manifestação deu-se por meio do 
escoamento das águas superficiais, das áreas submetidas a escavações, e 
concretagens extensas nas quais eram conduzidas caldas ou natas de cimento, 
sedimentos e pó de pedra. 
A deflagração de processos erosivos e de escorregamento pode ser 
considerada como um dos impactos mais representativos quanto à frequência de 
ocorrência. Esse impacto foi ocasionado, sobretudo, nos períodos iniciais da 
construção (atividades de desmatamento e abertura de frentes de obra) e durante a 
escavação dos trechos em corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
 
 
9. APENDICE 
Imagem 1: Ecovias 
 
Imagem 2: Membro do grupo em visita 
 
 
 
 
65 
 
 
 
 
Imagem 3: Central de monitoramento EcoVias
 
Imagem 4: Rodovia dos Imigrantes e posto avançado da EcoVias 
 
 
 
 
66 
 
 
 
 
Imagem 5: Pátio e caixa d’agua EcoVias 
 
 
 
 
67 
 
 
 
 
Imagem 6: Grupo da Unip em visita à EcoVias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
 
10. CONCLUSÃO 
 
O presente trabalho teve como principal foco, ampliar o conhecimento quanto 
ao que concerne à sustentabilidade na construção civil e todo seu campo 
abrangência. Conhecer um projeto como o da Ecovias permitiu que a parte teórica 
pesquisada pudesse ser visualizada na pratica. 
É fato que a sustentabilidade carrega inúmeros benefícios em qualquer área 
de aplicação e por igual na construção civil os benefícios são oferecidos para todos 
os envolvidos no sistema, tanto quanto para todos em geral. 
Os clientes cada vez mais exigem novas tecnologias e buscam benefícios a 
curto e longo prazo que a sustentabilidade possa lhe oferecer a economia que ele 
terá com a implantação de filosofias e práticas sustentáveis nas edificações. 
Ademais, as corporações se beneficiam cada vez mais e fazem da sustentabilidade 
sua propaganda e ideologia, objetivando que a longo prazo, o custo elevado para a 
implantação, se reverte em elevação de ganhos. Fato é que o maior vencedor neste 
prisma é o meio ambiente e as gerações vindouras, pois ideologias unidas com 
praticas de sustentabilidade contribuem para um futuro saudável de todo o planeta. 
 As certificações e selos sustentáveis são marcas predominantes no mercado 
e referente a esse assunto, foi fundamental a análise exploratória deste tema. A 
certificação LEED, entre outros selos, carrega variadas medidas sustentáveis a 
serem adotadas, que permitem que as empresas possam construir uma gigantesca 
história e tornar a engenharia civil com um tom mais “verde”. No entanto, quando se 
analisa a base teórica a respeito da sustentabilidade, percebe-se que este não 
deveria ser um fator que acresce valor do empreendimento. Quando um projeto é 
revisto as concepções de proteção do projeto e pensadas antecipadamente, estas, 
geram um grande proveito energético. Em um empreendimento, simples 
posicionamentos para adequação de aproveitamento de luz, a titulo de exemplo, é 
uma medida considerada pequena, porém, se pensada antecipadamente, pode 
proporcionar enorme economia em longo prazo. Em relação ao estudo de caso na 
Ecovias, é bastante relevante ressaltar que os gastos com a execução para 
adequações/reforma da edificação, podem elevar custos que, se observados desde 
a concepção do projeto, poderiam ser evitados. 
Diante das pesquisas e análise realizadas durante o desenvolver deste 
trabalho, conclui-se que o caminho a percorrer para a sustentabilidade ainda é 
longo, permeado de novas descobertas, pesquisas e aperfeiçoamentos, porém, 
ainda pequena, é uma realidade que vem crescendo e aponta como uma inclinação 
de prática crescente no futuro. Assim, a história deixada pela sustentabilidade 
realizada na atualidade, será resultado que as próximas gerações colherão frutos, 
bem como todo o planeta, pois acredita-se que a sustentabilidade e preservação do 
ambiente será assunto disseminado e reconhecido nas gerações vindouras. 
 
 
 
 
 
 
69 
 
 
 
11 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
Sustentabilidade nas obras e nos projetos – Questões práticas para profissionais e 
empresas – editora pini 2012 
 
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nome da Rosa, 2004 
 
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MOTTA, Ana L. T. Seroa da. Certificado de Sustentabiidade para a Construção Civil. 
Rev Memo Arqu. Eng. Meio Amb., 8ª edição, 2011. Disponível 
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mcmv. Acesso em fev, 2017 
 
 
	7. REFERENCIAL TEÓRICO
	7.1 Materiais Sustentáveis
	7.1.1 Materiais de Mudança de Fase
	7.1.2 Ecoprodutos
	7.2 Madeira
	7.3 Energia
	7.4 Água
	7.5 Espaços especiais na área externa
	7.6 A importância da ecologia do meio ambiente e da sustentabilidade para a construção civil
	7.8 Certificação na construção civil (Eco construção)
	8.6 Detalhamento dos impactados na fase da construção.
	Os impactos físicos avaliados durante a fase de construção foram separados qualitativamente, e considerando as alterações ao meio biótico e socioeconômico, este que avançou de forma consideravel a economia local, nos pontos positivo e negativo:
	Positivos:
	Sócio econômico
	– Estabilidade de encostas em cortes.
	– Circulação de veículos de carga;
	– Fixação temporária de mão-de-obra;
	– Circulação de veículos e pedestres (trecho Planalto);
	– Circulação de veículos e pedestres (trecho de Baixada);
	– Criação de empregos.
	Negativos:
	Meio físico
	– Estabilização de massas de tálus;
	– Problemas de escavação dos túneis;
	– Erodibilidade;
	– Quebra de continuidade dos substratos;
	– Aquáticos e ruptura dos fluxos de alimentos e água salgada;
	– Poluição sonora;
	– Poluição atmosférica;
	– Desmatamentos
	– Danos sobre a qualidade das nascentes, córregos e rios e áreas de bota-fora;
	– Áreas de bota-fora.
	Meio Biótico
	– Barreiras ao deslocamento de espécies móveis;
	– Soterramento de vegetação e de mangue e atulhamento de talvegue;
	– Soterramento de áreas de mangue;
	Sócio econômico
	– Ocupação da área lindeira (trecho de baixada);
	– Circulação de veículos e pedestres (trecho de baixada);
	– Sobrecarga das conexões com as rodovias e sistema viário da Baixada Santista
	8.7 Construção pista descendente – processo AIA/EIA.
	8.7.1 Critérios das etapas das leis ambientais.

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