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TCC ARTIGO CIENTÍFICO UCAM - A LEI DO EMPREGADO DOMÉSTICO

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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
EDNEI JOSÉ DE ALMEIDA
BENEFÍCIOS DA LEI COMPLEMENTAR N.º 150 /2015
A LEI DO EMPREGADO DOMÉSTICO
ITAPETININGA (SP)
2017
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
EDNEI JOSÉ DE ALMEIDA
BENEFÍCIOS DA LEI COMPLEMENTAR N.º 150 / 2015
A LEI DO EMPREGADO DOMÉSTICO
Artigo Científico encaminhado à Universidade Candido Mendes –
UCAM, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em. Direito do Trabalho.
ITAPETININGA (SP)
2017
�
BENEFÍCIOS DA LEI COMPLEMENTAR N.º 150 / 2015
A LEI DO EMPREGADO DOMÉSTICO
Ednei José de Almeida�
RESUMO
A preocupação básica deste estudo é refletir sobre os benefícios da Lei Complementar n.º 150 de 01 de junho de 2015, a “Lei do Empregado Doméstico”. Este artigo tem como objetivo analisar os benefícios da lei no cotidiano da categoria do empregado doméstico. Impacto no mercado de trabalho. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de vários autores respeitados, procurando enfatizar a importância do bom convívio entre empregados e empregadores, bem como a necessidade da segurança jurídica estatal na relação de trabalho. Concluiu-se a importância de ter normas garantidoras de direitos trabalhistas, de modo a garantir que o empregado doméstico possa laborar com mais segurança jurídica trabalhista.
Palavras-chave: Empregado Doméstico. Empregador. Direitos. Garantias.
Introdução
O presente projeto de pós graduação tem como objetivo apresentar os impactos atuais dos novos benefícios adquiridos pela categoria dos empregados domésticos com a inovação da legislação pela Lei Complementar 150 de 1.º de junho de 2015, a chamada “PEC das Empregadas”.
Desde 1.º de outubro de 2015, entrou em vigor a lei sancionada em maio pela presidente Dilma Rousseff, a Lei Complementar n.º 150, que amplia os direitos dos empregados domésticos, gozando de mais alguns direitos . 
Lembrando que a Constituição Federal de 1988, por sua vez, contemplou outros direitos sociais às empregadas e empregados domésticos, tais como: salário- mínimo; irredutibilidade salarial; repouso semanal remunerado; gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias; licença-paternidade; aviso-prévio; aposentadoria e integração à Previdência Social.
Nesta perspectiva, construiu-se questões que nortearam este trabalho:
a) Os benefícios com o advento da nova Lei Complementar 150 de 2015;
b) Anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social;
c) Salário-mínimo da categoria;
d) 13º (décimo terceiro) salário;
e) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
f) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
g) Estabilidade no emprego em razão da gravidez;
h) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
 Um dos motivos desse trabalho é analisar a importância das mudanças nas atividade dos empregados domésticos, apresentando especialmente os benefícios com a vigência da Lei Complementar n.º 150/2015.
Para apresentarmos os objetivos propostos, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisa bibliográfica, realizada a partir da análise pormenorizada das leis, Constituição Federal de 1988, doutrinas, materiais já publicados na literatura e alguns artigos científicos divulgados no meio eletrônico.
O texto foi fundamentado nas ideias e concepções de autores como: Nascimento (2008) e Martins (2003).
Desenvolvimento
Para garantir a dignidade dos empregados em geral, nosso ordenamento jurídico deve atuar incansavelmente na busca de garantir a dignidade dos empregados, principalmente àqueles que não encontra proteção sindical expressiva, como é o caso da categoria dos empregados domésticos. Para um melhor entendimento sobre o tema, inicio o trabalho apresentando as partes essenciais numa relação de trabalho doméstico, o empregado e o empregador.
Empregado Doméstico:
À luz do artigo 1.º da Lei n.º 5.859/72, o empregado doméstico “é considerado aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbito residencial destas, aplica-se o disposto nesta lei”, conforme dispõe o artigo 1º da referida lei. Nascimento (2008), afirma que a característica do empregado doméstico resulta da inexistência de fins econômicos no trabalho que exerce para pessoa ou família.
Requisitos:
Destaca-se como primeiro requisito, a natureza contínua, ou seja, não eventual, habitual. Acreditava-se que ao contratar uma empregada para limpar a casa duas ou três vezes por semana, simplesmente contratava-se o serviço de diarista. Contrariando, o TRT da 2ª Região entendeu diferente, julgando favorável uma ação onde a pessoa exercia o serviço de forma continua apenas duas vezes na semana (Processo 2005.0674034 - RO 00367.2005.261.02.00-1). Importante salientar que, se a pessoa escolhe os dias e os horários que irá trabalhar, de forma esporádica, não há relação de emprego, neste caso haverá a eventualidade, pois não há controle por parte daquele que contrata o serviço.
O segundo requisito, é que o resultado do trabalho a ser prestado tenha finalidade não lucrativa. Exemplo: O empregador contrata empregada(o) doméstico, e aproveita para atribuir no labor residencial, a preparação de doces e salgados, para venda externa.
O terceiro requisito é que o labor doméstico deve ser dirigido à pessoa ou à família, no âmbito residencial. Quando falamos em âmbito residencial, essa expressão deve ser extensiva ao sítio, casa de campo ou de praia, ou outro ambiente destinado ao lazer da família. Entretanto, segundo Nascimento (2008), “um dentista, com consultório na própria residência, terá como empregado, e não como doméstico, aquele que faz a limpeza da sua sala , enquanto a fizer”. É importante ressaltar que uma empresa não pode contratar empregado doméstico, assim como nenhuma associação ou entidade, ainda que ele seja filantrópica, pois a legislação é clara “finalidade não lucrativa a pessoa ou a família no âmbito residencial”. 
	Apenas para elucidar, é vedada expressamente a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para serviços domésticos, à luz da Convenção n.º 182 de 1999 da Organização Internacional do Trabalho (regulamentada pelo Decreto 6.481/2008 e pela lei complementar n.º 150/2015, em seu art. 1.º, par. Único).
Empregador Doméstico
Já o empregador doméstico é a pessoa física, que sem finalidade lucrativa, admite o empregado doméstico, também pessoa física, a fim de que preste serviço de natureza contínua para sua própria residência, ou seja, no âmbito familiar.
A Lei – impacto inicial
 	Com a promulgação da referida lei ocorreram demissões em massa da categoria, diante do receio de não ter poder cumprir as satisfações trabalhistas, assustados, muitos empregadores dispensaram empregados domésticos. De acordo Almeida (2016), em sua publicação no site Exame.com de 29/08/2015, a “Estimativa é que despesas do empregador com o pagamento de benefícios do empregado aumente, em média, 7% ao mês”. 	
	Não é possível apresentar um número exato das demissões que ocorreram informalmente no período do início da aplicação da lei, pelo fato que muitos domésticos laboravam sem registro em carteira profissional.
Alteração no cenário nacional
	De acordo com Spitz (2016), lentamente o cenário está sendo positivamente alterado, em matéria publicada dia 07.05.2016 no site “O GLOBO”, “A crise econômica empurrou 90 mil pessoas para o emprego doméstico nos três primeiros meses deste ano (2016), segundo dados da Pnad Contínua Trimestral, divulgada pelo IBGE”. Ainda segundo o site,” Esse contingente representa um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2014, alta que não era observada em um primeiro trimestre desde que a pesquisacomeçou, em 2012. No país, existem hoje cerca de 6 milhões de trabalhadores domésticos que atuam como mensalistas, diaristas, babás e caseiros”. 
 	Já a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), também do IBGE, “mostra que o número de empregados domésticos vinha caindo desde 2010, e a renda crescendo até 60% nos últimos oito anos. Com o aumento da escolaridade e a economia aquecida, muitos trabalhadores optavam por trocar o trabalho em casas de famílias por um posto mais qualificado. Agora, fazem o movimento inverso”.
	Spitz (2016) conclui que, “na avaliação do professor de Economia da PUC-Rio Sérgio Besserman Vianna, o desaquecimento da economia estaria levando para o emprego doméstico tanto quem ficou desempregado quanto as pessoas que estavam fora da força de trabalho e encontram nessa atividade uma maneira mais fácil de se reinserir no mercado”.
Ainda sobre o tema, Spitz (2016), revela que “aumentou-se o número de trabalhadores domésticos no Brasil, especialmente as diaristas, que trabalham em mais de uma residência, apontam os novos indicadores do mercado de trabalho divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)”
 	
Dos Benefícios 
 	O recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), antes opcional, tornou-se obrigatório o recolhimento do FGTS, a partir do dia 01 de outubro de 2015., através da Lei Complementar 150 de 1.º de junho de 2015 e divulgada oficialmente pela publicação da Resolução do Conselho Curador do FGTS n.º 780/2015, da Circular CAIXA nº 694/2015 e da Portaria Interministerial n.º 822/2015..
Antes da LC 150/2015, discutia-se exaustivamernte sobre a possibilidade da opcionalidade do benefício, instituído pelo art. 1º, da Lei nº 10.208, de 23 de março de 2001, cabiam previamente as partes negociarem se o empregador depositaria. 
Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, devem ser observadas as hipóteses de desligamento para recolhimento do percentual incidente sobre o montante de todos os depósitos realizados durante a vigência do contrato, devidamente atualizados, na conta vinculada do(a) empregado(a).
Jornada de Trabalho
	De acordo com o artigo 2.º da LC 150/2015, “Jornada de trabalho de 8 horas diária e 44 horas semanais”, sendo portanto 220 horas mensais. Já o artigo 11 da referida Lei, aduz que ”Quando viajar em serviço, acompanhado de seu patrão, serão consideradas para a contabilidade de jornada diária, apenas as horas efetivamente laboradas”, e diz o texto do parágrafo segundo do mesmo artigo que “terá o valor de sua hora diferenciada enquanto estiver em viagem, que deve ser acrescida de, no mínimo 25% sobre o valor da hora normal”. 
 	É obrigatório o registro de horário de trabalho (art. 12 da referida Lei).
	O empregado doméstico deve ter o intervalo para o descanso e refeição, de no mínimo uma hora diária. Caso resida no local de trabalho, terá direito de ter duas pausas de intervalo, cada uma deverá ter no mínimo uma hora. Empregados que trabalham entre 22h00min e 05h00min terão direito ao recebimento de adicional noturno, com direito à hora noturna reduzida. Adicional noturno deverá ser no mínimo de 20%.
Seguro desemprego
O benefício do seguro-desemprego ao(a) doméstico(a) consiste no pagamento, no valor de 1 salário-mínimo, por um período máximo de 3 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses, conforme dispõe art. 26 “caput” da LC 150/2015
	As hipóteses de justa causa estão elencadas no art. 27 da LC 150/2015.
Anotação na CTPS
A C.T.P.S. deverá ser devidamente anotada, com informações do contrato de trabalho (data de admissão, salário ajustado e condições especiais, se houver). As anotações devem ser efetuadas no prazo de 48 horas. 
Salário
O salário a ser pago pelo empregador deverá ser o estipulado como valor mínimo determinado em lei nacional (Art. 7.º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988), todavia, o salário poderá ser pago parcialmente desde que proporcional a sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, nas mesmas funções, tempo integral (LC 150/2015, art. 3.º, par. 1.º).
Feriados
	 Desde a publicação da Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006, que revogou a alínea “a” do art. 5.º da Lei n.º 605, de 5 de janeiro de 1949, os trabalhadores domésticos passaram a ter direito aos feriados nacionais. 
Décimo terceiro
O décimo terceiro salário, garantia constitucional paga anualmente a todos empregados urbanos e rurais, podendo ser paga em até duas parcelas. A primeira, entre os meses de fevereiro e novembro, no valor correspondente à metade do salário do mês anterior, e a segunda, até o dia 20 de dezembro, no valor da remuneração de dezembro, descontado o adiantamento feito. Se o empregado pretender receber o adiantamento, por ocasião das férias, deverá requerer no mês de janeiro do ano correspondente (Art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal, Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, e regulamentada pelo Decreto nº 57.155, de 3 de novembro de 1965).
Repouso semanal
O repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos, não sendo uma regra (Art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal), podendo excepcionalmente ser em qualquer dia da semana, desde que respeitado a escala pré determinada pelo empregador.
Férias
As Férias manteve-se as mesmas regras que vinham sendo aplicadas, sem novidade, devem ser remuneradas com pelo menos, 1/3 a mais que o salário normal, após cada período de 12 meses de serviço prestado à mesma pessoa ou família, contado da data da admissão. Tal período, fixado a critério do(a) empregador(a), deverá ser concedido nos 12 meses subseqüentes à data em que o(a) empregado (a) tiver adquirido o direito (“caput” do artigo 17, da LC 150/2015).
	Podendo o empregado requerer antecipadamente a conversão de 1/3 do valor das férias em abono pecuniário (transformar em dinheiro 1/3 das férias), desde que requeira até 15 dias antes do término do período aquisitivo (Art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal). O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período de gozo (art. 145, CLT).
Em razão da Convenção nº 132 da OIT, promulgada pelo Decreto Presidencial nº 3.197, de 5 de outubro de 1999, a qual tem força de lei e assegurou a todos os(as) empregados(as), inclusive os(as) domésticos(as), o direito a férias proporcionais, cabe destacar que, independentemente da forma de desligamento (arts. 146 a 148, CLT), mesmo que incompleto o período aquisitivo de 12 meses. Assim, o(a) empregado(a) que pede demissão antes de completar 12 meses de serviço, tem direito a férias proporcionais.
À luz do par. 5.º do artigo 17, da LC 150/2015, “é lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecer durante as férias”
Férias no regime de tempo parcial, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, nas proporções estabelecidas nas alíneas: I,II,III,IV, V, VI do art. 3.º da LC 150/2015.
Estabilidade no emprego em razão da gravidez.
Por força da Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006, foi estendida às trabalhadoras domésticas a estabilidade da gestante desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto.
	Terá direito à 120 dias (art. 25 e par. Único da LC 150/2015 e art. 7º, parágrafo único, da CF/1988), sem sofrer nenhum prejuízo do emprego e do salário, com duração. 
	Receberá o salário-maternidade, independentemente de carência (art. 30, II, do Decreto nº 3.048/99), isto é, sem exigência de tempo mínimo de serviço.
	De acordo com o art. 73, inciso I, da Lei n.º 8.213/1991, o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social à empregada doméstica, em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, que não será inferior ao salário-mínimo e nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição para a Previdência Social.
	Todavia, para iniciar o afastamento do trabalho, será determinado por atestado médico fornecido peloSistema Único de Saúde (SUS) ou excepcionalmente por médico particular. Poderá ainda, ser requerido no período entre 28 dias antes do parto e a data de sua ocorrência.
	Cabe salientar, que em caso de parto antecipado, a segurada terá direito aos 120 dias.
	No caso de adoção, a licença-gestante também será devida à segurada, nos seguintes termos: criança até 1 ano (120 dias); de 1 a 4 anos (60 dias); e de 4 a 8 anos (30 dias), de acordo com o art. 93-A, do mencionado Decreto. 
	No período de salário-maternidade da segurada empregada doméstica, caberá ao empregador recolher apenas a parcela da contribuição a seu encargo, sendo que a parcela devida pela empregada doméstica será descontada pelo INSS no benefício.
Concessão da licença-paternidade
Serão de 5 dias (corridos) a concessão da licença-paternidade, para o empregado doméstico, a contar da data do nascimento do filho (segue a regra do Art. 7.º, parágrafo único, da Constituição Federal, e art. 10, § 1º, das Disposições Constitucionais Transitórias).
Aviso-prévio
Quando uma das partes quiser rescindir o contrato de trabalho deverá comunicar à outra sua decisão, com antecedência mínima de 30 dias. 
No caso de dispensa imediata, o(a) empregador(a) deverá efetuar o pagamento relativo aos 30 dias do aviso-prévio, computando-o como tempo de serviço para efeito de férias e 13º salário (art. 487, § 1º, CLT). 
O aviso será no mínimo de 30 dias. (Art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal). 
A falta de aviso-prévio por parte do(a) empregado(a) dá ao empregador(a) o direito de descontar os salários correspondentes ao respectivo prazo (art. 487, § 2º, CLT).
	 Desde 1985, através da Lei n.º 7.418, e regulamentado pelo Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987, é devido ao empregado doméstico o vale-transporte, utilização de meios de transporte coletivo urbano, intermunicipal ou interestadual com características semelhantes ao urbano, para deslocamento residência/trabalho e vice-versa. 
Descontos vedados
Convém ressaltar que ao empregador doméstico “é vedado efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de  alimentação,  vestuário, higiene ou moradia, nos termos do artigo 2.º da Lei n.º 5.859/72. De acordo com o parágrafo 1.º  do referido artigo, “poderão ser descontadas as despesas com moradia de que trata o caput deste artigo quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, e desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes. O parágrafo 2.º menciona, que “as despesas referidas no caput deste artigo não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração para quaisquer efeitos”.
Unificação dos Tributos
Está disponível desde 2015 o eSocial, ferramenta que possibilita o recolhimento unificado dos tributos e do Fundo de Garantia – FGTS para os empregadores domésticos. Instituiu o SIMPLES DOMÉSTICO com as seguintes responsabilidades que são recolhidas em Guia única (DAE – Documento de Arrecadação do eSocial): Imposto sobre a Renda Pessoa Física, se incidente – Trabalhador; 8% a 11% de contribuição previdenciária – Trabalhador; 8% de contribuição patronal previdenciária – Empregador; 0,8% de seguro contra acidentes do trabalho – Empregador; 8% de FGTS – Empregador; 3,2% de indenização compensatória (Multa FGTS) – Empregados.
Conclusão
Diante do exposto, concluiu-se que com o advento da Lei Complementar n.º 15/2015, somadas as conquistas anteriores (CLT e Constituição Federal 1988) os empregados domésticos passaram a ser equiparado a um trabalhador urbano/rural. A equiparação do empregado doméstico aos demais empregados comuns, trouxeram mais proteção contra a jornada excessiva de horário de trabalho, ainda, a possível dispensa arbitrária, estendendo-lhes obrigatoriamente o direito ao recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, além dos intervalos intrajornada e interjornada, dentre outras garantias fundamentais constitucionais.
Apesar do impacto inicial, com demissões em massa, acarretado pelo aumento de encargos fiscais para o empregador e considerando a crise econômica que enfrentamos, a categoria não sofreu maiores impactos e está em crescimento. 
Constatou-se positivamente que com o advento da nova Lei Complementar n.º 150/2015 a categoria do empregado doméstico atingiu patamar significativo em relação ao desemprego, contrariando os especialistas, que antes da promulgação “apostavam” numa grande avalanche de desempregados, gerada especialmente pelo aumento de encargos trabalhistas .
O fato é que passados dois anos, a LC 150/2015, trouxe benefícios justos e deu amparo legal com mais segurança jurídica ao empregado doméstico e também ao seu empregador, contudo, conseguiu ainda preservar um bem precioso neste tipo de relação laborativa, a afetividade familiar entre as partes, geradas por vários anos de convivência.
Sobretudo, a Lei complementar n.º 150 de 2015, trouxe avanços relevantes e humanitários, corrigiu uma grande falha social, reconhecendo enfim que o empregado doméstico deve ter o mesmo direito de todo trabalhador.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marília. Como a nova lei dos empregados domésticos pesa no bolso Disponível em http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/como-a-nova-lei-dos-trabalhadores-domesticos-pesa-no-bolso/ Acesso em 09.setembro.2016
Consolidação das Leis do Trabalho, Decreto-Lei n.º 5452 de 1.º de maio de 1943.
Constituição da Republica Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988, São Paulo, 2005, Coleção Saraiva de Legislação. 
eSOCIAL. Disponível em: https://idg.receita.fazenda.gov.br/interface/lista-de-servicos/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento/e-social-empregador-domestico. Acesso em 31 de out. de 2010.
Lei Complementar 150 de 1.º de junho de 2015 - Empregado doméstico.
Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006.
RELATÓRIO final de projetos de pesquisa: modelo de apresentação de artigo científico. Disponível em http://portaladm.portalucamprominas.com.br/_arqmaterial didático.pdf. Acesso em 05.agos.2016. 
SPITZ, Clarice. Crise leva a aumento no numero de trabalhadores domésticos no país. Disponível em https://oglobo.globo.com/economia/crise-leva-aumento-no-numero-de-trabalhadores-domesticos-no-pais-16084663#ixzz4hM4ebGrL/ Acesso em 04.03.2016. 
MARTINS, Sergio Pinto Martins. Direito Processual do Trabalho, 21.ª edição –São Paulo: Atlas Jurídico, 2003.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 23.ª edição - São Paulo: Editora Saraiva, 2008.
� Ednei José de Almeida, bacharel em direito, advogado, pós graduado especialista em Docência e Pesquisa de Ensino Superior pela Universidade de Santos.

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