Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laura Bandeira Cerviño Fundamentos da Economia – 2017.1 Professor Luiz Marques Conceitos básicos: Economia é a área do conhecimento que estuda a produção e a distribuição de riqueza na sociedade. Se divide em micro e macroeconomia. Microeconomia – relação entre empresas e consumidores. Macroeconomia – economia de um país, por exemplo. R = receita D = despesa R-D > 0 superávit R-D = 0 equilíbrio R-D < 0 déficit Dívida Pública: Um dos meios utilizados para combater a inflação era a emissão de moeda para combater o déficit monetário, o que necessariamente resulta no aumento do desemprego, e resulta no endividamento público que é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal. Evolução do pensamento econômico Autores Liberais (contemporâneos da Primeira Revolução Industrial): Adam Smith (1776)- “Não é a boa vontade do padeiro, do cervejeiro e do açougueiro que nós vamos ter nosso jantar, mas sim da sua extrema necessidade de ganhar dinheiro.” Primeiro pensador a discutir sobre Déficit (R-D <0 ) e dívida pública. Defendia a existência da “mão invísivel” do Estado sobre a economia (liberalismo econômico), e que o mesmo deveria atuar apenas na segurança (exército e marinha), na diplomacia e que deveria atuar juntamente com a propriedade privada na educação, na infraestrutura e na justiça. Jean Baptiste Say (1800)- Acreditava na importância do chamado trabalho produtivo (que produz coisas materiais, aumentando a capacidade de riqueza). Responsável pela Lei de Say (Lei dos Mercados) – Toda produção gera uma demanda de igual valor. Por causa da Lei de Say, as pessoas entendiam a economia como sendo auto-regulável, auto-ajustável. Por esta lógica, nunca haveria uma crise de superprodução. No entanto, pode ser interpretada também como toda crise econômica resulta em desemprego. David Ricardo (1805)- Defendia a diminuição da quantidade de impostos pois, ao invés da população gastar o dinheiro recebido ou até colocá-lo no banco, o que estimularia a economia, este dinheiro seria usado para coisas improdutivas e dizia que não existe desemprego involuntário já que, uma vez que a economia se auto-regula (de acordo com a lei de Say) só fica desempregado quem quer. Em resumo, o Liberalismo inglês acredita no equilíbrio automático dos mercados, na inexistência do desemprego involuntário, e na necessidade de menor intervenção estatal na economia. Thomas Malthus (1810): Se opõe aos ideais liberais. Acreditava que o déficit nem sempre é ruim. Inverte a Lei de Say e diz que a demanda é quem determina a produção (Princípio da Demanda Efetiva). Discordava de Ricardo e dizia que a tributação pode ser benéfica para a sociedade. Meados do século XIX Segunda Revolução Industrial Capitalismo com outra conformação Grandes empresas, oligopólios Países líderes em tecnologia e produção eram EUA, Japão e Prússia. Karl Marx e Friedrich Engels: Surgem com a teoria do socialismo científico, condenavam o capitalismo descrevendo a exploração do capitalista sobre o trabalhador como algo natural do próprio sistema. Defendiam a teoria de que o capitalismo deveria ser substituído pelo socialismo por meio de uma revolução e que após isso, o comunismo entraria em vigor através de uma evolução natural. Y= C + I + G + (X-M) Y= produção de bens e serviços emprego (desemprego)= f(x) C= consumo das famílias Y= (f) demanda agregada I= investimento produtivo demanda agregada= C + I + G + (X-M) G= gastos do governo X= exportações M= importações (X-M)= saldo do balanço comercial Ipúblico- gasto capital (tudo que amplia capacidade de produção) amplia a capacidade do governo de prestar serviços. Em 1929 o liberalismo entra em crise devido à quebra da bolsa de valores de Nova York. A teoria não consegue mais explicar o capitalismo, então era necessária uma nova teoria que o fizesse. Keynes: “Não é a propriedade dos meios de produção que convém ao Estado assumir.” De acordo com ele, para se controlar o nível de emprego bastaria se controlar a demanda agregada. Defendia a forte presença do Estado na economia via empresas estatais e déficit público. Em 1944, ocorreu a reunião de Bretton Woods que reuniu teóricos do mundo inteiro. Keynes defendia a ideia de que deveria ser criada um moeda única universal. Foi criado o BIRD – banco mundial que empresta dinheiro a estados para reconstrução após trágicos eventos, e o FMI- que empresta dinheiro para países que estão em iminência de quebrar. 1948 a 1973 (Era de Ouro do Capitalismo) – Europa: sucesso econômico; América Latina: sucesso econômico. 1973 a 1980 – Europa: crise; América Latina: sucesso econômico. 1980 a 1989 – Europa: ajuste contra a crise; América Latina: crise Exemplo prático da Era de Ouro foi o Estado de Bem Estar Europeu (Welfare State- capitalismo onde o Estado garante boa qualidade de vida- forte presença do Estado), que teve como causas: Plano Marshal Tecnologia metalmecânica Razoável equilíbrio internacional Social Democracia européia Inflação e Macroeconomia: Inflação – perda ou redução do poder de compra da moeda. Impactos: Tendência à concentração de renda; Empobrecimento da sociedade; Dificulta o planejamento da sociedade; Obs: normalmente a inflação acontece em um bom momento econômico. Obs2: estagflação – estagnação econômica com aumento da inflação. Não existe fórmula certa para combater a estagflação. Tipos ou causas: Inflação de demanda – muito comum Políticas tradicionais para contenção de demanda (diminui a inflação e aumenta o desemprego): Aumento da receita e diminuição da despesa (superávit do governo)- redução da taxa de juros (política monetária). Valorização da taxa de câmbio (política cambial) Inflação de custos ou Choque de Oferta – pouco comum Inflação de custos - Quando, de forma abrupta, um insumo (matéria prima) fundamental na cadeia produtiva de uma economia tem seu preço elevado, contaminando toda a cadeia produtiva, chegando até o consumidor final. Choque de oferta – é quando um insumo ou matéria prima fundamental na cadeia produtiva tem, de forma abrupta, sua oferta reduzida, aumentando o preço. Subsídio – tributo indireto ao contrário. Tributos podem ser diretos (inside diretamente sob patrimônio e renda da pessoa física e pessoa jurídica) e indiretos (atinge a circulação de bens e serviços). O subsídio é um investimento do governo nos produtos inflacionados para diminuir o preço para o consumidor. Inflação inercial – extremamente rara Falta de dinheiro circulando. Os preços aumentam sem freio. Em 85, Sarney fez o Plano Cruzado (congelamento dos preços e aumento dos salários em 8%. Após o descongelamento os preços estouraram e o Plano falhou), primeira tentativa brasileira de domar a inflação inercial dos anos 80. O aumento dos salários causava o aumento dos preços de produtos e serviços, cuausando a desvalorização da moeda. Indexação – corrigir automaticamente (de maneira formal e informal) hoje um preço com base em um índice do passado). Formal - lei que garante aumento de salário conforme o aumento da inflação. Informal – ambulante aumentar seus preços ao ouvir sobre o aumento da inflação. Obs: OTN – título público criado pelo Governo Federal em 64 para criar a correção monetária no sistema bancário. Corrige monetariamente os ativos e passivos bancários. Introdução às Políticas Econômicas (Macroeconômicas): Políticas econômicas são tentativas do Governo de controlar a economia. São três: Política Fiscal: gerenciamento estratégico das receitas e despesas do setor público (arrecadação e gastos do governo). É a que tem a maior carga de jogo político (tanto legal quanto ilegal). Resultado fiscal, público ou orçamentário:R-D > O superávit R-D = 0 equilíbrio R-D < 0 déficit Em um Estado federativo, cada estado e cada município tem seu orçamento, sua política fiscal. Portanto no Brasil existem tantas políticas fiscais quanto a quantidade de estados e municípios. Setor público consolidado é o Resultado Fiscal do Brasil (soma do resultado fiscal do governo federal, dos estados, municípios e resultados de empresas públicas, sociedades de economia mista, altarquias, fundações públicas, tudo que for do governo, exceto bancos públicos). Orçamento no Brasil é uma lei autorizativa em que o poder legislativo autoriza o poder executivo a gastar e arrecadar. No Brasil existem 3 orçamentos: PPA (Plano Plurianual): estabelece objetivos de gastos em investimento (obras) nos próximos 4 anos. LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias): vale apenas por um ano. Se baseia no PPA para dar diretrizes ao orçamento propriamente dito. LOA (Lei Orçamentária Anual): limita o que é autorizado para o governo gastar e arrecadar. É o orçamento propriamente dito. Só vale por um ano. Leis fundamentais para a execução das políticas fiscais: Constituição Federal de 1988, lei n° 4320/1964: criação das regras para a execução do orçamento. Lei de responsabilidade fiscal – altera algumas regras da lei 4320 sobre execução do orçamento, controle do déficit e da dívida pública. Diferença entre déficit e dívida: Déficit (e superávit): é uma variável de fluxo (que se modifica constantemente ao longo do tempo). Obs: déficit e superávit são a mesma coisa, mas com sinal trocado. Dívida: é uma variável de estoque (se movimenta pouco e lentamente ao longo do tempo). Tipos de dívida pública: em função do tipo de contratação, pode ser mobiliária ou contratual. Mobiliária: se movimenta, feita com base em títulos públicos. O governo federal vende títulos para órgãos privados. O estoque da dívida mobiliária federal é tudo o que o Governo deve em títulos naquele dia. Contratual: não é baseada em títulos, e sim em contratos. Obs: amortização é a quitação do saldo devedor original. A prestação paga é a amortização + a taxa de juros. A dívida pode ser interna ou externa. Dívida interna é aquela que o governo deve a credores domiciliados internamente no país. A dívida externa (pode ser pública ou privada) é aquela que o país (governos e área privada – empresas e famílias) deve a credores domiciliados fora do país. Dívida Pública federal em função do emissor: pode ser emitida pelo Banco Central ou pela Secretaria do Tesouro Nacional. STN: secretaria do tesouro nacional é um órgão subordinado ao Ministério da Fazenda. Tem o papel de financiar o déficit. Toda vez que o Governo Federal está em déficit, quem capta recursos para quitar o déficit ou fazer obras é a STN. (política fiscal) BC: o Banco Central não tem papel de controlar o déficit e sim para controlar o volume de moeda em circulação no mercado bancário (liquidez). (política monetária) Tipos ou Impactos da Política Fiscal (R-D): Expansionista: quando o governo reduz sua arrecadação e/ou aumenta a despesa. Se a renda diminui e a despesa aumenta, o país tende ao déficit. (Keynesianismo) R D R-D T0 $100 $130 -$30 T1 $90 $140 -$50 T0 $100 $70 +$30 T1 $90 $80 +$30 O primeiro impacto é o aumento do consumo (bom). Aumenta o PIB (bom). Aumenta o nível de emprego (bom). Aparece a inflação de demanda (ruim). Aumento da taxa de juros dos empréstimos (ruim). Contracionista: o governo aumenta a arrecadação e/ou diminui a despesa. Se a renda aumenta e a despesa diminui, o país tende ao superávit. R D R-D T0 $150 $110 +$140 T1 $160 $90 +$70 T0 $150 $200 -$50 T1 $160 $190 -$30 Diminui o consumo (ruim). Diminui o PIB (ruim). Diminui o nível de empregos (ruim). Não tem inflaçaão de demanda (bom). A taxa de juros diminui (bom). Tópicos Especiais sobre Política Fiscal: Doutrinas para a Tributação: Neutralidade: o tributo ideal é aquele que seja o mais neutro possível, não distorce os preços de bens e serviços e não altera a distribuição de renda de uma sociedade. Sociedade Renda mensal % tributos Renda após pagamento dos tributos Tributos pagos Laura (c. Média) 10.000 20% 8.000 2.000 Marília (c. Alta) 50.000 20% 40.000 10.000 Equidade: distorce os tributos para fazer “justiça” social. Pode ser pela capacidade de pagamento (paga mais quem ganha mais) e pelo benefício (paga mais quem usa mais a máquina pública). Equidade pela capacidade de pagamento: Sociedade Renda mensal % tributos Renda após pagamento dos tributos Tributos pagos Laura 10.000 20% 8.000 4.000 Marília 50.000 30% 35.000 15.000 Equidade pelo benefício: Sociedade Renda mensal % tributos Renda após pagamento dos tributos Tributos pagos Laura 10.000 40% 6.000 4.000 Marília 50.000 30% 35.000 15.000 Tipos de carga tributária: Carga tributária neutra: taxa de imposto igual para pessoas de todas as classes sociais, com todas as rendas. Carga tributária progressiva: aplicação do princípio da equidade pela capacidade de pagamento. Quanto mais rica for a pessoa, mais, em termos percentuais, ela paga de impostos. Países com carga tributária progressiva têm, na estrutura da sua tributação, a predominância de tributos diretos (pesa mais no imposto de renda e de propriedade). Carga tributária regressiva: aplicação do princípio da equidade pelo benefício. Quem ganha mais paga menos, em termos percentuais, em relação à própria renda. Países com carga tributária regressiva (Brasil) têm na sua estrutura de arrecadação tributária uma predominância de tributos indireitos (IPI, IR, ICMS). Curva de Lafer: (Ricardiano) existe uma alíquota (percentual definido em lei que atinge o fato gerador do tributo, produzindo o “quantum” a pagar) tributária média que produz uma arrecadação máxima de impostos. A partir dai, se o governo aumentar a alíquota isso seria ineficiente, pois a arrecadação vai cair. A sociedade reage negativamente ao aumento dos impostos por dois canais: sonegação (ilegal) e pela redução do ânimo ao investimento e ao trabalho e ao sair do país (legal). Efeito Tanzi (Efeito Oliveira-Tanzi): se relaciona ao impacto da alta inflação sobre as contas do governo. Pelo lado da receita: perda de arrecadação do governo devido ao impacto da alta inflação, associada a uma defasagem de tempo entre a ocorrência do fato gerador do imposto e o recolhimento do mesmo. Obs: indexação dos impostos é uma tentativa do Governo de se proteger do Efeito Tanzi pelo lado da receita. Pelo lado da despesa: ganho do Governo ao, de maneira proposital, atrasar os pagamentos e, quando os pagava, o fazia sem efetuar qualquer forma de correção. Critérios de mensuração do resultado fiscal: formas de apurar o resultado fiscal. Resultado nominal (RN): R-D sem nenhuma conta adicional. Se a inflação for alta, o R-D não diz nada pois é diretamente afetado pela inflação, trazendo uma distorção nos números. Resultado operacional (RO): RN – inflação. Resultado primário (RP): RO – juros pagos da dívida pública. Obs: inflação + juros da dívida = juros nominais (JN). Política Monetária: gestão estratégica da liquidez (M- volume de moeda que circula no mercado bancário), feita pelo Banco Central. É quem define o patamar da taxa e juros. Política contracionista: Aumento da liquidez (M) causa o aumento da inflação (). Para controlar isso, o BC aumenta a selic e a taxa de juros (i), diminuindo a liquidez e a taxa de empregos (E). Política expansionista: diminuição da liquidez causa a diminuição da inflação. Para controlar isso, o BC diminui a selic e a taxa de juros, aumentando a liquidez e a taxa de emprego. Mecanismos para controle da liquidez (M): Gestão da taxa básica de juros: taxa através da qual o Governo remunera aqueles que emprestam dinheiro para ele. Cada país tem a sua. NoBrasil se chama de taxa selic (sistema especial de liquidação e custódia), e ela é relevante para dívidas com taxa pós-fixada. Desde o final dos anos 90 trabalhamos em um modelo chamado Regime de Metas de Inflação (o Banco Central recebe a meta de um órgão superior -Conselho Monetário Nacional- e faz de tudo para cumpri-la). Open Market: mercado aberto de títulos. Forma que o Banco Central tenta controlar a liquidez. Venda de títulos para bancos, para tirar a moeda de circulação (contacionista). Taxa de Redesconto: existe um Mercado Interbancário que é criado pelos próprios bancos (não inclui o Banco Central). Certificado de depósito interbancário é quando os bancos emprestam para um outro banco que estiver com necessidade, com uma taxa de juros chamada taxa do CDI. O descasamento entre ativos e passivos é quando um banco empresta dinheiro e, nessas operações, enfrenta um alto índice de inadimplência (calote). Após este processo, o banco pode entrar em uma situação grave, o que faz com que os outros bancos não queiram emprestar. A Operação de redesconto é um empréstimo que o Banco Central faz para um banco que está na iminência de quebrar, com uma taxa de juros pouco maior que a do CDI (forma de política expansionista) ou muito maior que a do CDI (forma de política contracionista). A política monetária não está no interbancário e sim quando um dos bancos não consegue o empréstimo com outros bancos e pede para o BC. Quando este atende, estabelece sua taxa de juros, tomando como base a do CDI. Quando ela é pouco maior, significa que o banco está fazendo uma política expansionista para estimular os empréstimos com ele. Quando a taxa é muito maior, o BC está fazendo uma política contracionista, estimulando os bancos a se resolverem no interbancário. O BC pode, também, recusar-se a emprestar, utilizando duas formas de intervenção: RAET (regime de administração especial temporária): o banco continua a operar, mas os diretores são afastados, enquanto as ações perdem valor, e o Banco Central entra no banco como interventor. LEJ (liquidação extra-judicial): os diretores são afastados enquanto as ações perdem valor. O BC entra no banco, que para de funcionar (é liquidado). PROER (programa de reestruturação do sistema financeiro nacional): o Banco Central induz bancos saudáveis a comprar a parte boa dos bancos quebrados, enquanto a parte ruim (clientes que deviam dinheiro) ficam com o Banco Central. Este programa beneficia os clientes que tinham dinheiro no banco. PROES (programa de reestruturação do sistema público estadual bancário): projeto feito por FHC para privatizar os bancos públicos estaduais. OBS: FGC (fundo garantidor de crédito) – associação sem fins lucrativos criada pelos bancos particulares para proteger os clientes no caso de um dos bancos quebrar. SGC (seguro garantidor de crédito) – seguro criado pelo Banco Central para dar segurança aos clientes no caso de um banco quebrar. Depósitos Compulsórios: política monetária onde o Banco Central implanta uma porcentagem que os bancos privados devem depositar no BC. Serve para controlar a liquidez e a taxa de juros. É contracionista quando há maior liquidez e a taxa fica mais alta. É expansionista quando há pouco dinheiro circulando e a taxa de juros é mais baixa. Normalmente, o dinheiro depositado não volta a circular. Esta taxa não é considerada como tributo, pois não é de política fiscal, portanto não entra no orçamento. Estranhamente, o dinheiro não diminui e nem acaba, pois existe um fenômeno chamado criação endógena de moeda pelo mercado bancário, ou seja, os bancos criam moeda no processo de captação e empréstimo aos seus clientes, através do chamado multiplicador da política monetária. A oferta monetária (M1) formada pelo dinheiro na mão da sociedade (Pa) + o depósito da sociedade nos bancos (D). A base monetária (Mh) é o dinheiro na mão da sociedade (Pa) + depósitos compulsórios dos bancos no BC (R). Política Cambial: é ela que gerencia as políticas internas (fiscal e monetária), e é feita pelo Banco Central. Obs: não existem os termos expansionista e contracionista em política cambial Taxa de Câmbio é a relação de paridade entre duas moedas. Taxa de câmbio= real/moeda estrangeira. Balanço de Pagamentos: é o dinheiro que entra e sai do país. Documento contábil oficial controlado pelo Banco Central que registra todas as entradas e saídas de moeda estrangeira conversível em um país, vindas de operações formais entre residentes e não residentes no país, no período de um ano. Balanço Comercial: exportação menos importação de bens (X-M). Balanço de Serviços e Rendas: exportação menos importação de serviços (fretes, aluguéis, royalties –pagamento pelo direito de usar uma marca-, serviços empresariais diversos, cartôes de crédito –viagens internacionais-, salários de funcionários internacionais em trânsito, lucros das multinacionais, rendimentos de aplicações financeiras, juros da dívida externa) Balanço de transações unilaterais: entrada menos saída de fundo perdido (doações, “mesadas” para residentes no exterior, doações humanitárias, transferência de imigrantes ilegais – pequeno fator na estrutura brasileira). [1+2+3]= 4) Balanço de transações correntes. Balanço de capital: entrada menos saída de moeda estrangeira, que não tem relação com comércio, serviços, rendas e doações (IED’s –investimentos estrangeiros diretos que geram ou ampliam empresas e empregos; aplicações financeiras – operações em renda fixa em bancos com taxas de juros; renda variável – ações na bolsa de valores; operações de portfólio; amortizações da dívida externa, novos empréstimos internacionais, operações patrimoniais – compra e venda de patrimônio). [4+5]= 6) Balanço de pagamentos. Y (PIB)= C+I+G (AI) + (X-M) (Balanço Comercial) (tudo é a demanda) AI é a absorção interna: tudo que o país consome, investe, gasta dentro das fronteiras. O câmbio desvalorizado (política cambial “expansionista”) favorece as exportações (X) e desfavorece as importações (M), o que tende a levar o Balanço Comercial ao superávit, os preços internos tendem a aumentar, aumentando a inflação (de demanda e de custos – bom para o mercado exportador), a dinâmica interna aumenta, aumentando os empregos. A valorização do câmbio (política cambial “contracionista”) tende a favorecer as importações (M) e a desfavorecer as exportações (X), o que tende a levar o saldo do Balanço Comercial para um déficit, os preços internos tendem a se reduzir, diminuindo a inflação (baixa inflação de demanda, sem inflação de custos), a dinâmica interna se reduz, reduzindo empregos. É favorável para o mercado financeiro, bancos.
Compartilhar