Buscar

Anatomia da Boca, Faringe e Esôfago - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Resumo: IN524 – Sistema Digestório
Anatomia: Cavidade Oral, Faringe e Esôfago
Luciano Sampaio – Turma 144 Medicina UFPE
Sistema Digestório: composto por um canal alimentar que recebe secreções de glândulas associadas, como as salivares maiores e menores, o pâncreas e o fígado.
O alimento é capturado pela boca, onde é fragmentado mecanicamente e misturado com a saliva, que lubrifica a passagem desse bolo, além de conter enzimas digestivas (amilase). O movimento da língua transporta o bolo até a orofaringe, e, a partir da deglutição, é transportado à laringofaringe e ao esôfago.
O tubo digestório é dividido em 4 camadas, mucosa, submucosa, muscular e serosa. Nos segmentos do tubo que não são cobertos pelo peritônio (serosa), há, ao invés da serosa, uma adventícia (ex: esôfago).
CAVIDADE ORAL E APARELHO MASTIGATÓRIO
Onde se inicia o trato digestório; ingestão do alimento que será triturado pelos dentes, possibilitando sua deglutição. Será digerido pelas enzimas secretadas pelas glândulas salivares. Também pode ter função respiratória e em funções da fala.
A boca é dividida em:
- vestíbulo da boca: entre os lábios, bochechas e dentes com as gengivas (boca fechada)
- cavidade própria da boca: dos dentes até o istmo das fauces
Vestíbulo da Boca
Os lábios fecham o vestíbulo anteriormente, formando a rima da boca quando fechados. Contém o músculo orbicular da boca. O lábio inferior é liso, o lábio superior possui duas pregas de pele com uma depressão no meio, o filtro do lábio. Abaixo do filtro, no meio do lábio superior, há uma linha em formato de V chamada de arco de cupido.
As bochechas contêm o músculo bucinador, responsável pela sucção, sopro, movimentação do conteúdo da boca. Em uma posição correspondente ao 2º molar superior, há uma papila de cada lado da mucosa da bochecha, onde termina o ducto parotídeo.
Entre os dentes incisivos centrais, na região da mucosa oral, há os frênulos dos lábios superior e inferior, que se inserem na transição entre a mucosa gengival e a mucosa alveolar, no fórnice do vestíbulo.
A margem vermelha do lábio é uma zona de transição entre a pele e a mucosa, pobremente queratinizada e ricamente vascularizada.
VASCULARIZAÇÃO/DRENAGEM/INERVAÇÃO DO VESTÍBULO
Os lábios são vascularizados pelas artérias labiais superior e inferior, que, por anastomose, formam uma coroa vascular. Também recebem ramos da artéria infra-orbital e da artéria mentual.
As bochechas são vascularizadas por ramos da artéria facial e da artéria facial transversa.
As veias seguem as artérias de mesmo nome, desembocam todas na veia jugular interna. Drenagem linfática pelos linfonodos submandibulares. São inervados pelo nervo infra-orbital (V2) e nervo mentual (V3).
Cavidade Própria da Boca
Limite anterior pelos dentes, limite posterior pelo istmo das fauces. Quando a boca está fechada (arcos dentários em contato), ela conecta-se ao vestíbulo da boca atrás dos terceiros molares.
Limite superior/teto: palato duro e palato mole.
Limite inferior/assoalho: língua, músculos milohioideo e geniohioideo.
Palato: apoio para língua.
- palato duro: porção óssea formada pela maxila e pelo osso palatino. Abaixo de sua mucosa, existem muitas glândulas palatinas. Possui uma crista mediana chamada de rafe palatina, na região mais anterior possuem as pregas palatinas/cristas transversas e, sob o forame incisivo, há a papila incisiva. A mucosa está fixada no osso por meio da aponeurose palatina.
- palato mole/véu palatino: veda as vias respiratórias e digestórias por ação muscular. Contém a úvula e os músculos m. levantador do véu palatino e m. da úvula, além do músculo tensor do véu palatino, que distende/abaixa o véu e abre o óstio da tuba auditiva durante bocejos.
O istmo das fauces é formado pela úvula, pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo, com a fossa tonsilar e suas tonsilas palatinas.
VASCULARIZAÇÃO/DRENAGEM/INERVAÇÃO DO PALATO
Suprimento pela artéria palatina ascendente, artéria palatina descendente, artéria faríngea ascendente. Sangue venoso drenado pelo plexo pterigoideo para a veia jugular interna. Drenagem linfática pelos linfonodos submandibulares.
Inervação sensitiva pelos nervos palatinos maior e menores. As glândulas palatinas têm secreção estimulada por ação parassimpática.
Inervação motora dos músculos do palato mole (levantador e da úvula) por ramos do n. glossofaríngeo e n. vago; o tensor é pelo ramo mandibular (V3) do n. trigêmeo.
Língua
Pela sua musculatura, realiza funções de fala e alimentação, além de ser o órgão do paladar através de seus botões gustativos.
A raiz/base da língua é posterior ao sulco terminal (em V – o forame cego encontra-se no meio, resquício da passagem do ducto tireoglosso – embriogênese da tireoide), sendo a região de fixação da língua à mandíbula e ao osso hiode. O corpo da língua estende-se da raiz até o ápice.
A superfície inferior do corpo da língua é lisa e se liga à mucosa oral pelo frênulo da língua. As pregas sublinguais são linhas salientes (ducto submandibular passa por baixo) que vão de lateral a medial, formando pequenas dilatações chamadas de carúnculas sublinguais (onde desembocam as glândulas sublinguais e submandibulares) em sua terminação. A veia profunda lingual é evidenciada nessa superfície por sua cor. Por conta das veias, a fina mucosa da superfície inferior é adequada para a absorção de medicamentos.
A superfície superior (dorso) é marcada pela presença das papilas gustativas (filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas/caliciformes). É dividida pelo sulco mediano.
Os músculos intrínsecos da língua mudam a sua forma, irradiando-se da aponeurose da língua. São eles: m. vertical, m. longitudinais superior e inferior, m. transverso da língua.
Os músculos extrínsecos da língua fazem sua movimentação. São eles: m. genioglosso, m. hioglosso, m. estiloglosso.
VASCULARIZAÇÃO/DRENAGEM/INERVAÇÃO DA LÍNGUA
Suprimento arterial pela artéria lingual, que se ramifica em duas artérias profundas da língua. A artéria sublingual, ramo da primeira, supre a superfície inferior da língua. Drenagem venosa pela veia lingual, que segue até a v. jugular interna. Drenagem linfática pelos linfonodos submandibulares e submentuais.
A inervação motora da língua é pelo n. hipoglosso. A inervação sensitiva (somática e gustativa) do 1/3 posterior da língua é pelo n. glossofaríngeo; a sensitiva somática dos 2/3 anteriores é pelo n. trigêmeo (lingual – ramo de V3) e a sensitiva gustativa dos 2/3 anteriores é pelo n. facial. A região das valéculas (raiz da língua) e epiglote é inervada pelo n. vago.
Assoalho da Boca
Língua e músculos: milo-hióideo, genio-hióideo, estilo-hióideo e digástrico.
Vascularizado pela artéria sublingual e artéria submentual, drenagem venosa pela veia sublingual, veia submentual e veia acompanhante do nervo hipoglosso (para a v. jugular interna). Drenagem linfática pelos linfonodos submandibulares e submentuais.
Inervado pelo n. milo-hioideo, n. facial e ramos do 1º segmento cervical.
Glândulas Salivares
Secretam a saliva, que protege a mucosa oral, conserva os dentes, possui imunoglobulinas de defesa contra micro-organismos. Existem muitas glândulas salivares menores abaixo da mucosa oral, dentro da boca. As glândulas salivares maiores estão fora da cavidade oral, desembocam nela por meio de ductos. São elas:
Glândula Parótida: puramente serosa, desemboca no vestíbulo da boca: o final do seu ducto forma uma papila a nível do 2º molar superior. É comprimida por ação do m. masseter durante a mastigação.
Vascularizada por ramos diretos das art. carótida externa, maxilar, temporal superficial e facial transversa. Drenada pela veia retromandibular para a v. jugular interna. Drenagem linfática pelos linfonodos parotídeos superficiais e profundos.
Glândula Submandibular: mista – maioria serosa. Situa-se no trígono submandibular, entre os dois ventres do m. digástrico. Seu ducto passa por trás da prega sublingual e desemboca junto com o daGld. sublingual, na carúncula sublingual.
Vascularizada pelos ramos glandulares da artéria facial. Drenagem pela veia submentual, linfonodos submandibulares.
Glândula Sublingual: mista – maioria mucosa. Seu maior ducto desemboca com o da submandibular, mas possui vários ductos sublinguais menores, que desembocam separadamente na prega sublingual.
Vascularizada pela artéria sublingual, drenada pela veia sublingual, linfonodos submandibulares.
Dentes
Nos humanos, são divididos em coroa, colo e raiz e são caracterizados por:
- heterodontia: formato diferente do dente de acordo com localização/função
- difiodontia: duas dentições, uma decídua e uma permanente
- tecodontia: dentes ancorados nos alvéolos pela gonfose
A polpa do dente, localizada na cavidade pulpar, contém vasos e nervos amielinizados. Tem a função de defesa, produção de dentina, nutrição e inervação. É recoberta pelos tecidos mineralizados. São eles:
- esmalte: recobre a coroa do dente, é o tecido mais mineralizado do corpo
- dentina: recobre a cavidade pulpar e o canal da raiz do dente, também é mineralizada e contém fibras colágenas
- cemento: recobre a dentina radicular (da raiz)
A dentição é dividida em 4 quadrantes divididos a partir dos dentes incisivos centrais, tendo em cada quadrante: 2 dentes incisivos (1 central e 1 lateral), 1 dente canino, 2 dentes pré-molares, 3 dentes molares.
OBS: Frequentemente, o 3º molar (siso) irrompe de maneira imperfeita pela falta de espaço.
Os quadrantes da dentição permanente são numerados de 1 a 4 no sentido horário, iniciando pelo quadrante superior direito. De incisivo central a 3º molar, é definido o número da dezena (de 1 a 8) de acordo com o quadrante, que é a unidade.
Ex: Canino superior direito – 13 (o 1 no começo pra definir o quadrante; o 3 na dezena pra definir a ordem do dente no quadrante).
A dentição decídua segue a mesma regra, contudo, seus quadrantes são de 5 a 8. OBS: A criança tem 20 dentes – não tem os 2 pré-molares e o 3º molar de cada quadrante.
Periodonto é uma estrutura de fixação dos dentes nos ossos, composta por:
- cemento;
- osso alveolar;
- ligamento periodontal/desmodonto; - localiza-se entre o cemento e o osso alveolar
- epitélio juncional da gengiva *periodonto de proteção
A gengiva é um epitélio estratificado pavimentoso que reveste os processos alveolares dos ossos e o colo dos dentes. A região de contato com o dente é o epitélio juncional.
VASCULARIZAÇÃO/DRENAGEM/INERVAÇÃO DOS DENTES
Suprimento dos dentes da mandíbula pela artéria alveolar inferior, que emite os ramos dentais.
Suprimento dos dentes da maxila pela artéria alveolar superior posterior, que emite os ramos dentais e forma o plexo dental superior.
Drenagem venosa dos dentes de ambos os ossos pelo plexo pterigoideo. Drenagem linfática pelos linfonodos submandibulares e submentuais. *obs: submentuais só mandíbula
Os dentes da mandíbula são inervados pelo n. alveolar inferior; os dentes da maxila pelos n. alveolares superiores
Faringe
É a intersecção das vias respiratória e digestória. Conduz o ar à traqueia e transporta o ingerido para o esôfago. Possui função na defesa imune devido a existência de tecido linfoide. É dividida em 3 partes:
Nasofaringe: vai da base do crânio até o palato mole. O fórnice da faringe é o teto, onde encontra-se a tonsila faríngea. Os óstios faríngeos das tubas auditivas localizam-se lateralmente e unem a parte nasal da faringe à cavidade timpânica. Esses óstios são circundados, cada um, por um toro tubário, que se continua por duas pregas: anteriormente, a prega salpingopalatina e posteriormente, a prega salpingofaríngea.
Orofaringe: abaixo do palato mole até nível da margem superior da epiglote. Contém o par de fossas chamado de valéculas epiglóticas, delimitadas pela prega glossoepiglótica mediana e pelas pregas glossoepiglóticas laterais. O tecido linfático dessa região é chamado de anel linfático da faringe.
Laringofaringe: abaixo da epiglote, inclui o ádito (entrada) da laringe. A constrição faringoesofágica situa-se posterior à cartilagem cricóidea da laringe. Os recessos piriformes, laterais, conduzem o alimento até o esôfago.
A musculatura da faringe é composta pelos músculos constritores (têm trajeto circular, relacionam-se com a rafe da faringe) e músculos levantadores (têm trajeto longitudinal, são: estilofaríngeo/salpingofaríngeo/palatofaríngeo).
VASCULARIZAÇÃO/DRENAGEM/INERVAÇÃO DA FARINGE
Suprimento pela artéria faríngea ascendente, artérias tireóideas superior e inferior, artérias palatinas ascendente e descendente.
Drenagem venosa pelo plexo faríngeo, que vai para a v. jugular interna.
Drenagem linfática pelos linfonodos retrofaríngeos.
Nasofaringe e orofaringe inervadas pelo n. glossofaríngeo, laringofaringe pelo n. vago.
Esôfago
Órgão oco que atua no transporte dos alimentos da faringe até o estômago. É dividido em 3 segmentos: *obs: pode-se considerar que a parte penetrante no diafragma constitui a parte diafragmática
- parte cervical: inicia ventralmente às últimas vértebras cervicais; (C6-T1)
- parte torácica: inicia pelo mediastino superior, segue e penetra no hiato esofágico do m. diafragma;
- parte abdominal: mais curto, após passar do diafragma, logo encontra a cárdia do estômago. Está fechada no repouso, se abre apenas na deglutição.
Constrições:
- constrição faringoesofágica/cricóidea: entrada do esôfago, fechada pelo esfíncter superior do esôfago (que relaxa mediante um reflexo quando o alimento está proximal a ele)
- constrição aórtica
- constrição brônquica
- constrição diafragmática/intramural: devido à passagem pelo hiato esofágico
- constrição cárdica (nem sempre considerada)
Anatomicamente, não existe um esfíncter esofágico inferior. Contudo, fisiologicamente, existem estruturas que fazem a sua funcionalidade:
Torção muscular: os feixes musculares em espiral, retorcidos, na extremidade inferior do esôfago, contribuem para o fechamento de sua abertura inferior. Ele se abre mediante ação de uma onda peristáltica.
Gradiente de pressão (abdominal x torácico): a maior pressão da cavidade abdominal em relação à torácica causa compressão desse “esfíncter”.
Ângulo de desembocadura: no local de chegada ao estômago – impede o refluxo do suco gástrico para o esôfago.
Esse esfíncter é aberto por meio de mecanismos reflexos locais.
No esôfago, a túnica muscular varia (esquelética ou lisa) de acordo com o segmento. No ¼ superior, há apenas musculatura esquelética; no resto da metade superior, há mistura de músculo esquelético e liso/ na metade inferior, há apenas músculo liso. A transição esôfago-estômago não ocorre gradualmente, e sim de maneira abrupta e bem definida.
VASCULARIZAÇÃO/DRENAGEM DO ESÔFAGO
A parte cervical é pelos ramos esofágicos da artéria tireóidea inferior;
A parte torácica é pelos ramos esofágicos da parte torácica da aorta descendente;
A parte abdominal é pelos ramos esofágicos da artéria gástrica esquerda;
Drenagem pelas veias esofágicas, que seguem para as v. ázigo e hemiázigo até a v. cava superior.
A deglutição esofágica ocorre mediante o peristaltismo: o primário é decorrente de ativação do centro de deglutição no tronco encefálico por meio do n. vago; o secundário é gerado pelas distensões mecânicas causadas pelo bolo alimentar.

Continue navegando