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Redação 21 Bullying na sociedade brasileira

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Joao Victor

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Bullying na sociedade brasileira
Stoodi
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Bullying na sociedade brasileira”, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
 
Texto I
Foi publicada nesta segunda-feira (2) a Lei 13.277/2016, que institui 7 de abril como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira (29).
O projeto de lei da Câmara (PLC) 7/2014 que deu origem à norma foi aprovado de maneira simbólica pelo Plenário do Senado em 7 de abril deste ano, exatamente cinco anos depois do massacre de Realengo. Em escola desse bairro, no Rio de Janeiro, 12 crianças foram assassinadas a tiros. Há indicações de que o autor enfrentou na infância situações de bullying.
Ex-aluno do estabelecimento, o assassino contava então com 23 anos de idade. Depois de burlar a vigilância, invadiu a escola e passou a disparar tiros contra estudantes, professores e funcionários. Tirou a vida de dez meninas e dois meninos, com idades entre 13 e 16 anos. Após ser atingido por um tiro disparado por um policial, ele se suicidou.
O caso foi relembrado pela senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), em apelo ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para que o projeto fosse incluído como item extra pauta na sessão de mesmo dia de ocorrência da tragédia.
— Esta é uma data de triste memória. Entretanto, precisamos utilizá-la para refletir sobre o problema crescente da violência no Brasil e, sobretudo, da violência entre os jovens — justificou Vanessa Grazziotin.
A senadora foi a relatora do projeto na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Para Vanessa Grazziotin, a escolha da data da pior tragédia já ocorrida no país relacionada a esse problema reforça o apelo por mais empenho em medidas de conscientização. Segundo a parlamentar, o que ocorreu em Realengo motiva indagações sobre o padrão de desenvolvimento cognitivo e emocional dos jovens.
O autor da proposta, o ex-deputado Artur Bruno, do Ceará, justificou que a data deve servir a iniciativas que chamem a atenção para a questão do bullying, estimulando a reflexão.
(http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/05/02/criado-por-lei-o-dia-nacional-de-combate-ao-bullying)
 
Texto II
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. 
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro "Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz". Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
 Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying.
Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. ''Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor'', explica a especialista.
(http://revistaescola.abril.com.br/formacao/bullying-escola-494973.shtml)
Texto III
Em 2009, o Governo finlandês implantou um modelo elaborado por pesquisadores da Universidade de Turku, o programa Kiva Koulu, que foi levado aos centros de ensino. As primeiras pesquisas indicam quedas sensíveis de casos de assédio. O modelo já está em vigor em outros países (Itália, Holanda, Estados Unidos, Reino Unido) e foi apresentado na Espanha em maio pelo Instituto Ibero-Americano da Finlândia, sem que até este momento tenha sido apontado um centro público espanhol. O Ministério da Educação da Espanha acaba de elaborar a primeira versão de um plano de convivência anunciado em abril e com escassa concretização até o momento. O Ministério o anunciou às pressas em virtude do caso de um garoto, Diego, que se suicidou sem que ninguém detectasse que algo estava errado com ele. Diego deixou a seus pais uma carta que dizia: “Já não aguento ir ao colégio e não há outra maneira de não ir.” O caso foi reaberto. Outra menina de Madri, Arancha, de 16 anos, suicidou-se em maio depois que os pais haviam denunciado que sofria assédio na escola. Algo está falhando.
Professores atentos
“O mais importante é que o professor esteja realmente atento. Que observe se os garotos estão fora do grupo e não têm amigos, aprenda a conhecê-los e propicie grupos seguros, em que todos se sintam a salvo.” Ann-Charlotte Ahl Quist é uma das quatro professoras especialistas em Kiva do colégio de Fuengirola, que implantou o sistema há quatro anos. Sobre a mesa da sala de professores, há abundante material: livros, vídeos, revistas. O programa inclui 10 sessões por ano em cada curso. E além das aulas específicas, há guardiães como esta docente, a quem chegam todos os casos. O grupo de quatro especialistas deve formular as estratégias.
Todos importam no grupo
“Jono, jono, jono!” (“Fila, fila, fila!”). A professora de matemática, Minttu Alonen, ministra também uma aula de Kiva aos meninos maiores. Os 23 alunos da sexta série (12 anos) desfilam até a quadra de basquete, situada do outro lado da rua. Neste colégio a fila é sagrada: para mover-se, esperar o recreio e lavar as mãos nas pias dispostas no corredor, em frente ao refeitório, que serve diariamente comida feita no lugar. Alonen os organiza em grupos de seis, misturados entre si. “É importante que façam coisas divertidas em que possam trabalhar em grupo. No grupo todo mundo sabe que é importante. Um aprende a valorizar o outro”, diz ela. “Nas minhas aulas, não tolero que ninguém ria do outro por ser diferente ou fazer algo errado.”
Informação aos pais
“Pegavam no meu pé porque meu pai é professor. Mas falei com ele, entraram em contato com os pais. E acabou. Agora está tudo bem.” Rasmus, de 12 anos, confessa no meio da quadra de basquete que foi assediado. “Isso significa incomodar o outro, incomodar todo dia e gerar medo”, descreve enquanto seus companheiros continuam brincando mais adiante.
O processo normal é o seguinte: qualquer coisa que se detecte é comunicada à equipe de quatro professores Kiva. Se for considerada grave, os pais são avisados; se for “muito séria”, essa chamada é imediata, explica a diretora do colégio, Maarit Paaso. “Não esperamos até o dia seguinte, nem à semana seguinte. O que é importante deve ser resolvido rápido. Não podemos fechar os olhos, é preciso estar alerta o tempo todo”, afirma emseu escritório. O papel dos pais também é importante. Há um guia para eles, que são convocados a sessões de orientação e também contam com informações através de um aplicativo. O assédio acontece no grupo (o assediador e seus subordinados) e se combate em grupo, formado desta vez por todo o sistema, do Governo ao menino recém-chegado à escola. “Não podemos esmorecer”, diz a diretora.
(http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/29/internacional/1454084062_497805.html)

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