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curso 11190 aula 02 idade antiga r civilizacao classica r grecia e roma seculo v a c a 476 d c v2

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História p/ ENEM 2016
Professor: Sergio Henrique
 
 CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM 
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
Prof. Robson Papandréa ± Aula 02 
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Aula 02: 
Aula 2 ± Idade Antiga ± Civilização Clássica ± Grécia e Roma 
(Século V a.C. a 476 d. C.). 
 
PARTE 1: Grécia 
SUMÁRIO PÁGINA 
A Civilização Grega 4 
1. Apresentação 4 
2. O ³1RYR�(VStULWR´�GD�&LYLOL]DomR�*UHJD 6 
3. Divisão da História da Grécia Antiga 6 
3.1. Pré-Homérico ± Século XX ± XII a.C. 6 
3.2. Período Homérico ± Século XII ± VIII a.C. 7 
3.3. Período Arcaico ± Século VIII ± VI a.C. 8 
3.4. Período Clássico (século V a IV a.C.) 8 
4. Conceitos 9 
4.1. Antiguidade Clássica 9 
4.2. Civilização 9 
5. Localização geográfica 10 
6. Características gerais das cidades-estados grega 11 
7. Olimpíadas 15 
8. Organização das cidades-estados 16 
8.1 Atenas 16 
8.1.1. A sociedade ateniense 17 
8.1.2. A evolução política 17 
8.1.3. Os reformadores da política de Atenas 18 
8.1.4 O século de Péricles (444 a 429 a.C.). 20 
�����(VSDUWD�³8P�DFDPSDPHQWR�HP�DUPDV´ 21 
8.2.1 Características da Civilização Espartana 22 
8.2.2 Organização política 23 
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 CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM 
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
Prof. Robson Papandréa ± Aula 02 
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8.2.3 Organização social 24 
9. As Guerras Médicas ou Pérsicas (499-449) 25 
10. As Guerras dos Gregos contra os Gregos (431-404 
a.C. 
26 
11. O domínio dos Macedônios e as conquistas de 
Alexandre Magno (338 a.C. ± 323 a.C. 
27 
12. Cultura Grega 28 
12.1 Religião Grega 28 
12.2 Artes 29 
12.3 Filosofia 30 
12.4 Demais Ciências 31 
13. Conclusão 32 
 
PARTE 2: Roma 
SUMÁRIO PÁGINA 
Civilização Romana 33 
1. Apresentação 33 
2. Localização Geográfica e Povoamento 34 
3. Origem histórica e lendária de Roma 36 
3.1. Origem histórica 36 
3.2. Origem lendária 36 
4. Divisão da História Política (753 a.C. a 476 d.C.) 37 
4.1. Monarquia (753 a.C. ± 509 a.C.) 37 
4.2. República (509 a.C. ± 27 a.C.) 38 
4.2.1 A organização política na República Romana (509 a 
27 a.C.) 
38 
4.2.2. Organização da sociedade na República 39 
4.2.3. Lutas sociais entre plebeus e patrícios (séculos V 
a IV a.C.) 
39 
4.2.4. Expansão territorial romana 40 
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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
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4.2.5. As consequências das conquistas romanas 43 
4.2.6. As guerras civis e o fim da República 43 
5. Império Romano (27 a. C. a 476 d.C.) 50 
5.1. Governo de Otávio Augusto (27 a.C. a 14 d.C.) 50 
5.2. Divisão do Império 51 
5.2.1. Alto Império (Século I ao início do século III) 51 
5.2.2. Baixo Império (Século III ao século V 51 
6. Povos Bárbaros 52 
7. Realizações dos últimos imperadores 53 
7.1. Diocleciano: imperador romano de 284 a 305. 53 
7.2. Constantino (323-337) 53 
7.3. Teodósio 54 
8. Cultura Romana 55 
8.1. Diferença entre a Cultura Romana e Cultura Grega 55 
8.2. Direito Romano 55 
8.3. Religião Romana 56 
9. Conclusão 57 
10. Questões 58 
11. Questões Comentadas 65 
12. Gabarito 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Civilização Grega 
 
1. Apresentação 
Caro aluno, o escritor Michael Grant afirmou que: ³6HP�*UpFLD�H�
5RPD�QyV�QmR�VHUtDPRV�R�TXH�VRPRV .´ O que eu autor quis dizer com 
essa frase? Durante nossos estudos vamos juntos construir as 
respostas para essa pergunta. Mas, inicialmente podemos afirmar que 
o autor quis dizer que a nossa civilização ocidental é herdeira dos 
gregos e romanos. Mas, herdeiros de que? Herdeiros do idioma, da 
organização social, jurídica, política e econômica; em uma palavra 
herdeira da cultura que recebe o nome de civilização clássica. E o que 
significa o termo civilização clássica? Significa o conjunto das 
produções intelectuais da antiguidade clássica ou greco-romana 
(Grécia Antiga, Roma Antiga).� 
 
Busto de Homero: Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte da_Gr% C3% 
A9ciaAntiga. Acesso em: 3 fev 2016. 
 
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Busto de mármore de Péricles, que no século V a.C. transformou Atenas em um 
império e ajudou a desenvolver a forma de governo conhecida como democracia. 
Disponível em: http://escola .britannica. com.br/assembly/184467/Busto-de-
marmore-de-Pericles-que-no-sec u lo-V-aC. Acesso em: 3 fev 2016. 
 
A característico básica que distingue essas duas civilizações - 
Grega, e Romana - entre tantas que tinham existido antes, é o 
secularismo ± a separação entre o poder civil e o poder religioso. 
A religião não absorve mais os interesses do homem na extensão 
em que o fazia no antigo Egito ou nas nações da Mesopotâmia. 
O estado, agora, está acima da igreja e o poder dos sacerdotes 
na determinação das diretrizes da evolução cultural foi totalmente 
destruído. 
Além disso, os ideais de liberdade humana e o interesse pelo 
bem-estar do homem como indivíduo sobrepujaram largamente o 
despotismo e o coletivismo do velho Oriente Próximo. 
 
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2. 2�1RYR�³(VStULWR´�GD�FLYLOL]DomR�*UHJD� 
2�SRYR�JUHJR�UHIOHWLX�HP�VXD�DPSOLWXGH�XP�³QRYR�espírito´�TXH é a 
EDVH�GD�IRUPDomR�GD�LGHQWLGDGH�GR�³KRPHP�RFLGHQWDO �´ 
Esse ³QRYR�HVStULWR´�RX�YLVmR�GH�PXQGR�RX�PHQWDOLGDGH�GHGLFDYD-
se: 
¾ A causa da liberdade; 
¾ A uma crença firme na nobreza das realizações humanas. 
¾ A glorificação do homem como a mais importante criatura do 
universo; 
¾ A recusa em submeter-se às imposições dos sacerdotes ou dos 
déspotas, e até a se humilhar ante os deuses. 
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, 
das coisas que não são, enquanto não são." Protágoras, filósofo grego 
(Abdera, 490 a.C. ² Sicília, c. 415 a.C). 
 (� HVVH� ³QRYR� HVStULWR´� TXH� VXUJH� QD� *UpFLD� WHP� DV� VHJXLQWHV�
características: 
¾ Sua atitude era essencialmente laica e racionalista; 
¾ Exaltavam o espírito de livre exame; 
¾ Colocavam o conhecimento acima da fé; 
¾ Exaltaram sua cultura ao mais alto nível que o mundo antigo esta 
destinado a atingir. 
3. Divisão da História da Grécia 
A História da Grécia é geralmente dividida em quatro períodos: 
3.1. Pré-Homérico ± Século XX ± XII a.C. (lembra-se da contagem dos 
séculosdos anos 2000 a 1200 antes de Cristo). Engloba a fase da 
ocupação do território da Península Balcânica pelos povos que iriam 
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formar o povo grego. São as sucessivas vagas de ocupação dos 
Aqueus, Jônios, Eólios e Dórios. 
 
O Cavalo de Troia, por Giovanni Domenico Tiepolo. Disponível em: https://pt. 
Wikipédia. org/wiki/Guerra de Tróia. Acesso em 4 fev 2016. 
3.2. Período Homérico ± Século XII ± VIII a.C. O período recebe essa 
denominação em função da obra atribuída a Homero, a Ilíada ± 
narrando a guerra de Tróia (conta Homero na Ilíada a história da 
destruição de Tróia. Homero atribuí o motivo da guerra ao rapto de 
Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta; por um príncipe troiano 
Paris. E na Odisseia o retorno do herói Ulisses a ilha de Ítaca. Nesse 
período onde toda a produção era coletiva, não existia a propriedade 
privada da terra e predominava a igualdade social, pois não havia 
diferenças econômicas. E a sociedade era organizada em genos (daí 
genética), uma primitiva unidade econômica, social, política e religiosa 
unida por laços familiares e sob a autoridade do Pater (patriarca) que 
ao morrer era sucedido pelo primogênito. 
No fim do período Pré-Homérico os genos começam a se 
transformar. Pelas seguintes razões: 
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¾ Crescimento da população sem o mesmo crescimento da 
produção agrícola; falta de terras férteis e baixo nível técnico da 
produção; 
¾ As terras coletivas começam a ser privatizadas pelos pater; 
¾ A sociedade de igualitária começa a ser divididas em classes 
sociais. 
As classes sociais criadas com a desagregação do genos: 
¾ Eupátridas: os bem-nascidos, a aristocracia proprietária das 
melhores terras; 
¾ Georgói: pequenos agricultores que ficaram com as terras da 
periferia; 
¾ Demiurgos: artesãos e comerciantes; 
¾ Metecos: estrangeiros considerados livres e sem direitos 
políticos; 
¾ Escravos (adquiridos por meio de guerras, de comércio e por 
dívida constituíam a base de toda a produção). 
 
3.3. Período Arcaico ± Século VIII ± VI a.C. 
É a época da formação das cidades-estados e consolidação da 
hegemonia e importância de Atenas e Esparta. 
3.4 Período Clássico (século V a IV a.C.) 
É período das grandes disputas pela supremacia da Grécia que colocam 
em choque Atenas e Esparta e aliados. 
E nosso estudo vai ter o foco no período da Grécia conhecido 
como período clássico, ou Idade de Péricles, nos séculos V e IV a.C. e 
vai encerrar-se com a queda do Império Romano do Ocidente no século 
V d.C. 
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Na busca de um melhor entendimento para ampliar nossa 
percepção da história ocidental nesse período vamos tratar 
inicialmente de alguns conceitos. 
4. Conceitos 
 
4.1. Antiguidade Clássica 
É a denominação do período da História da Europa que se estende 
aproximadamente do século VIII a.C ± ressaltamos que para nossos 
estudos o foco é a partir do século V, Era de Péricles -, com o 
surgimento da poesia grega de Homero, e termina com à queda do 
Império Romano do Ocidente no século V d.C., mais precisamente no 
ano 476. 
4.2. Civilização 
É o estágio de desenvolvimento cultural em que se encontra um 
determinado povo. Este desenvolvimento cultural é representado pelas 
técnicas, relações sociais, crenças, estrutura e produção material e 
relações econômica, infraestrutura política e jurídica e produção 
intelectual e artística: poesia, teatro, escultura, música, arquitetura e 
filosofia. 
Toda civilização percorre um processo que começa com a 
ocupação de um território, organização da produção, construção de 
palácios, templos, fortificações, aprimoramento técnico e intelectual 
até chegar ao seu apogeu e entrar em decadência. Nosso estudo vai 
apresentar o crescimento, o apogeu e a decadência das civilizações 
clássicas: Grécia e Roma. 
 Caro aluno, vamos em frente com o estudo da civilização grega. 
E como afirmamos, na aula 00, nas orientações, vamos localizar no 
espaço a civilização grega. 
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Disponível em: https://pt.wikipedia.org/ wiki/Gr%C3%A9cia_ Antiga 
#/media/File:Greek_Colonization_Archaic_Period.png. Acesso: 2 fev 2016. 
5. Localização geográfica 
A Grécia Antiga estava dividida em três regiões fundamentais: 
a) Grécia Europeia: o Sul da Península Balcânica e as ilhas dos 
Mares Jónicos e Egeu. 
b) A Magna Grécia: no Sul da Itália; 
c) A Grécia Asiática: no litoral da Ásia Menor (onde fica a Turquia 
atualmente). 
Além de áreas de ocupação no Norte da África, no Sul da França e da 
Espanha atuais. 
 
Foto de satélite da Grécia - Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/ 
Geografia_da_Gr% C3%A9cia#/media/ File:Greece_composite_NASA.jpg. Acesso 
em 3 fev 2016. 
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Mas qual a razão da ocupação de territórios tão diversos pelos 
gregos? A razão dessa diversidade de territórios ocupados pelos gregos 
é o resultado da combinação dos seguintes fatores: 
a) os gregos eram navegadores e comerciantes, e assim, podiam viajar 
grandes distâncias e estabelecer contato com muitos povos; 
b) o crescimento da população grega que habitava o Sul da península 
balcânica (território da Grécia atual), região recortada por montanhas 
elevadas e solo de baixa fertilidade, e à medida que a população crescia 
o excedente era obrigado a emigrar e fundar colônias (é importante 
destacar que as colônias não tinham nenhuma subordinação política 
com os centros de origem ± ao contrário do que entendemos por 
colonização realizada durante a expansão marítima e comercial 
europeia no século XVI)� a relação era cultural, língua, religião, 
costumes comuns; 
c) e por fim, os conflitos internos e a tirania dos governantes 
Podemos concluir que os gregos se lançavam aos mares Jónio, Egeu 
e Mediterrâneo para buscar terras, mercadorias e condições de vida 
melhores, fugindo das lutas internas, da tirania dos governantes e da 
falta de áreas para plantio em seus territórios natais. 
6. Características gerais das cidades-estados grega. 
É importante observar que não existiu um Estado nacional 
chamado Grécia na Antiguidade Clássica. Então o que existiu de estado 
na Grécia? Existiram pequenas unidades autônomas denominadas de 
cidades-estados. Ou seja,um conjunto de várias cidades-estados 
independentes entre si, com organizações políticas distintas e de 
maneira geral organizadas em monarquia, oligarquias e democracias. 
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Acrópole de Atenas com o Partenon no topo. A Atenas Antiga era uma das 
principais cidades-estados gregas. Disponível em: https://pt. wikipedia.org/ wiki 
/Atenas Antiga. Acesso em: 5 fev 2016. 
Em todas as áreas ocupadas pelos gregos, tanto na Europa, quanto 
na África e na Ásia as cidades-estados gregas tinham a presença dos 
seguintes elementos: 
a) A Acrópole: (acro = alto) uma colina onde se encontravam a 
residência dos governantes, o local de reunião dos conselhos e o 
templo da divindade local e servia para proteger a cidade. Essa área 
foi o local de onde se iniciou a ocupação desse território. 
 
�Vista do Parthenon na Acrópole de Atenas. Disponível em: https:// pt. Wikipedia 
.org/wiki/Acr%C3%B3pole_de_Atenas. Acesso em: 4 fev 2016. 
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b) Ágora: ou praça do mercado, localizado na parte baixa da cidade e 
era o centro comunal da vida dos habitantes, usada para reuniões 
públicas e transações comerciais; 
 
Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra26/agora.htm. Acesso em 4 fev 
2016. 
c) porto: em Atenas o Pireu, por onde se fazia a importação exportação 
de mercadorias. Construído por Temístocles era o maior e melhor porto 
da Grécia. O porto ficava a distância de mais ou menos sete 
quilômetros da cidade de Atenas e todo percurso protegido por longas 
muralhas e sua capacidade era de quatrocentos navios. 
 
Muralhas longas de Atenas, conectando a cidade ao Pireu. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pireu. Acesso em: 4 fev 2016. 
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 Além desses elementos típicos as cidades-estados grega 
possuíam: 
a) Teatro: teve suas origens ligadas aos rituais em homenagem do 
deus Dionísio, que protegia a agricultura, a fertilidade e os vinhedos. 
De celebrações, com procissões onde os integrantes usavam fantasias 
e máscaras esses cerimoniais evoluíram para representações cênicas 
de peças até hoje consagradas no teatro moderno. O apogeu desse 
teatro foi entre os anos 550 a.C. e 220 a.C., com destaque das 
representações no teatro de Atenas, mas espalhando-se em toda a 
região de colonização grega, na Ásia Menor, na Magna Grécia (Sul da 
Itália) e Norte da África e Sul da Espanha e França.� 
 
O Teatro de Dioniso, visto do alto da Acrópole, com parte da moderna Atenas ao 
fundo. Disponível em: https://pt .wikipedia . org /wiki / Teatro_de_Dion%C3%ADsio. 
Acesso em: 3 fev 2016. 
b) Ginásio de esportes: a prática de esportes era muito 
importante para os gregos e realizavam uma competição que unia 
cerimoniais religiosos com esportes e era praticada a cada quatro anos 
entre as cidades gregas, numa grande festa na cidade de Olímpia. Essa 
evento pan-helênico (união dos helenos, ou seja, dos gregos) foi 
revivido na contemporaneidade nos Jogos de Atenas de 1896 os 
primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna. 
 
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7. Olimpíadas 
Neste 2016 no mês de agosto a cidade do Rio de Janeiro vai 
sediar os XXXI Jogos Olímpicos. A abertura será realizada no dia 5 de 
agosto e a cerimônia de encerramento ocorrerá no dia 21 de agosto. O 
lema dos jogos será "Viva sua paixão". As duas cerimônias acontecerão 
no Estádio do Maracanã. 
 
Colunata do ginásio em Messina antigo, Peloponeso, Messina, Grécia. Disponível em: 
http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-colu nata-do-gin%C3%A1sio-em-messina-
antigo-gr%C3%A9cia-image 47 580218. Acesso em: 5 fev 2016. 
 E Jogos Olímpicos existe uma grande possibilidade desse tema 
cair no ENEM e dessa forma, vamos tratar com mais profundidades os 
jogos olímpicos da Grécia Clássica. Jogos que eram o mais importante 
evento que unia todos os habitantes do mundo grego. 
Então, vamos as principais características dos jogos olímpicos 
dos gregos antigos: 
a) Participação de apenas homens livres, da etnia grega e em pleno 
exercício de seus direitos políticos; 
b) era o único momento de congraçamento dos gregos em uma espécie 
de unidade nacional; 
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c) eram realizados a Zeus, divindade suprema dos deuses, no santuário 
de Olímpia; 
d) aconteciam no verão, na segunda quinzena agosto ou primeira de 
setembro, durante a lua cheia; de quatro em quatro anos; 
e) durante os jogos era estabelecida uma trégua sagrada que 
suspendia as guerras por meses e dava proteção para os gregos que 
viajavam de todas regiões para Olímpia e a região era considerada 
inviolável e entrar na região com armas era um sacrilégio; 
f) os jogos duravam sete dias e compreendiam corridas, pugilato, o 
pancrácio (uma espécie de vale-tudo com poucas regras), e o pentatlo 
(lançamento de disco, lançamento de dardo, salto em distância, corrida 
de 200 metros e luta) e corridas de carros e hipismo; 
g) os atletas vitoriosos eram heróis em sua pátria e poderia até ter 
uma estátua em sua homenagem na cidade de Olímpia. 
8. A organização das cidades-estados 
As cidades-estados gregas desenvolveram-se seguindo dois 
modelos: o modelo de Atenas (na maioria das cidades) e o modelo de 
Esparta. 
8.1. Atenas 
A cidade de Atenas está localizada na Ática e foi fundada pelos 
jônios que se estabeleceram próximo ao mar Egeu e dedicaram-se à 
pesca, artesanato, produção de azeite, vinho e ao comércio marítimo. 
Construindo portos e fortificando as defesas da cidade. 
 
 
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Atenas (na Ática ± península que se projeta no Mar Egeu - em azul escuro). 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/% C3%81tica. Acesso em 3 fev 2016. 
8.1.1. A sociedade ateniense 
A sociedade era formada por: 
x Cidadãos divididos em 
¾ Eupátridas: os bem-nascidos, a aristocracia proprietária das 
melhores terras; 
¾ Georgói: pequenos agricultores que ficaram com as terras da 
periferia; 
¾ Demiurgos: artesãos e comerciantes;x Metecos: estrangeiros considerados livres e sem direitos 
políticos; 
x Escravos (adquiridos por meio de guerras, de comércio e por 
dívida constituíam a base de toda a produção). 
8.1.2. A evolução política: 
¾ Iniciaram como uma monarquia (com destaque que o rei tinha 
poderes limitados) governada por um rei, chamado de 
basileus, que era indicado e assessorado por uma assembleia 
da qual só participavam os eupátridas. 
¾ No século VIII os eupátridas destituíram o rei, colocando em 
seu lugar um grupo de aristocratas (arcontado), eleitos pelo 
conselho dos eupátridas. Dessa forma, o regime político 
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tornou-se oligárquico (governo de poucos o seja dos grandes 
proprietários eupátridas); 
¾ No século VII os oligarcas foram derrubados pelos tiranos ou 
ditadores); (eram usurpadores que governavam ilegalmente, 
fosse ou não pela opressão). 
¾ Nos séculos VI e V a.C. estabeleceram-se as democracias (é 
importante destacar que era uma democracia restrita e 
exclusiva aos cidadãos nascidos em Atenas, filhos de pais 
atenienses ± não participavam as mulheres, os estrangeiros e 
os escravos (que não eram considerados cidadãos). 
8.1.3. Os reformadores da política de Atenas 
¾ Drácon: recebeu em 621 a.C. poderes extraordinários para 
pôr fim aos conflitos sociais que abalavam e de preparar um 
código de leis escritas (até então eram orais, chamadas leis 
consuetudinárias, baseadas nos costumes). Drácon elaborou 
um rígido código de leis (daí YHP�R�WHUPR�³ leis draconianas´� 
baseadas nas normas tradicionais arbitradas pelos juízes. Ele 
foi considerado o primeiro a fazer leis para os atenienses. 
 
Sólon (Atenas, 638 a.C. ± 558 a.C.) foi um legislador, jurista e poeta grego antigo. 
Disponível e: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3lon. Acesso em 4 fev2016. 
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¾ Sólon: foi eleito arconte em 594 a.C., com a ajuda dos 
comerciantes e artesãos ricos que lhe concederam poderes 
para realizar reformas, entre as quais destacam-se: 
a) a criação do Conselho dos Quatrocentos (Bulé), responsável 
pela elaboração das leis, com admissão dos membros da classe média; 
b) criação de um supremo tribunal de recursos (Tribunal dos 
Heliastas), aberto a todos os cidadãos e eleito por sufrágio universal 
masculino; 
c) proibição da escravidão por dívida; 
d) instituição de uma nova cunhagem de moedas (Dracma). 
¾ Psístrato: foi eleito em 560 a.C., com a ajuda do povo e do 
exército (seu governo é chamado de tirania porque tomou o 
poder contrariando a tradição). Justificando a fama de déspota 
benevolente, protegeu a cultura, reduziu o poder da 
aristocracia e elevou o padrão de vida dos atenienses da 
classe média. 
¾ Clístenes: foi eleito arconte, com a ajuda da população urbana 
de Atenas, os cidadãos comerciantes, artesãos e pequenos 
proprietários. Governou Atenas de 508 a 502 a.C. Suas 
principais reformas foram: 
a) Criou a Democracia (governo do povo). 
b) aumentou o número de cidadãos. 
c) Criou o Conselho dos Quinhentos, cujos membros eram 
escolhidos por sorteio. 
d) aumentou a autoridade da Assembleia do Povo; 
e) Instituiu o Ostracismo, pelo qual o cidadão considerado 
perigoso ao Estado era exilado por dez anos. 
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Péricles foi um célebre e influente estadista, orador e estratego da Grécia 
Antiga, um dos principais líderes democráticos de Atenas e a maior personalidade 
política do século V a.C. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Pericles. 
Acesso em: 4 fev 2016. 
8.1.4 O século de Péricles 
 O período do governo de Péricles (de 444 a 429 a.C.) é conhecido 
FRPR� D� ³,GDGH� GH� 2XUR� GH� $WHQDV´� RX� R� ³3HUtRGR� &OiVVLFR´� SRUTXH�
representa o auge da produção artística, filosófica e econômica da 
cidade que se tornou na principal cidade da Grécia Antiga. 
7DPEpP�FRQKHFLGR�FRPR�D�³,GDGH�GH�2XUR�GH�$WHQDV´�RX�3HUtRGR�
Clássico, foi uma época da história de grande desenvolvimento da 
cidade de Atenas nas áreas da Política, Teatro, Artes plásticas, 
Arquitetura, Filosofia, História, Literatura, organização social e 
desenvolvimento urbano. Neste século, Atenas tornou-se a principal 
cidade da Grécia Antiga com grandes investimentos em obras públicas 
e uma marinha e um exército poderosos. 
 O governo de Péricles buscou aperfeiçoar a democracia que, no 
entanto, a democracia ateniense tinha seus limites, pois só podiam 
participar da Assembleia (Eclésia) os cidadãos (homens livres, nascidos 
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em Atenas e com mais de 18 anos). As mulheres, os estrangeiros e os 
escravos não tinham direito a participação política. 
8.2. (VSDUWD��³XP�DFDPSDPHQWR�HP�DUPDV �´ 
 
Esparta e Atenas: Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Esparta. Acesso 
em 4 fev 2016. 
Esparta foi fundada pelos dórios por volta do século IX a.C. Situava-
se em uma região chamada Lacônia. As condições naturais da região 
eram muito áridas: o solo montanhoso e seco dificultava o 
abastecimento da cidade. Essas condições levaram os espartanos a 
conquistar terras férteis por meio de guerras. 
O poder em Esparta era exercido por um pequeno grupo ligado às 
atividades militares. Apenas uma minoria participava das decisões 
políticas e administrativas ± os esparciatas - que se dedicavam única e 
exclusivamente à política e à guerra. 
A vida em Esparta girava em torno da guerra. Os espartanos temiam 
que os povos que haviam conquistado se rebelassem; temiam também 
que os escravos se revoltassem. A necessidade de garantir o poder dos 
esparciatas e o medo de que ideias vindas de fora abalassem esse 
poder faziam com que as viagens fossem proibidas e os contatos 
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comerciais fossem quase inexistentes. Esparta fechava-se em torno de 
si mesma, impondo aos seus habitantes um modo de vida autoritário 
e de subordinação aos interesses do Estado. 
 
Estátua do século V a.C. de um hoplita (soldado da infantaria pesada) - Museu 
Arqueológico de Esparta. Disponível em: Disponível em: https://pt .wikipedia .org 
/wiki/Esparta. Acesso em 4 fev 2016. 
8.2.1 Características Gerais da Civilização Espartana 
As principais características da política, economia, sociedade e 
cultura de Esparta eram: 
¾ Laconismo: é um modo breve ou conciso de falarou de escrever. 
Lacônico significa breve, conciso, de poucas palavras. A educação 
militar e prática os acostumava a receberem ordens; assim, não 
falavam muito e não desenvolviam o espírito crítico.; 
¾ Militarismo: toda a formação do cidadão era voltada 
exclusivamente para a preparação militar, que ia dos 7 aos 60 
anos; 
¾ A educação estatal: recebia o nome técnico de agogê, é 
concentrada nas mãos do Estado e voltada exclusivamente para 
a formação militar; 
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¾ Aristocrática, reacionária e conservadora: controlada pelos 
esparciatas, contrária a qualquer ideia externa e rigidamente 
cristalizada em suas tradições; 
¾ Provinciana e estagnada culturalmente: resultado de uma cultura 
militarista, agressiva, conservadora e aristocrática; 
¾ Estrutura estática, autossuficiente, economia agrária e 
escravista. 
8.2.2 A organização política: 
 O governo espartano era fundamentado em uma diarquia (dois 
reis) oligárquica (regime político em que o poder é exercido por um 
pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou 
família) ± no caso dos cidadãos esparciatas. E toda a estrutura política 
objetivava a manutenção da forma de vida tradicional e combater 
qualquer tipo de inovação. 
¾ Diarquia: dois reis representantes das famílias aristocráticas, 
como poderes limitados ao caráter sacerdotal e militar; 
¾ Gerúsia: (Senado por 28 gerontes, com mais de sessenta anos 
com mandato vitalício. Era o Conselho de Anciãos com grande 
importância nas decisões políticas, jurídicas e administrativa da 
polis espartana. 
¾ Conselho de Éforos: formado por cinco membros escolhido pela 
assembleia dos cidadãos (esparciatas- Apela), tinha um mandato 
anual e fiscalizavam os reis e os magistrados; 
¾ Apela: formada pelos cidadãos com mais de 30 anos e elegia os 
gerontes e os Éforos. 
 
 
 
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8.2.3. Organização social: 
A organização da sociedade espartana estava dividida em três grupos: 
¾ Cidadãos (esparciatas): descendentes dos dórios conquistadores 
detinham todos os privilégios políticos e sociais e formavam uma 
aristocracia guerreira; 
 
Estátua de Leônidas de Esparta. Disponível em https:// 
pt.wikipedia.org/wiki/Esparta: Acesso em: 5 fev 2016 
¾ Periecos: habitavam a periferia da polis, eram homens livres que 
se dedicavam ao artesanato e ao comércio. Não tinham direitos 
à cidadania e serviam no exército como tropas auxiliares; 
¾ Hilotas: descendentes dos antigos habitantes da Lacônia eram 
servos do Estado, estavam presos à terra e eram a base do modo 
de produção espartano. 
 
 
 
 
 
 
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9. As Guerras Médicas ou Guerras Persas (os gregos 
chamavam os persas de medos) 
 
As invasões persas na Grécia: Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_M%C3%A9dicas#/media/File:Persian_invasio
n.png. Acesso em 4 fev 2016. 
As Guerras Médicas ou Pérsicas ocorreram entre os anos 499-449 
a.C. entre o Império Persa e as cidades gregas que lutaram sob a 
liderança de Atenas e Esparta. 
A causa principal da guerra foi o choque do imperialismo persa que 
consideravam limite natural do seu império (costa da Ásia Menor ± 
atual Turquia) contra os gregos em seu processo de colonização 
expandiam-se por todo o Mediterrâneo. 
Esse conflito três grandes fases: 
¾ Invasão da Grécia continental pelo exército do rei Dario que é 
derrotado no ano de 490 a.C. pelo exército de Atenas na batalha 
de Maratona; 
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¾ Invasão do rei Xerxes em 480 a.C., nessa fase destaca-se a 
batalha do desfiladeiro das Termópilas (motivo de filmes de 
Hollywood como os Trezentos, o mais recente sucesso); quando 
300 espartanos comandados pelo rei Leônidas são massacrados 
pelos persas. A batalha naval de Salamina na qual a esquadra 
persa é destruída pela esquadra grega e a batalha de Plateia, 
com a derrota dos persa frente as forças combinadas de Esparta 
e Atenas. 
¾ E finalmente em 449 a.C. com as sucessivas derrotas sofridas 
pelas forças gregas os persas assinam o tratado de Calias e 
reconhecem a supremacia grega no mar Egeu. 
10. As guerras dos gregos contra gregos (431 a 404 a.C. 
A civilização grega durante o seu apogeu no Período Clássico 
entrou em decadência com as guerras entre as cidades-estados 
gregas. 
A causa do conflito está na reação dos cidades-estados gregas 
ao imperialismo de Atenas - que para vencer os persas construiu 
uma poderosa marinha e forte exército. Essa reação dividiu a Grécia 
em dois grupos antagônicos: a Liga de Delos ± chefiada por Atenas 
e que reunia as cidades sob sua influência ± e a Liga do Peloponeso 
± liderada por Esparta e que reunia as cidades opositoras do 
imperialismo ateniense. 
A decadência da civilização grega iniciou-se a partir das Guerras 
do Peloponeso, quando os gregos lutaram contra os gregos. As 
origens do conflito estão no descontentamento geral, sobretudo de 
Esparta, em relação à supremacia ateniense. 
Esparta era aristocrática e estava determinada a manter sua 
organização sem interferências ou influencias atenienses. Atenas, 
democrática ± destacando-se que era uma democracia apenas para 
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os cidadãos ± com uma marinha de exército poderosos, adotava 
uma postura de agressivo imperialismo com as cidades-estados sob 
sua esfera de influência. 
Na primeira fase da guerra, entre 431 e 421 a.C., houve um certo 
equilíbrio entre as partes, com espartanos e atenienses conseguindo 
algumas vitórias. Após esse período as duas cidades fizeram um 
acordo de paz que deveria durar 50 anos. 
Entre 415 e 413 a.C., a trégua foi quebrada pelos atenienses, 
que desejavam conquistar regiões dominadas pelos espartanos. 
Atenas foi derrotada e perdeu parte de sua frota e contingente 
militar. Os anos seguintes, de 413 a 404 a.C., podem ser 
considerados de ofensiva dos espartanos. Esparta aniquilou 
definitivamente Atenas, já bastante enfraquecida pelas perdas 
anteriores, iniciando sua hegemonia (domínio) sobre o mundo 
grego. 
Atenas, o centro glorioso do século de ouro da Grécia, chegava 
ao fim. Esparta também não teve destino diferente; enfim, todas as 
cidades-estados ficaram enfraquecidas com as Guerras do 
Peloponeso e foram dominadas pelosmacedônios que habitavam o 
Norte da Grécia e depois pelos romanos. 
11. O domínio dos Macedônios e as conquistas de Alexandre 
Magno (338 a.C. ± 323 a.C.) 
Os macedônios, povo que habitava o norte da Grécia, conseguiram 
fortalecer-se e aproveitando-se da fraqueza e da desunião dos gregos, 
Filipe II, o rei da Macedônia, conquistou o território grego. 
A política expansionista iniciada por Filipe II teve continuidade com 
seu filho e sucessor Alexandre Magno, conhecido também como 
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Alexandre O Grande, que consolidou a dominação da Grécia e iniciou a 
conquista do império Persa. 
A Macedônia tornou-se o centro do maior império formado até 
então, que só seria superado anos depois pelo Império Romano. 
As conquistas de Alexandre Magno, promovendo a fusão das 
culturas das várias regiões conquistadas no Oriente com os valores 
gregos deu origem a cultura helenística, que teve como centro de 
difusão cultural Alexandria, no Egito, e Bergamo, na Ásia Menor. 
12. A Cultura Grega 
Os gregos alcançaram notável desenvolvimento cultural e 
artístico. Sua produção tornou-se tão rica e fecunda que ultrapassou 
os limites do tempo e do espaço geográfico e é um dos principais 
alicerces da cultura ocidental com influência em várias sociedades 
orientais. 
O grego era essencialmente materialista e tinha do mundo um 
conceito objetivo e os seus símbolos materiais são exemplo dos seus 
ideais do humanismo - a glorificação do homem como a mais 
importante criatura do universo. 
12.1. Religião 
Os gregos não consideravam o homem apenas um servidor das 
divindades e com isso não existia grandes distâncias e diferenças entre 
deuses e homens. 
Características da religião grega: 
¾ Politeísta: com dezenas de deuses, sendo os mais cultuados 
Zeus, senhor da Terra e do Céu; Apolo, deus do Sol e protetor 
das Artes; Ares, deus da guerra; Hermes, mensageiro dos 
deuses e deus do comércio; Palas Atena, deusa da sabedoria; 
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Afrodite, deusa da beleza e do amor; entre outros. E existiam 
divindades menores como as musas, os Heróis ou semideuses, 
como Hércules, Perseu e Teseu; 
¾ Antropomórfica: os deuses tinham forma, virtudes e defeitos 
humanos, maV�FRP�³VXSHUSRGHUHV´� 
¾ Ritualística: era objeto de culto público e particular. Todas as 
cidades possuíam templos; 
¾ Não ética: a religião não oferecia código de conduta; 
¾ Cívica: estava diretamente ligada a vida das cidades-estados e 
participar das festividades religiosas era uma forma do povo 
integrar-se efetivamente na vida da polis e patriotismo e religião 
estavam interligados. 
¾ Aberta, liberal e sem dogmas (verdades estabelecidas com 
definitivamente certas) 
E grande exemplo são os Jogos Olímpicos em homenagem ao 
deus Zeus. 
12.2 Artes 
 A melhor expressão da mentalidade grega foram as artes, 
especialmente na arquitetura e escultura e exerceu profunda influência 
cultura por toda a História, passando por Roma, sobrevivendo na Idade 
Média, ressurgindo no Renascimento, na Idade Moderna e presente na 
atualidade como valores de referência. 
 Características da arte grega: 
¾ Simplicidade; 
¾ Leveza do conjunto; 
¾ Equilíbrio de formas; 
¾ Beleza; 
¾ Harmonia entre as partes. 
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 Concepção artística de 1891 do Parthenon em seu auge. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Partenon. Acesso em 3fev 2016. 
Um exemplo desse esplendor é o Parthenon, o mais conhecido 
monumento grego, construído entre os anos de 447 a 438 a.C. 
¾ Teatro: onde se desenvolveu as suas maiores realizações 
literárias. Inicialmente um ritual religioso em homenagem ao 
deus Dionísio a teatro teve grande autores como que até hoje 
tem suas obras encenadas como de Sófocles: Antígona e Édipo 
Rei. 
12.3 Filosofia 
Os gregos foram os responsáveis pelo nascimento da Filosofia, 
termo grego que significava amor à sabedoria, por volta do século IV 
a.C., na cidade de Mileto. Um dos mais importantes pensadores gregos 
foi Pitágoras, matemático e filósofo. Ele desenvolveu a ideia de que o 
princípio comum do homem, dos animais, vegetais e minerais era o 
átomo, considerado a menor parte da matéria. Segundo Pitágoras, o 
que diferenciava os seres animados e inanimados eram as diferentes 
estruturas que os átomos formavam em cada um deles. Além disso, 
ele formulou teorias sobre números e os classificou em várias 
categorias: os pares, os impares e os números primos. Defendia, 
também, a ideia de que a Terra era redonda. 
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Os responsáveis pelo apogeu da filosofia grega no século IV a.C. 
foram: 
¾ Sócrates: não deixou nenhuma obra escrita. Ensinava nas 
ruas e nas praças. 
¾ Platão: foi o principal discípulo de Sócrates e suas obras, 
em forma de diálogos, conservam-se até nossos dias. 
¾ Aristóteles: foi o mais importante discípulo de Platão e o 
responsável pelo estabelecimento das bases da Lógica, ciência que 
estuda os métodos e processos que possibilitam diferenciar os 
argumentos verdadeiros dos falsos nos estudos filosóficos. A Lógica 
é, até hoje, um instrumento fundamental para todas as outras 
ciências. 
12.4 Demais Ciências 
¾ Matemática: 3LWiJRUDV�� FRQKHFLGR� FRPR� R� ³SDL� GD�
PDWHPiWLFD �´� (XFOLGHV, que estabeleceu os fundamentos da 
*HRPHWULD�� H� $UTXLPHGHV�� FRQKHFLGR� SHOR� IDPRVR� ³Princípio de 
$UTXLPHGHV´�VHJXQGR�R�TXDO�XP�FRUSR�PHUJXOKDGR�QD�iJXD�VRIUH��
de baixo para cima, um impulso equivalente ao líquido que deslocou. 
¾ Medicina: mais importante deles foi Hipócrates de Cós, que 
p�FRQVLGHUDGR�R�³3DL�GD�0HGLFLQD �´��$LQGD�KRMH��RV�PpGLFRV��DR�VH�
formarem, prestam o chDPDGR�³MXUDPHQWR�GH�+LSyFUDWHV �´ 
¾ Astronomia e Geografia: por volta do século II a.C., os gregos 
mapearam o mundo conhecido, dividindo-o em meridianos e 
paralelos e em três zonas: a frígida, a temperada e a tórrida. 
Usando cálculos matemáticos, mediram a circunferência da terra, 
as distâncias dela do Sol e da Lua. 
 
 
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13. Conclusão 
A civilização da Grécia, principalmente na sua forma ateniense, 
fundava-se em ideais de liberdade, de otimismo, de secularismo, de 
racionalismo, de glorificação tanto do corpo como do espírito e de 
grande respeito peladignidade e mérito do indivíduo. Se o indivíduo 
alguma vez se submetia, era à lei da maioria. 
A religião era terrena e prática, servindo ao interesse dos 
humanos. A adoração dos deuses era um meio de enobrecimento do 
homem. Os 
gregos absolutamente não possuíam sacerdócio organizado. 
Mantinham os sacerdotes em segundo plano e recusavam-lhes, em 
quaisquer circunstâncias, o poder de definir dogmas ou de governar o 
intelecto. 
A cultura dos gregos foi a primeira a se basear no primado da 
inteligência - ou seja, na supremacia do espírito de livre exame. Não 
havia assunto que temessem analisar ou questão que considerassem 
excluída do domínio da razão. Em extensão jamais verificada em 
épocas anteriores, o entendimento superou a fé, e a lógica e a ciência 
superaram a superstição. 
 
 
 
 
 
 
 
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PARTE 2: Roma 
Civilização Romana 
Ç 
O Fórum Romano, o centro político, econômico, cultural e religioso da cidade durante 
a República e, mais tarde, durante o Império, está agora em ruínas. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga. Acesso em: 5 fev 2016. 
 
1. Apresentação 
Caro aluno, como vimos na nossa aula 2 parte 1, na Civilização 
Grega, o escritor Michael Grant afirmou que: ³6HP�*UpFLD�H�5RPD�QyV�
QmR�VHUtDPRV�R�TXH�VRPRV .´ E os conhecimentos adquiridos sobre a 
Grécia confirmam a validade dessa frase de Grant e agora vamos 
estudar a civilização Romana. 
Civilização que surgiu de comunidades agrícolas na Península Itálica 
no século VIII a.C. cresceu ao longo do mar Mediterrâneo e 
centralizada na cidade de Roma, organizou-se como monarquia, 
passou para uma república oligárquica e chegou ao apogeu como 
império autocrático. 
De limites restritos a pequenas áreas em torno do Lácio expandiu-
se e dominou um vasto território que ia da Britânia ao Norte da África, 
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da Hispânia a Península Balcânica e da Síria ao Egito; exercendo o 
controle de toda a bacia do mar Mediterrâneo. 
 Uma civilização dinâmica que uma multiplicidade de crises 
políticas, econômicas e sociais, acompanhada da pressão das 
migrações dos povos bárbaros foi se esfacelando até que parte 
Ocidental do Império cai sob o domínio dos germânicos e a 
desintegração dessa civilização é o marco de divisão da Idade Antiga 
para a Idade Média, que tem como ponto de inflexão a queda de Roma 
no ano de 476 d.C. 
A civilização romana é reunida na "antiguidade clássica" com a 
Grécia Antiga, uma civilização que, inspirou grande parte da cultura de 
romana. Cultura que contribuiu para o desenvolvimento do direito, 
governo, guerra, arte, literatura, arquitetura, tecnologia, religião e da 
linguagem no mundo ocidental da qual se originaram o português e 
outros tantos idiomas, como o francês, o espanhol, o romeno e o 
italiano. E sua história e produções materiais e intelectuais exercem 
grande influência sobre o mundo de hoje. 
2. Localização e povoamento 
 
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A península Itálica ou península Apenina e sua forma característica de "bota". 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pen%C3%ADnsula_It%C3%A1lica. 
Acesso em: 5 fev 2016. 
 
Roma Antiga, povos e localização. Disponível em: 
https://www.google.com.br/search?q=roma+antiga+localização. Acesso em: 5 fev 
2016. 
Roma situa-se na Península Itálica, uma longa faixa de terra, em 
forma de bota, irrigada pelos rios Pó, Tibre e Arno, que avança pelo 
mar Mediterrâneo. Ao Norte, a península é limitada por um conjunto 
de montanhas, os Alpes; a leste é banhada pelo mar Adriático, a oeste, 
pelo mar Tirreno; e ao sul, pelo mar Mediterrâneo. 
A Península Itálica foi povoada inicialmente pelos itálicos, entre os 
quais estavam os latinos e os sabinos. Mais tarde, vieram os etruscos, 
um povo de comerciantes e navegadores. Depois, então, foi a vez dos 
gregos estabelecerem-se no sul da península e na Sicília. 
 
 
 
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3. A origem histórica e lendária de Roma 
A fundação de Roma tem duas explicações: através da pesquisa de 
historiadores e arqueólogos e a mitológica. 
a. A origem histórica 
Fundada, por volta do ano 753 a.C. por povos latinos, que viviam 
da agricultura da caça e criação de rebanhos e que formaram uma 
comunidade composta de várias aldeias no Monte Palatino. 
 
 
De acordo com a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C. por Rômulo e Remo, que 
foram criados por uma loba. Disponível: https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga. 
Acesso em: 6 fev 2016. 
b. A origem lendária: 
Relata que os dois irmãos Rômulo e Remo, filhos da Rainha, Reia 
Sílvia, da cidade de Alba Longa, e do deus Marte ± deus da guerra ± 
foram jogados pelo rei da cidade no rio Tibre. Foram salvos por uma 
loba que os amamentou e em seguida encontrados por camponeses. 
Quando adultos voltaram a cidade depuseram o rei Amúlio e Rômulo 
matou o irmão Remo e fundou a cidade de Roma no ano de 753 a.C. 
Essa origem lendária remete a fundação de Roma pelo filho do 
deus da guerra Marte e reforça as características belicosa, guerreira, 
militarista e expansionista do povo romano. 
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4. Divisão da História Política (753 a.C. a 476 d.C.) 
A história política de Roma está dividida em ter grandes blocos: 
a. Monarquia (753 a.C. ± 509 a.C.) 
b. República (509 a.C. ± 27 a.C.) 
c. Império (27 a.C. ± 476 d.C.) 
4.1. Monarquia (753 a 509 a.C.) 
O rei era um cargo eletivo e vitalício escolhido pela Assembleia 
Curiata (assembleia que reunia os cidadãos). 
As instituições políticas desta época eram: 
a) Senado Romano: era uma espécie de conselho de anciãos, 
formado apenas pelas famílias mais importantes da cidade. 
Essas famílias faziam parte dos patrícios, ou seja, a 
aristocracia de Roma. 
b) Assembleia Curiata: A assembleia Curiata era composta pelos 
cidadãos. Cabia a assembleia aprovar o rei, declarar a guerra 
e afirmar a paz. Tinha ainda o poder de aprovar e rejeitar leis. 
A sociedade romana na monarquia estava quatro categorias: 
a) Patrícios: grandes proprietários de terras, privilegiados e 
detentores de direito político. 
b) Plebeus: pequenos proprietários e comerciantes; eram livres, 
mas não participavam da vida política. 
c) Clientes:prestavam serviços aos patrícios e em troca 
recebiam proteção e benefícios de cunho econômico. 
d) Escravos: prisioneiros de guerra ou por dívidas. 
 A economia no período monárquico: 
a) Agrícola e pastoril; 
b) Reduzido comércio e artesanato 
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c) Voltada para a autossuficiência. 
A monarquia é derrubada no ano de 509 a.C. após uma revolta 
dos patrícios (grandes proprietários de terras e integrantes das famílias 
mais antigas) que estabeleceu a República que vai até o ano de 27 a.C. 
 4.2. República Romana 
 A paODYUD�UHS~EOLFD��UHV�SXEOLFD��HP�ODWLP�VLJQLILFD�³FRLVD�S~EOLFD´�
ou bem comum. Em Roma durante a republica o governo continuou 
controlado pela aristocracia patrícia, mas, com todas as medidas para 
evitar um governante absoluto. 
 4.2.1 A organização política na República Romana (509 a 27 a.C.) 
a) Consulado: composto por dois membros, chamados 
cônsules eleitos pela Assembleia Centurial para um mandato de um 
ano. Eram encarregados de apresentar projetos de lei, presidir o 
Senado, a Assembleia Centurial, e comandar o Exército. 
 
SPQR ± Senatus Populusque Romanus, (O Senado e o Povo Romano. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Senado_romano. Acesso em 7 fev 2016. 
b) Senado: representava a mais alta autoridade do Estado e 
era formado por patrícios com mandato vitalícios. Suas principais 
funções eram: 
¾ Fiscalizar os cônsules; 
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¾ Controlar a justiça, a religião, a política externa o tesouro público 
e as campanhas militares; 
¾ Propor a guerra ou a paz. 
c) Assembleia Centurial: era integrada pelos militares, 
agrupados em centúrias (unidades do exército). Composto por 
patrícios e plebeus, votava as leis que vigoravam em Roma, elegiam 
os censores, os cônsules e os pretores, além de resolver as apelações 
de cidadãos contra as decisões dos magistrados. 
d) Ditadura: na época de guerra, os cônsules eram 
substituídos por um ditador. Os ditadores eram escolhidos para um 
mandato de seis meses (sem renovação), com plenos poderes em caso 
de graves crises. 
4.2.2. Organização da sociedade na República 
 A sociedade romana era hierarquizada, patriarcal e formada por: 
a) Patrícios: formada pela aristocracia dos grandes proprietários de 
terras e exerciam o poder político e econômico; 
b) Plebeus: homens livres, camponeses, comerciantes e artesãos, 
compunham a maioria da população. Não tinham direito de 
participar das decisões políticas, entretanto, tinham deveres a 
cumprir: lutar no exército e pagar pesados impostos; 
c) Clientes: não proprietários que se colocavam a serviço de um 
patrício; 
d) Escravos: na grande maioria prisioneiros de guerra e eram a base 
de todo modo de produção romano. 
4.2.3. Lutas sociais entre plebeus e patrícios (séculos V a IV a.C.) 
 As lutas sociais entre patrícios e plebeus que colocaram em risco 
a segurança de Roma foram causadas pela opressão, altos impostos, 
convocação para o serviço militar e abandono que os plebeus sofriam 
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da aristocracia dos patrícios. E o resulto dessas lutas sociais é a 
conquista de muitos direitos sociais e políticos pelos plebeus: 
¾ Fim da escravidão por dívidas; 
¾ Criação dos tribunos da plebe (direito a vetar decisões do Senado 
que fossem prejudiciais aos plebeus); 
¾ Igualdade civil (liberação de casamento entre plebeus e 
patrícios); 
¾ Igualdade religiosa (direito de atuarem como sacerdotes) 
¾ Ampliação de direitos políticos (direito de eleger representantes 
para diversos cargos políticos). 
 
 
A Conquista Romana do Mediterrâneo. Disponível em: 
http://explorethemed.com/RomeMedPt.asp?c=1. Acesso em 5 fev 2016. 
4.2.4 Expansão territorial 
As guerras que os romanos travaram com os povos vizinhos 
tinham por objetivo defender seu território de saques, conquistar 
terras para a agricultura e controlar as rotas de comércio. 
No século IV a.C., Roma controlava o centro da Península Itálica. 
Ao Norte sofria pressão dos gauleses e ao Sul enfrentavam a ameaça 
das colônias gregas. Uma forma de manter o controle das regiões 
dominadas era conceder direitos de cidadania romana aos povos 
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aliados. Com a extensão desse direito, esses povos passaram a ser 
governados pelas leis romanas. 
a) Guerras Púnicas (de punicus, em latim, relativo a Cartago) (264 
a 146 a.C.) 
A expansão territorial romana na Península Itálica e no Mediterrâneo 
chocou-se com uma outra potência em expansão: a cidade de 
Cartago. De origem fenícia a cidade localizada no Norte da África e 
com, com mais de 300 mil habitantes e muitas colônias era uma 
ameaça a expansão romana. 
 
Guerras Púnicas (Roma contra Cartago). Disponível em:�
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_P%C3%BAnicas. Acesso: em 6 fev 2016. 
As Guerras Púnicas se estenderam por mais de cem anos e 
terminaram com a vitória de Roma e a destruição total de Cartago. Em 
146 a.C. sob a liderança de Cipião Emiliano Africano o exército romano 
destruiu completamente a cidade de Cartago, escravizando os 
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sobreviventes. A cidade foi incendiada e suas terras cobertas com sal 
para que nada mais produzissem. A vitória encerrou as batalhas e deu 
grande parte do mar Mediterrâneo aos romanos. 
Depois de conquistar terras a oeste, os romanos voltaram-se para 
o leste, onde conquistaram a Macedônia, a Grécia e parte da Ásia 
menor. No século I a.C., sob o comando do general Júlio César, 
completaram a conquista da Gália (França), invadiram o Egito e o Norte 
da África. Assim, em fins do século I a.C., os romanos eram senhores 
de todo o Mediterrâneo, mar que eles passaram a chamar de Mare 
Nostrum (Nosso Mar). 
 
Catão, o Velho (234-149 a.C.), o mais persistente proponente no Senado romano da 
destruição total de Cartago. Delenda est Carthago (Cartago deve ser destruída). 
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Delenda_est_Carthago. Acesso em: 6 
fev 2016. 
 
Localização de Cartago no Norte da África. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Delenda_est_Carthago. Acesso em: 6 fev 2016. 
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4.2.5. As consequências das conquistas romanas 
A expansão territorial trouxe profundas mudanças na estrutura 
social, política, econômica e cultural de Roma, que se transformou na 
maior potência do mundo antigo. 
As conquistas trouxeram mudanças profundas na vida dos romanos: 
a) O enriquecimento do Estado romano (impostos, terras, 
joias de ouro e prata e outros bens obtidos nas províncias); 
b) Fortalecimento de um novo grupo social, o dos cavaleiros, 
homens enriquecidos com o comércio, a cobrança de impostos 
nas áreas conquistadas e com os serviços prestados ao governo 
de Roma; 
c) Grande aumento do escravismo; 
d) Concentração das terras conquistadas nas mãos de poucos. 
e) Marginalização dos plebeus e do desenvolvimento do 
escravismo, houve um enorme êxodo rural, tornando as cidades 
superpovoadas, contribuindo para uma onda de fome, epidemias 
e violência. Para controlar esta massa urbana, o Estado inicia a 
Política do Pão e Circo - a distribuição de alimentos e diversão 
gratuita. Com isto, o Estado romano impedia as manifestações 
em favor de uma reforma agrária. 
f) No plano militar, o cidadão soldado foi substituído pelo 
soldado profissional, que passou a ser fiel não ao Estado, mas 
sim ao seu general. O fortalecimento dos generais contribuiu 
para as guerras civis em Roma. 
4.2.6. As guerras civis e o fim da República 
As "Guerras Civis" são conflitos entre os plebeus, os cavaleiros, 
militares e a aristocracia dos patrícios e ocorreram no último século da 
República. Nesse período a luta de classe tornou-se mais acirrada com 
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as alterações na sociedade e na organização da produção de Roma. A 
cidade deixou de ser apenas uma cidade para passar a ter o controle 
sobre vastas extensões de terra, envolvendo praticamente todo o norte 
da África, a região da Palestina, todo o sul da Europa e a região que 
corresponde hoje à França e a Espanha. 
O modo de produção escravista tornou-se predominante e o 
trabalho dos homens livres totalmente desvalorizado - plebe 
marginalizada migrou em massa para as cidades, especialmente Roma. 
A possibilidade de uma revolução plebeia fez com que a elite senatorial 
passasse a distribuir "pão" e a promover o "circo", ou seja, garantir o 
abastecimento mínimo e dar diversão à plebe, com o objetivo de 
alienar uma parcela dessa camada, evitando uma explosão social. 
O desenvolvimento do comércio pelo Mar Mediterrâneo foi 
responsável pelo enriquecimento dos Homens novos (também 
chamados cavaleiros), uma nova camada social, que eram oriundos da 
plebe e apesar de enriquecidos, continuavam marginalizados 
politicamente. 
a) As revoltas dos plebeus produziram a promulgação de leis que 
concederam direitos civis e participação política. As leis foram: 
¾ Tribuno da Plebe. (494 a.C.) 
¾ Leis das Doze Tábuas (450 a.C.): primeiro código escrito de leis 
de Roma. 
¾ Lei Canuleia (445 a.C.): Lei que permitiu o casamento entre 
Patrícios e Plebeus. 
¾ Lei Licínia (367 a.C.): Proibia a escravidão por dívida e permitia 
o acesso dos plebeus enriquecidos à magistratura. 
b) As lutas entre plebeus, cavaleiro, militares e patrícios 
Os patrícios pretendiam manter os privilégios tradicionais, eram os 
únicos com direitos políticos plenos, e conseguiam dessa forma manter 
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o controle sobre o Estado assegurando a continuidade do escravismo, 
da estrutura fundiária, e das leis que beneficiavam o controle das 
terras. 
Os homens novos ± cavaleiros -, enriquecidos com o comércio, 
pretendiam maior participação na vida política romana, como a 
ocupação de cargos no Senado, com o objetivo de assegurar melhores 
condições para as práticas comerciais, que na verdade envolviam não 
só elementos financeiros, mas militares e relacionados a administração 
das províncias. Apesar de ricos, os mercadores formavam um grupo 
pequeno e por isso procurou apoiar-se na plebe e nos militares para 
atingir seus objetivos. 
Os militares formavam uma categoria especial, não havia nesse 
grupo um interesse de classe nítido, tanto a facção que procurou 
defender os elementos tradicionais, como a facção que apoiou o Partido 
democrático, pretendiam preservar o sistema escravista. As disputas, 
mesmo intensas, representam apenas interesses localizados e 
nenhuma delas pretendia transformações estruturais, ou seja, as 
disputas militares demonstram a importância do exército na 
organização política, utilizado ou pelos patrícios com o objetivo de 
manter privilégios ou pelos "democráticos" como forma de 
conquistarem direitos. 
c) Divisão da sociedade romana na República: 
¾ Aristocracia 
¾ Equestre (mercadores, banqueiros e comerciantes); 
¾ Clientes (dependentes e agregados aos patrícios); 
¾ Plebeus (homens livres, pequenos proprietários e que 
emigravam para as cidades); 
¾ Escravos. 
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d) As tentativas de Reforma Agrária dos irmãos Caio e Tibério Graco 
(131 a 121 a.C. 
Tibério Graco eleito tribuno da plebe em 133 a.C. propôs a 
reforma agrária, segundo o tamanho das propriedades rurais 
deveria ser limitado e o excedente de terras, distribuídos aos 
plebeus pelo Estado. 
Essa medida permitiria conter o êxodo rural e oferecer trabalho 
a massa de desocupados que habitava a cidade. A proposta foi 
rejeitada pelo Senado (dos patrícios que o formavam eram grandes 
proprietários). O tribuno foi assassinado junto com 300 de seus 
seguidores. 
 
Os irmãos Graco sofreram forte oposição ao seu projeto de distribuição de 
terras. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-questao-
agraria-roma.htm#. Acesso em: 7 fev 2016. 
 O irmão de Tibério, Caio Graco foi eleito tribuno da plebe em 123 
a.C. com propostas para melhorar as condições de vida da plebe 
proletária. Conseguiu a aprovação da Lei Frumentária que obrigava a 
distribuição de trigo à população a preços baixos. As violentas reações 
senatoriais a atuação de Caio levou-o ao suicídio em 121 a.C. 
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e) Os generais conquistadores: Mario (107 a 86 a.C.) e Sila (86 a 
79 a.C.) 
 
Caio Mário (107 a 86 a.C.) general da República Romana. Disponível em: https :// 
pt.wikipedia.org/wiki/Caio_M%C3%A1rio. Acesso em: 6 fev 2016. 
 As vitórias militares, as crises políticas e a instabilidade 
generalizada com os conflitos entre patrícios,plebeus e clientes abrem 
caminho para os generais, que enriquecidos com as conquistas, 
populares entre seus soldados e a plebe urbana; ambicionam a tomada 
do poder. 
 Destaca-se entre os generais demagogos, populares e 
oportunistas o plebeu Mário que apoiado pelas tropas é eleito cônsul 
seis vezes, governado até a sua morte em 86 a.C. 
 
Busto de Sula. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sula. Acesso em: 6 fev 
2016. 
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Para suceder a Mário o Senado apoia o general patrício Sula que 
é eleito cônsul em 86 a.C., e governa como um ditador conservador, 
reacionário e sanguinário até renunciar em 79 a.C.� 
f) O Primeiro Triunvirato (Crasso, Pompeu e Júlio César) 60 a 54 
a.C. 
A renúncia de Sila coloca o poder nas mãos de três personalidades: 
Crasso, Pompeu e Júlio César ± na verdade uma pausa nas lutas 
sanguinárias pelo poder, que logo reiniciam com a morte de Crasso na 
luta contra os partas (persas) em 53 a.C., Júlio César entra em guerra 
contra Pompeu que é derrotado e morto no Egito. 
Com a morte de seus dois opositores Júlio César assume o poder 
como ditador perpétuo. 
g) Ditadura de César. (49 a 44 a.C.) 
 
Júlio César, busto no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlio_C%C3%A9sar. Acesso em: 6 fev 2016. 
Apoiado pela Plebe e acumulado de títulos pelo Senado, em 49 a.C., 
César assumiu o comando em Roma como um ditador absoluto. 
Inicia uma série de reformas sociais e políticas: 
¾ Criação do calendário juliano; 
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¾ Centralização do poder e da burocracia da República; 
¾ Grandes obras públicas; 
¾ Concessão de cidadania romana aos gauleses e espanhóis; 
¾ Distribuição gratuita de trigo a plebe urbana 
As pretensões ditatoriais de César provocam conspirações de um 
grupo de senadores liderados por Brutus que o assassinam dentro do 
Senado em 44 a.C. 
A morte de César provoca uma nova guerra civil e a criação do 
segundo triunvirato. 
h) O Segundo Triunvirato (43 a 27 a.C.) Lépido, Marco Antônio e 
Otávio. 
O Segundo Triunvirato é formado por: Marco Antônio, antigo aliado 
militar de Júlio César; Caio Otávio, sobrinho de Júlio César; e Lépido, 
um dos mais ricos banqueiros de Roma. 
Estabelecido com o objetivo de equilibrar as forças políticas em 
Roma, esse novo governo determinou a divisão dos domínios romanos 
em três grandes regiões: Lépido dominasse a África; Otávio, as terras 
ocidentais; e Marco Antônio, o Oriente. Essa aliança não resiste as 
ambições de poder e Lépido é afastado e Marco Antônio é derrotado e 
comete suicídio com Cleópatra no Egito. Assim todo o poder é 
concentrado nas mãos de Otávio que inicia uma nova fase o Império 
que vai de 27 a.C. a 476 d.C., com o fim do Império Romano do 
Ocidente. 
 
 
 
 
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5. Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.) 
 
5.1. Governo de Otávio Augusto (27 a.C. a 14 d.C.) 
 
Otávio Augusto, primeiro imperador de Roma. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto. Acesso em: 6 fev 2016. 
Seu governo ficou conhecido como Principado (porque Otávio era 
considerado o primeiro cidadão de Roma) e acumulou os títulos de 
imperator, tribuno, procônsul, sumo pontífice, mas usava o de 
princeps. 
As principais realizações do principado foram: 
¾ Aperfeiçoamento da arrecadação de impostos; 
¾ Divisão da sociedade em cidadãos e provinciais; 
¾ Dividiu os cidadãos de acordo com a renda em: 
9 Senatoriais (maior renda) 
9 Equestres (média alta) 
9 Plebeia (média baixa e baixa) 
¾ Reorganizou em 25 legiões de cinco mil e seiscentos homens; 
¾ Incentivou a cultura e reforçou a religião tradicional; 
¾ Fortaleceu as fronteiras, protegeu e deu estabilidade (Pax 
Romana); 
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¾ Reforçou a política assistencialista do Estado conhecida por 
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5.2. Divisão do Império 
5.2.1. Alto Império (Século I ao início do século III) 
5.2.2. Baixo Império (Século III ao século V 
5.2.1. Alto Império 
O Alto Império é o período de maior esplendor e grandeza da 
história de Roma com o apogeu cultural da civilização romana, a 
máxima extensão territorial, grande poderio militar e prestígio da 
figura dos imperadores. 
5.2.2. Baixo Império (Séc. III ± V d.C.) 
O período do Baixo Império representou a decadência e queda 
do Império Romano e sua destruição pelas invasões bárbaras. 
As principais crises que derrubaram o Império Romano foram 
provocadas pela combinação da insegurança (invasões dos povos 
bárbaros germânicos), crise geral do escravismo, crise econômica e 
social. 
Essa combinação de crises econômica, política, social e cultural 
podem ser caracterizadas como: 
¾ Crise geral do escravismo: Diminuição do número de escravos 
em razão da redução da expansão militar 
¾ Corrupção administrativa; 
¾ Gastos elevados para manter o exército e a máquina 
administrativa; 
¾ Ruralização da Economia, formaram-se as vilas romanas 
(Latifúndios autossuficientes, escravos substituídos pelo 
colonato). 
¾ Invasões bárbaras. 
 
 
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6. Povos Bárbaros 
Os povos bárbaros são todos aqueles que não haviam submetidos 
ao domínio imperial e ao processo de romanização. 
Habitavam além das fronteiras do Império e apresentavam as 
seguintes características: 
¾ Nômades e pastores, apresentavam uma sociedade nos moldes 
de uma comunidade primitiva. 
¾ Dividiam-se em: visigodos, ostrogodos, burgúndios, alamanos, 
francos, vândalos, hérulos, jutos, anglos e saxões. 
¾ Com a chegada dos temíveis Hunos na Europa Oriental, os 
bárbaros fugiram para o Ocidente, estas invasões fragmentaram 
o império do Ocidente em inúmeros reinos bárbaros. 
¾ Em 476 d.C. Odoacro, Rei dos Hérulos, depôs Rômulo Augústulo 
o último imperador dos romanos. 
 
Saque de Roma pelos Vândalos, em 455 d.C. Por Heinrich Leutemann. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A1rbaros. Acesso em: 7 fev 2016. 
 
 
 
 
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