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ENEM extensivo filosofia 02

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FILOSOFIA 
Professor Dênis da Silva Carvalho 
A aurora da filosofia: 
Os pré-socráticos 
A maioria dos primeiros filósofos queriam encontrar o 
princípio de todas as coisas existentes. 
Aristóteles 
Afresco em Paestum, com cena de banquete, século V a.C. 
A cidade grega e a filosofia 
O declínio dos mitos 
Essa passagem ocorreu, no entanto, durante longo processo histórico, 
sem um rompimento brusco e imediato com as formas de conhecimentos 
utilizados no passado. 
Os primeiros gregos compartilhavam de crenças míticas, enquanto 
desenvolviam o conhecimento racional que caracterizaria a filosofia. Essa 
transição do mito à razão “significa precisamente que já havia de um lado, 
uma lógica do mito e que, de outro lado, na realidade filosófica ainda está 
incluído o poder do lendário”. 
O mito se opõe ao logos como a fantasia à razão, como a palavra 
que narra à palavra que demonstra. Logos e mito são duas metades 
da linguagens, duas funções igualmente fundamentais da vida do 
espírito. O logos, sendo uma argumentação, pretende convencer. O 
logos é verdadeiro, no caso de ser justo e conforme à “lógica”; é 
falso quando dissimula alguma burla secreta (sofisma). Mas o mito 
tem por finalidade apenas si mesmo. Acredita-se ou não nele, 
conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso pareça 
“belo” ou verossímil, ou simplesmente porque se quer acreditar. O 
mito, assim, atrai em torno de si toda a parcela do irracional 
existente no pensamento humano; por sua própria natureza, é 
aparentado à arte, em todas as suas criações. 
 GRIMAL, Pierre. A mitologia grega, p. 8-9. 
Mitologia grega 
Os gregos cultuavam uma série de deuses: 
Zeus Hera Ares Atena 
Entre 
outros 
Além de heróis ou semideuses 
Teseu Hércules Perseu 
Entre 
outros 
Relatando a vida desses deuses e heróis e seu envolvimento com os 
homens, os gregos criaram uma rica mitologia, isto é, um conjunto 
de lendas e crenças que, de modo simbólico, fornecem explicações 
para a realidade universal. 
Mito de Édipo 
Laio, Rei de Tebas e marido de Jocasta, vivia amargurado por não ter 
filhos, pelo que, decidiu consultar o Oráculo, tendo-lhe, este, advertido 
que filho que gerasse havia de o assassinar. Apesar das advertências, 
Jocasta engravida e Laio, quando o bebé nasceu, ordenou a um servo 
que o pendurasse pelos pés numa árvore, para que este morresse. Daí o 
nome Édipo (que significa pés inchados). 
 
O servo de Laio, desrespeitando as ordens, acabou por colocar a criança 
num cesto e jogou-a ao rio, acabando este, por ser resgatado por um rei 
duma terra distante, que o elegeu como seu filho. Este, já homem, 
também consultou o Oráculo, o qual o aconselhou a evitar a sua pátria, 
pois iria ser o assassino de seu pai e marido de sua mãe. 
Desconhecendo as suas origens e pensando-se filho de Pôlibo e Mérope, 
reis de Corinto, Édipo decidiu partir rumo a Tebas. Durante o seu 
percurso, e no meio de uma encruzilhada, deparou-se com um velho com 
o qual manteve uma acérrima discussão acabando por matá-lo. 
Chegado a Tebas decifrou o enigma da Esfinge (monstro com cabeça de 
mulher e corpo de leão), que impossibilitava a entrada na cidade, e como 
nunca ninguém o havia decifrado, a Esfinge jogou-se ao mar, tendo 
Édipo libertado a cidade da sua maldição. Creonte, irmão de Jocasta, 
havia prometido a mão desta a quem libertasse a cidade da Esfinge, 
ganhando assim, Édipo, o direito a casar com Jocasta, agora viúva. 
 
Casaram, Édipo foi proclamado Rei e tiveram dois filhos e duas filhas, 
reinando sem grandes dificuldades, até ao dia em que se instala a peste 
na cidade e Édipo decide consultar o Oráculo, que lhe refere que a peste 
cessaria quando fosse expulso o assassino de Laio. Édipo dispôs-se a 
encontrá-lo, mas quando se apercebeu que ele próprio fora o assassino 
de Laio, seu pai, e o esposo de sua mãe, e vendo que apesar de fugir 
contra a profecia esta acabou por se realizar, arrancou os olhos e deixou 
a sua pátria. 
 
Uma reflexão sobre as questões da culpa e da responsabilidade dos 
homens perante as normas e tabus (comportamento que, dentro dos 
costumes de uma comunidade, é considerado nocivo e perigoso, 
sendo por isso proibido para seus membros). 
O exercício da razão na pólis grega 
Utilização do logos (a razão) para 
resolver problemas da vida está 
vinculado ao surgimento da pólis. 
Pólis forma de organização social e 
política desenvolvida entre os séculos 
VIII e VI a.C. 
Pólis 
Criada pelo cidadãos 
Cidadãos dirigiam a cidade 
Organizada e explicada de forma racional 
Partenon 
A prática constante da discussão política em praça pública pelo 
cidadãos fez com que, com o tempo, o raciocínio bem formulado e 
convincente, se tornasse o modo adotado para se pensar sobre todas 
as coisas, não só as questões políticas. 
Segundo o historiador Jean-Pierre Vernant, o 
nascimento da filosofia “relaciona-se de 
maneira direta com o universo espiritual que 
nos pareceu definir a ordem da cidade e se 
caracteriza precisamente por (...) uma 
racionalização da vida social”. 
Para Vernant, a razão grega é filha da cidade. 
 
VERNAT, Jean-Pierre, As origens do Pensamento grego, p. 77 e 95. 
Planta da Acrópole de Atenas 
Pré-socráticos 
Os primeiros filósofos gregos 
Período pré-socrático é a fase inaugural da filosofia grega. 
O período pré-socrático abrange o conjunto das reflexões filosóficas 
desenvolvidas desde Tales de Mileto (623-546 a.C.) até o 
aparecimento de Sócrates (468-399 a.C.). 
Os pensadores de Mileto: 
A busca da substância primordial 
Objetivo dos primeiros filósofos 
Construção de uma 
Cosmologia 
Explicação racional e 
sistemática das 
características do universo. 
Princípio substancial ou 
substância Primordial 
“Matéria prima” de que todas 
as coisa são feitas, (arché em 
grego) 
Tales de Mileto (623-546 a.C.) 
A filosofia teve como berço a cidade de Mileto. 
Tudo é água. 
Para Tales, somente a água permanece 
basicamente a mesma, em todas as 
transformações dos corpos, apesar de 
assumir diferentes estados – sólido, 
liquido e gasoso. 
Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.) 
Anaximandro de Mileto 
Discípulo de Tales. 
Geógrafo, matemático, 
astrônomo e político. 
Nem água nem algum elemento, mas alguma 
substância diferente, ilimitada, e que dela 
nascem os céus e os mundos neles contidos. 
Para Anaximandro, esse princípio é algo que 
transcende os limites do observável, ou seja, não 
se situa numa realidade ao alcance dos sentidos. 
Por isso. Denominou-o ápeiron, termo grego que 
significa “o indeterminado”, “o infinito”. O ápeiron 
seria a “massa geradora” dos seres, contendo em 
si todos os elementos contrários. 
Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) 
Anaxímenes. 
E assim como nossa alma, que é ar, nos 
mantém unidos da mesma maneira o vento 
envolve todo o mundo. 
Tentando uma conciliação entre as concepções de Tales e as de 
Anaximandro , concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas. Isso 
porque o ar representa um elemento “invisível e imponderável, quase 
inobservável e, no entanto, observável: o ar é a própria vida, a força 
vital, a divindade que “anima” o mundo, aquilo que dá testemunho à 
respiração”. 
Pitágoras de Samos (570-490 a.C.) 
Todas as coisas são números. 
Para Pitágoras, a essência de todas as coisas reside nos números, os 
quais representam a ordem e a harmonia. Segundo o historiador Thomas 
Giles, “pela primeira vez se introduzia um aspecto mais formal na 
explicação da realidade, isto é, ordem e a constância”. Assim, a essência 
dos seres, a arché, teria uma estrutura matemática da qual derivariam 
todas problemas como: finito e infinito, par e ímpar, unidadee 
multiplicidade, reta e curva, círculo e quadrado e etc. 
No “fundo de todas as coisas” a diferença entre os seres consiste, 
essencialmente, em uma questão de números (limite e ordem das coisas). 
Heráclito de Éfaso 
Tudo flui, nada persiste, nem permanece o 
mesmo. O ser não é mais que o vir-a-ser. 
Heráclito de Éfeso 
Concebi a realidade do mundo como algo 
dinâmico, em permanente transformação. 
Para ele, a vida era um fluxo constante, 
impulsionado pela luta de forças contrárias: 
ordem e desordem, o bem e o mal, o belo e o 
feio, a construção e desconstrução, a justiça e 
a injustiça, o racional e o irracional, a alegria e 
a tristeza e etc. 
Primeiro grande representante do 
pensamento dialético. 
“Não podemos entrar 
duas vezes no mesmo 
rio, pois suas águas se 
renovam a cada instante. 
Não tocamos duas vezes 
o mesmo ser, pois este 
modifica continuamente 
sua condição”. Heráclito 
Parmênides de Eléia (510-470 a.C.) 
O ente é; pois é ser é nada não é. 
Dois caminhos para compreensão da realidade 
Primeiro é da filosofia, da 
razão, da essência. 
Segundo é da crendice, da 
opinião pessoal da 
aparência enganosa. 
Caminho da essência para compreender a realidade 
a) Existe o ser, e não é 
concebível sua não 
existência. 
b) O ser é; o não-ser não 
é 
Princípios lógicos de identidade e de não-contradição 
É no mundo da 
ilusão, das 
aparências e das 
sensações que os 
homens vivem seu 
cotidiano. 
Zenão de Eléia (488-430 a.C.) 
O que se move sempre está no mesmo 
lugar. 
Discípulo de Parmênides 
elaborou argumentos 
para defender a doutrina 
do seu mestre. 
Com seus argumentos pretendia demonstrar 
que a própria noção de movimento era inviável 
e contraditória. 
Empédocles de Agrigento (490-430 a.C.) 
A unidade de tudo aquilo que se ama 
Pois destes (os elementos) todos se 
constituíram harmonizados, e por estes que 
pensam, sentem prazer e dor. 
Defendia a existência de quatro elementos primordiais, que 
constituem as raízes de todas as coisas percebidas: 
o fogo, a terra, a água e o ar. 
Os elementos são 
movidos e misturados 
de diferentes maneiras 
em função de dois 
princípios 
Amor – responsável pela força de atração e união e pelo 
movimento de crescente harmonização das coisas; 
Ódio – responsável pela força de repulsão e desagregação 
e pelo movimento de decadência, dissolução e separação 
das coisas. 
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.) 
O átomo e a diversidade 
O homem, um microcosmo 
Responsável pelo desenvolvimento do 
atomismo, afirmava que todas as coisas que 
formam a realidade são constituídas de 
partículas invisíveis e indivisíveis – átomos. 
Fatores básicos para as diferentes 
composições dos átomos 
Figura Ordem Posição 
Concepção mecanicista 
acaso necessidade 
Pré-socráticos 
Os primeiros filósofos gregos 
Pitágoras de Samos (570-490 a.C.) 
Heráclito de Éfaso 
Os pensadores eleáticos: 
A reflexão sobre o ser e o conhecer 
A partir dessa discussão sobre os contrários, sobre o ser e o não-ser, 
que se iniciaram a lógica (os estudos sobre o conhecer) e a 
ontologia (os estudos sobre o conhecer) e suas relações recíprocas. 
Parmênides de Eléia (510-470 a.C.) 
Zenão de Eléia (488-430 a.C.) 
Pré-socráticos 
Os primeiros filósofos gregos 
Empédocles de Agrigento (490-430 a.C.) 
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.)

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