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BIOFÍSICA DA VISÃO_ Aula 3 Professora: Ana Inês Gonzáles Biofísica da Visão Introdução As informações do mundo exterior são captadas e transmitidas ao cérebro pelos órgãos dos sentidos. O funcionamento dos olhos é uma resposta à ação da luz visível nesse órgão; A bioengenharia do aparelho visual representa um grande desafio para os cientistas. Muitos esforços tem sido feitos para conhecer diversos tipos de adaptação que o olho possui e para entender como se processa a capacidade desse órgão para perceber brilho e cor. Introdução O olho humano é o receptor sensorial que apresenta maior complexidade estrutural. A luz propaga energia e não massa; Quanto mais denso o meio, mais lento se propaga à luz; A luz tem natureza eletromagnética, trata-se também de outro modo, de uma radiação eletromagnética que se situa entre a radiação infravermelha e a radiação ultravioleta. Hoje é aceito a dualidade onda-partícula da luz que significa que, essa tem propriedades de onda e partículas, sendo válidas ambas as teorias sobre a natureza da luz. As três grandezas físicas básicas da luz são herdadas das grandezas de toda e qualquer onda eletromagnética: intensidade ou amplitude, frequência e polarização. LUZ As ondas luminosas resultam de vibrações eletromagnéticas, isto é, de natureza elétrica e magnética, e tem a capacidade de se propagarem no vazio, as contrário das ondas sonoras; A luz que os corpos luminosos produzem se propaga em forma de ondas A luz se propaga no espaço? A velocidade de propagação das ondas luminosas é muito grande e seu valor depende do meio de propagação C = 300 000 000m/s Este valor significa que a luz consegue percorrer trezentos milhões de metros por segundo!!!!! AR e VAZIO = Velocidade máxima As ondas lumonosas classificam-se como transversais porque a direção da vibração ocorre perpendicularmente à direção da propagação/oscilação O que é amplitude? A distância vertical entre a extremidade de uma crista e o eixo central da onda é chamada de amplitude. O que é comprimento de onda? A distância horizontal entre dois vales ou cristas consecutivas é conhecida como comprimento de onda da onda. A amplitude das ondas luminosas relaciona- se com a intensidade da luz emitida Qual a unidade do SI para frequência? Relembrando….o que é frequência mesmo? A grandeza conhecida como frequência da onda diz respeito ao número de comprimentos de onda completos que passam por um determinado ponto no espaço a cada segundo. A frequência das ondas luminosas relaciona-se com a energia que transportam e esta associada à cor da luz, e conseuqentemente ao seu comprimento de onda Quem tem maior comprimento de onda? Vermelho ou violeta? Quem tem maior frequência? Vermelho ou violeta? Espectro eletromagnético No espectro eletromagnético podemos encontrar o intervalo completo de todas os possíveis comprimentos de onda de radiação eletromagnética. A radiação eletromagnética é uma das varias maneiras pelas quais a energia viaja no espaço. Possuem propriedades de ondas As ondas eletromagnéticas podem ser classificadas e organizadas de acordo com seus diversos comprimentos de onda/frequências. Esta classificação é conhecida como o espectro eletromagnético É a porção do espectro eletromagnético cuja radiação é composta por fótons capazes de sensibilizar o olho humano de uma pessoa normal. Fótons = partículas radioativas da luz. Como podemos ver, o espectro visível — ou seja, a luz que podemos enxergar com nossos olhos — compõe apenas uma pequena fração dos diferentes tipos de radiação que existem. Em relação as cores: Esta faixa possui as sete cores fundamentais que podemos relacioná-las em ordem de frequência crescente, como: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta. A maior parte dessas ondas do espectro eletromagnético é invisível ao olho humano. Que enxergar apenas as ondas na faixa de 106 Hz. O olho humano consegue as cores que estão compreendidas entre o violeta (menor comprimento) e o vermelho (maior comprimento). Ao se propagar, a luz apresenta, entre outros, os seguintes fenômenos: reflexão, interferência, difração, espelhamento, polarização e refração. Reflexão É mudança da direção da luz, o retorno da energia incidente em direção à região de onde ela é oriunda, após entrar em contato com uma superfície refletora. Existem dois tipos de reflexão: Refração Chama-se de refração o desvio da trajetória dos raios luminosos quando a luz passa de um meio para outro. Essa refração ocorre pela mudança da velocidade de propagação da luz de um meio para outro. Índice de refração: para quantificar a refração dos corpos transparentes, definiu-se o indice de refração. Seu valor é dado pela seguinte relação: Onde: c – velocidade da luz no vácuo (c = 3 . 108 m/s) v – velocidade da luz no meio considerado (m/s no SI) n – índice de refração absoluto do meio (admensional) Uma onda eletromagnética é formada por campos elétricos e magnéticos, neste sentido, ela será uma onda polarizada Polarização As ondas elétricas e magnéticas ficam de forma perpendicular Polarização As ondas luminosas vibram transversalmente em relação a direção da sua propagação. Quando emitida por uma fonte comum, os campos eletromagnéticos se espalham em todas as direções. Quando um feixe de luz atravessa os materiais polarizadores, a onda luminosa emergente passa a vibrar num único plano. Atividades de Fixação de Conteúdo Desenhe uma onda eletromagnética luminosa, contendo os seguintes componentes: intensidade, aplitude e comprimento de onda Desenhe duas ondas eletromagnéticas de luz, sendo uma com maior comprimento de onda (descrever o que ocorre com sua frequência) e ontra com menor comprimento de onda (descrever o que ocorre com seu comprimento de onda Formação da imagem A formação da imagem na retina requer 4 processos básicos: 1. Refração dos raios de luz; 2. Acomodação (aumento da curvatura) da lente (cristalino). 3. Constrição da pupila. 4. Convergência dos olhos . Formação da imagem A retina, como é uma película extremamente sensível à luz, pode ser comparada ao filme de uma maquina fotográfica, e é sobre ela que se formará a imagem, constituindo-se assim, como um anteparo. As imagens formadas sobre a retina são reais, invertidas e menores que o objeto, e estas logo são transformadas por células fotossensíveis em impulsos nervosos, e direcionadas através de nervos ópticos para o córtex cerebral, onde ocorre o processamento das imagens registradas, bem como a sensação visual. No cérebro, também ocorre uma conversão das imagens, transformando-as em uma posição normal. São alterações dinâmicas no poder de refração do cristalino. É uma atividade do músculo ciliar que circunda o cristalino. Formação da imagem A acomodação do olho: O cristalino possui uma elasticidade que o permite alterar a sua forma, tornando-se mais, ou menos convergente, contribuindo também para sua acomodação, a qual é muito importante na formação de imagens de diferentes distâncias. Quando o objeto está distante, a imagem formada é correspondente a um relaxamento dos músculos ciliares (músculos que circundam o cristalino), já se o objeto está próximo, a imagem é derivada de uma tensão destes músculos. Objetos distantes: O músculo ciliar relaxa, o cristalino se estica e fica com a curvatura menor, mais achatada, torna-se relativamente fino e plano, com menor poder de refração. Objetos próximos: o músculo ciliarse contrai, aumentando a curvatura do cristalino, ficando mais esférico e mais espesso, e apresenta o máximo poder de refração. Na retina estão os fotoreceptores (receptores sensoriais), que são os Cones e os Bastonetes. A retina humana contém aproximadamente 3 milhões de cones e 100 milhões de bastonetes. Os cones são responsáveis pela percepção das cores e detalhes. Os bastonetes são responsáveis pela visão em condições de pouca luz. As partes superiores desses fotorreceptores contêm uma molécula chamada rodopsina (opsina), ligada a um pigmento violeta- avermelhado chamado retinal. Essas moléculas são responsáveis pelas reações químicas que resultam na visão. Existem três grupos de cones. A estimulação combinada desses cones é capaz de produzir a extensa gama de cores que conseguimos enxergar, através do processo de adição de cores, realizado pelo cérebro. https://www.youtube.com/watch?v=SSeEqeeh8rg Depois que a radiação luminosa alcança os cones e bastonetes, esta atinge a camada das células pigmentares. Haverá, então, a transmissão pelos neurotransmissores para o nervo óptico. Partindo do nervo óptico, se dirige ao quiasma óptico, passando para o trato óptico e pelo corpo geniculado lateral até alcançar as radiações ópticas. A parte final é reservada ao córtex estriado que está localizado no lobo occipital. É neste local que são criadas as representações do espaço visual envolvente. O lado esquerdo do mundo visual está representado no hemisfério direito e o lado direito no hemisfério esquerdo. Centro da Visão no Cérebro Devido ao cruzamento no quiasma óptico, o lado direito do córtex interpreta as sensações visuais do lado esquerdo de um objeto e o lado esquerdo interpreta as sensações do lado direito do objeto. Patologias da visão Daltonismo É uma patologia visual cuja pessoa pode ter ausência ou redução na sensibilidade de um, dois ou dos três tipos de cones. O caso mais comum de daltonismo é em virtude do cone sensível ao vermelho, onde um objeto vermelho é visto como sendo preto. Em casos menos comuns pode haver problemas com os cones sensíveis ao verde ou ao azul. Patologias da visão Daltonismo Testes para detectar o daltonismo: Patologias da visão Glaucoma: Doença degenerativa que afeta o nervo ótico, resultando em danos permanentes para a visão e numa possível cegueira se não for tratado. As células ganglionares da retina do nervo ótico são destruídas progressivamente, por razões que ainda não são completamente claras: a genética, a dieta alimentar e o ambiente desempenham papéis por determinar no desenvolvimento da doença. Sintomas: aparecem quando a doença já está avançada. Os principais são: enxergar menos ou ter o campo de visão afetado. Tratamento: geralmente com colírios, mas existem casos que precisam de cirurgia. Alguns tratamentos incluem também o uso da Cannabis sativa, pois seu uso ajuda a aliviar a pressão intraocular. Lentes As lentes convergentes (bordas finas) : são as lentes que conseguem fazer com que todos os raios de luz paralelos cheguem em um único ponto do espaço. Esse ponto de encontro dos raios paralelos é dito ponto focal ou foco da lente esférica. Lentes As lentes divergentes (bordas grossas) são lentes que conseguem fazer com que os raios de luz paralelos sejam espalhados, ou seja, têm por objetivo fazer com que os raios luminosos divirjam. Nas lentes divergentes o foco é dito virtual, de forma que sua distância focal é negativa.
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