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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS CURSO DE DIREITO GABRIELA LAZZAROTTO DIREITO ADMINISTRATIVO I Espécies de Atos Administrativos BLUMENAU/SC 2018 1. CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO Para o jurista brasileiro, amplamente reconhecido como um dos principais doutrinadores do Direito Administrativo, Meirelles (2010, p. 153), “o ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigação aos administrados ou a si própria”. A seu turno, CARVALHO (2017, p. 250) entende que, “ato administrativo são atos jurídicos, antes de tudo, ou seja, são decorrência da manifestação de vontade humana, que repercute na esfera jurídica dos cidadãos, não se podendo confundir com fatos da natureza ou demais acontecimentos alheios à atuação das pessoas. A qualificação como ato administrativo decorre do fato de que sua repercussão jurídica produz efeitos a uma determinada sociedade, exigindo dessa forma a regulação pelo direito público”. Portanto, em síntese, atos administrativos são atos jurídicos que emanam do Poder Público por vontade unilateral e que tem por finalidade impor obrigação aos administrados ou si própria. Ademais, os atos administrativos também trazem consigo certos atributos que os distinguem dos atos jurídicos privados. Esta distinção se dá pelo fato da Administração Pública desenvolver atividade voltada à realização do interesse público, daí decorrendo a necessidade de se conferir certos ônus, restrições e prerrogativas próprias de tais atos. Desta forma, caracteriza atributos como qualidades ou características dos atos administrativos, não se confundindo com os requisitos ou elementos do ato administrativo, uma vez que estes são condições a serem observadas para a válida edição do ato ao passo que os atributos são características dos atos administrativos 1 . Tais atributos dos atos administrativos são: a presunção de legitimidade, a imperatividade, exigibilidade e a auto-executoriedade. Veremos a seguir, o conceito de cada um deles para, posteriormente, associarmos cada espécie de ato administrativo com seu respectivo atributo. 1 GONÇALVES, Rodrigo Allan Coutinho. A imperatividade como atributo do ato administrativo e o poder extroverso do Estado. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 4060, 13 ago. 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/30871>. Acesso em: 08 dez. 2018. 2. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 2.1. Presunção de legitimidade Como o nome já fala, a presunção de legitimidade diz respeito à necessidade de todo o ato administrativo ser manifestado e fundado em conformidade com a lei e com o ordenamento jurídico. A presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, presumem-se, até prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei (DI PIETRO, 2013, p. 205). De outra baila, conceitua Meirelles (2010, p. 162): Os atos administrativos, qualquer que seja sua categoria ou espécie nasce com a presunção de legitimidade, independentemente de norma legal que a estabeleça. Essa presunção decorre do princípio da legalidade da Administração (art. 37 da CF), que, nos Estados de Direito, informa toda a atuação governamental. A presunção de legitimidade autoriza a imediata execução ou operatividade dos atos administrativos, mesmo que arguidos de vícios ou defeitos que o levem a invalidade. Enquanto, porém, não sobrevier o pronunciamento de nulidade os atos administrativos são tidos por válidos e operantes, quer para a Administração, quer para os particulares sujeitos ou beneficiários de seus efeitos. Desta forma, entende-se que, o atributo da presunção de legitimidade confere maior celeridade à atuação administrativa no âmbito da administração pública, uma vez que, após o ato, este estará apto a produzir efeitos automaticamente e operar imediatamente, como se válido fosse, presumindo, até prova ao contrário, sua legitimidade, até que se declare sua ilegalidade, se for o caso, por decisão administrativa ou judicial. 2.2. Imperatividade Todo ato administrativo que cria obrigação ao particular (os chamados atos restritivos), encerra um poder dado à administração publica de, unilateralmente, estabelecer uma obrigação aos particulares – desde que, obviamente, dentro dos limites da lei. Essa imposição de obrigações, independente da vontade do particular, configura o atributo da imperatividade (CARVALHO, 2017, p. 277). Sendo assim, entende-se que mesmo contrariando interesses privados, a Administração impõe o cumprimento de uma obrigação visando atender ao princípio da supremacia do interesse público. Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2013, p. 208) conceitua imperatividade como “o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. Decorre da prerrogativa que tem o Poder Público de, por meio de atos unilaterais, impor obrigações a terceiros”. Para Meirelles (2010, p. 165), “a imperatividade decorre da só existência do ato administrativo, não dependendo de sua declaração de validade ou invalidade. Assim sendo, todo ato dotado de imperatividade deve ser cumprido ou atendido enquanto não for retirado do mundo jurídico por revogação ou anulação, mesmo porque as manifestações de vontade do Poder Público trazem em si a presunção de legitimidade”. A imperatividade só existe nos casos que imponham obrigações, porém, há atos onde a imperatividade inexiste. Essa exceção ocorre nos atos solicitados à Administração, ou seja, direitos solicitados pelos administrados, como: licenças, permissões, autorizações; e nos atos enunciativos, como: pareceres, certidões, atestados 2 . 2.3. Exigibilidade A exigibilidade é o meio do qual o Estado, no exercício da função administrativa, pode exigir de terceiros o cumprimento de obrigações. Não sendo cumprida a obrigação imposta pelo ato administrativo, o poder público terá que, valendo-se de meios indiretos de coação, executar indiretamente o ato desrespeitado. Nessas situações, diante do descumprimento, o ente estatal se valerá de meios coercitivos, não executando diretamente a norma imposta pelo ato. (CARVALHO, 2017, p. 278) A título de exemplo, digamos que o proprietário de um terreno é notificado para que limpe o local, pois o mesmo se encontra repleto de lixos que acumulam água parada e com grande chance de propagação do mosquito da Dengue. Após tal notificação, o proprietário do terreno não cumpre tal exigência. Assim, diante da desobediência do particular, será penalizado com multa. A multa nada mais é que a exteriorização do pressuposto da exigibilidade coercitiva, sem necessidade de provimento jurisdicional. 2 DALCIN, Cristiane Nery de Oliveira. Atributos do Ato Administrativo. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 10 out. 2012. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.39919&seo=1>. Acesso em: 09 dez. 2018 2.4. Auto-executoriedade Atos administrativos autoexecutáveis independem de autorização de outros poderes, sendo executados tão somente pela própria Administração Pública. Em situações pontuais, a aplicação de meio indiretos de coerção não atende ao interesse público, tornando necessáriaa aplicação de meios diretos de execução de atos administrativos. Em tais situações, o Estado executa o ato administrativo diretamente, frente ao descumprimento do particular. (CARVALHO, 2017, p. 278). Portanto, podemos definir autoexecutariedade como atos independentes da Administração Pública que independem de intervenção do Poder Judiciário para fazer valer o ato. Cite-se o exemplo de um carro que é guinchado por que estacionou em local proibido, em calçada dificultando a circulação de pedestres. O ato de “guinchar” o carro é imediato e independe do auxílio do Judiciário para a realização. Porém, conforme leciona CARVALHO (2017, p. 278), “esse atributo não está presente em todos os atos administrativos, dependendo sempre da previsão de lei ou de uma situação de urgência, na qual a prática do ato se imponha para garantia do interesse público”. 3. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS Diversas são as espécies de atos administrativos, que não estão definidos por lei com critérios objetivos, fato este que enseja várias divergências doutrinárias. Tais atos, por sua natureza, conteúdo e forma, diferenciam-se dos que emanam do Legislativo (leis) e do Judiciário (decisões judiciais), quando desempenham suas atribuições específicas de legislação e de jurisdição. A forma é requisito vinculado, e é imprescindível à validade do ato. Todo ato administrativo é, em princípio formal e a forma exigida pela lei quase sempre é a escrita, assim possibilita a prova de existência do ato. Delimitada, na realização, publicação e fiscalização. Diz-se que é quase sempre a forma escrita porque essa é a regra, porém existem exceções, podendo haver ordens exteriorizadas através de sinais luminosos, placas, apitos, gestos, etc. Contudo Em consonância com o principio do paralelismo da forma, deve ser escrita 3 . Portanto, em síntese, é a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser praticado, sendo o revestimento externo do ato. O conteúdo é o conjunto dos direitos e obrigações criados, modificados ou extintos pelo ato administrativo. Objeto é a coisa ou a relação jurídica sobre o qual devem incidir os efeitos do ato. Também chamado de conteúdo do ato administrativo, o objeto guarda semelhança com a finalidade, porém enquanto a finalidade é ampla (interesse público) o objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Ou seja, o objeto é o efeito imediato pretendido para que o resultado mediato (interesse público) seja alcançado. Ou seja, é a própria alteração na ordem jurídica. É aquilo de que o ato dispõe, trata. Dividem-se em 05 grupos: atos administrativos normativos; atos administrativos ordinatórios; atos administrativos negociais; atos administrativos enunciativos e atos administrativos punitivos. 3.1. ATOS NORMATIVOS Atos administrativos normativos são aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e seus administrados. A essa categoria pertencem os decretos regulamentares e os regimentos, bem como as resoluções, deliberações e portarias de conteúdo geral. (MEIRELLES, 2010, p. 153) A seguir veremos separadamente os principais atos administrativos normativos que são: decretos, regulamentos, instruções normativas, regimentos, resoluções e deliberações. 3.1.1. Decretos Decreto é a forma que se revestem os atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo - Presidente da República, Governados e Prefeito. (DI PIETRO, 2013, p. 241) 3 SILVA, Neura Maria de Faria. Requisitos de validade dos Atos administrativos. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 01 out. 2012. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.39743&seo=1>. Acesso em: 10 dez. 2018. O Decreto é normativo e geral (contém da mesma forma que a lei, regras gerais e abstratas que se dirigem a todas as pessoas que na mesma situação se encontram), podendo ser específico ou individual (regras e normas a pessoas ou grupos determinados). Di Pietro (2013, p. 241), classifica os efeitos gerais produzidos pelos Decretos em dois, sendo eles: a. regulamentar ou de execução, quando expedido com base no artigo 84, IV, da Constituição, para fiel execução da lei. b. independente ou autônomo, quando disciplina matéria não regulada em lei. A partir da Constituição de 1988, não há fundamento para esse tipo de decreto no direito brasileiro, salvo nas hipóteses previstas no artigo 84, VI, da Constituição, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32/01; assim mesmo, é uma independência bastante restrita porque as normas do decreto não poderão implicar aumento de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos. Os decretos possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, e sua espécie é quanto à forma. 3.1.2. Regulamentos Os regulamentos são atos administrativos, postos em vigência por decreto, para especificar os mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinadas por lei. (MEIRELLES, 2010, p. 184) Embora não possa modificar a lei, o regulamento tem a missão de explica-la e de prover sobre minúcias não abrangidas pela norma geral editada pelo Legislativo, não podendo neste sentido, ser contrária ou ir além do que a lei permitir, até por que, se o regulamento infringir a lei, é nulo por caracterizar situação de ilegalidade. Segundo CARVALHO (2017, p. 288), “a doutrina separa os regulamentos em duas espécies: os regulamentos executivos, que são aqueles ditados para a fiel execução da lei, sem intenção de inovar o ordenamento jurídico, praticado unicamente para complementação de texto legal e os regulamentos autônomos, que atuam substituindo a lei e tem condão de inovar o ordenamento jurídico, determinando normas sobre matérias não disciplinadas em mediante previsão legal e admitido em nosso ordenamento jurídico apenas das hipóteses do artigo 84 VI da Constituição Federal”. Entretanto, o regulamento jamais poderá instituir ou majorar tributos, criar cargos, aumentar vencimentos, perdoar dívidas ativas, conceder isenções tributárias e o mais que depender de lei propriamente ditas (MEIRELLES, 2010, p. 185). Meirelles (2010, p. 185), finaliza lecionando que, “quanto à publicação dos regulamentos destinados à atuação externa (normatividade em relação aos particulares), os mesmos devem ser publicados pelo mesmo modo por que o são as leis, visto que a publicação é que fixa o inicio da obrigatoriedade dos atos do Poder Público a ser atendidos pelos administrados. Daí a necessidade de publicação integral do regulamento e do decreto que o aprova”. Os regulamentos possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, e sua espécie é quanto à forma. 3.1.3. Instruções Normativas As instruções normativas, prevista no artigo 87, inciso II da Constituição Federal, não podem contrariar a lei, o decreto, o regulamento, o regimento ou o estatuto do serviço, uma vez que são atos inferiores, de mero ordenamento administrativo interno. São atos administrativos expedidos pelos Ministros de Extado para a execução das leis, decretos e regulamentos (artigo 87, inciso II, § único da Constituição Federal), mas também são utilizadas por outros órgãos superiores para o mesmo fim. (MEIRELLES, 2010, p. 185) E finaliza CARVALHO (2017, p. 289), que “são muito comuns, por exemplo, as instruções normativas expedidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil para estabelecer normas referentes às suas atividades”. As instruções normativas possuem atributosde presunção de legitimidade, imperatividade, e sua espécie é quanto à forma. 3.1.4. Regimentos Para Meirelles (2010, p. 185) os regimentos “são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se destinam a reger o funcionamento de órgãos de colegiados e corporações legislativas. Como ato regulamentar interno, o regimento só se dirige aos que devem executar o serviço ou realizar a atividade funcional regimentada, sem obrigar os particulares em geral”. Em síntese, e sem mais delongas, os regimentos dizem respeito mais a pessoas que possuem alguma ligação com determinado órgão estatal, uma vez que são atos administrativos normativos destinados a reger o funcionamento dos órgãos da Administração, e atinge somente aquelas pessoas que estão vinculadas à atividade regimental. Vale ressaltar que, para os agentes sujeitos às normas regimentais, o regimento é lei da casa e sua violação pode dar ensejo à invalidação do ato antirregimental, desde que lesiva de direito individual ou de prerrogativa de função (MEIRELLES, 2010, p. 185). Os regimentos possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, e sua espécie é quanto à forma. 3.1.5. Resoluções São atos administrativos normativos que partem de autoridade do Executivo ou presidentes de tribunais, órgãos legislativos e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de sua competência específica. As resoluções, normativas ou individuais, são sempre atos inferiores ao regulamento e ao regimento, não podendo inová-los ou contrariá-los, mas unicamente complementá-los. Seus efeitos podem ser internos ou externos, conforme o campo de atuação da norma ou os destinatários da providencia concreta. (MEIRELLES, 2010, p. 186) Um exemplo são as Resoluções no nosso Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que complementam informações referentes a diversos assuntos internos do Tribunal, como informação dos horários de expedientes em feriados prolongados, pautas de julgamento, etc. As resoluções possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, e sua espécie é quanto à forma. 3.1.6. Deliberações São atos normativos espedidos pelos órgãos colegiados, como representação de vontade da maioria dos agentes que o representam. Neste sentido, conceitua Meireles (2010, p. 187): Deliberações são atos administrativos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados. Quando normativas, são atos gerais; quando decisórias, são atos individuais. Aquelas são sempre superiores a estas, de modo que o órgão que as expediu não pode contrariá-las nas decisões subsequentes: uma deliberação normativa só se revoga ou modifica por outra deliberação normativa; nunca por uma deliberação individual do mesmo órgão. E finaliza, lecionando que “as deliberações devem sempre obediência ao regulamento e ao regimento que houver para a organização e funcionamento do colegiado. Quando expedidas em conformidade com as normas superiores são vinculantes para a Administração e podem gerar direitos subjetivos para seus beneficiários” (MEIRELLES, 2010, p. 187). As deliberações possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, e sua espécie é quanto à forma. 3.2. ATOS ORDINATÓRIOS Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração sobre seus subordinados em forma de provimentos, determinações ou esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições. São os atos ordinatórios subdivididos em: instruções, circulares, avisos, portarias, ordens de serviços, ofícios e despachos. 4.2.1. Instruções São as ordens escritas e gerais que emanam do superior hierárquico e que visam atingir e orientar seus subordinados dentro de suas funções e atribuições. MEIRELLES (2010, p. 188) leciona que “as instruções não podem contrariar a lei, o decreto, o regulamento, o regimento ou o estatuto do serviço, uma vez que são atos inferiores, de mero ordenamento administrativo interno. Por serem internos, não alcançam os particulares nem lhes impõem conhecimento e observância, vigorando, apenas, como ordens hierárquicas de superior a subalterno”. As instruções possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade e sua espécie é quanto à forma. 3.2.2. Circulares É um ato expedido para a edição de normas uniformes a todos os servidores, subordinados a um determinado órgão. Não define atividade individual, mas sim regras gerais, dentro da estrutura administrativa, como por exemplo, o horário de funcionamento da repartição publica assim como a utilização de farda pelos servidores lotados em determinados órgãos. (CARVALHO, 2017, p. 290) As circulares possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade e sua espécie é quanto à forma. 3.2.3. Avisos São atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos seus ministérios. Foram largamente utilizados no império, chegando, mesmo, a extravasar de seus limites, para conter normas endereçadas à conduta de particulares. Os avisos também podem ser atos destinados a dar noticias ou conhecimento de assuntos afetos a atividade administrativa. (MEIRELLES, 2010, p. 188) Os avisos possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade e sua espécie é quanto à forma. 3.2.3. Portarias Segundo Meirelles (2010, p. 188), “portarias são atos internos pelo quais os chefes de órgãos, repartições, ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados ou designam servidores para funções ou cargos secundários. Por portaria também se iniciam sindicâncias e processo administrativos. Em tais casos a portaria tem função assemelhada a da denuncia do processo penal”. As portarias possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade e sua espécie é quanto à forma. 3.2.5. Ordens de Serviço Ordem de Serviço configura conduta social estatal com a finalidade de distribuir e ordenar o serviço interno do órgão, escalonado entre os setores e servidores vinculados aquela determinada entidade, como o ato que determina que o setor X, composto pelos servidores Y e Z, ficará responsável pela execução da atividade W. (CARVALHO, 2017, p. 290) As ordens de serviço possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade, exigibilidade, e sua espécie é quanto à forma. 3.2.6. Ofícios Para Meirelles (2010, p. 189), “ofícios são como comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial. Os ofícios tanto podem conter matéria administrativa como social. Diferem os ofícios dos requerimentos e petições, por conterem aqueles uma comunicação ou um convite, ao passo que estes encerram uma pretensão do particular formulado a Administração”. Os ofícios possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade, exigibilidade, e sua espécie é quanto à forma. 3.2.7. Despachos Di Pietro (2013, p. 243) conceitua despacho como “ato administrativo que contém decisão das autoridades administrativas sobre assunto de interesse individual ou coletivo submetido à apreciação. Quando por meio de despacho, é aprovado parecer proferido por órgão técnico sobre assunto de interesse geral, ele é chamado de despacho normativo, porque se tornará obrigatório para toda a Administração”. A publicidade de tais despachos e das informações que não forem de caráter sigiloso,exigida pelo interesse publico ou de segurança nacional, é principio que tem por objetivo assegurar a moralidade administrativa e, por isso não deve ser sonegada pelo administrador publico ao particular. (MEIRELLES, 2010, p. 189). Os despachos possuem atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade, exigibilidade, e sua espécie é quanto à forma. 3.3. ATOS NEGOCIAIS Ato administrativo negocial é aquele que contém uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a pretensão do particular, visando à concretização de negócios jurídicos públicos ou à atribuição de certos direitos ou vantagens ao interessado. Assim, conforme Hely Lopes Meirelles (2010, p. 189): Esses atos, embora unilaterais, encerram um conteúdo tipicamente negocial, de interesse recíproco da Administração e do administrado, mas não adentram a esfera contratual. São e continuam sendo atos administrativos (e não contratos administrativos), mas de uma categoria diferenciada dos demais, porque geram direitos e obrigações para as partes e as sujeitam aos pressupostos conceituais do ato, a que o particular se subordina incondicionalmente. Portanto, atos administrativos negociais são aqueles que contem uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou de deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público. (MEIRELLES, 2010, p. 189) Enquadram-se, dentre outros, os atos administrativos de licença, autorização, permissão, admissão, visto, aprovação, homologação, dispensa, renúncia e, até mesmo, o protocolo administrativo. 3.3.1. Licença É o ato vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais antes vedados ao particular. Temos como exemplo o exercício de uma profissão, a construção de um edifício em terreno próprio. (MEIRELLES, 2010, p. 191) Cumpre destacar que a licença não se confunde com autorização, nem com admissão, nem com a permissão. A licença possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.2. Autorização Para Meirelles (2010, p. 191), a autorização “é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse, que a lei condiciona a aquiescência prévia da Administração, tais como o uso especial de bem público, o porte de arma, o transito por determinados locais, etc.” Por ser ato discricionário e precário, tanto a autorização pública quanto a privada pode, a qualquer tempo, ser desfeita sem direito a indenização, não gerando direito adquirido aos beneficiários. (CARVALHO, 2017, p. 291) A autorização possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.3. Permissão Assim como a autorização, a permissão, segundo Carvalho (2017, p. 291) “também ostenta a qualidade de ato discricionário e precário e é veiculada para conceder ao particular o uso de determinado bem público, de forma anormal ou privativa”. Cumpre salientar que, enquanto ato administrativo, a permissão refere-se apenas ao uso do bem público. Porém, caso se refira à delegação de serviços públicos, a permissão pode ser formalizada mediante um “contrato de adesão”, precedido de licitação. A permissão possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.4. Admissão Di Pietro (2013, p. 236) conceitua admissão como: [...] um ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que preencha os requisitos legais, o direito a prestação de um serviço público. É ato vinculado, tendo em vista que para outorga da prestação administrativa são previamente definidos, de modo que todos os que os satisfaçam tenham direito de ter o benefício. Ademais, a invalidação da admissão só se dará nos casos de ilegalidade do seu deferimento ou no aferimento da situação admitida ou, ainda, por interesse público superveniente, compondo-se eventuais prejuízos do prejudicado. (MEIRELLES, 2010, p. 193) São alguns exemplos de admissão nas escolas públicas, hospitais, estabelecimentos de assistência social. A admissão possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.5. Visto É um ato administrativo unilateral pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração ou do administrado, aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade. É ato vinculado, porque há de restringir-se às exigências legais extrínsecas do ato visado, mas na prática tem sido desvirtuado para o exame discricionário, como ocorre com o visto do passaporte, que é dado ou negado ao alvedrio das autoridades consulares. (MEIRELLES, 2010, p. 194) O visto possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.6. Aprovação Assim, conforme Matheus Carvalho (2017, p. 294): Trata-se de ato administrativo discricionário para controle da atividade administrativa, com base na legalidade de ato anterior, além dos critérios de oportunidade e conveniência utilizados pelo agente que executou a conduta controlada. Enfim, por meio da aprovação, o poder público faz o controle da legalidade e de mérito de conduta anterior expedida pelo órgão estatal. O ato administrativo que dependa de aprovação não será eficaz enquanto ela não for expedida, sendo que este ato controlador pode ser prévio ou posterior ao ato controlado. Portanto, é um ato unilateral e discricionário, pelo qual se exerce o controle prévio ou a posteriori do ato administrativo. A aprovação possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.7. Homologação No entendimento de Di Pietro (2013, p. 238), homologação “é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de legalidade, no que se distingue a aprovação”. Desta forma, o ato homologado torna-se eficaz desde o momento da homologação que pode ter seus efeitos contidos por cláusula ou condição suspensiva constante do próprio ato ou da natureza do negócio jurídico que ele encerra. (MEIRELLES, 2010, p. 194) Um exemplo de homologação é o caso do ato da autoridade que homologa o procedimento de licitação. A homologação possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.8. Dispensa Para Meirelles (2010, p. 194) dispensa “é o ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada obrigação até então exigida por lei. É um ato discricionário, mas inconfundível com a autorização, porque esta possibilita o desempenho de certa atividade, ao passo que a dispensa libera o interessado de determinada situação ou da prática de certo ato”. A dispensa possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.9. Renúncia É o ato administrativo pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um direito próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração Pública. A renúncia ter caráterabdicativo e, por isso, não admite condição e é irreversível, uma vez consumada. (MEIRELLES, 2010, p. 194) Toda renúncia dependerá de lei que autorize, por que importa o despojamento de direitos que extravasam dos poderes comuns do administrador publico. A renúncia possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.3.10. Protocolo administrativo Conceitua Meirelles (2010, p. 194), que “protocolo administrativo é o ato pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de determinado empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta, no interesse recíproco da Administração e do administrado signatário do instrumento protocolar”. Os atos serão sempre biface, ou seja, de um lado a manifestação de vontade do Poder Público (sujeita ao Direito Administrativo), e de outro, a do particular (regida pelo Direito Privado). O protocolo administrativo possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.4. ATOS ENUNCIATIVOS Segundo alguns doutrinadores, atos enunciativos tratam-se de tão somente atos praticados pela Administração na execução de atividade estatal, não se tratando de ato administrativo por não manifestar vontade do ente público. Os atos enunciativos tratam de fatos administrativos que não estão sujeitos à análise de mérito ou legalidade, não produzindo desta forma, quaisquer efeitos imediatos. Conceitua Meirelles (2010, p. 196): [...] embora não contenham uma norma de atuação, nem ordenem a atividade administrativa interna, nem estabeleçam uma relação negocial entre o Poder Público e o particular, enunciam, porém, uma situação existente, sem qualquer manifestação de vontade da Administração. Só são atos administrativos em sentido formal, visto que materialmente não contem manifestação da vontade da Administração. Dentre os atos enunciativos mais comuns estão às certidões, os atestados e os pareceres administrativos. 3.4.1. Certidões São atos por meio do qual, a Administração Pública, certifica um determinado fato que já se encontra previamente registrado no órgão, ou seja, “atesta” fato previamente escrito em documento público. (CARVALHO, 2017, p. 295) Consistem em “cópias” ou “fotocópias” fiéis e autenticadas, podendo ser de inteiro teor ou resumidas, desde que expressem fielmente o que se contém no original - documento, livro ou processo -, de onde foram extraídas. A título de informação, o fornecimento de certidões “independente de pagamento de taxas”, é obrigação prevista constitucionalmente de TODA repartição pública (entidade estatal, autárquica, fundacional ou paraestatal integrante da Administração direta ou indireta do Estado) desde que requerido pelo interessado para defesa dos direitos ou esclarecimentos de situações de interesse pessoal (art. 5º, inciso XXXIV, “b” da CF/88). As certidões possuem atributos de presunção de legitimidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.4.2. Atestados MEIRELLES (2010, p. 197) conceitua atestado como “atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes”. Importantíssimo é não confundir atestado de certidão com atestado, uma vez que certidão destina-se a comprovar fatos e atos permanentes, enquanto o atestado presta-se a comprovação de fatos e situações transitórias e passíveis de modificação no tempo e espaço, Os atestados possuem atributos de presunção de legitimidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.4.3. Pareceres administrativos São manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos a sua consideração. (MEIRELLES, 2010, p. 197) Tem caráter meramente opinativo e podem ser normativos ou técnicos. Os normativos são aqueles que, ao ser aprovado pela autoridade competente, é convertido em norma de procedimento interno impositivo e vinculante. Já os técnicos são aqueles que provêm de órgão ou agente especializado na matéria, não podendo ser contrariado por leigo ou por superior hierárquico. Os pareceres administrativos possuem atributos de presunção de legitimidade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.5. ATOS PUNITIVOS São os atos por meio dos quais o Poder Público determina a aplicação de sanções, em face do cometimento de infrações administrativas pelos servidores públicos ou por particulares. Podem decorrer do Poder Disciplinar, para aquelas sanções aplicadas às pessoas sujeitas à disciplina da Administração Pública e também pode ser manifestação do Poder de Polícia repressivo, quando decorrente da Supremacia Geral. (CARVALHO, 2017, p. 296) Antes de apresentar quais são os atos administrativos punitivos, necessário é saber distinguir atos punitivos externos dos internos. Atos punitivos externos são dirigidos aos administrados, vinculados em todos os seus termos à forma legal que o estabelece. Já os atos punitivos internos, são de eminente caráter disciplinar e endereçado aos servidores públicos, sendo discricionário quanto à oportunidade, conveniência e valoração dos motivos que o ensejam. Bem como é de suma importância saber distinguir o ato punitivo da Administração, que tem por base o ilícito administrativo (medida de autotutela da administração), do ato punitivo do Estado, que apena o ilícito criminal (medida de defesa social). MEIRELLES (2010, p. 199) diferencia a punição administrativa da punição criminal: A punição administrativa compete a todos os órgãos da Administração – federal, estadual ou municipal, suas autarquias e fundações -, ao passo que a punição criminal é da competência legislativa privativa da União e só pode ser aplicada pela Justiça Penal do Poder Judiciário. Dentre os atos administrativos punitivos de atuação externa, está a multa, a interdição de atividades e a destruição de coisas. 3.5.1. Multa É toda imposição pecuniária a que se sujeita o administrado a titulo de compensação do dano presumido da infração. Além das multas propriamente ditas, entram nesta espécie as multas fiscais, específicas do Direito Tributário. As multas administrativas não se confundem com as multas criminais e, por isso mesmo, são inconversíveis em detenção corporal, salvo disposição expressa em lei federal. A multa administrativa é de natureza objetiva e se torna devida independentemente da ocorrência de dolo ou culpa do infrator. (MEIRELLES, 2010, p. 200) A multa possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, autoexecutoriedade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.5.2. Interdição de atividades Conceitua MEIRELLES (2010, p. 200) que, “interdição de atividades é ato pelo qual a Administração veda a alguém a pratica de atos sujeitos ao seu controle ou que incidam sobre seus bens. Ela não se confunde com a interdição judicial de pessoas ou de direitos. Aquela se funda no poder de policia administrativa ou no poder disciplinar de Administração sobre seus servidores, ao passo que esta resulta no dever de proteção aos incapazes (interdição de pessoas) ou de efeitos de condenação criminal”. A interdição de atividades possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, autoexecutoriedade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 3.5.3. Destruição de coisas Destruição de coisas é o ato sumário da Administração pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei. Como ato típico de polícia administrativa, é, em regra, urgente, dispensando processo prévio, mas exigindosempre os autos de apreensão e de destruição em forma regular, nos quais se esclareçam os motivos da medida drástica tomada pelo Poder Público e se identifiquem as coisas destruídas, para oportuna apreciação da legalidade do ato. (MEIRELLES, 2010, p. 201) A destruição de coisas possui atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, autoexecutoriedade, e sua espécie é quanto ao conteúdo. 4. BIBLIOGRAFIA 1. MEIRELLES Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36ª edição. São Paulo: Editora Malheiros, 2010. 2. CARVALHO, Matheus. Manual do Direito Administrativo. 4ª edição. Salvador: Editora JusPODIVM, 2017. 3. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª edição, Editora Atlas, 2010. 4. GONÇALVES, Rodrigo Allan Coutinho. A imperatividade como atributo do ato administrativo e o poder extroverso do Estado. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 4060, 13 ago. 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/30871>. Acesso em: 08 dez. 2018. 5. DALCIN, Cristiane Nery de Oliveira. Atributos do Ato Administrativo. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 10 out. 2012. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.39919&seo=1>. Acesso em: 09 dez. 2018. 6. SILVA, Neura Maria de Faria. Requisitos de validade dos Atos administrativos. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 01 out. 2012. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.39743&seo=1>. Acesso em: 10 dez. 2018.
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