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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
 COORDENADORIA DE CONCURSOS – CCV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE DE ADMISSÃO AO SEMESTRE I 
CADERNO-QUESTIONÁRIO 
 
 
 
Inscrição Sala 
Coloque, de imediato, o seu número de inscrição e o número de sua sala 
nos retângulos abaixo. 
 
Data: 02/02/2014. 
Duração: 04 horas 
 
 
Casas de Cultura 2014.1 Língua Portuguesa I Pág. 2 de 11 
 
 Língua Portuguesa I 
 20 questões 
 
 
 
 
 
TEXTO 1 
 
 
 
 
01 
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Nos últimos 20 anos, o celular mudou várias vezes. Ficou menor, ganhou mais teclas, perdeu 
as teclas e ganhou telas sensíveis ao toque, ficou maior... Muito mudou desde a invenção do SMS, em 
3 de dezembro de 1992, quando engenheiros da Vodafone o criaram na Europa, mas a tradicional 
mensagem resistiu e permaneceu popular. Até agora. 
A popularização da internet móvel e o surgimento de um imenso mercado de aplicativos fez com 
que aparecessem programas como Whatsapp, Viber, WeChat, KakaoTalk, entre tantos outros nomes 
engraçados. Esses aplicativos possibilitaram ao dono do celular usar a internet para economizar com SMS. 
Uma mensagem pode não custar tanto para o consumidor. Centavos. Mas somente o 
Whatsapp, um dos mais populares no Brasil, foi responsável por 18 bilhões de recados enviados em 
2012. Ou seja, 18 bilhões de recados cujos centavos acabariam nas contas das operadoras. 
No mundo, a ascensão desses aplicativos tirou das companhias de telefonia móvel US$ 23 
bilhões em receitas no ano passado, segundo uma pesquisa da consultoria Ovum. (...) 
E a tendência é que esses aplicativos tirem ainda mais mercado do SMS nos próximos anos. 
Um outro estudo, desta vez feito pelas empresas Tyntec e GigaOm, indica que houve cerca de 8 
bilhões de SMS e 2 bilhões de mensagens via internet enviados em 2011. A projeção é que os dois 
meios fiquem muito próximos em 2013, com os derivados do Whatsapp ligeiramente à frente, com 
aproximadamente 10 bilhões de mensagens cada. Até 2016, o jogo já terá virado completamente. 
Nessa virada, perde também o Facebook, que tem o envio de mensagens como um dos 
principais serviços. Johan Dijkland, um holandês de 23 anos que passou a usar o Line há cinco meses 
para se comunicar com amigos e colegas, contou ao The Wall Street Journal que não vê mais tanta 
graça na rede social. (...) 
Este comportamento tem feito com que grandes redes sociais, operadoras e fabricantes de 
celulares busquem seus próprios aplicativos de mensagens via internet. O Facebook adquiriu a startup 
Beluga em 2011 e expressou recentemente o interesse em comprar o Whatsapp. Antes dele, o Google 
já havia procurado os donos do programa, segundo fontes próximas relataram ao jornal americano, 
mas eles disseram que não querem vendê-lo. (...) 
 
CAPELO, Rodrigo. Mensagens pela internet ameaçam a era do sms e as operadoras. Revista Época. Disponível em: 
<http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Empresa/noticia/2013/03/mensagens-pela-internet-ameacam-era-
do-sms-e-operadoras.html>. Acesso em: 11 jan. 2014. 
 
 
 
 
01. Na leitura do primeiro parágrafo do texto 1, fica implícito que: 
A) o SMS pode deixar de ser popular. 
B) os celulares foram criados no início de 1992. 
C) os celulares mudaram muito nos últimos 20 anos. 
D) a tecnologia dos celulares vai evoluir mais rápido. 
E) o Whatsapp pode se tornar mais popular que o SMS. 
 
02. Da leitura do texto, podemos inferir que: 
A) o Facebook está perdendo mercado para o Whatsapp, o Line e o SMS. 
B) as mensagens de SMS são caras, por isso estão perdendo popularidade. 
C) o SMS, apesar de barato, perde mercado para programas como Viber. 
D) as mensagens de SMS podem se tornar ainda mais baratas que o uso da internet. 
E) as operadoras impediram a perda de clientes desenvolvendo aplicativos próprios. 
 
03. Assinale a alternativa em que os elementos se organizam do particular para o geral. 
A) anos > meses. 
B) celular > teclas. 
C) empresa > Tyntec. 
D) aplicativo > WeChat. 
E) Facebook > rede social. 
Com base no texto 1, responda às questões 01 a 09. 
. 
 
Casas de Cultura 2014.1 Língua Portuguesa I Pág. 3 de 11 
 
04. Assinale a alternativa que apresenta uma palavra do mesmo campo semântico que celular (linha 01). 
A) engenheiros (linha 03) 
B) popularização (linha 05) 
C) pesquisa (linha (12) 
D) projeção (linha 15) 
E) operadoras (linha 22) 
 
05. O objetivo central do texto é: 
A) detalhar as vantagens e desvantagens do uso de mensagens via internet. 
B) expor as características do SMS e dos aplicativos de mensagens via internet. 
C) mostrar que o SMS está perdendo mercado para mensagens via internet. 
D) defender a importância da evolução tecnológica dos celulares e internet móvel. 
E) contar como o Whatsapp se tornou popular e conquistou o interesse do Facebook. 
 
06. Em relação ao uso de SMS e de mensagens via internet, é correto afirmar, conforme estudo realizado 
pelas empresas Tyntec e GigaOm, que: 
A) as mensagens via internet tendem a perder popularidade até 2020. 
B) o SMS foi, em 2011, mais utilizado que as mensagens via internet. 
C) o SMS e as mensagens via internet perderão popularidade até 2016. 
D) o SMS, com certeza, continuará sendo mais utilizado que o Whatsapp. 
E) as mensagens via internet foram, em 2013, mais utilizadas que o SMS. 
 
07. Assinale a alternativa que indica corretamente a que se refere cada termo sublinhado. 
A) o (linha 03) – surgimento (linha 05). 
B) outros (linha 06) – engenheiros (linha 03). 
C) desses (linha 11) – recados (linha 09). 
D) dele (linha 24) – Facebook (linha 23). 
E) programa (linha 25) – Beluga (linha 24) 
 
08. De acordo com o texto, o processo de mudança por que o celular tem passado, desde sua invenção, 
caracteriza-se por: 
A) perda progressiva de funções. 
B) ganho progressivo de acessórios. 
C) acréscimo de objetos ou funções. 
D) redução progressiva do tamanho. 
E) alternância de propriedades materiais. 
 
09. De acordo com o texto, é correto afirmar que o autor: 
A) opina sobre as diversas facilidades trazidas pela internet móvel. 
B) explica de modo detalhado como se deu a evolução dos celulares. 
C) critica o uso da internet móvel para o envio de mensagens de texto. 
D) discorre sobre a concorrência entre SMS e aplicativos como o Whatsapp. 
E) menciona diversos casos de usuários que não se comunicam mais por SMS. 
Casas de Cultura 2014.1 Língua Portuguesa I Pág. 4 de 11 
 
TEXTO 2 
 
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As mensagens são uma de nossas principais formas de comunicação. Elas são tão sedutoras porque 
nos dão uma sensação de controle sobre o jeito que nos mostramos aos outros. Com os SMS, apresentamos 
uma imagem “editada” do que somos – que podemos apagar ou retocar o tempo todo. Parecemos sempre 
equilibrados e divertidos, nunca temos um dia ruim ou banal. E as pessoas preferem enviar mensagens em vez 
de falar justamente porque assim elas se escondem das outras, mesmo estando conectadas o tempo todo. 
Passei os últimos 15 anos estudando tecnologias da comunicação. E minha pesquisa mostra 
que as pessoas não se cansam umas das outras desde que mantenham certa distância entre si – numa 
medida que possam controlar. Por isso, os SMS fazem tanto sucesso. Chamo isso de “efeito Cachinhos 
Dourados”. (O nome vem do conto de fadas infantil, cuja protagonista entrana casa de 3 ursos e 
decide comer uma das 3 tigelas de mingau que encontra por lá. A primeira é muito quente, a segunda, 
muito fria. Então a menina escolhe a terceira tigela, que é perfeita.) Com o SMS é assim. A relação não 
é nem muito de perto, nem muito de longe. A distância certa. 
Isso acontece sobretudo com os adolescentes. Segundo o Instituto Pew, 72% dos jovens americanos 
de 12 a 17 anos mandam mensagens de texto. Para o contato diário com os amigos, 54% preferem os SMS. 
Apenas 33% têm o hábito de conversar cara a cara. Entre os garotos que usam SMS, metade envia mais de 
50 mensagens por dia. E um terço deles manda 100 textos diários – ou 3 mil por mês. 
O resultado? Estamos deixando de ter conversações para ter meras conexões. Ao enviar nossas 
imagens editadas, nós trapaceamos uns aos outros. Perdemos nuances. Perdemos também a capacidade 
de negociar com sutileza. Perdemos, enfim, a chance de realmente conhecermos uns aos outros. E 
corremos o risco de sermos enganados pelas performances que projetamos. O risco é não saber mais a 
diferença entre as imagens (as que somos de verdade e as que fazemos de nós) no futuro. Ou, o que é 
pior, nem vamos nos importar com isso. 
Uma pessoa só aprende a conversar consigo mesma ao ter conversas com os outros. Portanto, 
quando mandamos mensagens de texto, perdemos a oportunidade de fazer uma autorreflexão. Para as 
crianças que estão crescendo, isso significa perder uma habilidade crucial para o desenvolvimento. As 
tecnologias sempre ocuparam um enorme espaço nas nossas vidas. A diferença é que agora elas estão 
nas amizades e no amor. E isso cria um dilema: as tecnologias contemporâneas oferecem a ilusão de 
uma companhia sem as exigências de uma relação. Essa é uma oferta atraente, mas preocupante. 
TURKLE, Sherry. Mensagens de texto deixam você solitário. Superinteressante. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/mensagens-
texto-deixam-voce-solitario-697364.shtml>. Acesso em 11 jan. 2014. 
 
 
 
 
10. O termo sensação (linha 02) pode ser substituído, sem alteração de sentido, por: 
A) certeza. 
B) impressão. 
C) segurança. 
D) convicção. 
E) consciência. 
 
11. Conforme o texto 2, podemos afirmar corretamente que entre os jovens americanos de 12 a 17 anos: 
A) 20% mandam, diariamente, mais de 100 mensagens de texto. 
B) 30% mandam mais de 50 mensagens de texto por dia. 
C) 33% costumam estabelecer rápidas conversas cara a cara. 
D) 54% preferem se comunicar com amigos diariamente por SMS. 
E) 72% só se comunicam por meio de mensagem de texto. 
 
12. No trecho “Ao enviar nossas imagens editadas, nós trapaceamos uns aos outros.” (linhas 17-18), além de 
tempo, infere-se a noção de: 
A) causa. 
B) oposição. 
C) condição. 
D) proporção. 
E) finalidade. 
 
Com base no texto 2, responda às questões 10 a 18. 
. 
 
Casas de Cultura 2014.1 Língua Portuguesa I Pág. 5 de 11 
 
13. O termo “isso” (linha 27) faz referência: 
A) ao fato de não fazermos uma autorreflexão. 
B) à preferência pela comunicação via mensagem. 
C) à distância necessária para manter relações duradouras. 
D) à diferença entre as imagens que somos e que projetamos. 
E) ao fato de as tecnologias estarem nas amizades e no amor. 
 
14. A expressão “desde que” (linha 07) equivale, quanto ao sentido, a: 
A) à medida que. 
B) contanto que. 
C) depois que. 
D) visto que. 
E) logo que. 
 
15. O trecho “Perdemos, enfim, a chance de realmente conhecermos uns aos outros.” (linha 19) pode ser 
reescrito sem alteração de sentido: 
A) enfim, perdemos a chance de verdadeiramente conhecermos uns aos outros. 
B) enfim, evidentemente perdemos a chance de conhecermos uns aos outros. 
C) enfim, realmente perdemos a chance de conhecermos uns aos outros. 
D) perdemos, enfim, a real chance de conhecermos uns aos outros. 
E) perdemos, enfim, a chance de nos conhecermos pessoalmente. 
 
16. Sobre o trecho “Estamos deixando de ter conversações para ter meras conexões” (linha 17), é correto afirmar que: 
A) o termo conexões faz referência a relações mais complexas, cara a cara. 
B) o termo conversações está relacionado ao envio de mensagens editadas. 
C) o termo conexões é definido como uma relação e não uma companhia ilusória. 
D) o termo meras deixa entrever que ter conversações é melhor que ter conexões. 
E) o termo meras deixa claro que conexões são relações mais exigentes que conversações. 
 
17. Assinale a alternativa em que a troca de termos causaria prejuízo de sentido: 
A) “tão” (linha 01) por tanto. 
B) “aos” (linha 02) por para os. 
C) “assim” (linha 05) por desse modo. 
D) “sobretudo” (linha 13) por principalmente. 
E) “nem” (linha 22) por sequer. 
 
18. No trecho "Ao enviar nossas imagens editadas, nós trapaceamos uns aos outros" (linhas 17-18), a autora 
se refere: 
 
A) à falta de ética e honestidade nas mensagens de SMS entre adolescentes. 
B) à prática comum entre adolescentes de enviar mensagens com fotos editadas. 
C) à projeção de imagens positivas de si mesmo comuns nas mensagens de texto. 
D) ao hábito geral de postar imagens alteradas em programas como o Photoshop. 
E) ao recurso tecnológico de alterar imagens no próprio aparelho antes de enviar. 
 
 
 
19. Comparando-se os textos 1 e 2, é correto afirmar que: 
 
A) apenas o texto 2 apresenta comparações entre os aplicativos. 
B) apenas o texto 2 fala do uso de mensagens de texto por SMS. 
C) apenas o texto 1 aborda as mudanças porque passou o celular. 
D) tanto o texto 1 como o 2 mostram a vantagem econômica do uso de SMS. 
E) tanto o texto 1 como o 2 tratam do risco do abandono da conversa pessoal. 
 
20. Os textos 1 e 2 assemelham-se por ambos: 
A) defenderem o retorno à prática da conversa cara a cara. 
B) apresentarem dados com base em pesquisas empíricas. 
C) tratarem do uso de aplicativos de mensagem via internet. 
D) mostrarem o declínio do SMS em relação a outras tecnologias. 
E) discutirem os efeitos cognitivos do uso indiscriminado de SMS. 
Com base nos textos 1 e 2, responda às questões 19 e 20. 
. 
 
Casas de Cultura 2014.1 Língua Portuguesa II Pág. 6 de 11 
 
 
 
 Língua Portuguesa II 
 20 questões 
 
 
21. Assinale a alternativa em que a palavra tem mais fonemas do que letras. 
A) invenção 
B) conexões 
C) mensagem 
D) habilidade 
E) adolescente 
 
22. Parônimas são palavras com pronúncia e escrita semelhantes. Assinale a alternativa correta quanto ao uso 
dessas palavras nas frases a seguir. 
A) As imagens editadas sempre retificam um perfil favorável. 
B) É eminente a virada do jogo entre telefonia móvel e internet. 
C) A discrição imodesta de si mesmo projeta um perfil invejável. 
D) Uma mensagem pode ser apenas como um comprimento amigo. 
E) Uma amizade sincera dispensa a troca contínua de mensagens. 
 
23. Está correta quanto ao emprego de letra inicial maiúscula ou minúscula a seguinte frase: 
A) É muito interessante a pesquisa feita em Tecnologia da Comunicação. 
B) O avanço nas comunicações tem promovido uma Revolução Industrial. 
C) O celular com acesso à internet foi o presente mais desejado no natal. 
D) O uso de mensagem na Rede Social Facebook é muito popular. 
E) Nosso imenso país está conectado do norte ao sul pela Internet. 
 
24. O verbo e o substantivo cognatos estão corretamente grafados na alternativa: 
A) acender - ascensão. 
B) suceder - sucesção. 
C) pretender - pretenção. 
D) conceder - concessão. 
E) interceder - interceção. 
 
25. Está correto o emprego do hífen no vocábulo: 
A) anti-social. 
B) auto-estima. 
C) ultra-moderno. 
D) infra-estrutura. 
E) auto-observação. 
 
26. O vocábulo “todo” é advérbio na frase: 
A) O mundo todo troca mensagens via internet. 
B) O mundo dos negócios está todo conectado. 
C) Aspessoas retocam sua imagem o tempo todo. 
D) Todo jovem quer ter um perfil nas redes sociais. 
E) As imagens como um todo são sempre favoráveis. 
 
27. Observe os dois empregos da palavra certa no texto. 
I. “... as pessoas não se cansam umas das outras desde que mantenham certa distância entre si” (texto 02, 
linha 07). 
II. “A relação não é nem muito de perto, nem muito de longe. A distância certa.” (texto 02, linhas 11-12) 
Quanto à análise da palavra “certa” nesses dois empregos, é correto afirmar que: 
A) em I, certa é pronome e denota imprecisão. 
B) em I, certa é artigo e tem sentido de familiaridade. 
C) em II, certa é adjetivo e indica uma estimativa. 
D) em II, certa é numeral e exprime uma quantidade. 
E) em I e II, certa é adjetivo e significa correta. 
Casas de Cultura 2014.1 Língua Portuguesa II Pág. 7 de 11 
 
28. Assinale a alternativa em que o vocábulo só é advérbio e se relaciona à mesma classe de palavra a que se 
liga na seguinte frase do texto: “Uma pessoa só aprende a conversar consigo mesma ao ter conversas com 
os outros.” (texto 02, linha 23). 
A) Você tem conversação só pessoalmente. 
B) A internet pode deixá-lo ainda mais só. 
C) Pela internet, você tem só conexões. 
D) Isso só acontece com adolescentes. 
E) Só nós podemos editar nosso perfil. 
 
29. Assinale a alternativa em que o emprego do verbo está de acordo com a norma padrão da língua portuguesa. 
A) Fazem cinco meses que o holandês usa o Line. 
B) Deve ter cinco meses que o holandês usa o Line. 
C) Acerca de cinco meses que o holandês usa o Line. 
D) A coisa de cinco meses que o holandês usa o Line. 
E) Deve fazer cinco meses que o holandês usa o Line. 
 
30. Assinale a alternativa correta quanto à análise dos elementos mórficos. 
A) Em “sutileza”, temos sufixo formador de adjetivo. 
B) Em “tecnologia”, justapõem-se dois radicais latinos. 
C) Em “imenso”, existe um prefixo com valor de negação. 
D) Em “contemporâneas”, existe prefixo formador de adjetivo. 
E) Em “popularização”, há dois sufixos formadores de substantivo. 
 
31. É cognato da palavra “negócio”, o vocábulo: 
A) ócio. 
B) sócio. 
C) divórcio. 
D) consórcio. 
E) equinócio. 
 
32. Em “telas sensíveis ao toque” (texto 01, linha 02), o termo sublinhado é: 
A) objeto direto. 
B) objeto indireto. 
C) adjunto adverbial. 
D) adjunto adnominal. 
E) complemento nominal. 
 
33. A oração em destaque em: “E a tendência é que esses aplicativos tirem ainda mais mercado do SMS nos 
próximos anos.” (texto 01, linha 13) classifica-se como substantiva: 
A) subjetiva. 
B) apositiva. 
C) predicativa. 
D) objetiva direta. 
E) objetiva indireta. 
 
34. Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a concordância verbal padrão. 
A) A maioria do povo têm perfil em alguma rede social. 
B) Apareceu mais de um programa de nome engraçado. 
C) Grande parte da população brasileira utilizam a internet. 
D) Surge, a cada ano, aplicativos de comunicação via internet. 
E) Uma das principais formas de comunicação é as mensagens. 
 
35. A concordância nominal está de acordo com a norma padrão na frase da alternativa: 
A) É necessária rapidez no envio de mensagens. 
B) Alguns arquivos podem seguir anexo ao email. 
C) Essa mensagem enviada por SMS é meia longa. 
D) Um e outro aplicativo é usado para comunicação. 
E) Há menas mensagens pela internet do que pelo SMS. 
Casas de Cultura 2014.1 Língua Portuguesa II Pág. 8 de 11 
 
36. Assinale a alternativa que reescreve, de acordo com a regência padrão do verbo preferir, a frase: “E as 
pessoas preferem enviar mensagens em vez de falar...” (texto 02, linhas 04-05) 
A) E as pessoas preferem enviar mensagens a falar... 
B) E as pessoas preferem mais enviar mensagens a falar... 
C) E as pessoas preferem enviar mensagens do que falar... 
D) E as pessoas preferem enviar mais mensagens do que falar... 
E) E as pessoas preferem mil vezes enviar mensagens que falar... 
 
37. De acordo com a norma padrão, na frase: As pessoas enviam mensagens editadas aos amigos, o termo 
em destaque pode ser substituído por: 
A) as 
B) lhe 
C) nas 
D) lhes 
E) elas 
 
38. Na oração: “Parecemos sempre equilibrados e divertidos” (texto 02, linhas 03-04): 
A) o verbo é intransitivo e o predicado é nominal. 
B) o verbo é de ligação e o predicado é nominal. 
C) o verbo é transitivo direto e o predicado é verbal. 
D) o verbo é transitivo indireto e o predicado é verbo-nominal. 
E) o verbo é transitivo direto e indireto e o predicado é verbal. 
 
39. Reescrevendo, segundo a norma padrão, a oração adjetiva em destaque em: “... controle sobre o jeito que 
nos mostramos aos outros.” (texto 02, linha 02), temos: 
A) a que nos mostramos aos outros. 
B) o qual nos mostramos aos outros. 
C) como nos mostramos aos outros. 
D) de como nos mostramos aos outros. 
E) para que nos mostramos aos outros. 
 
40. Assinale a alternativa em que a oração está em ordem direta. 
A) Nos últimos 20 anos, o celular mudou várias vezes. 
B) Para o contato diário com os amigos, 54% preferem os SMS. 
C) Com os SMS, apresentamos uma imagem “editada” do que somos. 
D) Os aplicativos vão tirar mais mercado do SMS nos próximos anos. 
E) O Facebook expressou recentemente o interesse em comprar o Whatsapp. 
 
 
Casas de Cultura 2014.1 Conhecimentos Gerais Pág. 9 de 11 
 
 
 Conhecimentos Gerais 
 20 questões 
 
 
41. Sobre a “Guerra dos Bárbaros”, da qual os povos nativos do Ceará participaram, no século XVII, é 
correto afirmar que: 
A) foi uma guerra entre os povos indígenas cearenses. 
B) reforçou o projeto da colonização portuguesa no Ceará. 
C) caracterizou a resistência indígena no Ceará à invasão europeia. 
D) agrupou os povos indígenas das capitanias do sul do Brasil, no Ceará. 
E) expulsou do Ceará os nativos do Rio Grande do Norte e Pernambuco. 
 
42. Acerca dos grupos indígenas que habitavam o Ceará no período da colonização, é correto afirmar que: 
A) o grupo Cariri ocupava a região central do Ceará. 
B) o grupo Tapuias era predominante no sul do Ceará. 
C) os Tremembés consentiram a catequece entre os Tapebas. 
D) os Tubinambás se dividiam em Tabajaras e Potiguaras. 
E) os Tupis formavam uma unidade étnica junto com o grupo Jê. 
 
43. Os espaços litorâneos do Ceará, em aspectos gerais, são: 
A) desfavoráveis à prática de esportes marítimos. 
B) recobertos por dunas e com manguezais. 
C) reconhecidos pela vegetação serrana. 
D) impróprios para os veranistas. 
E) poluídos e com clima seco. 
 
44. O produto que expandiu a economia cearense na segunda metade do século XIX foi: 
A) o leite. 
B) o açúcar. 
C) o algodão. 
D) a borracha. 
E) a cera de carnaúba. 
 
45. Acerca da diversidade da cultura popular cearense, é correto afirmar que: 
A) a região do Cariri detem uma multiplicidade de manifestações artísticas da cultura popular. 
B) as práticas culturais desenvolvidas pelo povo no litoral cearense se sobrepõem às do sertão. 
C) a literatura de cordel é uma linguagem artística inexpressiva na cultura popular cearense. 
D) as expressões autênticas da cultura popular cearense são aquelas herdadas dos europeus. 
E) a seca que assola o sertão cearense impossibilita a existência do artesanato em couro. 
 
46. Francisco José do Nascimento ficou conhecido como “Dragão do Mar”, durante o movimento 
abolicionista do Ceará, nas últimas décadas do século XIX. Sobre as ações lideradas pelo “Dragão do 
Mar” que corroboraram para a campanha abolicionista no Ceará, é correto afirmar que: 
A) atenderam a interesses do partido regressista cearense. 
B) promoveram política e economicamente os jangadeiros. 
C) firmaram divergências culturais entre os escravos de outras províncias. 
D) contribuíram para o fim do tráfico interprovincial pelo porto do Ceará.E) retardaram a abolição da escravidão no Ceará, se comparado com o restante do país. 
 
47. No período das Regências no Brasil (1831 a 1840) ocorreram várias revoltas, tendo como mote questões 
sociais, econômicas e políticas. Marque o item que assinala corretamente o movimento que ocorreu no 
Ceará nesse contexto. 
A) A Balaiada. 
B) A Sabinada. 
C) A Cabanagem. 
D) A Confederação do Equador. 
E) A Revolta de Pinto Madeira. 
 
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48. Sobre a atual organização política e administrativa do estado do Ceará é correto afirmar que: 
A) os municípios cearenses dependem legal e juridicamente de Fortaleza. 
B) as secretarias do governo do estado do Ceará compõem o poder legislativo. 
C) o estado do Ceará é formado por 184 municípios, sendo Fortaleza a capital. 
D) a “Geração Cambeba” é representada por Virgílio Távora, César Cals e Adauto Bezerra. 
E) a legislação do governo estadual do Ceará é soberana em relação à Constituição Federal. 
 
49. “A eleição para governador do Ceará, em 1986, teve resultado surpreendente: o coronel Adauto Bezerra, 
apoiado pelas forças políticas até então dominantes no Estado, foi derrotado por um jovem empresário 
que, pela primeira vez, concorria a um cargo político”. GONDIM, Linda M. P. Os governos das 
mudanças (1987-1994). In: SOUZA, Simone (Org.). Uma nova história do Ceará. Fortaleza: Edições 
Demócrito Rocha, 2000, p.409. 
Segundo a autora, começa a partir daí um novo ciclo político no Ceará. Venceu a eleição para governador 
em 1986 e representou esse novo período: 
A) Ciro Gomes. 
B) Gonzaga Mota. 
C) Lúcio Alcântara. 
D) Tasso Jereissati. 
E) Maria Luíza Fontenele. 
 
50. Acerca da prática política de Antônio Pinto Nogueira Accioly e da oligarquia acciolyna no Ceará é 
correto afirmar que: 
A) enfrentou os latifundiários e os coroneis dos municípios cearenses. 
B) combateu o nepotismo no processo de formação do seu grupo oligárquico. 
C) Accioly teve, primeiramente, ideais políticos liberais e, depois, conservadores. 
D) a Política dos Governadores dificultou o pleno exercício das gestões de Accioly. 
E) governou arbitrariamente o Ceará entre 1896 e 1912 com apoio do governo federal. 
 
51. A antropofagia cultural, defendida pelos intelectuais brasileiros modernistas envolvidos na Semana de 
Arte Moderna, ocorrida em 1922, remetia: 
A) à defesa da arte indígena. 
B) à supremacia da cultura brasileira. 
C) ao comodismo cultural da produção artística popular. 
D) à confirmação da forma tradicional da arte brasileira. 
E) ao aproveitamento da cultura europeia na realidade brasileira. 
 
52. O Plano de Metas, apresentado pelo governo de Jucelino Kubitschek, cujo lema era fazer o Brasil 
desenvolver 50 anos em 5, apresentou como prioridade: 
A) a consolidação da reforma agrária. 
B) a redução da dívida externa brasileira. 
C) a execução de obras de infraestrutura. 
D) o investimento em setores da educação e da saúde. 
E) o combate à inflação e desvalorização do salário mínimo. 
 
53. A matriz da modernização da economia no Brasil a partir da segunda metade do século XIX foi a 
economia: 
A) cafeeira. 
B) aurífera. 
C) industrial. 
D) canavieira. 
E) algodoeira. 
 
54. O governo de Getúlio Vargas utilizou o rádio com eficiência para difundir a política do Estado Novo. Em 
1938, o programa que foi lançado como estratégia do governo recebeu o nome de: 
A) Última hora. 
B) Voz do Brasil. 
C) Repórter Esso. 
D) Jornal do Brasil. 
E) A Hora do Brasil. 
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55. A medida tomada pelo ministro da fazenda Rui Barbosa, a partir de janeiro de 1890, ficou conhecida 
como Encilhamento. Essa medida econômica consistia em: 
A) incentivar o desenvolvimento da indústria. 
B) impedir a venda de ações pela Bolsa de Valores. 
C) reter a emissão de dinheiro pelos bancos. 
D) pagar a dívida externa brasileira. 
E) controlar a inflação do período. 
 
56. A eleição para a Câmara dos Deputados ocorrida em 13 de outubro de 1840 ficou conhecida como 
Eleição do Cacete. Aponte os grupos envolvidos nessa eleição. 
A) Monarquistas e Oligarcas. 
B) Liberais e Conservadores. 
C) Comunistas e Anarquistas. 
D) Moderados e Provincianos. 
E) Parlamentaristas e Republicanos. 
 
57. O Ato Institucional N° 4, imposto pelo presidente Castelo Branco durante a Ditadura Civil-Militar no 
Brasil, estabeleceu ao governo: 
A) a decretação do estado de sítio. 
B) a extinção dos partidos políticos. 
C) a cassação de mandatos e direitos políticos. 
D) o poder para produzir uma nova Constituição Federal. 
E) o fim das eleições diretas para governadores e prefeitos das capitais brasileiras. 
 
58. A Confederação do Equador foi um movimento de reação a uma série de ações consideradas autoritárias 
por parte do então Imperador do Brasil, D. Pedro I. Dentre as ações impostas pelo monarca estava a 
dissolução da Assembleia Constituinte e a promulgação da Constituição de 1824. Sobre a lei estabelecida 
nessa Constituição é correto afirmar que: 
A) defendeu a igualdade apenas entre os ricos e proprietários de terras. 
B) instituiu o catolicismo como religião oficial do Brasil. 
C) aboliu o uso do tronco como tortura para os escravos. 
D) estabeleceu a existência de três poderes de Estado. 
E) garantiu o direito ao voto a todos os brasileiros. 
 
59. Dentre as correntes políticas que influenciaram o movimento operário no Brasil destacaram-se o 
anarquismo, a corrente católica e o sindicalismo revolucionário. Sobre a corrente católica, assinale a 
alternativa correta. 
A) Pregava o Estado como nocivo e desnecessário. 
B) Procurava afastar os trabalhadores da influência socialista. 
C) Buscava implementar a base para comunidades autogeridas. 
D) Propagava ideias de cooperação partidária entre os operários. 
E) Defendia a greve como principal instrumento de luta dos operários. 
 
60. O declínio da produção aurífera levou o governo português a associar-se política e militarmente aos 
ingleses que, por sua vez, passaram a garantir domínios sobre a economia portuguesa através de tratados 
e acordos. O Tratado que estabeleceu um grande mercado consumidor das manufaturas inglesas por 
Portugal e suas Colônias ficou conhecido como: 
A) Tratado de Methuen. 
B) Tratado de Utrecht. 
C) Tratado de Badajós. 
D) Tratado de Windsor. 
E) Tratado de Santo Ildefonso. 
 
 
 
 
 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
 COORDENADORIA DE CONCURSOS – CCV
TESTE DE ADMISSÃO AO SEMESTRE I
CADERNO-QUESTIONÁRIO
Inscrição Sala
Coloque, de imediato, o seu número de inscrição e o número de sua 
sala nos retângulos abaixo.
Data: 04/08/2013.
Duração: 04 horas
Língua Portuguesa I 
20 questões
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Leio e releio o poema de Álvaro de Campos. Oscilo. Não sei se devo acreditar ou duvidar. Se 
acredito, duvido. Duvido porque acredito. Pois foi ele mesmo quem disse – ou melhor, o seu outro, o 
Fernando Pessoa – que ele era um fingidor. “Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas 
de amor se não fossem ridículas...”
Tenho no meu escritório a reprodução de uma das telas mais delicadas que conheço, “A mulher 
que lê”, de Johannes Vermeer (1632-1675). Uma mulher, de pé, lê uma carta. O seu rosto está 
iluminado pela luz da janela. Seus olhos leem o que está escrito naquela folha de papel que suas mãos 
seguram, a boca ligeiramente entreaberta, quase num sorriso. De tão absorta, ela nem se dá conta da 
cadeira, ao seu lado. Lê de pé. Penso ser capaz de reconstituir os momentos que antecedem este que o 
pintor fixou. Pancadas na portainterromperam as rotinas domésticas que a ocupavam. Ela vai abrir e lá 
estava o carteiro, com uma carta na mão. Pela simples leitura do seu nome, no envelope, ela identifica 
o remetente. Ela toma a carta e, com este gesto, toca uma mão muito distante. Para isto se escrevem as 
cartas de amor. Não para dar notícias, não para contar nada, não para repetir as coisas por demais 
sabidas, mas para que mãos separadas se toquem, ao tocarem a mesma folha de papel. (...)
Volto ao Álvaro de Campos. Será esta a razão do ridículo das cartas de amor – o descompasso 
entre o que elas dizem e aquilo que elas realmente querem fazer? Pois o propósito explícito de uma 
carta é dar notícias, e é por isto que elas são feitas de palavras. Mas o que elas realmente desejam 
realizar está sempre antes e depois da palavra escrita: elas querem realizar aquilo que a separação 
proíbe: o abraço. Quem quer que tente entender uma carta de amor pela análise da escritura estará 
sempre fora de lugar, pois o que ela contém é o que não está ali, o que está ausente. Qualquer carta de 
amor, não importa o que se encontre nela escrito, só fala do desejo, a dor da ausência, a nostalgia pelo 
reencontro.
Aquela carta fez tudo parar. A mulher fecha a porta e caminha pela casa sem nada ver, buscando 
uma coisa apenas, a luz, o lugar onde as palavras ficarão luminosas. Que lhe importa a cadeira? 
Esqueceu-se de que está grávida. Seus olhos caminham pelas palavras que saíram das mesmas mãos 
que a abraçaram. Seu corpo está suspenso naquele momento mágico de carinho impossível que aquele 
pequeno pedaço de papel abriu no tempo do seu cotidiano.
(...)
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8
ALVES, Rubem. O retorno e eterno: crônicas. Campinas, SP: Papirus, 1992, p. 43-44. 
01. O verbo oscilar, na linha 01, equivale semanticamente ao da alternativa:
A) decidir. 
B) avaliar.
C) refletir.
D) pensar.
E) hesitar.
02. O termo “absorta” (linha 08) tem, no texto, sentido contrário ao da alternativa:
A) atenta.
B) enleada.
C) alheada.
D) distraída.
E) extasiada.
03. No texto, a palavra “explícito” (linha 16) tem sentido equivalente a:
A) oculto.
B) restrito.
C) obscuro.
D) evidente.
E) ambíguo.
04. Assinale a alternativa que preenche o espaço pontilhado da frase As cartas são feitas de 
palavras .........................., o propósito explicito de uma carta é dar noticias , respeitando o sentido da 
frase do texto nas linhas 16 e 17.
A) contudo
B) enquanto
C) posto que
D) assim como
E) uma vez que
05. De acordo com o texto, a expressão da mulher que lê a carta é de:
A) dúvida.
B) tristeza.
C) emoção.
D) incerteza.
E) indiferença.
06. Assinale a alternativa que destaca a interferência do autor do texto na descrição da mulher do quadro.
A) ela está de pé.
B) o rosto está iluminado.
C) as mãos seguram uma carta.
D) ela não se dá conta da cadeira.
E) a boca está ligeiramente entreaberta.
07. Assinale a alternativa em que a reescrita da frase em destaque altera o sentido do texto.
A) “foi ele mesmo quem disse” (linha 02) – foi ele mesmo que disse.
B) “Penso ser capaz” (linha 09) – Penso que ela é capaz.
C) “para que mãos separadas se toquem, ao tocarem a mesma folha de papel.” (linha 14) – para que mãos 
separadas se toquem, quando tocarem a mesma folha de papel.
D) “o descompasso entre o que elas dizem e aquilo que elas realmente querem” (linhas 15-16) – o 
descompasso entre aquilo que elas dizem e o que elas realmente querem.
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Com base no texto 01, responda às questões 01 a 08.
.
E) “lugar onde as palavras ficarão luminosas” (linha 24) – lugar em que as palavras ficarão luminosas. 
08. Assinale a alternativa que indica corretamente a que se refere o termo sublinhado.
A) “antecedem este” (linha 09) – pintor (linha 10).
B) “a ocupavam” (linha 10) – porta (linha 10). 
C) “elas são feitas” (linha 17) – notícias (linha 17).
D) “realizar aquilo” (linha 18) – abraço (linha 19).
E) “está ali” (linha 20) – lugar (linha 20). 
TEXTO 02
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Ignaro cronista, saúdo-o com simpatia. Então, escutou aquela conversa na fila do cinema e não 
entendeu patavina? Tão simples, meu caro. Se você tivesse uma tintura rala de latim e grego, em vez 
de passar pelas humanidades como motorista de ônibus pelo sinal vermelho, pegaria tudo que os dois 
médicos (eram médicos, está-se vendo) falavam sem afetação. Usavam linguagem profissional, 
entende? E essa linguagem nada tem de hermética. Com o auxílio de afixos e radicais de origem grega 
e latina, forma palavras adequadas à expressão das diferentes partes do corpo humano e das doenças 
que as visitam. Por extensão, tal linguagem também se aplica em sentido figurado, sempre que isto 
possa ocorrer com propriedade. (...)
Conclusão: os falantes usaram linguagem exata, objetiva, clássico-moderna, muito bem cunhada. 
Quem não a entendeu deve tomar cinco vocábulos de raiz grega e outros tantos de raiz latina, duas 
vezes por dia, após as refeições. Agite-os, antes de usá-los. É só, e meus cumprimentos cordiais. 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e Prosa: Rio de Janeiro, Nova Aguilar 1988, p.1914-1915.
09. Assinale a alternativa cuja definição (HOUAISS: 2009) corresponde ao sentido em que foi empregado o 
verbo pegar, na linha 03 do texto.
A) compreender, perceber.
B) surpreender, encontrar.
C) abranger, incluir.
D) conseguir, obter.
E) alcançar, atingir. 
10. Assinale a alternativa cujo termo se opõe, no texto, a “Ignaro” (linha 01).
A) Inculto.
B) Ingênuo.
C) Erudito.
D) Ignorante.
E) Simplório.
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Com base no texto 02, responda às questões 09 a 16.
.
11. De acordo com o texto, é correto afirmar que:
A) nada ter de hermética (linha 05) é o mesmo que ser fechada.
B) ocorrer com propriedade (linha 08) significa ter estilo próprio.
C) formar palavras adequadas (linha 06) significa padronizar o vocabulário.
D) uma linguagem bem cunhada (linha 09) é uma linguagem familiar, de fácil compreensão. 
E) ter uma tintura rala de latim e grego (linha 02) é ter algum conhecimento das línguas clássicas.
12. Pela leitura do texto, é correto concluir que “humanidades” (linha 03) significa:
A) sentimento de bondade.
B) conjunto dos seres humanos.
C) estudo das letras clássicas.
D) características da natureza humana.
E) compaixão pelos menos favorecidos.
13. Depreende-se da leitura da expressão “falavam sem afetação” (linha 04) que a fala dos médicos se 
caracterizava pela:
A) altivez.
B) soberba.
C) arrogância. 
D) prepotência.
E) simplicidade.
14. É correto afirmar que, em relação ao cronista, o autor do texto se revela:
A) afável.
B) irônico.
C) solidário.
D) submisso.
E) indiferente.
15. De acordo com o texto, o termo “Então” (linha 01) serve para:
A) indicar o tempo passado.
B) retomar a comunicação. 
C) reforçar a saudação inicial.
D) concluir o assunto anterior.
E) assinalar o local do encontro.
16. Assinale a alternativa cuja frase está empregada em sentido figurado.
A) “Usavam linguagem profissional” (linha 04).
B) “os falantes usaram linguagem exata” (linha 09).
C) “escutou aquela conversa na fila do cinema (linha 01).
D) “Se você tivesse uma tintura rala de latim e grego” (linha 02).
E) “tal linguagem também se aplica em sentido figurado” (linha 07).
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TEXTO 03
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1
Quando o carteiro chegou 13 Porém não tive coragem
0
2
E o meu nome gritou 14 De abrir a mensagem
0
3
Com uma carta na mão 15 Porque na incerteza
0
4
Ante a surpresa tão rude 16 Eu meditava e dizia
0
5
Nem sei como pude 17 Será de alegria?
0
6
Chegar ao portão 18 Será de tristeza?
0
7
Vendo o envelope bonito19 Quanta verdade tristonha
0
8
No seu sobrescrito 20 Ou mentira risonha
0
9
Eu reconheci 21 Uma carta nos traz
1
0
A mesma caligrafia 22 E assim pensando rasguei
1
1
Que me disse um dia 23 Tua carta e queimei
1
2
Estou farto de ti 24 Para não sofrer mais
Mensagem. Composição: Cícero Nunes – Aldo Cabral 
17. Pela leitura do texto 03, é correto afirmar que a surpresa foi “rude” (verso 04) porque fez o eu lírico sentir-se:
A) agredido.
B) insultado.
C) perturbado.
D) desprezado.
E) desrespeitado.
18. Pela leitura da letra da canção, é correto afirmar que o recebimento da carta provocou no eu lírico:
A) medo.
B) apatia.
C) alegria.
D) revolta.
E) esperança.
19. Assinale a alternativa que indica a diferença entre a atitude da mulher, conforme supõe o autor do texto 01, 
e a atitude do destinatário da carta do texto 03.
A) ler a carta.
B) receber a carta.
C) atender ao carteiro.
D) ir à porta/ao portão. 
E) identificar o remetente.
20. Pela leitura dos textos 01, 02 e 03, entende-se que o gênero textual “carta” está formalmente caracterizado:
A) apenas no texto 01.
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Com base nos textos 01, 02 e 03, responda às questões 17 a 20.
.
B) apenas no texto 02.
C) apenas no texto 03.
D) nos textos 01, 02 e 03. 
E) apenas nos textos 01 e 03.
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Língua Portuguesa II 
20 questões
21. Assinale a alternativa em que a letra X de todos os vocábulos tem o som de /ks/.
A) Ônix / axila / nexo.
B) Exalar / tóxico / tórax.
C) Xampu / exceção / exílio.
D) Exímio / táxi / sexagenário. 
E) Intoxicar / excursão / proparoxítona.
22. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do período: Você não tem consciência do 
__________ de sua atitude, pois fala demais. Eis _________ não entende a explicação.
A) Porque / porque. 
B) Porquê / por que.
C) Por que / porque. 
D) Por que / porquê.
E) Por quê / porquê.
23. Assinale a alternativa em que, tal como fingir, fingidor, fingimento, as três palavras são cognatas. 
A) Lugar / lugarejo / lupa.
B) Viver / vida / vitalício.
C) Benefício / refazer / rejeitar.
D) Pedra / pedregulho / perfeito.
E) Polar / polimorfo / politécnico. 
24. Assinale a alternativa em que as duas palavras estão grafadas conforme o Novo Acordo Ortográfico de 
29 de setembro de 2008.
A) Anti-rábica / anti-reflexo.
B) Ex-aluno / vice-diretor.
C) Extra-oficial / infra-assinado.
D) Interregional / super-rochoso.
E) Autoacusação / panamericano.
25. Assinale a alternativa cuja sequência está de acordo com as regras de divisão silábica.
A) Flu-i-do / ru-im.
B) Ma-goa / caa-tin-ga.
C) Néc-tar / fri-cci-o-nar.
D) Pne-u-ma-tó-rax / fri-ís-si-mo. 
E) Tran-sa-tlân-ti-co / pers-pi-caz.
26. Assinale a alternativa em que o verbo grifado está no mesmo tempo do verbo em: Ele era um fingidor.
A) Volto ao Álvaro de Campos.
B) As palavras ficarão luminosas.
C) A carta contém a dor da ausência.
D) Estas não seriam cartas de amor.
E) Os médicos usavam linguagem profissional.
27. Assinale a alternativa em que a predicação do verbo é a mesma do verbo em: Ela lê de pé.
A) Saúdo-o com simpatia.
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B) A mulher fecha a porta.
C) Seu corpo está suspenso.
D) Esqueceu-se da gravidez.
E) Seus olhos caminham pelas palavras.
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28. Na passagem: Para isto se escrevem as cartas de amor, quanto à voz do verbo e à função da palavra se, 
temos, respectivamente:
A) Voz ativa e pronome apassivador.
B) Voz passiva e pronome reflexivo.
C) Voz passiva e pronome apassivador.
D) Voz reflexiva e pronome apassivador.
E) Voz ativa e índice de indeterminação do sujeito.
29. Assinale a alternativa em que o termo destacado é morfologicamente um pronome demonstrativo.
A) Tua carta eu queimei.
B) Que lhe importa a cadeira?
C) As palavras ficarão luminosas.
D) Foi ele mesmo quem lhe escreveu. 
E) A linguagem nada tem de hermética. 
30. Assinale a alternativa em que a locução destacada é pronominal. 
A) Uma mulher, de pé, lê uma carta.
B) Com o auxílio de afixos formam palavras.
C) As cartas de amor estarão sempre fora do lugar.
D) Quem quer que entenda cartas de amor será ridículo.
E) Por extensão , tal linguagem se aplica em sentido figurado. 
31. Assinale a alternativa cujo termo destacado é um vocativo.
A) Aquela carta fez tudo parar.
B) Pancadas interromperam a rotina.
C) A mulher fecha a porta e caminha.
D) Ignaro cronista, saúdo-o com simpatia. 
E) Conclusão : eles usaram linguagem exata.
32. Assinale a alternativa em que o termo destacado exerce a função sintática de objeto direto.
A) Escutou aquela conversa na fila.
B) Será esta a razão do ridículo das cartas.
C) Para isto se escrevem as cartas de amor.
D) Penso nos momentos que antecedem este. 
E) Tal linguagem se aplica em sentido figurado.
33. Assinale a alternativa em que o termo destacado sintaticamente é um predicativo do sujeito.
A) Agite-o, antes de usá-lo.
B) Ela vai abrir e lá está o carteiro.
C) Seus olhos leem o que está escrito.
D) Não importa o que se encontra na carta.
E) Aquilo que ela contém é o que está ausente.
34. Assinale a alternativa em que o termo destacado tem a mesma função sintática da palavra grifada na 
frase: Pancadas interromperam as rotinas que a ocupavam.
A) As cartas de amor são ridículas.
B) A boca está ligeiramente entreaberta.
C) Ela toma a carta e toca a mão distante.
D) Os dois médicos falavam sem afetação.
E) As mãos tocaram a mesma folha de papel.
35. Assinale a alternativa em que o termo destacado tem a mesma função sintática da palavra grifada em: 
Reconheci a caligrafia que me disse: estou farto de ti.
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A) A carta me traz notícias.
B) O carteiro me olhou com tristeza.
C) Palavras de amor me emocionam. 
D) Só me entende quem já se apaixonou.
E) Deixe-me explicar o sentido das cartas de amor.
36. Assinale a alternativa que completa corretamente o período: Daqui ____ algum tempo, as cartas de amor 
serão relíquias, mas _____ alguns anos eram motivo de emoção quando chegavam _____ casa das pessoas.
A) a / há / à.
B) à / há / a.
C) há / à / à. 
D) há / há / a. 
E) a / à / à. 
37. A oração destacada no período: Não sei se devo acreditar ou duvidar é uma subordinada adverbial:
A) causal. 
B) temporal.
C) integrante.
D) concessiva. 
E) condicional.
38. O período: Leio e releio o poema de Álvaro de Campos possui respectivamente orações coordenadas:
A) Assindética, assindética.
B) Sindética aditiva; assindética.
C) Assindética, sindética aditiva.
D) Assindética, sindética alternativa.
E) Assindética, sindética explicativa. 
39. Assinale a alternativa em que o emprego dos pronomes está de acordo com a norma culta.
A) Entre eu e ti sempre haverá carinho.
B) Entre mim e ti sempre houve amizade.
C) Entre mim e tu sempre há cartas de amor.
D) Entre eu e tu nunca houve a dor da ausência.
E) Entre mim escrever e tu não, fico decepcionada. 
40. Assinale a alternativa em que a frase está gramaticalmente correta.
A) Houve apelos a que não se pôde atender.
B) Houve cartas que não se pôde aspirar.
C) Houve cartas a que não se puderam escrever.
D) Houveram pedidos a que não se pôde cumprir.
E) Houveram pedidos que não se puderam atender.
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Conhecimentos Gerais 
20 questões
41. A formação de vastos latifúndios no Brasil tem suas origens ainda nos primeiros tempos da colônia. 
Neste período, sua constituição está relacionada:
A) à presença dos jesuítas.
B) à doação de sesmarias. 
C) à formação de feitorias. 
D) ao fortalecimento do poder militar.
E) ao declínio das comunidades indígenas.
42. As concepções missionáriascatólicas destinadas aos indígenas, no Brasil colônia, convergiam com os 
interesses de Portugal ao propor:
A) a miscigenação entre culturas.
B) a integração dos nativos ao mundo da política.
C) a adoção dos hábitos de trabalho dos europeus. 
D) o uso de escravos africanos por nativos e portugueses.
E) o emprego de trabalhadores originários da terra na burocracia.
43. “O vice-rei do Brasil mandou dar baixa do posto de capitão-mor a um índio, porque ‘se mostrara de tão 
baixos sentimentos que casou com uma preta, manchando seu sangue com esta aliança e tornando-se assim 
indigno de exercer o referido posto’.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2012, p. 59)
A situação apresentada pelo historiador Boris Fausto, no Brasil do século XVIII, exemplifica:
A) as diferenças sociais existentes entre indígenas e negros. 
B) o tratamento igualitário entre brancos e indígenas.
C) a existência de lutas opondo negros e indígenas.
D) o desaparecimento dos ritos e costumes nativos.
E) a ausência de negros livres na colônia.
44. No Brasil o dia 21 de abril é feriado de Tiradentes em todo o país. A justificativa histórica para a data 
está relacionada à:
A) defesa dos regimes republicanos.
B) oposição ao poder das Forças Armadas.
C) luta pela independência de um poder estrangeiro. 
D) resistência ao domínio de uma etnia sobre outra.
E) reivindicação da separação entre Estado e Igreja Católica.
45. A diretriz da colonização brasileira foi alterada no século XVIII a partir da interiorização para Minas 
Gerais, Mato Grosso e Goiás decorrente da:
A) pecuária.
B) mineração. 
C) catequização indígena.
D) formação de quilombos.
E) organização de bandeiras.
46. No decorrer do processo de independência da América portuguesa, o ideal oriundo da Europa que 
norteou a política de resistência ao despotismo real português foi o:
A) Positivismo.
B) Socialismo.
C) Liberalismo.
D) Mercantilismo.
E) Constitucionalismo.
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47. Comparando os produtos mais importantes da economia desenvolvida no Brasil, o açúcar, nos séculos XVI 
e XVII, e o café, no século XIX, identificamos corretamente como uma de suas principais diferenças:
A) a organização pelo Estado da atividade cafeeira.
B) o uso de técnicas rudimentares na produção cafeeira. 
C) o emprego do minifúndio pelos imigrantes para produzir café.
D) o desaparecimento do emprego da mão de obra escrava nas plantações de café.
E) o foco da produção do café voltado para o mercado interno ao contrário do açúcar.
48. A ação do Tribunal de Inquisição no Brasil colônia incidiu sobre os: 
A) escravos.
B) indígenas.
C) cristãos novos. 
D) holandeses.
E) franceses.
49. O crescimento do republicanismo, no Brasil, na segunda metade do século XIX esteve relacionado:
A) ao aumento do número de imigrantes no país.
B) a adesão dos escravos e libertos aos novos ideais.
C) a ampliação da participação da mulher na sociedade.
D) a centralização do poder Executivo no Rio de Janeiro.
E) ao crescimento urbano e dos profissionais liberais e jornalistas.
50. A criação da Guarda Nacional em 1831, que tornava o alistamento obrigatório, permitiu a manutenção da:
A) ordem escravista e rural. 
B) centralização do poder monárquico.
C) valorização da carreira militar entre as elites.
D) concentração de poderes nas províncias do Sul e Sudeste.
E) disputa de domínios políticos entre portugueses e brasileiros.
51. A mesma cidade que se embelezava era também aquela que inventava a favela, termo que nasce na 
época, aliás, concomitante com a expressão pivette (erva daninha) – designação em francês, a língua da 
moda, para criança de rua. 
(PRIORE, Mary del; VENANCIO, Renato. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2010. Adaptado)
O processo de transformação urbana ocorrido no Rio de Janeiro e apresentado no texto refere-se ao período de:
A) chegada da família brasileira ao Brasil.
B) repressão aos movimentos operários na década de 30.
C) chegada dos imigrantes europeus a partir do surto industrial dos anos 10.
D) expulsão de populações pobres das áreas centrais no início da República. 
E) reformas habitacionais promovidas pela ditadura civil-militar nos anos 70.
52. A Lei Eusébio de Queirós, aprovada em 04 de setembro de 1850, proibiu o tráfico interatlântico de 
escravos, o que resultou:
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A) no fim da escravidão.
B) no declínio do latifúndio.
C) na crise da produção açucareira.
D) na adoção da mão de obra estrangeira.
E) no desenvolvimento do comércio ilegal de negros.
53. O fascismo europeu e o Estado Novo (1937-1945) tiveram como ponto de convergência:
A) a organização de milícias.
B) a repressão à igreja católica.
C) a proibição da organização sindical.
D) a centralização do poder pelo Estado. 
E) o fortalecimento do partido político do Chefe de Estado.
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54. Os Atos Adicionais nº 2 e nº 3 aboliram os partidos políticos existentes e as eleições diretas para presidente, 
governador e prefeitos de capitais. Tais medidas tinham por objetivo:
A) introduzir o parlamentarismo.
B) elitizar os processos eleitorais.
C) ampliar a base de apoio ao governo.
D) desmobilizar os movimentos sociais.
E) limitar institucionalmente resistências ao regime.
55. A criação da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), em 1959, insere-se na 
conjuntura de propostas políticas: 
A) do Plano de Metas. 
B) de independência do FMI.
C) de estatização das indústrias de base.
D) de flexibilização das leis trabalhistas.
E) de fechamento ao capital estrangeiro.
56. Uma das táticas empregadas pelos regimes de exceção é o recurso à propaganda. No caso da ditadura 
civil-militar brasileira (1964-1985), a propaganda tinha por objetivo:
A) valorizar a miscigenação.
B) denegrir a cultura brasileira.
C) exaltar os presidentes militares.
D) enaltecer as economias estrangeiras.
E) escamotear as diferenças sociais do país. 
57. A importância da demarcação de territórios indígenas, caso exemplificado pelas reivindicações dos 
Tremembés e Kariri, justifica-se pelo (a):
A) manutenção da propriedade familiar.
B) aumento populacional dessas comunidades.
C) geração de renda voltada para o sustento desses grupos.
D) papel desempenhado pela terra em sua cultura e existência. 
E) inserção dos índios na produção agrícola voltada para o mercado.
58. Uma análise da Sedição de Juazeiro (1914) foi um acontecimento político que deve ser entendido na 
conjuntura:
A) dos conflitos religiosos.
B) da política dos coronéis. 
C) de oposição ao republicanismo.
D) de crise da economia algodoeira.
E) da emancipação administrativa de vilas e distritos.
59. “Art. 14 – É proibido o uso de palavras estranhas à língua vernácula (...)
Art. 21 – Será julgada indigna de publicidade qualquer peça literária em que se falar de animais ou 
plantas estranhas à Fauna e à Flora brasileiras, como: cotovia, olmeiro, rouxinol, carvalho, etc.” 
(MOTA, Leonardo. A Padaria Espiritual. Fortaleza: Casa de José de Alencar/UFC, 1995).
Os dois artigos retirados do “Programa de Instalação” da Padaria Espiritual, agremiação literária fundada 
em Fortaleza em 1892, expressam:
A) descrença na importância da cultura.
B) distanciamento da cultura popular.
C) valorização dos modos urbanos.
D) aversão aos estrangeirismos. 
E) apoio ao regime monárquico.
60. O surgimento da povoação chamada Caiçara, no século XVIII, que daria origem à cidade de Sobral está 
relacionada à história:
A) das charqueadas. 
B) da economia portuária.
C) dos conflitos religiosos.
D) da economia algodoeira.
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E) das lutas entre indígenas.
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 UNIVERSIDADEFEDERAL DO CEARÁ
 COORDENADORIA DE CONCURSOS – CCV
TESTE DE ADMISSÃO AO SEMESTRE 
I
CADERNO-QUESTIONÁRIO
Inscrição Sala
Coloque, de imediato, o seu número de inscrição e o número de sua 
sala nos retângulos abaixo.
Data: 03/02/2013.
Duração: 04 horas
Língua Portuguesa I 
20 questões
TEXTO 1
Vale a pena aprender uma segunda língua já adulto?
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É comum o desânimo quando adultos começam a frequentar aulas de língua estrangeira e se veem 
com um desafio que parece grande demais para ser superado. A facilidade com que crianças aprendem 
um idioma é notável, assim como a dificuldade que um indivíduo mais velho enfrenta para formar uma 
simples frase em outra língua. Os adultos se sobressaem em comparação às crianças em muitas tarefas, 
mas certamente aprender uma língua não é uma delas. Por que isso acontece? Qual a diferença entre os 
aprendizados da criança e do adulto quanto à língua?
[...] A curva de proficiência em uma língua tende a cair conforme a idade do início da exposição a 
essa língua aumenta, principalmente a pronúncia. Ou seja, quanto mais velha a pessoa começa a 
aprender uma língua estrangeira, maior a dificuldade de pronunciar os sons dessa língua, e também 
maior a quantidade de erros no emprego das palavras.
[...] Mesmo com as dificuldades verificáveis no cotidiano, certamente vale a pena aprender um 
novo idioma, mesmo depois da adolescência. Em muitos casos, isso é necessário para se conseguir um 
emprego, se manter nele ou conseguir uma promoção.
Além disso, através de um novo idioma também um novo mundo se torna acessível: pode-se 
desfrutar de maior autonomia em viagens; livros, artigos, revistas, filmes e sites podem ser 
compreendidos; pode-se conhecer e conversar com pessoas de outros lugares. Uma forma diferente de 
se olhar para tudo, inclusive para sua própria cultura, pode ser desenvolvida a partir da aproximação 
com outra cultura através da sua manifestação linguística.
Há também benefícios para a saúde. Alguns estudos sugerem que ser bilíngue pode proteger o 
cérebro de algumas perdas cognitivas comuns ao envelhecimento e de sequelas de derrames cerebrais, 
e ainda atrasar o aparecimento de sintomas de doenças como o Alzheimer e outras formas de 
demência.
[...] Portanto, mesmo sendo um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas 
vantagens. E embora os estudos nos ajudem a entender o funcionamento da mente, às vezes eles têm 
de ser relativizados. Por exemplo, muitos estudos sobre o período crítico na segunda língua utilizam o 
critério de proficiência na língua como igual ou indistinguível da de um nativo. Esse objetivo não é ou 
não deveria ser o de todo estudante de uma língua estrangeira. Normalmente, o que se pretende ao se 
estudar uma língua é adquirir o poder de comunicação: a troca de informações. E, para isso, não é 
necessário possuir uma gramática perfeita, até porque nem mesmo todos os nativos a possuem, ou uma 
pronúncia idêntica à do nativo: ela tem que ser boa o suficiente para que os outros a entendam, e isso basta.
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Disponível em: http://cienciaemente.blogspot.com.br/2012/07/vale-pena-aprender-uma-
segunda-lingua.html. Acesso em 28 nov. 2012. Adaptado.
01. Assinale a alternativa que apresenta afirmação depreendida da leitura do texto quanto a por que vale a 
pena aprender um novo idioma.
A) Para ter acesso a um novo mundo.
B) Para sobressair-se na realização de tarefas.
C) Para imunizar-se de doenças como Alzheimer.
D) Para garantir independência de guias turísticos em viagens.
E) Para retardar a queda da curva de proficiência em uma língua.
02. Assinale a alternativa que apresenta uma opinião do enunciador. 
A) “A facilidade com que crianças aprendem um idioma é notável, assim como a dificuldade que um 
indivíduo mais velho enfrenta para formar uma simples frase em outra língua” (linhas 02-04).
B) “Os adultos se sobressaem em comparação às crianças em muitas tarefas, mas certamente aprender 
uma língua não é uma delas” (linhas 04-05).
C) “A curva de proficiência em uma língua tende a cair conforme a idade do início da exposição a essa 
língua aumenta” (linhas 07-08).
D) “Alguns estudos sugerem que ser bilíngue pode proteger o cérebro de algumas perdas cognitivas 
comuns ao envelhecimento” (linhas 19-20).
E) “embora os estudos nos ajudem a entender o funcionamento da mente, às vezes eles têm de ser 
relativizados” (linhas 24-25).
03. Assinale a alternativa que apresenta a opinião do enunciador quanto ao que o estudante de uma língua 
estrangeira precisa para ser considerado proficiente.
A) Ter estudado com professores nativos.
B) Saber se comunicar bem na segunda língua. 
C) Ter pronúncia indistinguível da de um nativo.
D) Possuir uma gramática perfeita da segunda língua.
E) Ter morado no país em que a língua em estudo é a nativa.
04. Assinale a alternativa que apresenta afirmação corretamente depreendida da leitura do segundo parágrafo do texto.
A) Para um adolescente, é mais fácil aprender uma segunda língua que para um adulto.
B) Para uma criança, o maior desafio no aprendizado de uma segunda língua é a pronúncia dos sons. 
C) A dificuldade em pronunciar os sons de uma língua estrangeira diminui conforme aumente o tempo 
de estudo dessa língua.
D) Para um adulto, a quantidade de erros no emprego das palavras é o maior desafio no aprendizado de 
uma segunda língua.
E) A idade avançada de início à exposição a uma segunda língua impede que a pronúncia dos sons da 
língua estrangeira seja igual à de um nativo.
05. Assinale a alternativa que apresenta afirmação corretamente depreendida da leitura do último parágrafo 
do texto.
A) Assume-se uma postura facilitadora para o aluno, pois dele não será exigida pronúncia idêntica à do nativo.
B) Questionam-se os resultados dos estudos sobre o período crítico de aprendizagem de uma segunda língua.
C) Apoia-se o critério utilizado para a averiguação de proficiência na língua. 
D) Criticam-se os falantes nativos que não possuem uma gramática perfeita. 
E) Associa-se a ideia de poder de comunicação à de gramática perfeita.
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Com base no texto 1, responda às questões 01 a 10.
06. Assinale a alternativa correta quanto ao que se pode inferir do enunciado “Os adultos se sobressaem em 
comparação às crianças em muitas tarefas, mas certamente aprender uma língua não é uma delas” (linhas 04-05).
A) As crianças têm menor conhecimento da língua materna que os adultos. 
B) A facilidade na realização de tarefas costuma ser associada à idade adulta.
C) O aprendizado de uma segunda língua é mais cansativo na infância que na vida adulta. 
D) A dificuldade no aprendizado de uma segunda língua permanece da infância à vida adulta.
E) Os adultos se sobressaem em comparação às crianças em muitas tarefas por terem maior força física.
07. Assinale a alternativa que indica corretamente a que se refere cada pronome destacado. 
A) “isso” (linha 05) – aprender uma língua. 
B) “isso” (linha 12) – pronunciar os sons de uma língua.
C) “disso” (linha 14) – aprender um novo idioma.
D) “isso” (linha 28) – adquirir o poder de comunicação.
E) “isso” (linha 30) – possuir uma gramática perfeita.
08. Assinale a alternativa em que há equivalência entre o termo em destaque, conforme seu sentido no texto, 
e seu uso na frase ao lado.
A) “emprego” (linha 10) – Antônio tem um ótimo emprego em empresa estatal.
B) “promoção” (linha 13) – Antônio comprou uma geladeira em ótima promoção.
C) “viagens” (linha 15) – As viagens provocadas pela ingestão de substâncias alucinógenas são intensas 
e devastadoras.D) “demência” (linha 22) – A demência compromete o pensamento, julgamento e/ou a capacidade de 
adaptação a situações sociais. 
E) “língua” (linha 23) – Antônio mordeu a língua durante uma convulsão. 
09. Assinale a alternativa cujo sentido corresponde ao de “cultura” (linha 17).
A) Criação de alguns animais.
B) Processo de cultivo da terra. 
C) Conjunto dos saberes de uma pessoa.
D) Complexo de atividades ligadas à criação das belas-artes. 
E) Conjunto de padrões de costumes e crenças que distinguem um grupo social.
10. Assinale a alternativa cuja palavra apresenta o mesmo sentido que “sequelas” (linha 20).
A) “tipos”
B) “danos”
C) “causas”
D) “condições”
E) “fragmentos” 
TEXTO 2
Pá, pá, pá
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A americana estava há pouco tempo no Brasil. Queria aprender o português depressa, por isto 
prestava muita atenção em tudo que os outros diziam. [...]
Achava curioso, por exemplo, o “pois é”. Volta e meia, quando falava com brasileiros, ouvia o 
“pois é”. Era uma maneira tipicamente brasileira de não ficar quieto e ao mesmo tempo não dizer nada. 
Quando não sabia o que dizer, ou sabia mas tinha preguiça, o brasileiro dizia “pois é”. Ela não 
aguentava mais o “pois é”.
[...] Mas o que ela não entendia mesmo era o “pá, pá, pá”. 
— Qual o significado exato de “pá, pá, pá”?
[...] — Onde foi que você ouviu isso? 
— É a coisa que eu mais ouço. Quando brasileiro começa a contar história, sempre entra o “pá, pá, pá”. 
Como que para ilustrar nossa conversa, chegou-se a nós, providencialmente, outro brasileiro. E 
um brasileiro com história: 
— Eu estava ali agora mesmo, tomando um cafezinho, quando chega o Túlio. Conversa vai, 
conversa vem e coisa e tal e pá, pá, pá... 
Eu e a americana nos entreolhamos. 
— Funciona como reticências — sugeri eu. — Significa, na verdade, três pontinhos. “Ponto, 
ponto, ponto.” 
— Mas por que “pá” e não “pó”? Ou “pi” ou “pu”? Ou “etcetera”? 
Me controlei para não dizer — “E o problema dos negros nos Estados Unidos?”. 
Ela continuou: 
— E por que tem que ser três vezes? 
— Por causa do ritmo. “Pá, pá, pá.” Só “pá, pá” não dá.
— E por que “pá”? 
— Porque sei lá — disse, didaticamente. 
O outro continuava sua história. História de brasileiro não se interrompe facilmente. 
— E aí o Túlio veio com uma lengalenga que vou te contar. Porque pá, pá, pá... 
— É uma expressão utilitária — intervi. — Substitui várias palavras por apenas três. [...] São 
palavras que... 
— Mas não são palavras. São só barulhos. “Pá, pá, pá.”
— Pois é — disse eu.
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VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias da vida privada: 101 crônicas 
escolhidas. 15. ed. Porto Alegre: L&PM, 1995, p. 199-201. 
 
11. As ocorrências “pois é” e “pá, pá, pá”, usadas por brasileiros, geram, na americana, respectivamente, os 
sentimentos de:
A) simpatia e irritação.
B) satisfação e certeza. 
C) curiosidade e afeição.
D) dúvida e compreensão.
E) insatisfação e incompreensão.
12. O leitor do texto passa a saber que o narrador é personagem quando se depara com a expressão:
A) “Achava curioso” (linha 03).
B) “o brasileiro” (linha 05).
C) “você ouviu” (linha 09).
D) “nossa conversa” (linha 11).
E) “sugeri eu” (linha 16).
13. A expressão que, no texto, apresenta sentido irônico (ou seja, deve ser interpretada como tendo sentido 
contrário ao que se espera) é:
A) “ilustrar” (linha 11).
B) “providencialmente” (linha 11).
C) “reticências” (linha 16).
D) “didaticamente” (linha 24).
E) “lengalenga” (linha 26).
14. Assinale a alternativa em que há correlação entre o enunciado e sua função no texto.
A) “o que ela não entendia mesmo era o ‘pá, pá, pá’” (linha 07) – comentário.
B) “chegou-se a nós, providencialmente, outro brasileiro” (linha 11) – explicação.
C) “Significa, na verdade, três pontinhos” (linha 16) – fato. 
D) “Por causa do ritmo. ‘Pá, pá, pá’” (linha 22) – fato.
E) “História de brasileiro não se interrompe facilmente” (linha 25) – comentário.
15. Nos enunciados a seguir, se retirarmos o termo destacado, a construção fica incoerente apenas em:
A) “Queria aprender o português depressa” (linha 01).
B) “quando falava com brasileiros, ouvia o ‘pois é’” (linhas 03-04).
C) “E um brasileiro com história” (linhas 11-12).
D) “o Túlio veio com uma lengalenga que vou te contar” (linha 26).
E) “É uma expressão utilitária” (linha 27). 
16. “tipicamente” (linha 04), apresenta, no texto, o mesmo sentido de:
A) “normalmente”.
B) “especialmente”.
C) “repetidamente”.
D) “ingenuamente”.
E) “caracteristicamente”.
17. Ao dizer que tem vontade de perguntar sobre a situação dos negros nos Estados Unidos (linha 19), o narrador:
A) interpreta como crítica os comentários da americana sobre os usos incomuns do português do Brasil.
B) tem o objetivo de aprofundar o viés político que o diálogo vem construindo até aquele momento.
C) apresenta autocontrole a fim de não revelar seu desinteresse pelas dúvidas da americana.
D) pretende mudar o tópico da conversa em direção a um assunto que ele domina.
E) mostra a aceitação de sua inabilidade para sanar as dúvidas da americana. 
18. Ao explicar por que a expressão “pá, pá, pá” é utilitária (linhas 27-28), o narrador reconhece que se trata 
de um uso o qual garante:
A) a coerência textual.
B) a exatidão semântica.
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Com base no texto 2, responda às questões 11 a 19.
C) a linguagem figurada.
D) a economia vocabular.
E) a argumentação adequada. 
19. A última fala do narrador do texto (linha 30):
A) reafirma o propósito dele de não ajudar a americana.
B) exprime a solidariedade dele à frustração da americana. 
C) indica que ele não domina o uso da expressão “pá, pá, pá”.
D) exemplifica a explicação anteriormente dada sobre o uso de “pois é”.
E) reforça o sentido de mistério impresso no uso da expressão “pá, pá, pá”.
20. A dificuldade da americana (texto 2) em compreender a expressão “pá, pá, pá” mostra que um dos 
princípios apresentados no texto 1 é fundamental para o domínio de uma língua estrangeira. Assinale a 
alternativa que apresenta esse princípio.
A) Domínio de pronúncia idêntico ao do nativo. 
B) Facilidade das crianças em aprender uma nova língua.
C) Domínio de uma gramática perfeita, indistinguível do de um nativo.
D) Interferência do aprendizado de uma segunda língua na prevenção de danos cerebrais.
E) Necessidade de aproximação com outra cultura por meio da sua manifestação linguística
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Com base nos textos 1 e 2, responda à questão 20.
Língua Portuguesa II 
20 questões
21. Assinale a alternativa cuja palavra apresenta número de letras distinto do número de fonemas, à maneira 
de “estrangeira”.
A) “troca”.
B) “crítico”.
C) “aprender”.
D) “idioma”.
E) “lugares”.
22. Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam dígrafo consonantal.
A) “aguentar”, “chegar”, “substituir”.
B) “intervir”, “lengalenga”, “porque”.
C) “depressa”, “entreolhar” “querer”.
D) “cafezinho”, “sempre”, “significar”.
E) “história”, “interromper”, “quando”.
23. Assinale a alternativa que apresenta uma palavra acentuada em obediência à mesma regra que rege a 
acentuação da palavra “desânimo”.
A) “através”.
B) “cérebro”.
C) “bilíngue”.
D) “necessário”.
E) “indistinguível”.
24. A palavra “lugares”: 
A) se fosse proparoxítona, não receberia acento.
B) se fosse oxítona, receberia acento, porque termina em “es”.
C) se fosse paroxítona, receberia acento, porque termina em “s”.
D) se fosse oxítona, não receberia acento, porque termina em “s”.
E) se fosse proparoxítona, receberiaacento, porque termina em “es”. 
25. Assinale a alternativa em que o vocábulo é formado pelo mesmo processo de formação de palavras 
observado em “facilidade”. 
A) “amoral”. 
B) “anoitecer”.
C) “decrescer”.
D) “desfigurar”.
E) “devastador”. 
26. Quanto ao processo de formação, a palavra “providencialmente” difere da palavra “didaticamente” por:
A) derivar de um verbo.
B) apresentar um sufixo.
C) apresentar dois sufixos.
D) apresentar um prefixo.
E) derivar de um adjetivo.
27. Assinale a alternativa em que o vocábulo “mesmo” apresenta o sentido igual ao que se observa no 
enunciado “Eu insisto em ser feliz, mesmo que minhas condições me testem”.
A) Mesmo sendo um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas vantagens.
B) O brasileiro estava ali agora mesmo, tomando um cafezinho, quando chega o Túlio.
C) O “pois é” é uma maneira de não ficar quieto e ao mesmo tempo não dizer nada.
D) Nem mesmo todos os nativos possuem a gramática completa de sua língua.
E) O que a americana não entendia mesmo era o “pá, pá, pá”.
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28. Assinale a alternativa em que o advérbio incide sobre toda a oração, como “certamente” em “Mesmo 
com as dificuldades verificáveis no cotidiano, certamente vale a pena aprender um novo idioma, mesmo 
depois da adolescência”. 
A) Ela, quando nervosa, fala rapidamente. 
B) Ela foi facilmente influenciável pela mídia.
C) Ele portou-se, naquela festa, vergonhosamente. 
D) Ele viveu felizmente com a mesma mulher por toda a vida.
E) Eles optaram pela não permanência dele no grupo, lamentavelmente. 
29. No enunciado “Volta e meia, quando falava com brasileiros, ouvia o ‘pois é’” (texto 2, linhas 03-04), a 
expressão destacada é classificada como adjunto adverbial de:
A) tempo, e equivale a “às vezes”.
B) tempo, e equivale a “raramente”.
C) modo, e equivale a “raramente”.
D) intensidade, e equivale a “às vezes”.
E) intensidade, e equivale a “muitas vezes”.
30. Releia o enunciado a seguir (transcrito do texto 2) e a reescrita sugerida:
I. “A americana estava há pouco tempo no Brasil. Queria aprender o português depressa, por isto 
prestava muita atenção em tudo que os outros diziam” (linhas 01-02).
II. “A americana estava há pouco tempo no Brasil. Queria aprender o português depressa, por isto 
prestava muita atenção em tudo que diziam”.
Sobre o sujeito de “diziam”, o enunciado II, em relação ao enunciado I:
A) mantém a classificação de sujeito simples, mas modifica o sentido da referência, de específica para inespecífica.
B) modifica a classificação, de simples para indeterminado, mas mantém o sentido de referência inespecífica.
C) modifica a classificação, de composto para oculto, mas mantém o sentido de referência específica.
D) modifica a classificação, de simples para oculto, mas mantém o sentido de referência específica.
E) mantém a classificação de sujeito indeterminado e mantém o sentido de referência inespecífica.
31. Assinale a alternativa em que a expressão (transcrita do texto 1) exerce a mesma função sintática que a 
destacada em “Os adultos se sobressaem em comparação às crianças em muitas tarefas, mas certamente 
aprender uma língua não é uma delas”.
A) “a essa língua” (linhas 07-08).
B) “os sons dessa língua” (linha 09).
C) “um emprego” (linhas 12-13).
D) “um novo mundo” (linha 14).
E) “benefícios para a saúde” (linha 19).
32. Assinale a alternativa cuja reescrita do enunciado “Mesmo sendo um desafio, aprender uma segunda 
língua apresenta muitas vantagens” o mantém com o mesmo sentido do texto. 
A) À proporção em que se torna um desafio, aprender uma segunda língua vai apresentando muitas vantagens.
B) Para que seja um desafio, aprender uma segunda língua tem de apresentar muitas vantagens.
C) Ainda que seja um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas vantagens.
D) Desde que seja um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas vantagens.
E) Já que é um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas vantagens.
 33. Assinale a alternativa cuja reescrita mantém a mesma relação de sentido presente em “Queria aprender o 
português depressa, por isto prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”. 
A) “Como queria aprender o português depressa, prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”.
B) “Quando queria aprender o português depressa, prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”.
C) “Se quisesse aprender o português depressa, deveria prestar muita atenção em tudo que os outros diziam”.
D) “Conforme a intenção de aprender o português depressa, prestava muita atenção em tudo que os 
outros diziam”.
E) “À medida que aumentava sua pressa em aprender o português, prestava muita atenção em tudo que 
os outros diziam”.
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34. Assinale a alternativa em que a relação de sentido entre as orações do enunciado “Mesmo com as 
dificuldades verificáveis no cotidiano, certamente vale a pena aprender um novo idioma, mesmo depois 
da adolescência” está corretamente indicada. 
A) Conclusão.
B) Concessão.
C) Causalidade.
D) Comparação.
E) Consequência.
35. Assinale a alternativa em que a relação de sentido estabelecida pela locução “Ou seja” (texto 1, linha 08) 
está corretamente indicada. 
A) Proporção.
B) Finalidade.
C) Explicação.
D) Contradição.
E) Conformidade.
36. Assinale a alternativa que apresenta expressão equivalente a “Por que” (texto 1, linha 05).
A) “por qual razão”.
B) “a fim de que”.
C) “quando”.
D) “como”.
E) “onde”.
37. O enunciado “Quando não sabia o que dizer, ou sabia mas tinha preguiça, o brasileiro dizia ‘pois é’” apresenta:
A) uma oração alternativa incluída em uma oração conclusiva.
B) uma oração concessiva incluída em uma oração alternativa.
C) uma oração adversativa incluída em uma oração alternativa.
D) uma oração condicional incluída em uma oração concessiva.
E) uma oração adversativa incluída em uma oração condicional. 
38. No texto 2, se o narrador continuasse sua fala a partir do enunciado “São palavras que...” (linhas 27-28), 
a oração seguinte seria classificada como:
A) subordinada adjetiva restritiva.
B) subordinada adjetiva explicativa.
C) subordinada adverbial consecutiva. 
D) subordinada substantiva objetiva direta.
E) subordinada substantiva completiva nominal.
39. Sobre o enunciado “chegou-se a nós, providencialmente, outro brasileiro”, é correto afirmar que:
A) a expressão “a nós” corresponde a uma ocorrência de uso facultativo do acento indicador de crase.
B) o vocábulo “providencialmente”, um adjunto adverbial, refere-se à expressão “outro brasileiro”. 
C) a concordância verbal está de acordo com a norma gramatical, já que o termo nuclear é o sujeito 
“outro brasileiro”.
D) a concordância verbal normativa deveria considerar como elemento nuclear o termo mais próximo do 
verbo – “nós”.
E) o verbo é bitransitivo, já que apresenta dois complementos, um direto (o pronome “se”) e um indireto 
(o pronome “nós”). 
40. Assinale a alternativa em que o paralelismo sintático está corretamente estabelecido, como em “Qual a 
diferença entre os aprendizados da criança e do adulto quanto à língua?”.
A) Aprender novo idioma é benéfico para a saúde física e à mental. 
B) Muito aprendeu estudando todos os dias e por não faltar às aulas. 
C) Na infância e na adolescência, sempre gostou de estudar idiomas.
D) Com tempo e esforçadamente, é possível aprender um novo idioma.
E) A dedicação às aulas e pelos exercícios práticos tornam o aluno proficiente. 
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Conhecimentos Gerais 
20 questões
41. A pecuária, entre o século XVII e início do século XIX, foi uma das atividades econômicas decisivas 
para o processo de ocupação do Ceará. Acerca da ocupação da capitania do Ceará é correto afirmar que:
A) Houve distribuição em partes

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