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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus Jequié Departamento de Química e Exatas - DQE Disciplina: Química Geral II – Bacharelado em Química Professor: Cleber Galvão Novaes Alunos: Leone Azevedo, Luiz Henrique, Talita Muniz Atividade: Aula prática Data: 16.03.2015 CINÉTICA QUÍMICA Relatório de aula prática apresentado à disciplina de Química Geral II, ministrada pelo professor Cleber Galvão, como avaliação parcial do I semestre - 2015. Jequié –Bahia Março - 2015 1. INTRODUÇÃO A cinética química estuda a velocidade e os mecanismos com que os reagentes são consumidos para formar os produtos. O mecanismo de uma reação é a descrição das etapas que conduzem os reagentes aos produtos. Porém, a velocidade de uma reação é influenciado por outros fatores como: as concentrações dos reagentes, a temperatura, o estado físico, a presença de um catalisador ou inibidor. [1][2] A velocidade de uma reação determina o quão rápido um reagente é consumido e um produto é formado,ou seja, A + B → C. A velocidade no começo de uma reação depende das concentrações inicias dos reagentes (lei de Guldberg e Waage), então se diz que a velocidade = K.[reagente A]a . [reagente B]b onde K é a constante de velocidade, [ ] (colchetes) é a concentração dos reagentes (mol L-1) . Como as particular dos reagentes estão em constante movimento, pode-se dizer que elas possuem uma energia cinética e o aumento da temperatura fornece mais energia para essas partículas, aumentando sua velocidade e diminuindo o tempo em que os reagentes levarão para formar o produto. [1][2] Os mecanismos são etapas que levam os reagentes a formação dos produtos. O balanceamento estequiométrico de uma reação somente indica a etapa inicial e final do produto, ela não fornece informações sobre as ligações intermediárias que são formados no processo. Os intermediários são etapas que são formadas somente para serem consumidas logo em sequência. [1][2] Algumas reações químicas podem ter uma velocidade baixa e para acelerar essa reação é usado um catalisador. O catalisador faz com que ocorra uma variação na velocidade de uma reação química, sem que ele próprio seja consumido no processo, assim acelerando a formação do produto. Os inibidores são o oposto dos catalisadores, pois ao invés de acelerar a reação ele vai diminuir a velocidade. [1] 2. OBJETIVO Compreender conceitos relacionados à velocidade de reações. Avaliar de que forma alguns fatores pode influenciar na velocidade das reações. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1) – Materiais Utilizados: Tubos de ensaio Béquer Proveta Buretas Cronômetro Conta-gotas Comprimido antiácido Solução de ácido clorídrico (HCl) 1,0 mol L-1 Magnésio metálico Água oxigenada (H2O2) 30% Iodeto de potássio (KI) Nitrato de chumbo (Pb(NO3)2) Água gelada Solução de ácido sulfúrico (H2SO4) 0,3 mol L-1 Solução de tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,3 mol L-1 3.2) – Procedimento Experimental: 3.2.1) Fatores que alteram a velocidade de uma reação I. Em dois tubos de ensaio distintos, foi colocado 5,0 mL de água destilada. Dividiu-se um comprimido de antiácido em quatro partes iguais. Foi colocado uma parte do comprimido no tubo 1 e foi anotado o tempo da reação. Com o auxílio do bastão de vidro, foi triturado a outra parte do comprimido e colocado em um pedaço de papel dobrado. No tubo 2 colocou-se o comprimido triturado e foi anotado o tempo da reação. Em um terceiro tubo de ensaio, colocou-se 2,0 mL de água gelada e foi adicionado parte do comprimido. O tempo da reação foi anotado. 3.2.2) Fatores que alteram a velocidade de uma reação II. Em um tubo de ensaio, foi colocado 1,0 mL de água destilada e 5,0 mL de solução de ácido clorídrico 1,0 mol L-1. Em outro tubo, colocou-se 1,0 mL de solução de ácido clorídrico 1,0 mol L-1 e 5,0 mL de água destilada. Foi adicionado, simultaneamente, cerca de 0,050 g de Mg em cada tubo de ensaio e observou-se em qual deles havia maior produção de gás. 3.2.3) Fatores que alteram a velocidade de uma reação III. Em um tubo de ensaio, foi colocado 3,0 mL de água oxigenada (H2O2) 30% e observou-se a formação de bolhas de gás. Em seguida, foi adicionado cerca de 0,50 g de iodeto de potássio e foi observado. Então colocou-se 4 gotas da solução do tubo 1 no tubo 2 e foi diluído com 5,0 mL de água. Ao adicionar ao tubo 2, cerca de 0,250 g de Pb(NO3)2 foi observado como ocorreu a reação. 3.2.4) Influência da concentração na velocidade de uma reação. Foi carregado corretamente três buretas com água, solução de ácido sulfúrico 0,3 mol L-1, respectivamente. Em quatro tubos de ensaio distintos, foi colocado 4,0 mL de solução de ácido sulfúrico 0,3 mol L-1. Então se numerou os tubos de ensaio: 1, 2, 3 e 4. Utilizando as buretas, foi colocado, nos tubos numerados, a solução de tiossulfato de sódio 0,3 mol L-1 e água, os resultados foram anotados em uma tabela. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1) Fatores que alteram a velocidade de uma reação I. Ao adicionar o comprimido de antiácido no tubo com a água ocorre a diluição do mesmo. O tempo da reação foi cronometrado a apresentando na tabela 01: Tabela 01: Tempo de diluição do comprimido e a temperatura da água. Tubos de Ensaio Tempo de reação Temperatura da água 1 35 s Ambiente 2 33 s Ambiente 3 40 s Gelada Nos tubos 1 e 3 o comprimido antiácido estava em pedaços inteiros (1/4), porém a temperatura da água era diferente. No tubo 01 a água estava a temperatura ambiente e no tubo 3 estava gelada. Pode-se perceber que a diluição do comprimido do tubo 01 foi mais rápida, pois a temperatura afeta a velocidade das reações químicas, como o tubo 3 continha água gelada, a solubilidade do antiácido com a água foi mais lenta. Já o tubo 2 a reação foi muito mais rápida, como o comprimido antiácido estava triturado a superfície de contado era muito maior, fazendo com que a reação começasse na superfície da água e não no fundo, como foi o caso dos tubos 1 e 3 em que os pedaços de comprimidos estavam inteiros (1/4). A temperatura e a superfície de contato do reagentes é um dos fatores que alteram a velocidade de uma reação química. Ao aumentar a temperatura de uma reação, o processo é acelerado porque uma quantidade de energia cinética é fornecida as moléculas dos reagentes, aumentando a energia de ativação e os choques efetivos que ocorrem entre as moléculas. Como a maioria das reações ocorrem na superfície dos reagentes, ao aumentar a superfície de contato, aumenta a chance de choques efetivos entre as moléculas, por isso o comprimido triturado reagiu mais rápido do que o inteiro. 4.2) Fatores que alteram a velocidade de uma reação II. Ao adicionar o Magnésio aos tubos de ensaio contendo ácido clorídrico 1,0 mol L-1 pode-se perceber uma liberação de gás. No tubo que continha o ácido mais concentrado ocorreu uma liberação maior de gás, sendo que ao aproximar a boca do tubo de ensaio a chama pode-se ver a combustão desse gás. No tubo que tinha o ácido mais diluído ocorreu uma baixa liberação de gás e não ocorreu combustão ao aproximar a boca do tubo a chama. O gás liberado pela reação foi o hidrogênio (H2) que é um gás extremamente inflamável. As concentrações dos reagentes interferem na velocidade cinética de uma reação. Quando aumentamos a concentração de um reagente, também aumenta a quantidade de moléculas, e assim, aumentando as colisões que essas moléculas sofrem resultando em uma maior velocidade de reação. 4.3) Fatores que alteram a velocidade de uma reação III. Ao adicionar o iodeto de potássio (KI) na proveta contendo peróxido de hidrogênio (H2O2) 30% e detergente, formou uma espuma de cor amarelado. A espuma se formou por causa da decomposição do peróxido de hidrogênio em oxigênio (O2) e água (H2O). No final o etanol foi usado para dissipar a espuma. No segundo tubo, ao adicionar as gotas de nitrato de chumbo (Pb(NO3)2) a solução de iodeto de potássio, formou um precipitado leitoso de coramarelado. No final a solução apresentou duas fases distintas, um sólido de cor amarelo o iodeto de chumbo (PbI2) e um liquido transparente o nitrato de potássio (KNO3). O balanceamento estequiométrico da reação pode ser visto abaixo: Pb(NO3)2(aq) + 2KI(aq) → PbI2(s) + 2KNO3(aq) A água oxigena se decompõem com o tempo, porém ao adicionar o KI ocorre uma aceleração dessa decomposição, atuando o KI como um catalisador. Os catalisadores são substâncias que aumentam a velocidade de determinadas reações sem participar delas, ou seja, sem serem consumidas durante a reação. 4.4) Influência da concentração na velocidade de uma reação. Após adicionar as 4,0 mL de solução de ácido sulfúrico 0,03 mol L-1 nos tubos de ensaio contendo água e tiossulfato de sódio 0,3 mol L-1, observou que a solução no tubo que era incolor começou a ficar branco leitoso. O tempo cronometrado da reação foi anotado e apresentando na tabela abaixo, que mostra os dados para determinação da velocidade de uma reação: Tabela 02: Dados para determinação da velocidade de uma reação. Tubo Volume (mL) Concentração de tiossulfato na mistura (mol L-1) CV = C'V' Número de mol de tiossulfato de sódio que reagiu ∆n = C'V' Tempo da reação (s) Velocidade V = ∆n / ∆t (mol s-1) Solução de tiossulfato de sódio Água Total 1 6 mL 0 mL 6 mL 1,8 X 10-3 mol L-1 1,8 X 10-4 mol L-1 9 s 2 x 10-5 mol s-1 2 4 mL 2 mL 6 mL 1,2 X 10-3 mol L-1 1,2 X 10-4 mol L-1 29 s 4,138 X 10-6 mol s-1 3 3 mL 3 mL 6 mL 9 x 10-4 mol L-1 9 x 10-3 mol L-1 38 s 2,369 x 10-4 mol s-1 4 2 mL 4 mL 6 mL 6 x 10-4 mol L-1 6 X 10-3 mol L-1 45 s 1,334 X 10-4 mol s-1 Através dos dados obtidos foi possível calcular a velocidade (vide anexos) em que ocorreu a reação, dividindo a concentração do tiossulfato de sódio (∆n) pelo tempo da reação em segundos (∆t), assim obtendo o valor da velocidade da reação em (mol s-1). Com esse valores, foi possível criar um gráfico relacionando concentração x velocidade: Gráfico 01: concentração x velocidade A partir do gráfico pode-se concluir que quando há um aumento da concentração de tiossulfato de sódio, ocorre também um aumento na velocidade da reação. A substância que permitiu medir o tempo da reação foi o enxofre, que por ser insolúvel em água cria o aspecto leitoso, o calculo estequiométrico da reação pode ser visto abaixo: H2SO4 (aq) + NaS2O3(aq) → Na2SO4(aq) + H2O(l) + SO2(aq) + S(s) 5. CONCLUSÃO Através dos experimentos relacionados a cinética química, foi possível saber como funciona os fatores que interferem na velocidade de uma reação química. Observar como que a temperatura, o uso de um catalisador, as concentrações dos reagentes e superfície de contato influenciam nas reações. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Brown, T L.; H. E.; Bursten, B. E; Burdge, J. R. Química, a ciência central, 9ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 2. Russel, J. B. Química Geral, Vol. 1. 2ª edição, São Paulo; Makron Books, 1994. 7. ANEXOS Cálculos para o obtenção dos valores de concentração e velocidade do experimento 4.4. C1 x V1 = C2 x V2 Tubo 01 - 0,3 mol L-1 x 0,006 = C2 x 0,01 C2 = 0,018 mol L-1 Tubo 02 - 0,3 mol L-1 x 0,004 = C2 x 0,01 C2 = 0,012 mol L-1 Tubo 03 - 0,3 mol L-1 x 0,003 = C2 x 0,01 C2 = 0,09 mol L-1 Tubo 04 - 0,3 mol L-1 x 0,002 = C2 x 0,01 C2 = 0,06 mol L-1 Δn=CꞌVꞌ Tubo 01 - Δn=CꞌVꞌ V' = 0,018 x 0,01 V' = 1,8 x 10-4 mol L-1 Tubo 02 - Δn=CꞌVꞌ V' = 0,012 x 0,01 V' = 1,2 x 10-4 mol L-1 Tubo 03 - Δn=CꞌVꞌ V' = 0,09 x 0,01 V' = 9 x 10-3 mol L-1 Tubo 04 - Δn = CꞌVꞌ V' = 0,06 x 0,01 V' = 6 x 10-3 V = ∆n / ∆t (mol s-1) Tubo 01 - V = Δn / Δt V = 0,0018 / 9 V = 2 x 10-4 mol / s-1 Tubo 02 - V = Δn / Δt V = 0,012 / 29 V = 4,137931034 x 10-5 mol / s-1 Tubo 03 - V = Δn / Δt V = 0,09 / 38 V = 2,368421053 x 10-5 mol / s-1 Tubo 04 - V = Δn / Δt V = 0,06 / 45 V = 1,3333333333 x 10-5 mol / s-1
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