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PLANEJAMENTO 
TRIBUTÁRIO 
LUCRO PRESUMIDO 
 
 
LUCRO 
PRESUMIDO 
2 
LUCRO REAL X LUCRO PRESUMIDO 
• O planejamento tributário elementar consiste em anualmente a empresa fazer uma 
avaliação de qual a melhor forma de tributar seu resultado. 
• O contribuinte deve recolher o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o 
lucro com bases no lucro real, presumido ou arbitrado. 
• O lucro real é o resultado contábil (receitas menos os custos e despesas), ajustado 
pelas adições e exclusões. Quando analisado somente o Imposto de Renda e a 
Contribuição Social sobre o lucro, na maioria dos casos é a melhor opção, porque a 
empresa somente paga os referidos tributos quando obtém lucro. 
• Conforme comentário no parágrafo anterior, o lucro real, na maioria das vezes, é a 
melhor opção, porque grande parte das empresas está deficitária, ou com a margem 
de lucro muito pequena. 
• Entretanto, com a instituição da não cumulatividade das contribuições para o PIS e 
COFINS, essas contribuições devem ser avaliadas em conjunto com relação aos 
tributos sobre o lucro. 
3 
Lucro presumido 
• O regime do lucro presumido é muito utilizado, por ser 
considerado mais simples e também por exigir menos 
documentação. Recebe o nome de presumido exatamente porque 
nesse regime o Imposto de Renda não é calculado sobre o lucro 
efetivo. Tanto o IRPJ como a CSLL são calculados sobre uma base 
presumida de lucro, a qual é um determinado percentual da receita 
bruta. O cálculo é feito em períodos trimestrais que se encerram 
em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. 
• O lucro presumido, em cada trimestre, corresponde ao resultado 
da aplicação dos percentuais fixados em lei de acordo com a 
atividade-fim da pessoa jurídica, sobre a receita bruta auferida no 
período, adicionado integralmente dos resultados das demais 
receitas, rendimentos e ganhos de capital, que corresponderá à 
base de cálculo do imposto do IRPJ e da CSLL. 
 
4 
• A regra geral do lucro presumido para o IRPJ 
vale para a venda de mercadorias e produtos, 
mas não para todos os setores. A revenda ao 
consumidor final de combustível derivado de 
petróleo, por exemplo, está sujeita a uma base 
menor: 1,6% da receita bruta. Em compensação, 
a regra geral da prestação de serviços prevê base 
de 32%. 
5 
• Para a CSLL a norma é mais simples. Primeiro calcula-se 
12% sobre a receita bruta para comércio. A esse resultado 
são acrescidas outras receitas e os rendimentos de 
aplicações financeiras. É sobre essa base que a empresa 
aplicará e recolherá os 9% de alíquota da CSLL. 
• Calcular o IRPJ no regime do lucro presumido requer 
alguns conhecimentos. Na regra geral, a base para o cálculo 
do imposto é de 8% da receita bruta. Isso quer dizer que a 
empresa deve calcular 8% do faturamento. A esse valor são 
feitas adições e exclusões, conforme previsão legal. O 
resultado é o lucro presumido, sobre o qual será aplicado o 
IRPJ. O imposto tem 15% de alíquota básica e 10% de 
alíquota adicional. Somente sobre o valor acima de R$ 
60.000,00, no trimestre, é pago o adicional de IR de 10%. 6 
Data de apuração 
• Para efeito da incidência do imposto sobre a renda, o lucro das pessoas jurídicas deve 
ser apurado na data de encerramento do período de apuração, conforme a Lei n. 
9.430, de 1996, arts. 1.o e 2.o. 
• O período de apuração encerra-se: 
• • nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de 
apuração trimestral do Imposto de Renda; 
• • no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual do 
Imposto de Renda; 
• • na data da extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total de seu 
acervo líquido; 
• • na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica. 
7 
Pessoas jurídicas autorizadas a optar 
 
• As pessoas jurídicas não obrigadas ao regime de 
tributação pelo lucro real, cuja receita total, no ano-
calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 
78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00, poderão optar pelo 
regime de tributação com base no lucro presumido, 
segundo a Lei n. 8.981/95, art. 44, Lei n. 9.065/95, art. 
1.o, Lei n. 9.249/1995, art. 29 e Lei n. 9.718/1998, art. 
13. 
8 
Vetadas 
Estão vetadas de optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas: 
• que tiveram receita bruta superior a R$ 78.000.000,00 no ano-calendário anterior; 
• que tiverem atividades de bancos comerciais, bancos de investimento, banco de 
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, entre outras do setor financeiro; 
• autorizadas pela legislação tributária, que queiram aproveitar benefícios fiscais 
relativos à isenção ou redução do IR; 
• tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital no exterior; 
• tenham suspendido ou reduzido o pagamento do imposto durante o ano-calendário, 
inclusive efetuado pagamentos por estimativa; 
• explorem atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, administração de contas a pagar e a 
receber, entre outras. 
 9 
VANTAGENS 
• As vantagens do lucro presumido é que esse regime é 
considerado mais simples e exige menos 
documentação que o regime do lucro real. Tende a ser 
mais vantajoso para empresas altamente lucrativas. As 
desvantagens do lucro presumido é que nem todas as 
empresas podem apurar o lucro por esse regime. Há 
limitação conforme o volume de faturamento e 
também de acordo com a atividade. Não é 
interessante para quem tem prejuízo. Como o IR é 
pago com base na receita bruta e não sobre o lucro 
efetivo, a empresa paga mais quando ocorrem 
prejuízos. 10 
Conceito de Receita Bruta 
A receita bruta sobre o qual se aplicam os percentuais de 
presunção compreende o produto da venda de bens 
(mercadorias ou produtos) nas operações por conta própria, 
o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas 
operações de conta alheia (por exemplo: comissões), 
observando-se que(Art 5º da IN SRF 93/97 e Art. 224 e 519 
do RIR/99): 
11 
• a) não se incluem na receita bruta: 
• a.1) o IPI (se a empresa for contribuinte deste imposto) cobrado 
destacadamente do comprador, do qual o vendedor dos bens é mero 
depositário; 
• a.2) o ICMS por substituição tributária, cobrado pelo contribuinte substituto 
que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente; 
• a.3) as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cobradas, pelo contribuinte 
substituto que figura como mero depositário do imposto cobrado 
antecipadamente; 
• b) devem ser excluídos da receita bruta: 
• b.1) as vendas canceladas (devoluções); e 
• b.2) os descontos incondicionais concedidos (que consta da NF e não 
depende de evento futuro); 
12 
Percentuais de presunção da receita bruta 
 
• O percentual deve ser aplicado à receita bruta. Desse 
resultado, a empresa levanta a base de cálculo, que estará 
sujeita a adições e subtrações previstas em lei. Quem estiver 
no lucro presumido deve acrescentar à base de cálculo do IR, 
se for o caso, o ganho de capital na venda de bens do ativo 
permanente. 
• Definida a base, resta aplicar as alíquotas do imposto. Caso 
atue em diversos setores, a empresa deve adotar o percentual 
correspondente à receita apurada em cada atividade. 
• A Lei n. 9.249/1995 estabelece, em seu art. 15, os percentuais 
de presunção que serão aplicados sobre a receita bruta das 
empresas, de acordo com sua atividade. 
 
13 
Atividades Base (% da Receita Bruta) 
Venda de mercadorias e produtos 8 
Revenda, para consumo,de 
combustível derivado de petróleo, 
álcool etílico carburante e gás natural 
1,6 
Prestação de serviços de transporte, 
exceto de carga 
16 
Prestação de serviços de transporte 
de cargas 
8 
Prestação de demais serviços, exceto 
hospitalares 
32 
Prestação de serviços em geral das 
pessoas jurídicas, com receita bruta 
anual de até R$ 120.000,00, exceto 
serviços hospitalares, de transportes 
e de profissões regulamentadas (art. 
40 da Lei n. 9.250/95) * 
16 
Empresas que têm como atividade 
contratual a venda de imóveis 
8 
14 
Percentual reduzido de apuração 
do lucro presumido 
• Regra prática para verificar quando pode reduzir o 
percentual de 32% para 16% 
• (quando não há um percentual específico) 
• 1ª Condição Não ser profissão regulamentada 
• 2ª Condição Ser exclusivamente prestação de serviços 
 
• 3ª Condição Receita Bruta até R$ 120.000,00 
15 
EXEMPLO 
• 2009 Receita Bruta – R$ Receita Acumulada Percentual 
• 1º Trimestre 90.000,00 90.000,00 16% 
• 2º Trimestre 110.000,00 200.000,00 32% 
16 
• No primeiro trimestre de 2009, a empresa utilizou o 
percentual de 16% sobre o valor da receita bruta acumulada 
de R$ 90.000,00 para determinar o valor do imposto. A partir 
do 2º trimestre de 2009, passou a utilizar o percentual de 
32%, tendo em vista que o valor acumulado ultrapassou o 
limite de R$ 120.000,00. 
• Nesta hipótese a empresa deverá recolher a diferença de 
imposto utilizando o percentual de 16% sobre o valor da 
receita bruta do 1º trimestre de 2009. A diferença calculada 
na forma abaixo deverá ser recolhida até o último dia do mês 
de julho de 2009, sem qualquer acréscimo legal. 
17 
• Cálculo da Diferença de Imposto 
• 1º Trimestre Valores - R$ % Base de Cálculo do IR 
 
• Base de Cálculo 90.000,00 16 14.400,00 
• Diferença de Imposto Devida: R$ 14.400,00 x 15% = R$ 
2.160,00 
18 
Aspectos a considerar 
 • O lucro presumido pode permitir planejamento fiscal, desde que se considerem 
suas limitações e restrições específicas, advindas da legislação. 
• Como o percentual de lucro é fixo, o planejamento deve levar em conta: 
1. se o percentual de cada atividade pode ser reduzido, dentro da tabela, que vai 
de 1,6% a 32% de presunção de lucro; 
2. se há como reduzir o adicional de 10% do IRPJ, para o lucro presumido 
trimestral acima de R$ 60.000, mediante desmembramento em nova empresa; 
3. se os balanços/balancetes demonstram que essa sistemática é vantajosa ou 
não; 
4. a adoção do regime de caixa, para fins de tributação; 
5. a nova alíquota do PIS (1,65%) e da COFINS (7,6%), para os optantes pelo 
lucro real. 
19 
Prazo para pagamento 
 
• O Imposto de Renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota 
única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do 
período de apuração. 
• À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três 
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses 
subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder. 
• Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto de valor 
inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única. 
• As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial 
do Sistema Especial de Liquidação e Custódia — Selic, para títulos federais, 
acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês 
subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do 
mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento. 
 20 
 
21 
 
22 
 
23 
 
24 
Escrituração 
 
• A pessoa jurídica que optar pela tributação com base no lucro presumido deverá 
manter: 
 • escrituração contábil nos termos da legislação comercial ou livro-caixa, no qual 
deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária; 
 • Livro Registro de Inventário no qual deverão constar registrados os estoques 
existentes no término do ano-calendário abrangido pelo regime de tributação 
simplificada; 
 • em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e prescritas 
eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração 
obrigatórios determinados pela legislação fiscal específica, bem assim os documentos 
e demais papéis que servirem de base para escrituração comercial e fiscal (Decreto-lei 
n. 486, de 1969, art. 4.o). 
 
25 
FORMALIZAÇÃO DA OPÇÃO 
• A opção pela tributação com base no lucro 
presumido será manifestada com o pagamento 
da primeira ou única quota do imposto devido 
correspondente ao primeiro período de apuração 
de cada ano-calendário e será aplicada em relação 
a todo o período de atividade da empresa em 
cada ano-calendário (art. 26 da Lei nº 9.430/96). 
26 
Receitas e rendimentos não tributáveis 
 • Consideram-se não tributáveis as receitas e rendimentos relacionados a seguir: 
 • recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas e 
cujas perdas não tenham sido deduzidas na apuração do lucro real em 
períodos anteriores; 
 • a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas, desde que o 
valor provisionado não tenha sido deduzido na apuração do lucro real dos 
períodos anteriores, ou que se refiram ao período no qual a pessoa jurídica 
tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou 
arbitrado (Lei n. 9.430, de 1996, art. 53); 
 • os lucros e dividendos recebidos decorrentes de participações societárias, 
caso refiram-se a períodos em que sejam isentos de IRPJ. 
 
27 
DEMAIS RECEITAS E GANHOS DE CAPITAL E OUTROS 
ACRÉSCIMOS À BASE DE CÁLCULO 
• Deverá ser adicionado ao lucro presumido (Art.521 do 
RIR/99 e Art.36 da IN SRF nº 93/97): 
• a) os ganhos de capital auferidos na venda de ativos, que 
correspondem à diferença positiva verificada no trimestre 
entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil do 
bem, corrigido monetariamente até 31.12.95, diminuído 
dos encargos de depreciação, amortização ou exclusão; 
• b) os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e 
os ganhos líquidos de aplicações financeiras de renda 
variável, quando do resgate, cessão ou alienação do título; 
(IN RFB n. 1.022/2010) 
28 
• c )demais receitas ou resultados, tais como: 
• c.1) variações monetárias ativas, descontos financeiros obtidos e juros ativos (não 
decorrentes de aplicações financeiras); 
• c.2) juros equivalentes à taxa SELIC relativos a tributos a recuperar; 
• c.3) os juros sobre o capital próprio que houverem sido pagos ou creditados por 
outra pessoa jurídica da qual a empresa seja sócia; 
• c.4) rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas 
jurídicas controladas, controladoras, coligadas ou interligadas; 
• c.5) receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa 
jurídica; 
• c.6) multa ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda 
que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato; 
• c.7) valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com 
perdas no recebimento de créditos (exceto se comprovar não os ter deduzido em 
período anterior); 
• c.8) ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de 
valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão. 29 
Receitas financeiras 
• Quando houverem receitas financeiras, ganhos de capital e demais 
receitas não operacionais, deve-se aplicar a alíquota de 15% para o 
cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) ede 9% para a Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre o valor bruto destas 
receitas. Porem, caso a empresa venha a apurar ―lucro presumido‖, 
superior a R$ 60.000,00, no trimestre, deve ainda calcular o valor 
do Adicional de Imposto de Renda. Aplica-se então a alíquota de 
10% sobre o excesso. 
• Nota: A Instrução Normativa nº 93, de 24 de dezembro de 1997, 
artigo 38, parágrafo 1º, dispõe sobre o adicional de 10% (dez por 
cento) sobre a parcela que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 
30 
Exemplos de cálculo do lucro 
 
• A expressão ―lucro presumido‖ representa uma modalidade 
de apuração de apenas dois tributos: Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido (CSLL), que são pagos trimestralmente. 
• As alíquotas dos tributos são aplicadas sobre um lucro que 
se presume, que constitui a base de cálculo do IRPJ e da 
CSLL. 
• Para as empresas de prestação de serviços, de modo geral, a 
base de cálculo do lucro presumido é de 32% das receitas 
(para atividades hospitalares, por exemplo, a base de cálculo 
corresponde a 8% das receitas). 
 
31 
• Essas alíquotas, aplicadas sobre a base de cálculo, 
são: 
 • IRPJ: 15% sobre o lucro presumido total, mais; 
 • IRPJ: 10% de adicional sobre o lucro 
presumido trimestral superior a R$ 60.000,00; 
 • CSLL: 9% sobre o lucro presumido, sem 
limitação de valor. 
 
32 
• Tais alíquotas são aplicáveis sobre a base de cálculo presumida de 
32%, que é aplicável para a maioria das empresas de serviços. 
• A opção pelo lucro presumido é vantajosa para as empresas cujo 
lucro (receitas (-) despesas) é igual ou superior a 32%. 
• Quando a margem de lucro é inferior a 32%, é mais vantajoso 
optar pelo pagamento dos tributos citados com base no lucro 
real. 
• Após a criação do regime não cumulativo para cálculo das 
contribuições para o PIS e a COFINS para a maioria das receitas das 
empresas de prestação de serviços que optarem por tributação com 
base no lucro real, essa análise simplista foi prejudicada pela elevação 
das alíquotas desses dois tributos, que passaram de 0,65% e 3% para 
1,65% e 7,6% sobre as receitas, respectivamente, permitidas algumas 
deduções para apuração da base de cálculo desses tributos. 
 33 
Exemplos 
Receita trimestral: R$ 150.000,00 (100%) 
Lucro presumido = R$ 150.000,00 × 32% = R$ 48.000,00 
 
Tributo Valor % S/ Fat 
COFINS = R$ 
150.000,00 × 3% 
PIS = R$ 
150.000,00 × 
0,65% 
IRPJ = R$ 
48.000,00 × 15% 
CSLL = R$ 
48.000,00 × 9% 
Total 34 
Tributo Valor % S/ Fat 
COFINS = R$ 
150.000,00 × 3% 
4.500,00 3% 
PIS = R$ 
150.000,00 × 
0,65% 
975,00 0,65% 
IRPJ = R$ 
48.000,00 × 15% 
7.200,00 4,8% 
CSLL = R$ 
48.000,00 × 9% 
4.320,00 2,88% 
Total 16.995,00 11,33% 
35 
Receita trimestral: R$ 200.000,00 (100%) 
Lucro presumido = R$ 200.000,00 × 32% = R$ 64.000,00 
Tributo Valor % S/ Fat 
COFINS = R$ 
200.000,00 × 3% 
PIS = R$ 200.000,00 
× 0,65% 
IRPJ = R$ 64.000,00 
× 15% 
IRPJ = R$ 4.000,00 × 
10% 
CSLL = R$ 64.000,00 
× 9% 
Total 36 
Tributo Valor % S/ Fat 
COFINS = R$ 
200.000,00 × 3% 
6.000,00 3% 
PIS = R$ 
200.000,00 × 
0,65% 
1.300,00 0,65% 
IRPJ = R$ 
64.000,00 × 15% 
9.600,00 4,8% 
IRPJ = R$ 
4.000,00 × 10% 
400,00 0,20% 
CSLL = R$ 
64.000,00 × 9% 
5.760,00 2,88% 
Total 23.060,00 11,53 
37 
Receita trimestral: R$ 300.000,00 (100%) 
Lucro presumido = R$ 300.000,00 × 32% = R$ 96.000,00 
 
Tributo Valor % S/ Fat 
COFINS = R$ 
300.000,00 × 3% 
PIS = R$ 
300.000,00 × 
0,65% 
IRPJ = R$ 
96.000,00 × 15% 
IRPJ = R$ 
36.000,00 × 10% 
CSLL = R$ 
96.000,00 × 9% 
Total 
38 
Tributo Valor % S/ Fat 
COFINS = R$ 
300.000,00 × 3% 
9.000,00 3% 
PIS = R$ 
300.000,00 × 
0,65% 
1.950,00 0,65% 
IRPJ = R$ 
96.000,00 × 15% 
14.400,00 4,8% 
IRPJ = R$ 
36.000,00 × 10% 
3.600,00 1,20% 
CSLL = R$ 
96.000,00 × 9% 
8.640,00 2,88% 
Total 37.950,00 12,53 
39 
Exemplo de planejamento no lucro presumido 
 
• Para os casos de empresas que possuem mais de uma linha de produção 
ou reúnem várias atividades diferentes, quadro muito comum nas 
empresas familiares, existe a possibilidade do desmembramento da 
empresa em duas ou mais pessoas jurídicas distintas. Isso será interessante 
caso haja uma atividade altamente lucrativa ao lado de outra que, por um 
motivo qualquer, apresente altos níveis de prejuízos. 
• Nesse caso, a primeira daria origem a uma empresa que pagaria IRPJ pelo 
regime do lucro presumido e a segunda poderia fazer os recolhimentos 
pelo lucro real. Assim, a primeira poderia pagar IR e CSLL sobre uma 
margem menor de ganhos e a segunda deixaria de ser tributada, já que 
apresenta perdas fiscais. 
 
40 
• Claro que nesse caso é necessário que haja uma reestruturação da 
companhia, que se dividirá em duas ou mais. Antes de qualquer 
coisa, devem ser feitos cálculos cuidadosos para saber se haverá 
mesmo vantagem tributária. As operações precisam ter 
fundamentação econômica e devem seguir o que se chama de 
princípio da razoabilidade. Isso quer dizer que sempre será difícil 
sustentar a existência de duas empresas distintas se na vida prática as 
duas têm a mesma atividade, utilizam um mesmo espaço físico, as 
mesmas máquinas e os mesmos funcionários. Nesse caso, estaria 
muito claro que se trata de uma empresa só, e não de duas. 
• Se a empresa tiver duas ou mais atividades, e uma delas for 
enquadrável no Simples Nacional, poder-se-á transferi-la para uma 
nova empresa com a participação societária exclusiva das pessoas 
físicas. É preciso levar em conta, nesse planejamento, a limitação 
relativa à receita bruta anual, conjunta para as duas empresas, de R$ 
4.800.000/ano. 
 
41 
• A vedação quanto à participação do sócio pessoa física em outras empresas está relacionada na 
Lei Complementar 123/2006, artigo 3º, § 4º, abaixo transcrito, a saber: 
• Lei Complementar 123/2006 
• Artigo 3º.... 
• § 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, 
incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a 
pessoa jurídica: 
• ... 
• III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de 
outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, 
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
• IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa 
não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite 
de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
• V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins 
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput 
deste artigo; 
• .... 
• 
 
42 
• Se um sócio de uma empresa optante pelo Simples Nacional, 
participar como sócio em outra empresa, também optante, a 
soma dos faturamentos das empresas não poderá ultrapassar a 
R$ 4.800.000,00. 
• Se um sócio de uma empresa optante pelo Simples Nacional, 
participar com mais de 10% como sócio em outra empresa, 
tributada pelo Lucro Real ou Presumido, a soma dos 
faturamentos das empresas não poderá ultrapassar a R$ 
4.800.000,00. 
• Se um sócio de uma empresa optante pelo Simples Nacional, 
participar apenas como administrador ou equiparado de outra 
pessoa jurídica com fins lucrativos, a soma dos faturamentos 
das empresasnão poderá ultrapassar a R$ 4.800.000,00. 
 43 
Exemplo 
Empresa com atividades de mecânica de carros (serviços). 
A receita da atividade mecânica de carros é de R$ 
480.000,00/ano. 
 
44 
Cálculos Presumido Simples 
Receita bruta anual 480.000,00 480.000,00 
Simples Nacional — alíquota média 
SIMBÓLICA de 8,7% 
INSS 28,8% (valor folha/ano = R$ 
120.000,00) 
PIS (0,65%) e COFINS (3%) 
IRPJ (base presumida 32%) - R$ 
153.600,00 × 15% 
CSLL (base presumida 32%) - R$ 
153.600,00 × 9% 
Total tributação 
Diferença/ano até R$ 
45 
Cálculos Presumido Simples 
Receita bruta anual 480.000,00 480.000,00 
Simples Nacional — alíquota média 
SIMBÓLICA de 8,7% 
 41.760,00 
INSS 28,8% (valor folha/ano = R$ 
120.000,00) 
34.560,00 
PIS (0,65%) e COFINS (3%) 17.520,00 
IRPJ (base presumida 32%) - R$ 
153.600,00 × 15% 
23.040,00 
CSLL (base presumida 32%) - R$ 
153.600,00 × 9% 
13.824,00 
Total tributação 88.944,00 41.760,00 
Diferença/ano até R$ 47.184,00 
46 
ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA 
• Na forma do art. 228, 542 e 543 do Regulamento de Imposto de Renda, a parcela 
do lucro presumido ou real que exceder o valor da multiplicação de vinte mil reais 
pelo número de meses do respectivo período de apuração, ficará sujeita à incidência 
do adicional do imposto à alíquota de 10% . 
• O adicional, sem nenhuma dedução, será pago juntamente com o imposto devido, 
nos mesmos prazos e código. 
• Esse adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão, cisão e de 
extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação. 
• A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições 
financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas. 
• O adicional incide, inclusive, sobre os resultados tributáveis de pessoa jurídica que 
explore atividade rural (Lei nº 9.249, de 1995, art. 3º, § 3º). No caso de atividades 
mistas, a base de cálculo do adicional será a soma do lucro presumido apurado nas 
atividades em geral com o lucro presumido apurado na atividade rural. 
• Referente a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL, não há a 
incidência do adicional de imposto que trata os arts. 228, 242 e 243 do 
Regulamento do Imposto de Renda. 
47 
Calcule do adicional de imposto de renda, para uma 
empresa com atividade de comércio de mercadorias, 
faturamento de R$ 4.500.000,00, com a base 
presumida de 8% sobre a Receita Bruta da atividade 
da empresa no trimestre. 
Neste mesmo trimestre a empresa obteve um ganho 
liquido na alienação de um bem do Ativo Imobilizado 
no valor de R$ 100.000,00, 
cálculo 
48 
49 
RECOLHIMENTO DO 
ADICIONAL 
• O recolhimento do imposto adicional deverá ser 
feito juntamente com o imposto normal devido 
no período, com mesmo vencimento e período 
de apuração. 
50 
 
Calcule o valor a pagar de IRPJ 51 
 
52 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – 
LUCRO PRESUMIDO 
• As pessoas jurídicas submetidas à tributação do IRPJ 
com base no lucro presumido ou arbitrado e as 
demais entidades dispensadas de escrituração contábil 
(exceto empresas optantes pelo simples) ficam 
sujeitas à apuração trimestral da Contribuição Social 
Sobre o Lucro. 
• A base de cálculo da CSLL devida por essas pessoas 
jurídicas corresponderá ao resultado presumido 
apurados em cada trimestre. 
53 
BASE DE CÁLCULO 
• A base de cálculo da CSLL, devida mensalmente por estimativa corresponderá ao 
somatório dos seguintes valores, apurados em cada mês (art. 88 e 89 da IN SRF nº. 
390 de 2004): 
• I – 12% da receita bruta da venda de mercadorias; 
• II – 32% prestação de serviços; 
• III – ganho de capital, (lucros) obtidos na alienação de bens de ativo permanente e 
de aplicação em ouro não caracterizado como ativo financeiro; 
• IV – rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de 
operações financeiras de renda variável; 
• V – demais receitas do capital próprio, pagos ou creditados por sociedade da qual a 
empresa seja sócia ou acionista. 
54 
Alíquota 
• a) Pessoa Jurídica em Geral 
• 9% 
• b) Instituições Financeiras 
• 15% 
55 
Calcule a CSLL: 
Admitindo que uma empresa optante pela 
tributação com base no lucro presumido apresente 
os seguintes dados no 1º trimestre de 2009: 
56 
 
Calcule o valor da CSLL 
57 
 
58 
 O que analisar antes de optar? 
 • Uma das primeiras providências que devem ser tomadas na hora de 
optar por uma das formas de recolhimento do IRPJ é verificar o nível 
de lucratividade em relação à receita bruta. Essa conta pode ser o 
primeiro passo para se decidir entre o lucro presumido e o lucro real. 
• A questão é simples: no presumido, indústria e comércio pagam, na 
regra geral, um IR de 25% sobre 8% da receita bruta. Isso, 
considerando a alíquota básica mais a adicional. Ou seja, presume-se 
que o lucro da empresa tenha sido de 8% da receita — um percentual 
considerado atualmente, pelo mercado, uma relação lucro/receita 
invejável. 
• Portanto, se a empresa for muito lucrativa, com ganhos efetivos 
acima de 8% da receita, há uma boa possibilidade de que o lucro 
presumido seja a melhor escolha. 
 
59 
• Se os lucros forem menores que 8% da receita, o lucro 
real deverá ser estudado com cuidado. 
• Ao fazer o cálculo, a empresa deve levar também em 
consideração a cobrança da CSLL. No presumido, ela é 
calculada em 9% sobre 12% da receita bruta. Ou seja, o 
presumido considera, no caso da CSLL, um lucro 
equivalente a 12% da receita. Aqui também cabe fazer a 
comparação. Se o lucro efetivo for maior que esse 
percentual, o lucro presumido terá grandes chances de ser 
a melhor forma de pagar os tributos sobre ganhos. Caso 
contrário, estude a possibilidade de adotar o lucro real. 
 
60 
• Importante lembrar, para quem está pensando seriamente em 
optar pelo lucro presumido: considere as adições e exclusões 
que a base de cálculo pode sofrer. Depois que a empresa 
calcula os 8% da receita sobre os quais pagará o IRPJ no 
regime do presumido, terá de incluir nessa base alguns valores, 
como o ganho de capital na venda de bens do ativo 
permanente, por exemplo. Portanto, todos os resultados 
adicionados depois no lucro presumido deverão ser levados 
em consideração, antes que se opte pela forma de pagamento. 
• Se a empresa tiver um lucro efetivo maior que 8%, mas 
apresentar um grande volume de ganho de capital a ser 
adicionado à base, o valor sobre o qual será aplicada a alíquota 
de 25% poderá tornar-se tão alto que não compensará adotar 
o presumido. 
 
61 
• Também não se deve esquecer que, conforme a 
atividade, as alíquotas para o cálculo do IR devido no 
lucro presumido são diferentes. 
• Uma variável igualmente importante está no estoque de 
prejuízos fiscais que a empresa tem. 
• Se esse estoque for muito grande, talvez valha a pena 
optar pelo lucro real, que possibilita a compensação de 
prejuízos fiscais acumulados em anos anteriores. A 
legislação impõe um limite de 30% do lucro nessa 
compensação. No entanto, mesmo com essa restrição, o 
estoque de perdas passadas pode fazer uma boa 
diferença nas contas. 
 
62 
Avaliação de opção tributária quando houver 
atividades distintas 
 
• As empresas que têm diversas atividades precisam estar 
atentas à possibilidade de economia tributária, 
• Uma das circunstâncias que pode ocorrer é que os 
resultados, sendo tributados pelo lucro presumido, estejam 
onerando os custos de IRPJ e CSLL sob esse regime. 
 
63 
• Suponha uma empresa com duas atividades: serviços advocatícios(lucrativa) e serviços de cobrança (pequeno lucro, mas 
faturamento alto). 
• Admitindo-se que a atividade de serviços advocatícios gere 35% 
de lucro sobre as receitas, 
• e que as receitas de cobrança gerem um lucro de apenas 5%, se a 
atividade de cobrança fatura R$ 480.000,00, 
• o desdobramento da atividade em duas empresas, uma tributada 
pelo lucro presumido (serviços advocatícios) e outra tributada 
pelo lucro real (cobrança), poderá representar até R$ 
_________/ano de economia fiscal. 
Exemplo: 
calcule 
64 
• Cálculos: 
1. Custo do IRPJ e da CSLL das receitas de cobrança pela 
modalidade do lucro presumido: 
• R$ 480.000 × 32% (base lucro presumido para cálculo 
IRPJ) = R$ 153.600,00 
• R$ 153.600,00 × até 25% IRPJ (15% IRPJ + 10% 
adicional) = R$ 23.040,00 + 9.360,00 = 32.400,00 de 
IRPJ 
• R$ 480.000 × 32% = R$ 153.600,00 
• R$ 153.600,00 × 9% alíquota CSLL = R$ 13.824,00 de 
CSLL 
• Total = 46.224,00 65 
Custo do IRPJ e da CSLL pela modalidade do lucro real: 
• R$ 480.000,00 × 5% (média de lucro) = R$ 24.000,00 
• R$ 24.000,00 × 24% (15% IRPJ + 9% CSLL) = R$ 
5.760,00 de IRPJ + CSLL 
 
Diferença 46.224,00 – 5.760,00 = 40.464,00 
66 
Lucros distribuídos 
 
• Os lucros ou dividendos calculados com base 
nos resultados apurados a partir do mês de 
janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas 
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro 
real, presumido ou arbitrado, não estão sujeitos 
à incidência do Imposto de Renda na fonte, 
nem integrarão a base de cálculo do Imposto de 
Renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, 
domiciliado no país ou no exterior. 
67 
No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro 
presumido ou arbitrado, poderá ser distribuído, a título de 
lucros, sem incidência de imposto: 
• o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de 
todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a 
pessoa jurídica; 
• a parcela dos lucros ou dividendos excedentes ao valor 
determinado no item I, desde que a empresa demonstre, 
por meio de escrituração contábil feita com observância 
da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o 
determinado segundo as normas para apuração da base 
de cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, 
o lucro presumido ou arbitrado. 
 68 
Exemplo: 
• Valor da base de cálculo do Imposto de Renda: 
R$ 50.000,00. 
• Caso a empresa, tributada pelo lucro presumido, 
não tenha escrituração contábil, poderá distribuir 
o seguinte valor (os valores dos tributos são 
meramente exemplificativos, cabendo ao 
contribuinte, em caso real, verificar os valores 
exatos da escrituração — inciso I do § 2.o, art. 48 
da IN SRF 93/97): 
 
69 
Descrição Valor R$ 
Valor da base de cálculo do IRPJ 50.000,00 
(-) IRPJ devido no trimestre - 15% 7.500,00 
(-) Contribuição social sobre o lucro devida 
no trimestre - 9% 
4.500,00 
(-) PIS devido no trimestre - 0,65% 325,00 
(-) COFINS devida no trimestre - 3,0% 1.500,00 
(=) valor que pode ser distribuído sem 
tributação de imposto de renda.” 
36.175,00 
70 
Planejamento tributário 
 • Pelo exemplo anteriormente exposto, observa-se que, 
para fins de planejamento tributário, é interessante 
manter a escrituração completa, até para fins de 
avaliação dos resultados e acompanhamento da 
vantagem de se optar pelo lucro presumido. 
• Se, por exemplo, o lucro apurado contabilmente, no 
trimestre, fosse de R$ 60.000,00, então, além dos R$ 
36.175,00 citados no exemplo, poderia ser distribuído, 
sem Imposto de Renda na Fonte, o valor que 
excedesse (R$ 60.000,00 - R$ 36.175,00) = R$ 
23.825,00. 
 71 
Distribuição dos lucros 
 
• De acordo com a IN 93/97, art. 48, §§ 7.o e 8.o, 
o lucro presumido menos impostos e 
contribuições pode ser distribuído após o 
encerramento do trimestre correspondente. 
72 
Renda relativa à locação 
 
Se os sócios possuírem muitas propriedades e 
receitas representativas com aluguéis de imóveis, 
pode haver uma solução para reduzir a carga 
tributária sobre os aluguéis cobrados pelos sócios. 
Nesse caso, a solução é fazer a transferência da 
propriedade explorada pelo sócio. Assim, o imóvel 
pode ser passado para a pessoa jurídica por 
integralização de capital. 
73 
• A vantagem tributária é a seguinte: se o imóvel continuar 
sendo da pessoa física, o valor declarado como receita de 
aluguel fica sujeito à tributação de até 27,5% na declaração de 
IRPF. 
• Se o imóvel for transferido para a empresa via integralização 
de capital, a carga tributária sobre o aluguel será reduzida para 
12,73%, incluindo PIS, COFINS, IR e CSLL. A conta 
considera a maior base de cálculo de IRPJ no lucro 
presumido: a de 32%. 
• É importante destacar que essa forma de cálculo só vale para 
empresas que tenham a exploração de imóveis no seu objeto 
social. Caso contrário, o IRPJ e a CSLL serão cobrados de 
outra forma. Se sua empresa tem exploração de imóveis como 
um objeto social, a tributação fica assim: 
 
74 
Tributação Alíquota Efetiva sobre a Receita 
de Aluguel 
25% de IRPJ sobre 32% da receita 
bruta 
8% 
CSLL de 9% sobre 12% da receita 
bruta 
1,08% 
3% de COFINS 3% 
0,65% de PIS 0,65% 
Total de carga tributária 12,73% 
75 
Precauções: operação pode ficar sujeita ao ITBI 
 
• É bom lembrar que se a empresa for de algum setor em que a renda relativa à receita 
com imóveis é muito representativa — uma grande imobiliária, por exemplo —, a 
operação de transferência do bem do sócio para a pessoa jurídica deverá pagar o 
Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis — ITBI. 
• Se esse for o caso, calcule esse custo adicional. Segundo a Constituição Federal, o 
ITBI não é devido na integralização de capital ou na cisão, fusão ou 
incorporação de empresas. A exceção fica para as empresas que possuem receita 
preponderante com imóveis. Geralmente considera-se como preponderante a 
receita superior a 50% do total. 
• Caso as receitas com imóveis não sejam preponderantes em comparação com outros 
recebimentos da empresa, o aumento de capital fica livre de ITBI. 
 
76 
IMPEDIMENTO PARA DISTRIBUIÇÃO DE 
LUCROS/ DIVIDENDOS 
• Conforme dispõe o Decreto-lei nº. 368, de 19 de dezembro de 1.968, no art. 
1º inciso II, a sociedade tiver débito salarial, não poderá distribuir lucros, 
bonificações, dividendos ou interesses a seus sócios titulares, acionistas ou 
membros de órgãos fiscais ou consultivos. 
• O art. 889 do RIR/99 preceitua que as pessoas jurídicas, enquanto estiverem 
em débito, não garantido, por falta de recolhimento de imposto no prazo 
legal, não poderão: 
• I - distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas; 
• II - dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotistas, bem 
como a seus diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou 
consultivos. 
77 
Atividade: 
• A empresa Almirante Ltda. obteve, no primeiro trimestre de 
2010, as seguintes receitas: 
 • venda de produtos de fabricação própria: R$ 3.000.000,00; 
 • serviços de assistência técnica: R$ 500.000,00; 
 • aluguel de um galpão: R$ 60.000,00; 
 • receita financeira: R$ 40.000,00; 
 • Imposto de Renda retido na fonte sobre aplicações 
financeiras, no valor de R$ 4.000,00. 
• Calcular o IRPJ e a CSLL da empresa Almirante Ltda. 
 
78 
 
Resolução: 
 
79 
Casos práticos de tributação pelo 
regime do lucro real × lucro 
presumido 
 
80 
• Primeiro caso 
• Empresa: Modelo 1 Ltda. 
• CNPJ: 11.111.111/0001-11 
• Endereço: Avenida Miguel Rosa, n.o 1001, Bairro 
Piçarra, Teresina-PI• Atividade principal: comércio a varejo de pneumáticos 
e câmaras de ar 
• Modalidade de tributação/2005: lucro real com 
balancete de suspensão ou redução 
 
81 
Demonstração do Cálculo Lucro Real 
Balancete Suspensão ou Redução em 
31/12/2005 
(+) Receitas líquidas 34.347.246,95 
(-) Custos das mercadorias 
vendidas 
24.802.475,82 
(-) Despesas 7.304.466,52 
(=) Lucro contábil 2.240.304,61 
82 
Lucro antes da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
2.240.304,61 
(+) Adições 10.026,15 
(-) Exclusões 1.381.092,49 
(=) Base de cálculo 869.238,27 
Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido - 9% 
Imposto de Renda Pessoa Jurídica - 
15% 
Adicional Imposto de Renda - 10% 
Cálculo do Lucro Real 
 anual 
83 
Lucro antes da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
2.240.304,61 
(+) Adições 10.026,15 
(-) Exclusões 1.381.092,49 
(=) Base de cálculo 869.238,27 
Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido - 9% 
78.231,44 
Imposto de Renda Pessoa Jurídica - 
15% 
130.385,74 
Adicional Imposto de Renda - 10% 
(869.238,27 – 240.000) 
62.923,83 
Cálculo do Lucro Real 
 anual 
84 
Demonstração do Cálculo Lucro Presumido em 31/12/2005 
Cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica 
 
Vendas de mercadorias 16.910.548,89 × 8% 
Vendas de combustíveis 12.193.782,52 × 1,6% 
Vendas de mão de obra 3.373.655,81 × 32% 
Serviços de transportes 14.045,11 × 16% 
Base de cálculo 
Adicional Imposto de Renda 
Base de cálculo 
Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica - 15% 
 
Adicional de Imposto de 
Renda - 10% 
 
Total de Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica 
 
85 
Demonstração do Cálculo Lucro Presumido em 31/12/2005 
Cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica 
 
Vendas de mercadorias 16.910.548,89 × 8% 1.352.843,91 
Vendas de combustíveis 12.193.782,52 × 1,6% 195.100,52 
Vendas de mão de obra 3.373.655,81 × 32% 1.079.569,86 
Serviços de transportes 14.045,11 × 16% 2.247,22 
Base de cálculo 2.629.761,51 
Adicional Imposto de 
Renda 
 (240.000,00) 
Base de cálculo 2.389.761,51 
Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica - 15% 
 394.464,23 
Adicional de Imposto de 
Renda - 10% 
 238.976,15 
Total de Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica 
 633.440,38 
86 
Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
Vendas de mercadorias 16.910.548,89 × 12% 
Vendas de combustíveis 12.193.782,52 × 12% 
Vendas de mão de obra 3.373.655,81 × 32% 
Serviços de transportes 14.045,11 × 16% 
Base de cálculo 
Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido - 
9% 
 
87 
Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
Vendas de mercadorias 16.910.548,89 × 12% 2.029.265,87 
Vendas de combustíveis 12.193.782,52 × 12% 1.463.253,90 
Vendas de mão de obra 3.373.655,81 × 32% 1.079.569,86 
Serviços de transportes 14.045,11 × 16% 2.247,22 
Base de cálculo 4.574.336,85 
Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido - 
9% 
 411.690,32 
88 
Demonstrativo de Economia 
Tributária 
89 
Análise 
 
• Nesta situação tributária, de acordo com a atividade 
desenvolvida, é mais vantajoso a empresa Modelo 1 
Ltda. permanecer no regime de tributação do lucro 
real (balancete de suspensão ou redução), pois, ao 
optar pelo regime de tributação do lucro presumido, 
sua carga tributária eleva-se em 284,89%. Prevalece, 
então, a eficácia do planejamento tributário, pois 
com isso a empresa passou a ter economia tributária 
no seu atual regime de tributação. 
 
90 
• Segundo caso 
• Empresa: Modelo 2 Ltda. 
• CNPJ: 22.222.222/0001-22 
• Endereço: Rua Prudente de Morais, n.o 1002, Bairro 
Angelim, Teresina-PI 
• Atividade principal: comércio atacadista de 
combustíveis realizado por transportador retalhista 
(TRR) 
• Modalidade de tributação/2005: lucro presumido 
• Demonstração do Cálculo Lucro Presumido em 
31/12/2005 
 
91 
Calculo do IRPJ 
LUCRO PRESUMIDO 
Vendas de combustíveis 36.402.844,35 × 1,6% 
Adicional Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica 
 
Base de cálculo 
Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica 
........................ × 15 % 
Adicional Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica 
..........................× 10% 
Total do Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica 
 
92 
Calculo do IRPJ 
Vendas de combustíveis 36.402.844,35 × 1,6% 582.445,51 
Adicional Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica 
 (240.000,00) 
Base de cálculo 342.445,51 
Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica 
582.445,51 × 15 % 87.366,83 
Adicional Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica 
342.445,51 × 10% 34.244,55 
Total do Imposto de 
Renda Pessoa Jurídica 
 121.611,38 
93 
Cálculo da Contribuição Social 
LUCRO PRESUMIDO 
Vendas de combustíveis 
Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
Total Contribuição 
Social sobre o Lucro 
Líquido 
94 
Cálculo da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
Vendas de combustíveis 36.402.844,35 × 12% 4.368.341,32 
Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
4.368.341,32 × 9% 393.150,72 
Total Contribuição 
Social sobre o Lucro 
Líquido 
 393.150,72 
95 
Demonstração do Cálculo 
LUCRO REAL 
(+) Receitas líquidas 36.444.416,67 
(-) Custos das mercadorias 
vendidas líquidos 
32.295.130,19 
(-) Despesas 2.180.803,18 
(=) Lucro contábil 1.968.483,30 
96 
Cálculo do Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica – LUCRO REAL 
Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica 
Adicional do Imposto 
de Renda 
 
Total do Imposto de 
Renda Pessoa 
Jurídica 
 
97 
Cálculo do Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica 
Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica 
1.968.483,30 × 15% 295.272,50 
Adicional do Imposto 
de Renda 
 172.848,33 
Total do Imposto de 
Renda Pessoa 
Jurídica 
 468.120,83 
98 
Cálculo da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
Total Contribuição 
Social sobre o Lucro 
Líquido 
 
99 
Cálculo da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido 
1.968.483,30 × 9% 177.163,50 
Total Contribuição 
Social sobre o Lucro 
Líquido 
 177.163,50 
100 
 Demonstrativo da análise de 
economia tributária 
 
 
TRIBUTOS PRESUMIDO REAL ECONOMIA 
101 
Considerações finais 
 
• No cálculo do Imposto de Renda, o lucro considerado pelo 
Fisco será de 32% da receita bruta para o setor de serviços e 
de 8% para a indústria e quase todos os estabelecimentos 
comerciais. Já para a apuração da CSLL, o percentual sobe 
para 12% na indústria e no comércio — nos serviços, 
continuam valendo os 32% do Imposto de Renda. 
• De modo geral, o lucro presumido costuma ser a melhor 
opção para quando o lucro for igual ou superior aos 
percentuais preestabelecidos pela Receita Federal do Brasil 
(RFB) (os 8%, 12% ou 32% citados). Caso a margem seja 
menor, ponto para o lucro real. Assim, evita-se o pagamento 
de impostos sobre um lucro que não existiu efetivamente. 
 102 
• Para se beneficiar com a adoção desse sistema, é preciso ter 
despesas comprovadas com documentos como notas fiscais e 
contratos. Na escolha é importante também considerar que 
apenas o lucro real dá direito ao crédito do PIS e da 
COFINS embutidos no preço de matérias-primas e alguns 
outros insumos, como energia e aluguel pago a pessoas 
jurídicas. 
• O lucro real exige mais rigidez no controle das contas da 
empresa e, consequentemente, maiores despesas com a 
contabilidade. Isso tudo faz com que o regime seja poucoadotado entre os pequenos empreendedores. Não que a opção 
pelo regime do lucro presumido seja sempre um bom negócio 
— acaba-se pagando mais impostos só porque o sistema é mais 
cômodo que o lucro real. 
• Deve-se conversar com o contador e fazer contas antes de 
optar pela forma de tributação. 
 
103

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