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Conceitos Gerais Taxas de juros e fluxos de Capitais

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Conceitos Gerais – Investimentos Internacionais 
 
 
Segundo teoria econômica de Maurice Allais, prêmio Nobel de 1988, que considera que as taxas de 
juros nominais e a inflação impedem que haja um equilíbrio economicamente justificado entre quem 
empresta e quem toma emprestado. Ou uma inflação real maior que a projetada prejudica quem 
empresta, que será reembolsado de um montante com poder de compra menor ao montante 
emprestado; ou, uma inflação inferior à projetada prejudica quem tomou emprestado, pois ira 
reembolsar um valor com poder de compra muito superior ao emprestado inicialmente. 
 
Basicamente, devemos antes de tudo, quando falamos de investimento, eleger um Benchmark, um 
índice de referência comparativa: a inflação. 
Investimos, postergamos nosso consumo para o futuro, com a finalidade de obtermos como resultado 
um poder de compra superior ao atual. 
 
Classes de Ativos 
 
Um ativo é um instrumento que tem valor de troca. Um ativo é considerado todo o bem ou direito que 
gere um fluxo de caixa. 
Os ativos podem ser tangíveis ou intangíveis. Um ativo tangível é aquele que tem seu valor físico, 
como terras, casas, prédios ou maquinário. 
Ativos intangíveis, ao contrario, representam um direito legal de receber um beneficio em uma data 
futura. 
Ativos financeiros, instrumentos financeiros e valores mobiliários, são ativos intangíveis. 
Como investidor, como selecionar um investimento que garanta um retorno superior à inflação? 
 
Começamos pela moeda, que em si, é um instrumento suscetível à inflação. A inflação sobe, a 
moeda perde valor. 
 
Passamos então para o horizonte de ativos que temos a nosso dispor: 
 
Classes de Ativos para um Portfolio de Investimento 
 
Ações 
 Mercado doméstico 
Large Capitalization 
Small Capitalization 
Large caps estrangeiras - ADR’s, GDR’s 
Convertibles 
Trackers de Indices 
 Mercado Internacional de Ações 
Mercados do G-7, e outros grandes 
Mercados Emergentes 
Trackers de índices 
Produtos estruturados, performance de índices. 
 
Renda Fixa, Bônus, médio prazo 
 Bônus Governamentais 
 Bônus Corporativos 
Com classificação de risco (rating) AAA 
Baa 
Empresas com baixo rating/Alto risco – High Yield 
(Junk Bonds) 
 Bônus de Hipotecas - Mortgage-backed Securities 
 Bônus Internacionais 
 Produtos estruturados 
 Bônus do Mercado Emergente 
Renda fixa, curto prazo (sem volatilidade de preços) 
 Títulos de curto prazo, como Treasury Bills 
 Certificados de deposito 
 Commercial Paper 
 Capital de Risco, venture capital 
 Produtos estruturados 
 Imóveis 
 para revenda 
 para renda 
 
 
 
Antes de tudo, temos que definir o horizonte do investimento. Quanto mais longo, menos previsível. 
Quanto mais curto, menor rentabilidade. 
Depois, temos que definir o nível de liquidez esperado. Com qual velocidade podemos converter o 
investimento em dinheiro? 
E em terceiro lugar, qual nossa expectativa em relação à inflação futura? Inflação em alta, taxas de 
juros em alta, preços dos bônus em baixa, paridade da moeda em baixa: investimos em papéis de 
curto prazo e em bônus com cupom flutuantes. Inflação futura em queda, taxas de juros em queda, 
preços dos bônus em alta, bolsa em alta, paridade da moeda estável: investimos em bônus de longo 
prazo de cupom fixo. Vale ressaltar que estas movimentações são rápidas, os ajustes são eficientes e 
rápidos. 
 
 
Teoria do Portfolio eficiente de Markowitz 
 
A teoria de Markowitz sobre portfolios eficientes foi publicada em artigo para o Journal of Finance, em 
1952 e, subseqüentemente, em seu livro em 1959. Markowitz assumiu fundamentalmente que os 
investidores são essencialmente avessos a risco. Significa dizer simplesmente que os investidores 
precisam ser recompensados com retornos maiores, para aceitarem riscos maiores. Um investidor 
qualquer, ao ter que escolher entre dois títulos com retornos iguais, ele ira optar pelo de menor risco. 
Para Markowitz, a evidência deste conceito estava em que investidores tipicamente mantêm portfolios 
diversificados. Caso não tivessem aversão ao risco, eles aplicariam todo seu capital em um 
investimento que pagasse o maior retorno. Outra evidência da aversão ao risco é que as pessoas 
compram todos os tipos de apólices de seguro: de vida, de saúde, da casa, do carro. Markowitz 
concluiu que as pessoas estão dispostas a pagar para não terem incertezas que possam incorrer em 
perdas futuras. 
Baseado nesta idéia, Markowitz desenvolveu um modelo de analise de portfolio: 
1. As duas características relevantes de um portfolio são sua taxa de retorno e alguma 
dispersão de possíveis retornos ao redor do retorno esperado; 
2. Investidores racionais preferem portfolios eficientes, que maximizam o retorno 
esperado para um dado nível de risco. 
3. É teoricamente possível identificar portfolios eficientes através de uma analise 
apropriada da informação da taxa de retorno para cada titulo, a variância do retorno e 
a inter-relação entre o retorno individual de cada titulo e todos os outros como medido 
pela covariância. 
4. Um programa de computador pode processar estas informações e selecionar um 
portfolio eficiente. O programa indicara a proporção a ser alocada para cada titulo 
para obter eficiência, maximizando o retorno para um dado nível de risco. 
 
 
 
O modelo utiliza os cálculos de Retorno (cash flow, descontado), Desvio Padrão e Variância de 
retorno. 
 
Teoria das taxas de juros, desenvolvida por Irving Fisher (NY, 1930) 
 Consumo presente 
 Consumo futuro 
 Poupança 
 Investimento 
 
Irving Fisher criou uma curva chamada de curva de indiferença entre consumo presente e futuro: 
 
 
 C2 H* 
 
 H n 
 
 
Onde: 
 
C1= Consumo corrente 
C2= Consumo futuro 
H= Cesta de Commodities 
H*= Cesta de commodities indiferentes a H 
N= Curva de indiferença 
 
Observações: 
 A curva é desenhada da esquerda para a direita; efeito desejo 
 A cesta H inclui mais consumo presente que a cesta H* 
 A cesta H inclui menos consumo futuro 
 A curva n é convexa, assumindo que o consumidor abre mão de montantes iguais e 
sucessivos de consumo corrente em troca de crescentes quantidades de consumo futuro 
para compor a perda de uma unidade adicional presente. 
 A tangente pode ser desenhada em qualquer ponto da curva n 
 A inclinação da tangente foi denominada por Irving Fisher como a “Taxa marginal de 
preferência ao longo do tempo” 
 Mede quanto consumo adicional no próximo período será necessário para compensar o 
consumidor pela perda de uma unidade de consumo presente. 
 
 Consumir 
 Poupar 
 Investir 
 
Preferências X Oportunidades 
 
 
 
Optar por aplicar recursos a uma taxa de juros tal, que seja possível postergar a preferência do uso 
presente por uma de uso futuro, mais um premio. 
Onde, 
R = retorno total (P+J) 1 = uma unidade de consumo r = retorno líquido (taxa de juros) 
R= 1 + r 
Classes de 
Ativos 
 
Um ativo 
é um 
instrumen
to que 
tem valor 
de troca. 
Os ativos 
 
A Curva de Juros 
 
 Y Y 
 
 Normal Invertida 
 
 
 
 
 Tt t 
 
 
 
 Y Y 
 
 Humped Flat 
 
 
 
 
 Tt t 
 
 
 
Market Players 
 
 Bancos de Investimentos 
 Bancos Comerciais 
 Bancos Centrais 
 Departamento do Tesouro dos Governos 
 Bancos Supra-Nacionais 
 Fundos de Pensão 
 Fundos Mútuos de Investimentos 
 Corretoras de Valores 
 Investidores privados 
 
 
Market Movers 
 
Fatores importantes para a tomadade decisão: 
 
 Cenário Econômico, inflação, reservas, conta-corrente do país, balança de 
pagamentos, necessidade de financiamento, nível de emprego, taxas de juros reais, 
comportamento do mercado acionário e de cambio; dividas governamentais, interna e 
externa. 
 Cenário Político, estabilidade, transparência e boa base legal. 
 Noticias: interpretação de relevância e impacto 
 Riscos de crédito e de mercado 
 Características do ativo 
 Nível de relação comercial entre entidades e paises 
 Moedas e, 
 Monitoração do fluxo de capitais 
1. clientes 
2. Fundos de pensão, mútuos e hedge funds. 
3. Dealers e bancos de investimento 
4. Bancos Centrais 
5. Instrumentos e ativos selecionados 
 
Formação de preços 
 
Naturalmente, as forças que regem a formação de preços de uma ativo são clássicos da economia: a 
oferta e a demanda. 
Mas onde se basear para formar um preço inicial para um ativo? 
No caso de uma empresa, que pretende lançar ações no mercado pela primeira vez: 
 Uma avaliação técnica de seu patrimônio, 
 Uma avaliação do negócio da empresa, tipo de setor 
 Avaliação dos concorrentes 
 Projeção futura 
 Pesquisa junto aos investidores potenciais 
 
Na renda fixa: 
 
 Avaliação do risco de crédito do emissor 
 rating 
 Definição de spread de risco, comparativo com ratings similares e com emissores similares, 
prazos similares. 
 Liquidez, montante total da emissão é considerado. 
 Definição do cupom de juros a ser pago 
 Definição da expectativa quanto às taxas de juros, o ambiente. 
 Seleção do benchmark, em geral, um rating AAA, risco zero. 
 
 
 
Curva de Juros 
 
 
Taxa 
 De Juros 
 
 
 
 
 Tempo 
 
Preço 
 
 
O preço em um ativo de renda fixa funciona da seguinte forma: 
 
O preço de um bônus é relativo à taxa de juros do cupom: 
 
Como exemplo, vamos utilizar um bônus com cupom de 10%. 
 
Cupom de 10% ao ano Preço: 100.00 (100% do cupom) 
 
Se as taxas de juros do benchmark subirem, é esperada uma reação no preço do bônus, que nada 
mais é que um ajuste no rendimento deste bônus (assumindo, claro, que não houve mudança direta 
no crédito). 
 
Cupom 10%, taxa do benchmark subiu 0,25%, reação do preço do bond: 
 
Como ilustração faremos a conta direta: 10%+0,25%= 10,25% de YTM 
O preço devera ser ajustado para refletir esta mudança: 99,75 
 
O valor do cupom equivale ao “Par”, que será pago nos vencimentos dos cupons e no vencimento da 
operação. 
 
 
 
 
 
 
 
Benchmark, UST 
Risco de crédito 
Risco de taxas de juros 
Capital Markets Theory CAPM 
 
A teoria do Mercado de capital assume: 
1. O mercado é perfeitamente eficiente: o número de compradores e vendedores é 
suficientemente grande; todo investidor é pequeno individualmente, em relação ao mercado; 
todo investidor negocia um preço, que será determinado pela oferta e demanda. 
2. Não existem custos de transação ou impedimentos que interfiram com a oferta e a demanda 
de um ativo. 
3. Existe em todo mercado, um ativo livre de risco no qual os investidores podem investir. 
Assume também que os investidores não somente podem investir neste ativo, como também 
poderão captar recursos nesta taxa. 
 
Sabendo que a teoria de Markowitz é a fundação para analises de portfolio, the Capital-Asset pricing 
model CAPM é o modelo para a teoria do Mercado de Capitais. Markowitz mostra como os 
investidores devem se comportar. Dado que os investidores se comportam da maneira sugerida por 
Markowitz existem algumas implicações: o comportamento dos preços dos ativos; que tipo de relação 
risco-retorno é esperadas e a metodologia apropriada para medição de risco dos ativos. A teoria de 
Mercado de Capitais é o modelo de equilíbrio geral que almeja fornecer respostas mais explicitas 
para estas implicações. 
 
 
Ratings 
 
Um sistema de ratings é fundamental para a efetiva gestão de riscos de crédito na gestão de recursos 
e deve-se entender que a ele cabe a ordenação de emissores/contrapartes ou de operações de 
crédito, por meio de uma padronização que segue uma escala bem definida. Um sistema de ratings 
facilita a análise de crédito das carteiras, o controle dos riscos de crédito, o apreçamento de ativos do 
ponto de vista de riscos de crédito, a determinação da provisão e do capital econômico requerido em 
certas operações ou na carteira como um todo. É necessária, portanto, a existência de um sistema 
bem dimensionado e implementado para a elaboração e o acompanhamento dos ratings dos 
emissores/contrapartes e das operações. 
 
Definição de Ratings (Standard & Poor’s) 
 
Long-Term Issue Credit Ratings 
Os ratings de crédito de emissões são baseados, com uma variação de graus, levando-se em 
consideração os seguintes pontos: 
 Probabilidade de pagamento – capacidade e intenção do devedor de honrar seus 
compromissos financeiros de acordo com os termos da obrigação; 
 Natureza e provisões da obrigação; 
 Proteção oferecida, relativa à posição da referida obrigação no evento de falência, 
reorganização, ou outro arranjo dentro das leis de falência ou outras leis que afetam os 
direitos do credor. 
A alocação de definição de ratings é expressa em termos de risco de default. 
As maiores agências de ratings internacionais são: Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings. 
 
Moody’s Standard & Poor’s 
 
Aaa AAA 
Aa1 AA+ 
Aa2 AA 
Aa3 AA- 
A1 A+ 
A2 A 
A3 A- 
Baa1 BBB+ 
Baa2 BBB 
Baa3 BBB- Investment Grade 
Ba1 BB+ 
Ba2 BB 
Ba3 BB- 
B1 B+ 
B2 B 
B3 B- 
Caa CCC 
Ca CC 
C C 
 
 
Portfólios – Gestão de Riscos de Mercado 
 
Risco, no sentido mais básico, pode ser definido como a probabilidade do retorno real ser diferente 
do esperado, isto é, como incerteza em função da variabilidade do retorno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A figura acima apresenta distribuições de probabilidades dos retornos de duas ações, X e Y, onde os 
retornos estão ordenados no eixo horizontal e as respectivas probabilidades de ocorrência estão no 
eixo vertical. 
Posicionamento: 
 
Distribuição de probabilidades
Taxa de
retorno (%)50150-20
Ação X
Ação Y
 Moda: é o ponto de maior probabilidade, ou o de maior freqüência entre os valores observados. 
 Mediana: e o ponto que divide ao meio o número de observações. 
 Média: é o valor médio dos valores observados, ou média aritmética, que se obtém somando 
todas as observações e dividindo-se o resultado pelo número de observações. 
 
Dispersão: 
 
 Variância: é avaliada através da soma dos quadrados das diferenças dos valores observados em 
relação á média, dividida pelo número de observações. 
 Desvio-padrão: é a raiz quadrada da variância. 
 Covariância: é uma medida que combina a variância (ou volatilidade) dos retornos de um ativo 
com a tendência desses retornos em se movimentarem para cima ou para baixo ao mesmo 
tempo em que outros ativos se movimentam para cima ou para baixo. 
 
Correlação 
 
A correlação é uma medida estatística da relação entre duas séries de números, no caso das ações 
os números são os retornos. Quando as séries se movem na mesma direção, são ditas 
positivamente correlacionadas e quando se movem em direções opostas são ditas 
negativamente correlacionadas. 
O grau de correlação é medido pelo coeficiente de correlação, que pode variar de +1, correlação 
positiva perfeita, a –1 correlação negativa perfeita. 
A figura abaixo ilustra o movimento dos retornos de dois ativos M e N ao longo do tempo para as 
duas situações de extremo, ou seja,correlação positiva perfeita e correlação negativa perfeita. Os 
casos intermediários seriam todos os outros onde não há sincronismo nos movimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retorno médio 
O retorno médio é a média das variações observadas. O retorno médio é um valor histórico e não 
deve ser confundido com o retorno esperado que é uma expectativa do que irá ocorrer no futuro. 
 
 
Desvio padrão 
O desvio-padrão é uma medida de variabilidade, 
 
 
 
Fórmulas 
 
Retorno Médio Diário: μ = somatória das variações diárias 
 N° de dias 
 
Desvio-padrão: σ = (R1 - μ)² + (R2 – μ)²+...+(Rn – μ)² = 
 N 
 
Covariância entre x e y: σx,y = (Rx1–μx)(Ry1–μy)+(Rx2–μx)(Ry2 –μy)+...+(Rxn–μx)(Ryn – μy) 
 N 
 
Coeficiente de Correlação: ρ = Cov( x, y) 
 σx * σy 
Beta da ação: β 
ação
= 
2
índiceσ
)(ação aCovariânci
 
 
Capital Asset Pricing Model – CAPM 
 
O modelo “CAPM – Capital Asset Pricing Model” associa retorno e risco não diversificável para todos 
os ativos. Este modelo especifica a relação entre risco e retorno exigido de um ativo quando ele é 
mantido em uma carteira bem diversificada. 
 A principal conclusão do CAPM é: “o risco relevante de um ativo individual é a sua contribuição 
para o risco da carteira bem diversificada”. 
Outra maneira de interpretar o modelo CAPM é aceitar que uma parte do risco pode ser eliminada 
facilmente e, portanto, após uma diversificação eficiente, sobra apenas o risco de mercado. 
 Este risco é medido pelo grau em que um dado ativo tende a mover-se com as oscilações do 
mercado. 
 
Pressupostos: 
 
1. Todos os investidores se concentram em um único período e buscam maximizar a utilidade 
esperada de sua riqueza terminal escolhendo entre carteiras alternativas na base de cada 
retorno esperado e desvio-padrão das carteiras. 
2. Todos os investidores podem tomar emprestados ou aplicar uma quantia ilimitada à 
determinada taxa de juros livre de risco, e não há restrições em vendas de qualquer ativo. 
3. Todo o investidor tem estimativas idênticas de retornos esperados, variâncias, e covariâncias 
entre todos os ativos; isto é, o investidor tem expectativas homogêneas. 
4. Todos os ativos são perfeitamente divisíveis e perfeitamente líquidos (negociáveis ao preço 
corrente). 
5. Não há custo de transação. 
6. Não há impostos. 
7. Todo o investidor pressupõe que sua atividade de compra e venda não afetará o preço dos 
ativos. 
8. As quantidades de todos os ativos são dadas e fixas. 
 
Conceito de Beta 
 
O “Coeficiente Beta”, ou simplesmente b, é uma medida relativa do risco não diversificável que 
mede o grau de variação do retorno de um ativo em relação à variação no retorno de mercado. 
O retorno de mercado é o retorno obtido com uma carteira de mercado com todos os títulos 
negociados. 
Na prática não é necessário montar uma carteira com todos os ativos negociados, pode-se utilizar um 
índice como o IBOVESPA como uma boa proxi da carteira de mercado. 
Os betas para as ações negociadas na BOVESPA podem ser obtidos em diversas fontes, mas é bom 
entender como eles podem ser derivados a partir de dados do mercado. 
 
Cálculo 
Os retornos históricos dos ativos e do índice referencial, o benchmark, (retorno do mercado) são 
utilizados para calcular os betas dos ativos. 
Usando os dados do ativo em questão e do benchmark, podemos através da utilização da regressão 
linear derivar o beta do ativo em relação ao índice. 
Outra forma de calcular o beta é através da seguinte equação: 
 
 
 
 
O coeficiente beta para o mercado é igual a +1,0. Todos os demais betas são relativos a este valor. 
Os ativos podem ter betas positivos ou negativos, mas a grande maioria tem beta positivo. Os ativos 
que têm beta superior a 1,0 são posições mais agressivas, pois tendem a oscilar mais do que o 
mercado. 
Já os ativos que têm beta menor do que 1,0 são considerados conservadores, pois tendem a variar 
menos do que o mercado. 
O coeficiente beta pode, também, ser interpretado como a inclinação da reta da regressão linear. 
Neste caso, ele indica o quanto irá variar o retorno de um dado ativo em função de uma variação no 
retorno do mercado. 
 
 
 
 
 
Considerações: 
 
1. O risco de um ativo tem dois componentes, o risco de mercado (sistemático) e o risco 
diversificável (não sistemático); O risco diversificável pode ser eliminado pelo processo de 
diversificação, que é efetivo quando os ativos não são perfeitamente correlacionados 
positivamente; 
2. O risco de mercado (sistemático ou não diversificável) é o único relevante para um investidor 
racional; 
3. Os investidores devem ser recompensados pelo risco a que se expõe, quanto maior o risco 
maior o retorno exigido: 
2
índice
ação
σ
índice)a(ação,Covariânci
β 
β 1 Investimento agressivo
β 1 Investimento conservador
β 1 Investimento com risco médio de mercado



4. O risco de mercado de um ativo é medido por seu coeficiente beta, que é um índice de 
volatilidade relativa: e 
5. O beta de um ativo é a sua contribuição ao risco de uma carteira, ou seja, se adicionarmos à 
carteira de mercado uma ação com beta maior do que 1, o beta da carteira aumentará. 
 
Cenários – Previsão, Taxas de Juros 
Ao iniciarmos um projeto de otimização de retornos de um portfólio de ativos, necessitamos traçar um 
cenário de previsão das movimentações futuras das taxas juros. Dada quantidade de variáveis 
econômicas envolvidas e suas correlações, nenhum modelo existente é 100% infalível na previsão 
exata ou correta. 
Existem duas linhas básicas de pensamento que são utilizadas na construção de cenários: 
 
a. Modelos Multisetoriais: são simplificações da economia que buscam explicar o 
comportamento do nível de taxas de juros através das interações de um grande número de 
fatores econômicos hipotéticos, numa economia hipotética, contendo vários graus de 
realismo. A previsão de taxas de juros é baseada num padrão de casualidade de um ou mais 
variáveis econômicas que são esperados que se reproduzam, em média, no futuro. 
b. Análise de Fatores Técnicos: baseado na análise técnica de fatores com total ausência de 
casualidade. Limitado a análise gráfica construída a partir das correlações entre varáveis 
econômicas ou da análise de séries temporais. Apresentam ausência de especificidade onde, 
a combinação das condições A, B e C resultaria em X, com força Y, no tempo T. 
 
Ambos os modelos apresentam uma deficiência comum: eles buscam fazer a previsão futura 
baseando-se em eventos passados. Esta é a razão pela qual obtemos uma variedade enorme de 
previsões divergentes para períodos futuros similares. Portanto, ao traçarmos uma previsão de 
cenário devemos buscar a construção de um modelo próprio, aliado a obtenção de um grande 
número de previsões de especialistas para obtermos uma média de consenso de mercado. 
Fatores importantes a serem considerados na previsão: 
 
1. O fator determinante do nível de taxas de juros é a inflação. 
2. Sob um regime de metas de inflação e de taxas de juros, qual é a reação da autoridade 
monetária em relação à incompatibilidade dos preços correntes com as metas estabelecidas. 
3. A atuação do Banco Central em relação ao estoque de moeda, operações de mercado 
aberto, intervenções no mercado de câmbio. 
4. As contas macro-econômicas do país: balança de pagamentos, inflação, nível de emprego, 
atividade econômica, balança comercial, etc. 
5. A expectativa do ciclo econômico global e do país em questão para o período a ser analisado. 
6. O equilíbrio do mercado de crédito. Embora o nível de oferta de moeda seja o determinante 
primáriodo nível de longo prazo da inflação, a inflação é a taxa de mudança no poder de 
paridade de compra do dinheiro. A taxa de juros especifica o preço do crédito, a taxa de 
substituição de consumo presente por consumo futuro. 
 
Riscos 
 
Os riscos que afetam um investimento são bastante extensos, a saber: 
 
 Mercado ou risco de taxas de juros: o preço de um bond se move em direção 
oposta ao movimenta nas taxas de juros. A alta na taxa de juros causa uma 
queda no preço do bond. Se o ativo foi comprado e sera mantido até o 
vencimento, este risco não é considerado. Caso contrário, uma alta nos juros 
podera ocasionar pedas; 
 Risco de Re-investimento: o fluxo de caixa gerado pelo bond tema expectativa 
de ser re-investido, capitalizando assim. Quanto maior o prazo, maior o risco de 
não se obter a mesma taxa ou melhor na ocasião dos recebimentos projetados 
 Bonds com Opção Call embutidos: existem tres desvantagens/riscos nestes 
bonds, se os juros caem, o emissor podera “chamar” os bonds, retirando-os do 
mercado. O investidor não sabera com precisão o fluxo de caixa futuro; O emissor 
retirou os bonds com as taxas em queda, o investidor esta exposto ao risco de re-
investimento; o preço de um bond com um call option pode não subir tanto, pois 
tem o limitador do preço do “call”; 
 Risco de Crédito ou de Default: o risco de falência de um emissor 
 Inflação: para ativos com cupom de juros fixo, a inflação em alta representara 
um risco. 
 Risco de Liquidez: este risco se refere a facilidade com que se podera encontrar 
um comprador para o ativo. Esta diretamente ligado ao tamanho da emissão. A 
melhor maneira de se medir é a diferença entre o bid e o offer de mercado. 
Quanto maior for este spread, maior será o risco de liquidez. 
 Risco de Moedas: Ao se investir em um ativo em outra moeda estrangeira, que 
não a contábil do investidor, o fluxo de caixa é dependente da taxa de cambio, ao 
longo da vida do bond. 
 
 
Exercício I: Construção de Cenário

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