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Estudos morfológicos, fenológicos e biometria de frutos de Goiaba (Psidium guajava) da espécie Kumagai do campus FAEF

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Estudos morfológicos, fenológicos e biometria de frutos de Goiaba (Psidium guajava) da espécie Kumagai do campus FAEF
Guilherme Augusto TOSCANO¹
João Victor Franco ROSA¹
Luis Gustavo PEREIRA¹
Jonatas Luis dos S. OLIVEIRA¹
Hernandes Valim GONÇALVES¹
Profª. Giovana PAIVA2
Resumo
O presente estudo teve como finalidade fazer estudos morfológicos, fenológicos e a biometria dos frutos de goiaba (Psidium guajava) da espécie Kumagai no campus FAEF na cidade de Garça-SP. Na análise morfológica foram avaliados tipo de caule, habito, tipo de folha, altura da árvore, altura da inserção da copa, comprimento da folha e o diâmetro do caule na altura no nível do solo, já na análise fenológica foi observado se havia frutos, florescimentos, estabelecimento de novos ramos, queda de frutos, crescimento de frutos e o início da maturação e por último foram realizados as medições dos frutos.
Palavras-chave: goiaba, Psidium guajava, biometria, fenologia, morfologia, Kumagai
Abstract
This study aimed to morphological, phenological studies and biometrics of the fruits of guava (Psidium guajava) of Kumagai FAEF kind on campus in the city of Garça-SP. In the morphological analysis we assessed the type of stem habit, leaf type, tree height, insertion of the canopy, leaf length and stem diameter in height from ground level, as was observed in the phenological analysis had fruit , blooms, establishing new branches, fruit drop, fruit growth and early maturation and last measurements were made ​​of the fruits.
Keywords: guava, Psidium guajava, biometric, phonological, morphological, Kumagai
Introdução
A goiaba tem a capacidade de se adaptar as diversas regiões e solos, cultivada no Brasil e em outros países tropicais. Com uma plantação irrigada e realizando as podas nos períodos corretos pode-se obter frutos o ano todo, tornando altamente rentável (SOUZA et al., 2006).
Encontrada em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo, a goiabeira tem origem na América Central e norte da América do Sul. Possui elevados teores de vitamina C, A e B (PEREIRA et al., 2003).
A Psidium guajava tem utilidades medicinais, muito utilizadas por índios Tikuna para tratamento de diarreias, dor de garganta, problemas de estomago e para regulagem de períodos menstruais. A mastigação de suas folhas auxilia no controle de mau hálito. A Farmacopeia da Holanda reconhece e indica suas folhas no tratamento de diarreias (GOIABA..., 2014).
Multiplicada por sementes ou por enxertia ou por estaquia, a goiabeira é uma árvore de pequeno porte, muito rústica, se adapta facilmente a muitos tipos de solos. Possui tronco liso e tortuoso, de casca lisa, possui folhas com nervuras bem definidas em forma elíptica, suas flores são brancas e possuem estame e pistilo. O fruto, a goiaba, é uma baga, de casca lisa, verde e quando amadurece se torna amarelada. Possui sementes pequenas e duras e sua polpa pode ser vermelha ou branca (PATRO, 2014).
Este fruto é uma matéria prima muito importante para indústrias de geleia, néctar, sucos, sorvetes e doces. É uma planta rustica e produz em todo território nacional. Começa a produzir com um ano a um ano e meio (NETO; SOARES, 1995).
Fenologia é o estudo da ocorrência de eventos biológicos repetitivos, das causas das ocorrências da disponibilidade de água, temperatura e também com insetos polinizadores, pragas e doenças (BENCKE 2005).
Esta linha de pesquisa ecológica tem sido muito usado no conhecimento da dinâmica florestal e das relações entre o ambiente climático e as plantas. Esse mecanismo regulam os ritmos periódicos reprodutivos e vegetativos, entretanto esse mecanismo serve para determinar o ciclo das plantas contando com os fatores bióticos e abióticos, e através da seleção natural, determinando o momento mais eficiente para o crescimento e a reprodução (BENCKE 2005).
Biometria é um importante instrumento a ser utilizado para esta seleção de matrizes dentro de um cultivo (CARVALHO et al., 2003). Variações de peso e tamanho do fruto, nos mostra a melhor matriz a ser selecionada para um melhoramento genético (FENNER, 1993).
Não tem forte expressão nas exportações, porque a fruta de polpa branca é a preferida para exportação e a de polpa vermelha é preferência nacional (RANGEL, 2001).
Segundo o IBGE, o Brasil produz 13,5 mil ha de goiaba e produz em torno de 300 mil toneladas.
Metodologia
O estudo foi realizado no campus da FAEF situado na cidade de Garça-SP, localizada nas coordenadas 22° 13' 17.52" de latitude Sul e 49° 40' 31.75" de longitude Oeste, apresentando uma altitude de cerca de 639 metros, caracterizada por clima subtropical. A área selecionada para o estudo situa-se dentro da instituição, na área de frutíferas Coração da Terra, com 10 anos, com espaçamento de 3x3m. O período de realização do trabalho será de agosto a novembro de 2014. A figura 1 mostra a localização do Campus FAEF e a área de estudo Coração da Terra.
Figura 1. Foto aérea da localização do Campus experimental
A área conta com dezenove árvores de Psidium guajava, variedade Kumagai da família Myrtaceae, de polpa branca. 
Nas analises biométricas, foram avaliados cinco frutos de cada árvore, medindo o diâmetro longitudinal e transversal, serão utilizados para análise frutos jovens e maduros. 
Na analise morfológica foram medidos a altura da planta, espessura do tronco na altura do solo, tipo de nervura das folhas, altura da inserção da copa e diâmetro da copa.
Na analise fenológica foram observadas o inicio de brotação e estabelecimento dos ramos, florescimento, queda dos frutos, crescimento dos frutos, inicio da maturação dos frutos e colheita. Os dados coletados foram avaliados de acordo com a pluviosidade e temperatura.
Esses dados serão importantes para avaliação da produtividade das melhores matrizes para replantio.
Resultados e Discussões
As analises morfológicas, altura da planta, altura da inserção da copa, comprimento da copa e diâmetro do caule no nível do solo apresentaram, em média, respectivamente, 3 m, 42,32 cm, 5 m e 63,16 cm como mostra o Gráfico 1.
Gráfico 1. Dados morfológicos: média obtida da altura da planta (m); altura de inserção da copa (cm); comprimento da copa (m) e diâmetro do caule (cm).
 Para cada individuo foram coletados 5 frutos no mesmo tempo de maturação, totalizando 95 amostras. Os frutos tiveram variações entre 11,8 e 16 centímetros para as medidas transversais e 4,32 e 6 centímetros para medidas longitudinais na primeira coleta. Na segunda medição as variações foram de 13 e 22 centímetros para medidas transversais e de 6 a 11 centímetros para medidas longitudinais. Nos gráficos 2 e 3, encontram-se as médias das medidas transversais e longitudinais, em centímetros, dos cinco frutos selecionados em cada árvore, em cinza escuro a primeira medição e em cinza a segunda medição.
 Gráfico 2. Médias das medidas transversais dos frutos
 Gráfico 3. Médias das medidas longitudinais dos frutos
Na segunda medição alguns frutos não foram medidos devido seu caimento. Entre as duas medições houveram intempéries climáticas, como uma chuva de granizos, o que causou a queda de inúmeros frutos que estavam sendo observados. Nos gráficos acima, onde houve redução das medidas, o motivo é o apresentado anteriormente.
Nos frutos que resistiram as intempéries, a média de crescimento foi de 2,85 centímetros nas medidas longitudinais e de 2,56 centímetros para medidas transversais.
Nas analises fenológicas iniciais foram encontrados 100% de presença de inicio de brotação. Em 47,37% das árvores observadas há presença de florescimento. Em 100% há presença de novos ramos. Em 42,11% há queda de frutos. Em 84,21% há crescimento de novos frutos. Em 47,37% há inicio de maturação dos frutos. Conforme gráfico 4.
 Gráfico 4. Dados fenológicos
Na segunda observação 100% das árvores apresentaram inicio de brotação, florescimento, estabelecimento de novos ramos, queda de frutos, crescimento de frutos e maturação. Conforme gráfico 5.
Gráfico 5. Dados fenológicos da 2ª mediçãoNo período de observação que foi de agosto a novembro de 2014, a temperatura média da região foi de 23.3 °C e a precipitação acumulada foi em média 59,1 mm. Há irrigação em dois dias por semana. O período de colheita da goiaba é entre janeiro e abril, mas devido a irrigação o florescimento ocorre o ano todo.
Conclusões
Concluímos que as melhores árvores para seleção de novas matrizes são: 2, 11, 13, 16 e 17. Elas apresentaram os maiores frutos, copas com diâmetro acima da média geral e com menos incidência de pragas.
Também foi observado que a temperatura média do período, de 23,3 °C e irrigação em dois dias por semana, são o suficiente para o florescimento e crescimento dos frutos.
Referencias Bibliográficas
BENCKE, C. S. C. Estudo da fenologia de espécies arbóreas em uma floresta semidecídua no parque estadual de Itapuã, Viamão, RS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre/RS. p. 65. 2005.
CARVALHO, J. E. U.; NAZARÉ, R.F.R.; NASCIMENTO, W.M.O. Características físicas e físico químicas de um tipo de bacuri (Plastonia insignis Mart.) com rendimento industrial superior. Revista Brasileira de Fruticultura. Jaboticabal, v.25, p. 326-328, 2003.
FENNER, M. Seed ecology. London: Chapman & Hall, p.151, 1993.
GOIABA: benefícios e propriedades medicinais. Disponível em: <http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/goiaba-beneficios.html>. Acesso em: 03 out. 2014.
IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 24 ago. 2014.
NETO, L. G.; SOARES, J. M. A cultura da goiaba. Brasília: EMBRAPA. 1995.
PATRO, R. Jardineiro. Disponível em: <http://www.jardineiro.net/plantas/goiaba-psidium-guajava.html>. Acesso em: 03 out. 2014.
PEREIRA, F. M.; CARVALHO, C. A.; NACHTIGAL, J. C. Século XXI: Nova cultivar de goiabeira de dupla finalidade. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 25, n. 3, p. 498-500, dezembro 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbf/v25n3/18677.pdf>. Acesso em: 03 out. 2014.
RANGEL, S. B. FrutiSéries – Goiaba. Brasília: Ministério da Integração Nacional, 2001.
SOUZA, O. P.; MANCIN, C. A.; MELO, B. Cultura da Goiabeira. Disponível em: < http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/goiabao.html#_Toc42258444> Acesso em: 24 ago. 2014. 
¹ Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça – FAEF – Garça-SP, Brasil, gtoscano.agro@gmail.com
2 Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça – FAEF – Garça-SP, Brasil, giovanafaef@hotmail.com