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Cotrim Revisão e atualização 1écnicas Hilton Moreno Engenheiro elctricisia pela Bscola Politécnica da USP Profc..~sor univcrsi1ário, consultor. membro de comissões técnica..~ da ABNT José Aquiles Baesso Grimoni Professor associado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EPUSP Diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo - JEÉUSP PEARSON -Prentice Hall São Paulo SU$W Brasil Argentina Colômbia Costa Rica Chile Espanha Guatemala México Peru Porto Rico Venezuela © 2009 by Pearson Educalion do Brasil Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 1ransmi1ida de qualquer modo ou por qualquer ou1ro meio. eletrônico ou mecânico. incluindo fotocópia. gravação ou qualquer outro lipo de sistema de annazcnamcnto e transmissão de infomrnção. sem prévia autorização. por escri10. da Pearson Êducaiion do Brasil. Diretor editorial: Rogcr Trimcr Gerellte etlitorial: Sabrina Cairo Super\lisor de ptrxluçtio editorial: Marcelo Fr1:lnçozo Editoro sénior: Tatiana Pavanelli Valsi Editores: Henrique Zanardi de Sá e Rcnaia de Paula Truyts Prepamção: Es1her Alcânlara Rc,,isão: Maria Alice da Costa, Renata G. V. de Assunção e SandrJ Scapin Cáf)á: Alexandre Mieda Editoraçüo eletrô11ic(t e diá.trC1111áçüo: ERJ Composição Editorial Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Co1rim, Ademaro A.M.B .. 1939- lnsialações elétricas/ Adcmaro A.M.B. Coirim ; revis:io e adaptação técnica José Aquiles Baesso Gromoni e Hil1on Moreno. •· 5. ed. •· São Paulo : Pearson Pren1ice Hall. 2009. Bibliogmfia ISBN 978-85-7605-208- 1 1. Instalações elé1ricas 1. Tf1ulo. 08-10784 Índice para catálogo sistemático: CDD-621.3192 1. Instalações elétricas: Engenharia 621.3192 2008 Oirei1os exclusivos para a língua portuguesa cedidos à Pearson Educa1ion do Brasil Lida., uma empresa do grupo Pearson Education Av. Em1ano Marcheni. 1435 CEP: 05038-001 - São Paulo - SP Tel.: (11) 2178-8686 Fax: (1 1} 2178-8688 e-mail : vendas@pearsoned.com Sn$W SU$W Sumário Capítulo 1 Fundamentos 1. l Sistemas e instoloções elétricos . . ....... .. .... , ... • ... , ....•... , . .. .. .. 1 1.2 Normo NSR 54 l O .................... • ................•........... 1 1.3 Componentes dos instoloções .... • ........ • ....... • .................... 3 1.4 Tensões elétricos ... . , .. . . , .. . , .. . , ... . ... , . .. . • .. . , . . .. ... . , . .. , . .. 5 1.5 Choque elétrico , ... , ... . , .. , • .. , , .. , , ... . , ... • ... , ... . .... , ... , . . .7 l .6 lnstoloção de baixo tensão , , .. , • ... , ... , • .. . , ... • ... , .... , .. . , ... , , .. 8 1.7 Equipamentos de utilizoção . . , ... •... , , .. . . ... , , .. . ... . , ... . ... . , .... 11 1.8 Circuitos .. . .... . ....... . .... • ....... • ....... •• ... .. .. • ... .. .. .. 14 1.9 lnRuênciosexlernos ... • ....... •........ • ... .. . . • .... . ... • ... .. .. .. 17 Exercícios , , .. , , ....... . , ... , . . . • ... , , ... • ... , ... , • .. , . ... •• .. , . .. .. 28 Capítulo 2 Conceitos fundamentais 2.1 Potência em corrente olternoda ... .. ....... • ... , .... • ....... . ... , ... .. 29 2.2 C61culas pr6ticos de circuitos ....................... • .. . . . .. •• ....... . 36 2.3 Princípio da compensação do energia reativa . , , ... , , .. , ... , . ... . ... , , .. , .41 2.4 Componentes simétricos ... , , .. , , ... , .... , ... , ... , • .. , , ... •• . , , , .. .. 43 2.5 Valores por unidade ... , .. . , ... , ... , . .. , . .. , , ... , .... , .. , . ... , . , . , .53 2.6 Anólise de um circuito RL . .. .. . . • ... .. .. . • .. , .. .. •• ... .... • ... .. .. . . 59 2.7 Translotmodores de potência , ... • . , . , .... . ... , . .. , .... , ... • ... , , .. , .60 Exercícios .. .. ... .. . ... . , ........................ , ........ • ... .. .. . . 65 Capítulo 3 Proteção contra choques elétricos - fundamentos 3.1 A corrente elétrico no corpo humano ... ... . ... ...... ......... • ..... .. .. 67 3.2 Fundamentos da proteção contra choques elétricos ... .. ... • .. ..... •• .. . .... .75 3.3 Aterromento e eqüipotenciolizoçõo .................. , ........ • ... .. .. . .78 3.4 As isolações e os grous de proteção , ....... , • ... , ... , • ... , ... •• .. , ..... 93 3.5 Proteção básico (contra contatos diretos) . .. .. , . ... . , .. , ... , , .. , . ... .. .. .. 97 Exercícios ., , .,, ,,, ., , ... , . . , ,, , . . , .. , , . .. , • .. . , ,. , • . ,, . . , . •• .. ,, .. 102 SU$W VI lnslalações elétricos Capítulo 4 Planejamento da instalação 4.1 Demando e curvo de cargo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . • ... .. .. .. ... 103 4. 2 Fatores de projeto . ... . . . ... . .. . ... . . . .. . . . ..... . ... . .... .. ... ... 104 4.3 Polência de a limentação e correnle de projeto . ... . .. • ....... . • . ... . ...... 108 4.4 Corrente de projeto em circuitos terminais . . ... .. .. . •... . ... . .. .......... 122 4.5 Conservação e uso racional de energia elétrico ......•....... • ... .. ... .... 123 4.6 O projeto de instalações elétricos . . . ............. • . . . . .. . . • ...... . . . . . 125 4.7 Simbologia gr6fico . .. .. ... . ... .. .. . • .. .. ... . .... . ... • ... . ... .. ... 131 Exercícios . . ... ... . .. .. .. .... • .. . .... • ... .. .. . •... .... • •. .......... 132 Capítulo 5 Linhas elétricas 5.1 Aspectos gerais ....................... . ............ . ............ 133 5.2 Materiais condutores, condutores e suas característicos ..... . ... . .. . . . . .... . . 139 5.3 Isolações .......................................... • ....... . ... 151 5.4 Blindagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . • . . . . . . . . . ... 154 5.5 Proteção .......................... . ...... • ....... • . . ...... . .. . 155 5.6 Níveis de isolamento dos cabos de potência . .... . .. . ... . ... . • ....... . ... 156 5.7 Perclas dielétricas ... .. . ... . . ................... . . ... • ... . ... . . .. . 160 5.8 Comportamento elas cabos em condições de fogo e incêndio . . .... • . ... . .. . ... 161 5.9 Designação dos condutores e dos cabos isolados (de acordo com o NBR 9311) . ... . .... .. .. . ...•.... . ... • ....... • ... . 162 5.1 O Normas brasileiros de cabos de potência .................. • .. ... ... . . .. 167 5.11 Tipos de linhos elétricos .. . . .. . . .. . . .. .. .. ... .• ... . ... . • .. .. ... .. .. 168 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . ... 188 Capítulo 6 Dispositivos de manobra, proteção, comando e seccionamento não automático 6 .1 Generalidades . .. . . . .. . . . .. . ... ... . ... . ..... . .. . . . . . ....... .. . . . 189 6.2 Grandezas coroclerísticos dos dispositivos de proteção e de manobra ........... 193 6 .3 Dispositivos fusíveisde baixo tensão .. ... . ... . ... .. .. .. .... . . .. .... . .. . 195 6.4 Disjuntores de baixo tensão ............................ • •........... 204 6.5 Dispositivos o corrente diferenciol·residuol .. .. ..... • •...... .•. . . . ... •. ... 214 6.6 Seccionamento não automático e comando .. . . . ... .. .. . .... . . .. . . .. • . .. . 222 Exercícios .... . . .. . . . .. .. .. ........ .. ........ .... . .. . ... . ... .. ..... 225 Capítulo 7 Medidas de proteção contra choques elétricos (1) - básica e supletiva 7.1 Introdução . .. ..... . . .. ...... . .... .. . .. ....... .. ... ... .......... 227 7.2 Medido de proleção por limitação do tensão de alimentação - uso de extroboixo tensão de segurança . . ... ........... ....... ........ ..• .... 227 7.3 Extroboixo tensão funcional ......................................... 229 7.4 Proteção pelo emprego de equipamentos classe li ou por isolação equivalente ............................................. .. • .... 230 7.5 Proteção em locais não condutores . . .. . . .. . . .. .. . ... . . ... • .. .. . .. • . .. . 231 7.6 Proteção por ligações eqüipotenciois locais não aterrados .... . ... • . .. . ... .. .. 232 7.7 Proteção por separação elétrico . . . . .. . ... . . .... ......... • .. ..... • ... . 232 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... • ... . .... . .. . 234 Capítulo 8 Medidas de proteção contra choques elétricos (11) - seccionamento automático 8.1 Fundamentos da proteção por seccionamento automático do olimentoçõo ....................•....... • •. ......... . 235 SU$W 5'imário VII 8.2 Esquema TN ... . • . . . ... . . • ... . . . . • . . . . . . . , • . .. . .. . • .... . . . . . . .. 237 8.3 Esquema TT .. .. • .... . ... . ... ..... .. . . .. . . •• . . .. .. •• .. . . .. . • .. . . 249 8.4 Esquema 1T . .. . ... . . .. .. . ... .. .. .. . . . . ... •• .. .. ... • ... . ... • ... . 252 8.5 Aplicação dos esquemas de oterromenlo . .. . ... . . . • . . . .. .. . • . ... . . . • .. . . 258 8.6 Aplicação dos dispositivos DR ..... . .. . . .... . .. , • ...... •• ... . ... • .. . . 261 8.7 Condutores de proteção .... . .. . . .. . . • . . . .... •• . . . . . .. . .. . . ... . .. .. 268 8.8 Locais especiais .. . ... .. .. • . . . ... . . • ... . . . . •• .. .... . • . . . . . . . • . . . . 271 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . ... • . .. . 278 Capítulo 9 O aquecimento dos condutores e a queda de tensão 9.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . • .. . . 281 9.2 Equilibrio térmico e corrente em regime permanente nos condutores e cabos isolados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . .. .... . • . .. . 281 9.3 Capacidades de condução de corrente .. ... . . . . . . •• . ..... •• ... . ... • .. . . 286 9.4 Critério da capacidade de condução de corrente .. . . •• ... . .. . • ....... • .. .. 296 9.5 Condutores em paralelo . ... . ... . ... .. ... . . . . .. .. .. .. . • ... . . . . • . . . . 297 9 .6 Transitário térmico e tempo de sobrecarga admissível . .. .. .. .. . . .. .. ... . . .. . 298 9.7 Transitário térmico rápido ... ... . .. .. . . . . ... . ..... . ... . • .. . . ... . .. .. 304 9.8 Queda de tensão nos circuitos . .... . . .. • .. . . . .. •• .... . .. • .. . . . . . , .. . . 305 9.9 Seção do condutor neutro . .. . ... . ... . • ... . . . . • • .. .. ... • ... . ... • . .. . 311 Exercícios . . ... .. .. .. ... . ... . ... .. .. • . ... . ... •• .. .. .. . • .. .. ... • . . . . 314 Capítulo10 Cálculo de correntes de falta 10.1 Introdução .. . . . . . . . . . . . . . .... .. . .. .. . ... .. .. .. .. . ... . ... ... . . . 315 10.2 As fontes de correntes de falto . .. .. . ... . . . . . . . •• .. .. .. . • ... . ... . . . . . 315 10.3 Análise do corrente de curto-circuito . ... . . . . ... . •• .. .. .. . • ... .. ... .. . . 316 10.4 Fundamentos dos cálculos de corrente de lolta . . . . . . • ....... . ... . ... • . . .. 318 10.5 Impedância de curto-circuito . . ...... . . . . . . . . . •• . .. . ... • .. . . . . . • . . . . 322 10.6 Cálculo dos correntes de lolto presumidos . .. .. ... . ... .. .. . . .. .. ... , . .. . 324 Exercícios . .. .. .. .. .. . . . ... . . . .... .. .. .. . . . .. •• . . .. ... • . . . . .. .. . . . . 334 Capítulo 11 Proteção contra sobrecorrentes 11 .1 Coroclerizoção dos sobrecorrentes .. .. .. .. .. ... .. .. .. .. . • .. .. ... , . .. . 335 11.2 Limitação do duração de uma correnle de sobrecarga ... .. .. .. ... . ... , . .. . 336 11.3 A integral de Joule .. . ..... . ...... . . . . . . . . .. . ... ... •• ... . ..... . . . 337 11.4 Critérios gerais da proteção contra sobrecorrentes ... • . .. .... . .. . . ... • .. .. 346 11.5 Proteção contra correntes de sobrecorgo .. . . . . . . . .. .. .. .. •• ... . ... • . . . . 349 11.6 Localização dos dispositivos de proteção contra correntes de sobrecargas . . .. . . .... . .. .. . ... . . . . ...... . .. .. . • .. . . . . . . .. . . 356 11.7 Omissão do proteção contra sobrecargas . . . . . . . . •• . . . . .. •• . .. . .. . . ... . 356 11.8 Proteção contra correntes de curto-circuito . . ... . .. •• . . . .... • .. . .... • . .. . 358 11. 9 Localização dos dispositivos de proteção contra correntes de curto-circuito .. . ... .. .. .. ... . ... .• .. .. ... • ... . .. . . ... . 360 11 .1 O Omissão da proteção contra curtos-circuitos . . . ... . • ....... • ... . ... , .. .. 361 11.11 Proteção dos condutores de fase .. .. .. . ... . . . . •• .. ... . . • ... . . . . , . . . . 361 11 .12 Proteção do condutor neutro . ... .. .. .. ... . ... . ... . .... • ... . ... , .... 362 11.13 Coordenação seletiva da proteção contra sobrecorrentes . .. .. • . .. .. ... . ... . 363 Exercícios ...... . ... . ... ... . .. ... . .. .. ... . ... . ... .. .. • , ... . ... , ... . 368 SU$W VIII lnslalações elétricas Capítulo 12 Prot~ões contra sobretensões 12.1 Aspectos gerais .. . .............. . ....... . ... .. ........ • .. .. ... . 371 12.2 Sabretensões devidos às descargos atmosféricos (S\Jrtos de tensõo} ... .. .. .. ... . 371 12.3 Sabretensões causados por folhos do isoloçõo poro outro instolaçõo de tensão mois elevado ........................ . ... ... .......... . . 383 Exercícios ....... ... . . ... .. .. . . •• .. . . . .. • ... . .. .. .. .. ... . •• .. .. . . . . 386 Capítulo 13 Dimensionamentos 13.1 Circuitos de motores .. ... . ... . ... .. ... . ... . ... .. ....... • ... .. .. .. 387 13.2 Circuitos que não contêm motores . .. .. .. ... . ... . ... .. .. ... • .. ... .. .. 394 13.3 Critério econômico poro dimensionamento dos linhos elétricos ...... • ... .. .. . . 411 Exercícios ....... ..... ... . ... .. .. ... . ... .. . ... . .... .. . ... • ... .. ... . 418 Capítulo 14 Compensação da energia reativa 14.1 lntroduçõo ........ . . . ... ...... ..... • •...... ••. .... , ••• .... . ... 419 14.2 Aspectos conceiruois . .. ...... .. .. . .... . • .. . ... •• ....... •• ........ 420 14.3 Razões do baixo fator de potência e comportamento dos instalações .......... •• . ... . .. •• ...... •• .. .... . . 422 14.4 Compensoçõo do energio reativo ....... , , , , . ... .. •... ... .. . ... .... . . 422 14.5 Métodos de compensação ....................... •• ...... . • .. .. .. .. 424 14.6 Aspectos do cargo - presença de harmônicos e regime de operoçõo . . ... . ... .. ....... . ... .. .. •• ... . ... • ... .. ... .429 Exercícios . .. .. ... .. .. .. ... . ... .. .. .. ... .. .. .. .. . ... .. .. . • ... .. .. .. 433 Capítulo 15 Instalações de segurança e de reserva 15.1 lntroduçõo .. . . .... .. . ... ... .. . ... ... . . . . . .. . • . . . ..... • ... . .... 435 15.2 Conceitos básicos .. ....... . ........ . . ••. .... .••• .... . . • • . .. . .. . . 436 15.3 Fontesde segurança e de reservo .................. • ....... •• . ...... . 436 15.4 Clossificoçõo dos a limentações de segurança ... . ..... •. ....... •. ....... . 437 15.5 Circuitos de segurança ... .. . ... ... .. ...... .. . . •• ........ • .. .. .. . .437 Exercícios .. .. ... .......... .. . .. ..... . . . • .. ... .. •• ....... •• . ... .... 438 Capítulo 16 Luminotécníca 16.1 Fundamentos . . . . .. .. .. . ... .. .. .. ... • .. ... .. •.... . ... • ... .. .. . .439 16.2 Tipos de fõmpodos . .. .. .. ... .. ... . ... • ... .. .. •• .. .. ... •• .. .. .. . . 441 16.3 Cólculos próticos de iluminoção interior .... • .. ..... • .. ...... • .. ... . ... 450 Exercícios .. .. ... .......... .. .. .. .. . .... •• .. .. .. •• ....... •• .. .. ... . 464 Apêndice A Influências externas A.1 Seleção dos componentes em lvnçõo dos inRuêncios extemos ... .. .. •• ... . ... . 465 A.2 Seleção dos linhos elétricos em lvnçõo dos inRuêncios externos .. . .. ... .. .. .. .. 465 Apêndice B Os eletrodos de fundação e a equalização de potencial 8.1 Os eletrodos de lvndoção e o prótico olemã .......................... . .. 478 8.2 Aterromento da SPOA . . ... . ........ . .... . .. . .. .•.. ...... • ..... .... 480 8.3 Compatibilidade eletromagnético .......... . ........ • .............. . . . 481 8.4 Resistência de oterramento .................. . , . . . •. . . . ... . . . . , . .. .. 481 8.5 Barramento de eqüipotenciolização principal (BEP) ... . ... •• .. .. .. •• .. . ..... 481 B.6 Aterramento de antenas externos ................. .•• ....... •• .... .. . . 483 8.7 Condusõo . .......... . ..... . .......... . . . .... . ....... . . ... .... . 484 lndice remissivo . ..... . ... . ..... . .............. . .. . .. .. .... . . 485 SU$W Prefácio A presente edição do livro Instalações Elétricas, mais do que atualizar seu conteúdo, adequando-o aos últimos requisitos da norma NBR 541 O e incluindo novos assuntos, mantém vivo o ideal do saudoso professor e engenheiro Ademaro Cotrim. Incansável estudioso e divulgador cios temas ligados às instalações elétricas, o professor Cotrim foi, sem dúvida, referência para a engenharia elétrica nacional. Seu legaclo como professor, por meio deste livro, extrapolou as pare- des das salas de aula nas quais alguns tiveram a felicidade de poder ouvi-lo. Além disso, provocou mudança estru- tural na área de instalações elétricas - tão c.1rente de modernização. Deixou, desde 2000, uma lacuna no meio profissional difícil de ser preenchida. A obra magistral cio professor Cotrim não poderia cair na obsolescência. ~ neste sentido que, desde a última publicação da norma NBR 541 O, em 2004, e tendo em vista o surgimento de novos temas e tecnologias, crescia a demanda por uma adequada revisão e atualização do conteúdo do livro original. Tendo o extremo cuidado de não alterar a essência e o estilo do texto do professor Cotrim, os professores e enge- nheiros eletricistas Hihon Moreno e José Aquiles Baesso Crimoni, com a colaboração ele outros profissionais em alguns lemas específicos, conseguiram revisar e atualizar o texto de fonna bastante adequada. Além disso, ao apre- sentar no final de cada capítulo uma lista de exercícios, que não existiam nas edições anteriores, a presente edição se coloca como referência essencial e moderna no ensino de instalações elétricas no Brasil. Aos profissionais, entre- ga-se, com esta edição, um verdadeiro guia ele entendimento da complexa norma NBR 541 O, além de farta infor- mação atualizada sobre conceitos, dimensionamentos, nonnalização, produtos e tecnologias ligadas ao setor. O esforço ele todos que, direta e indiretamente, colaboraram com a publicação desta obra é incentivo aos leitores no sentido de aproveitarem ao máximo o conteúdo deste livro. Dessa forma, estarão em contato com os ensinamen- tos eternos do professor Cotrim, um grande professor, profissional da engenharia e homem. Aderbnl de Arruda Penteado Jr. Diretor da ARCESP Professor doutor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo SU$W Apresentação Hilton Moreno1 José Aquiles Baesso Grimoni2 Foi com indescritível honr,, e prazer que aceitamos o convite, e o desafio, de revisar e atualizar esta magnífica obra cio saudoso professor Ademaro Cotrim. Apesar de não estar mais entre nós desde agosto de 2000, seu livro continua sendo um clássico e uma das principais referências bibliográficas do setor elétrico nacional. Esta quinta edição foi totalmente baseada na norma "ABNT NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão•, publicada em 2004 e em vigor no momento desta publicação. Assim, esta obra tem como objetivo atualizar e adequar o texto de acordo com essa úhima edição da norma, além de acrescenw alguns ternas, como iluminação, correção do fator de potência, harmônicas e proteção contra sobretensões. Diferentemente das anteriores, esta edição inclui, ao final de cada capítulo, uma seção de perguntas que visam a aferir o grau de aprendizado do leitor. Destaque também para a nova diagramação e estilo de redação do livro, que torna sua leitura mais agradável e fácil, e para a atualização de alguns exemplos e para a inclus.io de novos. O livro conta, ainda, com um site de apoio exclusivo, para o qual desenvolvemos um interessante mate- rial. Nesse site, os alunos encontrarão uma planta-modelo de instalações elétricas e os professores têm acesso a apresentações em PowerPoint que auxiliam a utilização cio livro em sala de aula. (Os editores aler• tam que, para ter acesso a esse conteúdo, os professores que adotam o livro devem entrar em contato com seu representante Pearson ou enviar um e-mail para universitarios@pearsoned.com.) Sinceramente, esperamos que com esta contribuição possamos ajudar a manter este livro como referência no ensino/aprendizagem de instalações elétricas e como guia de utilização da norma ABNT NBR 541 O pelos profis- sionais do setor. Por sua qualidade, esta nova edição - revisada e atualizada-, é l ivro-texto fundamental para diversas escolas de engenharia, nas disciplinas que tratam de instalações elétricas. 1. Hihon Moreno Engénheiro dél.riéiSla pela l!scOI:\ Poli1N"nk~'l dà Uni\~tsidnde di.- São PittllO ( 1980): consultor. professor 1itulM de Jnmd~ Elétric;L,; dà ~cola de Engcnh.\ria Mauá ( 1987""2004): membro do Comi1ê 8r.lSilciro de Ele1ricidOOC da ABNT. :im:mdo. en1re 001r:1s. n:. Comissão da nonna ABN'f NllR 5410. Mcmbto do National 1:ire Protcc1ioo Assochttion (NFPA) dO$ &lados Unidos: autor e co-autocde vários livros na área détri• C.'1. de di\'Cl':SOS atligC>S 16cnicos Sôbrc iMutlações clé1ric.u e qualld3dc de energia: aniculísrn d., Ré\'it1a de Eletricidade Modem., e oofabor.tdor de outras rcYiSIM técnicns espccialfr.ada:s: p.,res1rnn1e ítt1.a.'lnte com e<.nten3S de .:1presen1.-çõcs n.-11.li1,3dá$ no llr:'lSil e no c:tterior. Const.lheiro da UL do 01"3Sil Cenlfie3ÇÕCS e da Associação Brasileim de Engenheiros me1ricis1as (AOEfi•SP). 2. José Aquiles B3CSOO Grimoni Engenheiro elc1rícim1 ( 1980). mestre (1989) e doutor (1994) pcl:1 EsooJ:1 Pofü6cnka d3 Uni\'Cl"$idadc de S.i.o Paulo. Emrc. 1981 e 1988.ttabalh<>u n:1 ASEA, CESf>. Urown-8o"cri e fl)'rE e. a p:lflir de 1989. tornou-se professor de gr.l<lu:LÇ;io e. :t (mrtir de 1994. de pós·grndu:ição d:t t!.m.>la Polité<:nka da USP. Entre 2003 e 2007. l'oi vice-diretor do lnslitu10 de Engenharia Elétrica d3 Uni\'ersidade de São Paulo (lf:EUSP). do <tual é diretor d,:sde esse :mo. Co~ullor de empresas de energia cm projetos de pesquisa e dcscnvolvimcn10 e profossor d~ dj:sc:iplin3 de lnstalaç&s ESétrkM I dà lt~ola. Polilécnka da Uni"ersidadc d~ S~ P..tulo desci~ 1993; au10, de dh-ersos artigo.._ ,écnicos em re,•i.stas e coni;.rtsi.oo ,i3 área de cncrg.i3 elé.lrica e membro do lEEE e da ABEE•SP. 1. 1 Sistemas e instalações elétricas Circuito elé11ico é um conjunto de corpos, componen- tes ou meios,no qual é possível que haja cO<Tente elétrica. Um sistema elétrico é um circuito ou conjunto de cir- cuitos elétricos inter•relacionados~ constituído para determinada finalidade (Quadro 1.1). ~ formado, essen- cialmente, por componentes elétricos que conduzem (ou podem conduzir) corrente. Já uma instalação elétrica inclui componentes elétri- cos que não conduzem corrente, mas que são essenciais ao seu íuncionarnento, tais como condutos, caixas e estrutura de suporte. Enfim, uma instalação elétrica é o sistema elétrico físico, ou seja, é o conjunto de compo- nentes elétricos associados e coordenados entre si, com- posto para um fim específico. Dessa forma, a cada instalação elétrica corresponde- rá um sistema elétrico. Em um projeto elétrico, as plantas e os detalhes (por exemplo, cortes, esquemas unifilares e trifilares) represen- tam a instalação, enquanto os circuitos elétricos envol- ventes representam o sistema. Porém, observe que os termos "sistema elétrico" e "'instalações elétricas" são utilizados como sinônimos por muitos autores e projetistas. 1.2 Norma NBR 541 O A NBR 5410- Instalações Elétric.1s de Baixa Tensão (última edição da norma, de 2004), baseada na norma internacional IEC 60364 - Electrical lnstallations of Buildings, é a norma aplicada a todas as instalações elé- tricas cuja tensão nominal é igual ou inferior a 1.000 V SU$W 1 Fundamentos em corrente alternada (CA) ou a 1.500 V em corrente contínua (CC). As instalações que possuem tensão nominal superior a 1.000 V em CA e inferior a 36.200 V em CA são gene- ricamente chamadas de instalações elétricas de média tensão. E as instalações com tensão nominal superior a 36.200 V em CA são genericamente chamadas instafa- ções elétricils de a/ta tensão. Por sua vez, as instalações com tensão nominal igual ou inferior a 50 V em CA ou a 120 V em CC são instala- ções elétricas de extra baixa tensão. A NBR 54 t O fixa as condições a que as instalações de baixa tensão elevem atencler, a fim de garantir seu funcio- namento adequado, a segurança de pessoas e animais domésticos e a conservação de bens. Aplica-se a instala- ções novas e a reformas em instalações existentes, enten- dendo-se como •reforma•, em princípio, qualquer ampliação de instalação existente (como criação de novos circuitos e alimentação de novos equipamentos), bem como qualquer substituiç,io de componentes que impli- que alteração de circuito. A norma abrange praticamente todos os tipos de ins- talação de baixa tensão, tais como: • Edificações residenciais e comerciais, em geral. • Estabelecimentos institucionais e de uso público. • Estabelecimentos industriais. • Estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros. • Edificações pré-fabricadas. • Reboques de acampamento (trailers), locais de acam- pamento (campings), marinas e locais análogos. • Canteiros ele obras, feiras, exposições e outras insta- lações temporárias. SU$W 2 lnslaloções elétricas Quadro 1, 1 • Algumas clefin~ões contidas na norma NIR 5456 • Fonte 11w11ofásica: fonte que fornece uma única tensão elétrica (ou corrente) alternada. • Fonte po/ifásica: fonte que fornece um conjunto de duas ou mais tensões elétricas (ou correntes) alternadas, inter- relacionadas. de mesma freqüência. Pode ser classificada de acordo com o número de fases. Por exemplo, fontes .. bifásica'\ ••trifásica", .. hexafásica". • Fonte polifásica simétrica: fonte polifásica cujas III tensões elétricas (ou correntes) têm a mesma fomia de onda e a mesma amplitude, e cujas defasagens sucessivas são iguais a 360º/m. • Dispositivo 1110110/ásico: fonte monofásica ou um dispositivo previsto para ser alimentado por uma fonte monofásica. • Dispositivo polifásico: fonte polifásica ou um dispositivo previsto para ser alimentado por uma fonte polifásica. • Circuito 1110110/ásico: circuito elétrico que compreende um conjumo de dispositivos monofásicos imerligados. • Circuito 110lifásico: circuito elétrico que compreende um conjunto de dispositivos polifásicos interligados. • Sistema 1110110/ásico: caso particular de sistema polifásico, reduzido a uma única tensão de fase. • Sistema polifásico: sistema elétrico constituído por um ou mais circuitos polifásicos. • Sistema polifásico simétríco: sistema polifásico tal que, em representação gráfica. os fasores das tensões de fase podem ser dispostos segundo um polígono funicular regular fechado, de III lados. • Polfgono fimic11lar: representação gráfica de um conjunto de vetores, deslocados paralelamente a si mesmos até que o ponto de aplicação de cada vetor coincida com a extremidade do vetor precedente e sua extremidade coincida com o ponto de aplicação do vetor subsequente. Nora: Esse-conceito é válido para a representaç5o gráfica de fasores. • Tensão de fase: cada uma das tensões de mesma freqüência e defas,.."\das entre si que constituem um sistema ou cir• cuito polifásico. Sinônimo: te11stio fase-neutro. • Tens<io tle linha: tensão entre duas fases de um circuito ou equipamentos polifásicos. A norma aplica-se, também, a: • Circuitos elétricos alimentados soo tensão nominal igual ou inferior a 1.000 V em CA, com freqüências inferiores a 400 Hz, ou a 1 .500 V em CC. • Circuitos elétricos que não os internos aos equipa- mentos, os quais, embora alimentados por meio de instalação com tensão igual ou inferior a 1.000 V em CA, funcionam com tensão superior a 1.000 V, como é o caso de circuitos de lâmpadas de descarga, de precipitadores eletrostáticos etc. • Qualquer linha elétrica (ou fiação) que não seja espe- cificamente coberta pelas normas dos equipamentos de utilização. • Unhas elétricas fixas de sinal, com exceção dos circui- tos internos dos equipamentos, relacionadas exclusi- vamente à segurança (contra choques elétricos, incêndios e efeitos térmicos em geral) e à compatibi- lidade eletromagnética. Por sua vez, a norma não se aplica a: • Instalações de distribuição de energia elétrica (redes) e de iluminação pública. • Instalações de tração elétrica, de veículos automoto- res, embarcações e aeronaves. • Instalações em minas. • Instalações de cercas eletrificadas. • Equipamentos para a supressão de perturbações radioe- létricas, uma vez que eles não comprometam a segu- rança das instalações. • Instalações específicas para proteção contra descar- gas atmosféricas diretas. A NBR 5410 é com1>lementada atualmente por outras duas normas: a NBR 13570 - Instalações Elétricas em Locais ele Afluência de Público: Requisitos Espec/íicos e a NBR 13534 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - Requisitos Especificas para Instalação em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. Ambas complementam, quando necessário, prescrições de caráter geral contidas na NBR 541 O, relativas a seus respectivos campos de aplicação. A NBR 13570 aplica-se às instalações elétricas de locais como cinemas, teatros, danceterias, escolas, lojas, restaurantes, estádios, ginásios, circos e outros locais indicados, com capacidades mínimas de ocupação (n• de pessoas) especificadas. A N8R 13534, por sua vez, aplica-se a determinados locais como hospitais, ambulatórios, unidades sanitárias; clínicas médicas, veterinárias e odontológicas; entre outros, tendo em vista a segurança dos pacientes. Define-se estabelecinrento alóSistencial de saúde (ou, simplesmente, estabelecimento de $8úde) como o esta- bclecimemo desrinado ao atendimento médiéo, de enfer- magem e paramédico (exame, tratamemo. monitoramemo, b'llnSporte etc.) de pessoas. Corresponde ao tenno /i,o/th ,·arefacility utilizado na1íngua inglesa. lnst>llação elftrica em es1al>elecimento assistencial de saúde é definida como o conjunto de componentes e equipamentos (exceto os aparelhos eletromédicos) devi- damente interligados e,dispostos de maneira apropriadaem áreas e locais de- um estabelecimento assistencial de saõde, tendo em vista o suprimento. a transfonnaç-Jo, o annazenamento. a distribuição e a utilização de energia elétrica de modo compatível com as necessidades e a segurança específicas de cada recinto para fins médicos (diagnósticos ou terapêuticos). A terminologia de instalações elétricas de baixa ten- são é tratada na norma NBR IEC 60050 (Vocabulário Eletrotécnico Internacional, em seu Capítulo 826 - Instalações Elétricas em Edificaçõ~). 1.3 Componentes das instalações Nesta seção, abordaremos os principais componen- tes de uma instalação elétrica, a saber: componente, equipamento elétrico, aparelho elé1rico, linha elétrica, dis- positivo elétrico, carga elétrica, potência instalada, falta elétrica, sobrecarga, sobrecorrente e curto-circuito, corren- te de fuga e corrente diferencial r~idual. Componente Componente de uma instalação elétrica é um termo empregado para designar itens da instalação que, depen- dendo do contexto, podem ser materiais, acessórios, dispositivos, instrumentos, equipamentos (de geração, conve.rsão, transformação, transmissão, armazenamento, distribuição ou utilização de eletricidade), máquinas, conjuntos, ou mesmo segmentos ou partes da instalação (como linhas elétricas). Assim, um eletroduto e um con- junto de condutores isolados, por exemplo, são compo- nentes de uma linha elétrica, visto ser ela constituída por condutores isolados contidos em eletroduto. Equipamento elétrico Um equipamento elétrica é uma unidade funcional, completa e distinta, que exerce uma ou mais funções elétricas relacionadas com geração, transmissão, distri• buição ou util ização de energia elétrica, tal como máquinas, transformadores, dispositivos elétricos, apare. lhos de medição, proteç.io e controle. Em particular, um equipamento de utilização é o equipamento elétrico destinado a converter energia elétrica em outra forma de energia diretamente utilizável (mecânica, térmica, lumi• nosa, sonora etc.). Em uma instalação elétrica, é possível ter os seguin- tes tipos de equipamentos: • Equipamentos relacionados à fonte de energia elétrica da instalação, que são os transformadores, os gerado- r~ e as baterias. • Dispositivos ele comando (manobra) e proteção, tais como chaves, seccionaclores, disjuntores, fusíveis e relés. • Equipamentos ele util ização, que podem ser classifi- cados em equipamentos não-industriais (aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissíonais), equipamen- tos industriais (tornos, compressores, prensas, fornos) e aparelhos de iluminação. Quanto à i 11stalação, os equipamentos em geral podem ser classificados em: • Fixos: são projetados para serem instalados perma- nentemente em um lugar determinado, 1>0r exemplo, SU$W Capítulo 1 • Fundamentos 3 um transformador (em um poste), um disjuntor (em um quadro), um aparelho ele ar-condicionado (em parede ou janela). • Estacionários: não são movimentados quando em fun- cionamento, não possuem alça para 1rans1>0rte ou possuem massa tal que não podem ser movimentados facilmente, como geladeira ou freezer doméstico, lavadora de roupa, microcomputador, disjuntor extraível (de um cubículo de subestação). • Portáteis: são equipamentos movimentados quando em funcionamento ou que podem ser facilmente deslocados de um lugar para outro, mesmo quando ligados à fonte de alimentação, como é o caso de certos eletrodomésticos (por exemplo, enceradeira e aspirador de pó) ou aparelhos de medição (como multímetros). • Manuais: são os portáteis, projetados para serem suportados pelas mãos durante utilização normal, como é o caso das ferramentas portáteis (por exem- plo, furadeira, forro de passar roupas e amperímetro tipo alicate). Aparelho elétrico O termo aparelho elétrico é usado para designar equipamentos de medição e certos equipamentos de uti• lização, tais como: • Aparelho eletrodoméstico: destinado à utilização r~i- clencial ou análoga (por exemplo, aspirador de pó, liquidificador, lavadora de roupa e chuveiro elétrico). • Aparelho eletroprofissional: destinado à utilização em ~tabelecimentos comerciais ou análogos (como máquina ele escrever, copiadora e microcomputador), incluindo os ec1uipamentos eletromédicos. • Aparelho de iluminação: é o conjunto constituído, no caso mais geral, por uma ou mais lâmpadas, luminá- rias e acessórios (como reator e starter). Linha elétrica Uma linha elétrica é o conjunto constituído 1>0r um ou mais condutores, com os elementos de fixação ou suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destina• do a 1ransportar energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos. O termo corresponde ao inglês wiring sy.1tem e ao francês canalizalion. As linhas elé1ricas podem ser cons1itufdas apenas por condutores com os elemel\tos de fixação e/ou suporte, como•é o caso de condutores fixados a paredes ou tetos e de condutores fixados sobre isoladores (em paredes, tetos ou postes). Podem também ser fom,adas por con- dutores em condutos (como eletrodutos, eletrocalhas, bandejas). Observe que uma linha elétrica pode conter um ou vários circuitos (por exemplo, vários circuitos em uma bãn<leja ou cm um cletroduto). 4 lnslalações elétricas Dispositivo elétrico Disposiuvo elétrico é um equipamento integrante de um circuito elétrico cujo objetivo é desempenhar uma ou mais funções de manobra, proteção ou controle. ~ importante observar que um dispositivo elétrico pode, por sua vez, ser parte integrante de uma unidade maior. Normalmente, o termo é utilizado para designar um componente que consome um mínimo de energia elétri- ca no exercício de sua função (geralmente comando, manobra ou proteção), correspondendo ao termo devi- ce, como é definido na norma norte--americana NEC - National Electrical Code. As principais funções exercidas pelos dispositivos elétricos (device) são: • Manobra: mudança na configuração elétrica de um circuíto, íeita manual ou automaticamente. • Comando: ação destinada a efetuar a manobra, que pode ser de desligamento, ligação ou variação da ali- mentação de energia elétrica de toda ou parte de uma instalação, sob condições de funcionamento normal. • Proteção: ação automática provocada por dispositi- vos sensíveis a determinadas condições anormais que ocorrem em um circuito, a fim de evitar danos às pessoas e aos animais e evitar ou limitar danos a um sistema ou equipamento elétrico. • Controle: ação de estabelecer o funcionamento de equipamentos elétricos sob determinadas condições de operação. Carga elétrica Carga elétrica, na linguagem usual de eletrotécnica, pode ter vários significados, como: • Conjunto de valores elas grandezas elétricas (e mecâ- nicas, no caso de máquinas} que caracterizam as solicitações impostas a um equipamento elétrico (transformador, máquina etc.) em dado instante, por um circuito elétrico (ou dispositivo mecânico, no caso de máquina). • Equipamento elétrico que absorve potência ativa. • Potência (ou corrente) transferida por um equipa- mento elétrico. • Potência instalada. Por sua vez, para um circuito ou equi1>amento elétri- co, fala-se em: • Fvncionamemo em carga: quando o circuito ou o equipamento está transferindo ou absorvendo ener- gia elétrica. • Funcionamento em v<1zio: quando o circuito ou o equi- pamento não está transferindo energia, sendo porém normais as outras condições ele funcionamento. Para o equipamento de utilização, as cargas podem ainda ser caracterizadas como: SU$W • Cargas lineares: constituídas pelos equipamentos elétri- cos cuja íorma de onda de tensão e corrente ele entrada permanecem senoidais em qualquer ponto de opera- ção. ~ o caso típico de motores ele indução usuais, da iluminação incandescente e de cargasde aquecimento. • Cargas não-lineares: constituídas basicamente pelos equipamentos eletrônicos cujas tensão e corrente elétricas são distorcidas, contendo harmônicas. O tenno equipamento de tecnologia da informação (ETI) é usado pela IEG para designar 1odos os lipos de equipamemos elétricos e eletrônicos utilizados em ins- talações comerciais. bem como equipamentos de 1e\e- comunicação. É o caso de: • Equipamentos de processamento de dados. • EquipamcntoS' de 1elecomunicação e transmissão de dados. • Fontes CC que alimentam equipamentos de tecnolo- gia da iu(onnaçilo no interior de edificações. • Equipamentos e ins1alações de CPGT (Centrais Privadas de Comulaçilo Telefônica). • Redes locais (LAN). • Sistemas de alarme. • Sistemas de automação predial. • SiS1emaS'CAM (Computer Aidetl Ma1111foc111rü'j)_. Aparelhos com material ferromagnético e que ope- ram na região ele saturação são também cargas não- lineares, porque as harmônicas decorrentes dessa satura- ção distorcem as ondas de tensão e correntes. Potência instalada A potência instalada de uma instalação elétrica, ele um setor de uma instalação ou de um conjunto de equi- pamentos de utilização é a soma das potências nomi- nais dos equipamentos de utilização da instalação, do setor ela instalação ou do conjunto de equipamentos. Um equipamento que absorve energia elétrica é um equipamento de utilização; dependendo da necessida- de, a potência ativa consumida pode variar ele zero até sua potência nominal. Falta elétrica Uma falta elétrica é o contato ou arco acidental entre partes com potenciais diferentes, bem como de uma ou mais dessas partes para a terra, em um sistema ou equiª pamento energizaclo. As faltas são geralmente causadas por falha de isolamento entre as partes, e a impedância entre elas pode ser baixa ou desprezível, quando então é denominada falta direta. Quando uma das partes envol- vidas é a terra, tem-se falta para terra. Um curto•circuito é um caminho condutor acidental ou intencional entre dois ou mais pontos de um circui- to, por meio ele uma impedância baixa ou desprezível. Quando o curto-circuito é acidental e os pontos estão sob potenciais diferentes, tem-se uma falta direta. Sobrecarga, sobrecorrente e curto-circuito Sobrecarga é a parte ela carga existente em um cir- cuito ou e<1uípamento que excede a plena carga. Por sua vez, sobrecorrente é uma corrente que excede o valor nominal, que, no caso de condutores elétricos, é a capa- cidade de condução ele corrente. Da mesma maneira, sobretensão é uma tensão cujo valor excede o maior valor nominal do sistema ou equipamento elétrico. Nas instalações elétricas, as sobrecorrentes podem ser de dois tipos: • Corrente de falta: corrente que ílui de um condutor para outro ou ele um condutor para a terra, no caso ele uma falta e no local desta. • Corrente de sob">carga: sobrecorrente em um circuito ou equipamento elétrico sem que haja falta elétrica. A chamada corrente de curto-circuíto, caso panicular ele corrente de falta, é a sobrecorrente resultante de uma falta direta entre condutores energízados que apresentam uma diferença de potencial em funcionamento normal. Corrente de fuga A corrtmte de fuga, como conceito geral, é uma cor- rente muito pequena que percorre um caminho diferen- te do previsto. Em particular, a corrente de fuga de uma instalação ou de parte dela é a corrente que, na ausên- cia de falta, flui através do dielétrico do material isolan- te dos condutores, ou, em caso de rede de distribuição ele energia elétrica, flui sobre as saias dos isoladores (ver Tabela 3.9). Corrente diferencial-residual A corrente diferencial-residual (1.,) de uma instala- ção ou de um setor de uma instalação é definida como a soma dos valores instantâneos das correntes que per- correm todos os condutores vivos do circuito considera- do, em dado ponto. Seja o circuito trifásico com neutro apresentado na Figura 1.1. --• i1 ~ L1 I \ ~ -i2 L~ --• i3 L_: -,..;~ \ I '-.../ p Figura 1.1 • Corrente dilerencial-resicluol SU$W Capítulo 1 • Fundamentos S Supondo que o circuito esteja alimentando uma carga elétrica equilibrada ou desequilibrada, mas que não tenha corrente ele fuga, pode-se determinar para o ponto P, de acordo com a 1 • Lei de Kirchhoff, que: (1.1) onde i1, i1., i3 e (v são os fasores ou valores instantâneos das correntes que percorrem os condutores vivos do cir- cuito. No caso da Expressão 1.1, a corrente diferencial- residual é igual a zero. Caso haja corrente de fuga ou corrente de falta para a terra, a soma dos valores instantâneos das correntes será diferente de zero. Pode-sei então, determinar, no caso geral, que (1.2) ou, em termos fasoriais (ver diagrama fasorial da Figura 1.1),que /Dk = I , + I, + I, + f.v (1.3) onde /1, 1,, 13 e l,v são os fasores das correntes nos condu- tores e IOJt é o fasor ela corrente diferencial residual. 1.4 Tensões elétricas De acordo com a IEC 60038, os sistemas elétricos são caracterizados por três valores de tensão eficaz, a nomi- nal, a máxima e a mínima. A tensão nominal de um sistema é aquela que carac- teriza a tensão do sistema e à qual são deferidas certas características operacionais. As tensões máx;ma e mínima de um sistema são, re-.s• pectivamente, o maior e o menor valor de tensão que podem ocorrer em condições normais de operação, em qualquer tempo e em qualquer ponto do sistema, excluí- das as condições transitórias e anormais. Para uma instalação elétrica, a tensão nominal (de acordo com a NBR IEC 60050 (Capítulo 826)) é defini- da como a tensão pela qual a instalação (ou pane dela) é designada. ;~, ;, ;, 6 lnslalações elétricos Uma tensão igual ou inferior a 1.000 V em CA ou a 1.500 V em CC é considerada b,1ixa tensão. Tensões supe- riores a esses valores são designadas genericamente como altas tensões. Já tensões iguais ou inferiores a 50 V em CA ou a 120 V em CC são chamadas extra /J.1ixas tensões (EBTI ou extra-low voltage (ELVJ. Para sistemas com tensão nominal superior a 1.000 V, (isto é, de •alta tensão"), a IEC define a tensão máxima de operação de um equipamento como a maior tensão 1>ara a qual o equipamento é especificado, tendo em vista a isolação e outras características que possam ser referidas a essa tensão nas especificações respectivas. Os equipamentos ligados a sistemas de baixa tensão (BT) devem ser caracterizados pela tensão nominal do sistema, tanto para isolação como para operação. A Tabela 1.1 indica as tensões nominais de siste• mas de baixa tensão, trifásico a três e quatro condutores, e de sistemas monoíásicos a três condutores, freqüência de 60 Hz, incluindo os circuitos ligados a esses sistemas. As tensões são indicadas por U, ou por U, onde u. é a tensão entre fase e neutro e U é a tensão entre fases. SU$ W A respeito dessa tabela, são válidas as seguintes observa- ções: • A tabela corresponde à Tabela 1. 1 da IEC 60038, de 2002. • As tensões superiores a 230/400 V destinam-se exclusivamente a instalações industriais e comerciais de porte. • As tensões nominais de equipamentos de utilização monofásicos não devem exceder 240 V. • Recomenda-se que a tensão nos terminais de alimen- tação não difira da tensão nominal de mais de± 10%. A Tabela 1.2 mostra as tensões nominais de sistemas de baixa tensão usuais no Brasil, enquanto a Tabela 1.3 mostra as tensões nominais normalmente encontradas em nossos equipamentos de utilização. A Tabela 1 .4 indica as tensões nominais de sistemas de tensões acima de 1 kV e até 35 kV e as corresponden• tes tensões máximas para equipamentos, de acordo com a IEC. A Série 1, para sistemas de 50 ou 60 Hz, cor- responde aos padrões europeus, enquantoa Série li, 1 Taliela 1.1 • Tensões nominais ele sistemas ele baixa tensão em au Hz !IEC) 1 Sistemas trifásicos a três e quatro condutores (V) Sistemas monofásicos a três condutores (V) 230/400 120/240 277/480 480/690 1.000 1 Tabela 1.2 • Tensões nominais de sistema, de baixa tensão usuais no Brasil 1 Sistemas trifásicos a três ou quatro condutores (V) Sistemas monofá~icos a dois ou três condutores (V) 115/230 110/220 120/208 115/230• 127/220• 127/254• 220/380• 220/440- 254/440• 120/440• Taliela 1.3 • Tensões nominais de eauiDGmentos de utilb:asão usuais no Brasil 1 Tipo Tensão nominal (V) 110 115 Monofásicos 120 127 220 220 Trifásicos 380 440 SU$W Capítulo 1 • Fundamentos 7 Tabela 1,4 • Tensões nominais de sistemas com 1 kV < u • .; 35 kV e tensões máximas correspon· cientes para equipamentos (IEC) Série I Série II - - Tensãom:txímaparaI ã . )d Tensão máxima para Tensão nominal de equi1>amentos sistema (kV) (kV) 3.6 3,3• 3• 7.2 6,6 6• 12 11 10 - - - - - -,__ - - - (17,5) - ( 15) _,__ 24 22 20 - - - - 36 33 - - - - 40.5 - 35 -- para sistemas ele 60 Hz, corresponde aos padrões norte- americanos. A IEC recomenda que um país utilize ape- nas uma elas séries e, no caso de a opção ser pela Série 1, que apenas uma das l istas seja usada. São feitas as seguintes observações: • Para um sistema normal da Série 11 a tensão máxima e a tensão mínima não devem diferir além de :1: 10% da tensão nominal. • Em um sistema normal da Série li, a tensão máxima não deve diferir além de + 5% e a tensão mínima, além cle - 10% da tensão nominal. • As tensões assinaladas com asterisco (ª) não devem ser usadas em redes públicas. • Estuda-se a unificação das tensões 33 e 35 kV. • Os valores indicados entre parênteses são considera- dos não preferenciais. Tatiila 1,5 • 'tensões nominais na faixa 1 kV < u. ,. 35 kV usuais no Brasil (kV) Nota: 2,4 3,8 4,161 6,61 13,2 13,8° 23,0° 34,5' J. Usadas em rede.11; das. concessionárias de disiribujção de 1!-0C"$iá elélrica. - - -e - r . ens o nomma e equIpamen1os . __ (kV) sistema (kV) 4,4 4.16* - -~ - - 13.2 1 12.47 r 13.97 13.2 14,52 13,8• - - - -~ -26,4 24,94 - - ~ 36.5 34.5 r - - No Brasil, as tensões usuais - entre 1 kV e 35 kV - estão indicadas na Tabela 1.5. 1.5 Choque elétrico Choque elétrico é a 1:>erturbação, ele na.tureza e efei- tos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal quando este é percorrido por uma corrente elé- trica. Dependendo da intensidade e do tempo do cho- que elétrico, a corrente elétrica provoca maiores danos e efeitos fisiopatológicos no homem. No estudo ela pre- venção cio choque elétrico, devem-se considerar: • Contatos diretos: é quando a pessoa toca diretamen• te a parte viva (condutores energizados) ele uma ins- talação elétrica. Isso pode ocorrer quando a pessoa toca inadvertidamente os condutores energizados ou outra parte do circuito de um equipamento, ou devi- do a uma fissura (falha) cio material isolante do fio, como mostra a figura 1.2. • Contatos indiretos: contatos de pessoas ou animais com massas que ficaram sob tensão devido a uma falha ele isolamento (figura 1.2). Os contatos diretos, que a e.tela ano provocam milha- res ele acidentes graves (muitos até fatais), são provocados geralmente por falha de isolamento, por ruptura ou remo- ção indevida de partes isolantes ou por imprudência de uma pessoa com relação a uma parte viva (energizada). Termi nais de equipamentos não isolados, condutores e cabos com isolação danificada ou deteriorada e equipa- mentos ele utilização velhos são as "fontes• mais comuns ele choques 1,or contatos diretos. Observe, por exemplo, que o (mau) hábito de desconectar o plugue da tomada 8 lnslalações elétricas Contoto direta Figura 1.2 • Contatas direto e indireto de aparelhos portáteis (como ferro de passar roupa e sec.,dor de cabelos) ou móveis (como enceradeira e aspi- rador de pó) puxando o cabo ou o fio aumenta em muito o perigo de acidentes elétricos. Os contatos indiretos, por sua vez, são particular- mente perigosos, pois quando o usuário encosta a mão em uma massa (por exemplo, na carcaça de um equipa- mento de utilização), ele não suspeita de uma eventual energização acidental, provocada por falta ou por defei- to interno no equipamento. 1.6 Instalação de baixa tensão1 As instalações de baixa tens.fo (BT) podem ser ali- mentadas de várias maneiras: • Diretamente, por uma rede de distribuição de ener- gia elétrica de baixa tensão, por meio de um ramal de ligação; é o caso típico de edificações residen- ciais, comerciais ou industriais de pequeno porte. • De uma rede de distribuição de alta tensão {AT), por meio de uma subestação ou ele um transformador exclusivo, de propriedade da concessionária; é o caso típico de instalações residenciais de uso coleti• vo (apartamentos) e comerciais de grande porte. • De uma rede de distribuição de alta tensão, por meio de uma subestação de propriedade do consumidor; é o caso típico de edificações industriais e comerciais de médio e grande portes. • Por fonte autônoma, como é o caso de instalações de segurança ou de instalações situadas fora de zonas servidas por concessionárias. 1. Af. definições apre.sen1ad:\$ llC$1C 1ex10 es1âo de :,cordo com as normM NOR S460 e N8R lEC 600SO (826) e tom t'I ter• minologia u:omJ d.'LS concessionárias de cocrgia délriça, Contato indireto D Alimentação diretamente em baixa tensão Sn$W A entrad,1 de serviço é o conjunto de equipamentos, condutores e acess6rios instalados entre o ponto de deri- vação da rede da concessionária e o quadro de medição ou proteção, estando este incluído. O ponto de entrega é o ponto até onde a concessio- nária deve fornecer energia elétrica, partici1>ando dos investimentos necessários e responsabilizando-se pela execução dos serviços, pela operação e pela manuten- ção, não sendo necessariamente o ponto de medição. O ponto de entrega é o ponto a partir do qual se aplica a NBR 5410:2004. A entrada consumidora é o conjunto de equipamen- tos, condutores e acessórios instalados entre o ponto de entrega e o quadro de proteção e medição, estando este incluído. O ramal de ligação é o conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede da concessionária e o ponto de entrega. O ramal de entrada é o conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de entrega e o qua- dro de proteção e medição. A Figura 1 .. 3 mostra esquematicamente os compo- nentes da entrada de serviço. Alimentação em alta tensão Uma subestação é uma instalação elétrica destina- da a manobra, transformação e/ou outra forma de con- versão de energia elétrica. Quando esse termo é empregado sozinho, subentende-se uma subestação de transformação. Observe que: na Figura 1.3, a proteção está localiza• da antes da medição, mas algumas concessionárias do Brasil a utilizam dei>0is da medição. SU$W Capítulo 1 • Fundamentos 9 -----:;»!~----- Rede secund,,ria de energia clérrica ~ Ramal de ligação Pomo de derivação Quadro Ponl"ode / entrega L --------r.=::-""ji";;;;;;i;:je,;;i";ã;i;;-==i~Pr01eçào Mediçào Ramal de emrada Entrada de serviço Figura 1.3 • Esquema básico de entrado de serviço Unidade consumidora Chama-se unidade consumidora a instalação elétrica pertencente a um único consumidor, e que recebe ener- gia em um só ponto, com sua respectiva medição. l importante observar que, no caso de edificações ele uso coletivo - residenciais ou comerciais - com vários consumidores, a cada unidade consumidora (apartamento,conjunto de salas, loja, administração etc.) corresponde uma instalação elétrica cuja origem está localizada nos terminais de saída do respectivo dis- positivo geral ele comando e proteção, ou elo medidor, se lor o caso. Tensão nominal e tensão de serviço A tensão nominal de uma instalação de baixa tensão de uma unidade consumidora é a tensão na origem da instalação, ou seja, no ponto de entrega. A rensào de serviço pode, por razões óbvias, ser dife- rente da tensão nominal; no entanto, em todos os cálcu- los que envolvem tensão, a nominal é a considerada. A Resolução da ANEEL n~ 505, de novembro d: 2001, define a tensão nominal na origem da instalaçao, bem como a variação permitida. Circuito Um circuito de uma insralação elétrica é o conjunto de componentes da instalaç.io al imentados da mesma origem e protegidos pelo mesmo dísposilivo de prote- ção. Em uma instalação há dois tipos de circuitos: os de distribuição e os terminais. Um circuito de distribuição é o ci rcuito que alimenta um ou mais quadros de distribuição, e um circuito lermi• naf é aquele que está l igado diretamente a equipamentos de uti lização ou a tomadas de corrente. Quadro de distribuição Um q"adro de dislribuição é um equipamento elétri- co que recebe energia elétrica de uma alimentação (em Entradaconsumidora -----i:I alguns casos mais de uma) e a distribui a um ou mais cir• cuitos. Pode, também, desempenhar funções de prole• ção, seccionamento, controle e medição. Um quadro (de distribuição) terminal é aquele que alimenta exclusi - vamente circuitos terminais. A Figura 1.4 traz alguns exemplos, com circuitos e quadros de distribuição e cir- cuitos e quadros terminais. Veriíica-se, então, que o termo •quadro de distribuição• é absolutamente geral e inclui desde os simples • quadros de luz• até os mais complexos CCMs (centros de controle de motores). Tomada de corrente e ponto de tomada Uma ramada de corrente pode ser definida como um dispositivo elétrico com conlatos l igados perma- nentemente a uma fonte de energia elétrica, que ali- menta um equipamento de utilização por meio da conexão de um plugue. Um ponto de tomada, de acordo com a NBR 541 O, é um ponto ele uti lização em que a conexão do equ,- pamento ou dos equipamentos a serem alimentados é feita por meio de tomada de corrente. E pode conter uma ou mais tomadas de corrente. Além disso, um ponto de tomada pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo com a tensão do circuito que o ali- menta, o número ele tomadas de corrente nele previs- to, o tipo ele equipamento a ser alimentado e a corren• te nominal das tomadas de corrente nele utilizadas. Veja na Figura 1.5 o exemplo de um ponto de tomada com quatro tomadas 2P+ T (modelo conforme NBR 14136). Em uma instalação, podem-se distinguir: • Tomadas de uso especifico, nas quais s.io ligados equi - pamentos fixos, por exemplo, aparelhos de ar-condi• cionado e certos equipamentos estacionários de maior porte, como é o caso de máquinas copiadoras. • Tomadas de uso geral, nas quais são l igados equipa- mentos móveis, portáteis e estacionários. 1 O lnslalações elétricas Pomo de entrega (origem da insralação) Quadro 1cm1inal Disjuntor Ramal de entrada (BT) Caixa de medição Fusí,•el .------'-"'7'Í Circuito de Circuitos tenninais ) TC Medidor 1 Ponto de entrega +-- Ramal de entrada (AT) Transforn,ador <lf- Origem Quadro de distribuição Circuito de dis1ribuição principal distribui ão (a) Quadro de distribuição (b) Circuito de distrilwição divisionário Disjuntor Circuitos tenninais) SU$W Figura 1.4 • E>quemas lípicos de instalações: (o) olimentoçõo por rede público BT; (b) olimentoçõo por rede p<iblico AT Pontos de uso específico Pode-se ainda falar em pontos de uso especffico, que geralmente são caixas de ligação, nas quais são ligados equipamentos íixos (que não utilizam plugues). to caso da maior parte dos equipamentos industriais e de certos equipamentos eletrodomésticos e eletroprofissionais. Instalações temporárias Instalação temporJria é uma instalação e létrica prevista para uma duração limitada às circunstâncias que a motivam. São admitidas durante um período de construção, reparos, manutenção, reformas ou demo- lições, instalação de estruturas ou equipamentos. • • • • • • Figura 1.5 • Ponto de tomado com quatro tomados 2P+ T Podem ser considerados três tipos de instalações tem- porárias: • lnstafaçJo de reparos: substitui uma instalação defei- tuosa e é necessária sempre que ocorre um acidente que impede o funcionamento de uma instalação existente ou de um de seus setores. • Instalação de traba/110: pem,ite reparos ou modifica- ções em uma instalação existente, sem interromper seu funcionamento. • Instalação semipermanente: destinada a atividades não habituais ou que se repetem periodicamente, como é o caso das "instalações em canteiros de obras", assim consideradas as que se destinam à cons• trução de edificações novas, aos trabalhos de reforma, modificação, ampliação ou demolição de edificações existentes, bem como à construção de obras públicas (como redes de água, gás, telefonia, energia elétrica e obras viárias). Serviços de segurança O Sistema de Alimentação Elétrica para Serviços de Segurança (SAESS) é o sistema que mantém o funciona- mento de equipamentos e/ou instalações essenciais à segurança das 1>essoas e à salubridade, quando exigido 1>ela legislaç.'io local, para evitar danos ao meio ambien- te ou a outros materiais. O SAESS compreende a fonte, os circuitos até os terminais dos equipamentos de utili- zação e, eventualmente, os próprios equipamentos de utilização. Como exemplos de aplicação do SAESS, podem-se citar: • Iluminação de segurança (ou de emergência). • Sinalização de rotas de íuga para a evacuação de locais. • Sistemas de detecção de fumaça e fogo. • Sistemas de exaustão de fumaça e gases tóxicos. • Bombas de água para incêndio. • Compressores para sistemas de extinç.'io de incêndio; • Certos equipamentos eletromédicos. • Certos processos industriais (como na indústria petroquímica e de cimento) cuja interrupção pode trazer problemas de segurança. • Certos serviços específicos, como iluminaç.io de pis- tas ele pouso em aeroportos e heliportos, de túneis, entre outros. 1.7 Equipamentos de utilização Classificação Os equipamentos de uti lização podem ser classifi- cados em três grandes categorias: aparelhos ele ilumi- nação, equipamentos industriais ou análogos e equipa- mentos não-industriais. SU$W Capítulo 1 • Fundamentos 11 Aparelhos de iluminação Os aparell,os de iluminação estão presentes em qualquer local e em todo tipo de instalação. Podem ser classificados, de acordo com o tipo de fonte utili- zada, em: • Aparelhos inc,1ndescentes: utilizam as lâmpadas incandescentes comuns ou refletoras e as halógenas. • Aparelhos de descarga: utilizam lâmpadas de des- carga, que podem ser fluorescentes, de vapor de mercúrio, de vapor de sódio, de multivapores melá· licos etc. Equipamentos industriais ou análogos Os equipamentos industriais ou análogos são os uti- lizados nas áreas de produção das indústrias e em outras aplicações bem especfficas. Podem ser classifica- dos em: • Equipamentos de força motriz: inclui compressores, ventiladores, bombas, equipamentos de levan1ame,1- to (como elevadores e guindastes) e equi1>amentos de transporte (como pórticos, pontes rolantes e correias transportadoras). • Máquinas-ferramentas: inclui de tornos e fresas até as máquinas operalrizes mais polentes e sofisticadas. • Fornos elétricos: que são os fornos a arco elétrico, à resistência elétrica e de indução. • Caldeiraselétricas: são as caldeiras à resistência e a eletrodo. • Equipamentos de solda elétrica: de eletrodo ou ponto a ponto. Equipamentos não-industriais Os equipamentos não-industriais são utilizados em locais comerciais, institucionais, residenciais etc. e até mesmo em indústrias fora das áreas de produção (em escritórios, depósitos e laboratórios). Podem ser classifi- cados em: • Ap;rell!OS eletrodomésticos (ver definição na Seção 1.3). • Aparelhos eletroprofissionais (ver definição na Seção 1.3): inclui desde uma simples máquina ele escrever até um sofistícado equipamento de processamento ele dados. • Equipamentos de ventilaç/io, exaustão, aquecimen· to e ar·condicionado: são todos os equipamentos impostos pelos sistemas industriais de ventilação, aquecimento ambiental e ar-condicionado. Obser- ve que os ventiladores e os circuladores de ar por- táteis, assim como os aparelhos de ar•condiciona- do (de parede ou de janela) e os aquecedores de ambiente portáteis, são considerados •aparelhos eletrodomésticos•. 12 Instalações elétricas • ECJuipamentos hidráuUcos e sanitários: inclui todos os equipamentos associados aos sistemas hidráulicos e sanitários das edificações, tais como bombas de recalque, compressores de ar, bombas de vácuo, bombas de esgoto e ejetores de poços. • Equipamentos de aquecimento de ,igua: inclui aque- cedores e caldeirns uti lizados para aquecimento de água em edificações, excluindo-se os chuveiros e tor- neiras elé1ricos e os aquecedores residenciais, classi- ficados como •aparelhos eletrodomésticos•. • Equipamentos de uansporte vertical: inclui os eleva- dores, as escadas rolantes e os monta-cargas. • Equipamentos de cozinhas e lavanderias: equipa- mentos utilizados em cozinhas e lavanderias indus- triais, comerciais e institucionais, com exceção de •eletro-domésticos• típicos de cozinhas e lavande- rias residenciais e de pequenas cozinhas comerciais. • Equipamentos especiais: aqueles que não se enqua- dram nas categorias anteriores, tais como equipa- mentos hospitalares e equipamentos de laboratórios. • Equipamentos de tecnologia da informação (ETI/: termo empregado pela NBR 5410 para designar, principalmente, equipamentos concebidos com o objetivo de receber dados de uma fonte externa (por meio de linha de entrada de dados ou pelo teclado) ou de processar os dados recebidos (por exemplo, executar cálculos, transformar ou registrar os dados, arquivá-los, triá-los, memorizá-los, transferi-los), ou, ainda, de fornecer dados ele saída (seja a outro equi- pamento, seja reproduzindo dados ou imagens). São exemplos de ETls: • Equipamentos de telecomunicação e de transmis- s.'io de dados. • Equipamentos de process.1mento ele dados. • Instalações que utilizam transmiss.cio de sinais com retorno pela terra, interna ou externamente l igadas a uma edificação. • Equipamentos e instalações de centrais privadas ele comutaç,'io telefônica (PABX). • Redes locais (LAN) de computadores. • Sistemas de alarme contra incêndios e contra roubo. • Sistemas de automação predial. • Sistemas CAM (Compute, Aided Manvfacruring) e outros que utilizam computadores. Equipamentos a motor Os equipamentos de utiliz.,ção acionados por moto• res constituem a maior parte dos equipamentos de uso industrial ou análogos e boa parte cios equipamentos não,.industriais. Neles, são utilizados motores ele cor- rente alternada e motores de corrente contínua. SU$W Tipos de motores elétricos Os motores de corrente contínua (Figura 1.6) neces- sitam de uma fonte de corrente contínua ou retificada e podem funcionar com velocidade ajustável entre limites amplos. São usados principalmente em aplicações espe- cíficas que exigem conjugados elevados e/ou variação de velocidade, como em prensas, tração elétrica e aJguns tipos de máquinas-ferramentas. Os motores de corrente altemada são os mais usa- dos, uma vez que a corrente alternada é a mais comum, pois é obtida diretamente das fontes usuais. Eles podem ser síncronos ou ele inclução. Os motores sfncronos com velocidade fixa são utili- zados para grandes cargas (em virtude de seu alto custo para aparelhos menores) ou quando se necessita de velocidade constante. Graças a seu fator de potência elevado e variável, são também usados na correç,'io de fator de potência, necessitando de fonte de corrente contínua ou retificada para sua excitação, além de exigi- rem um complexo equipamento de controle. Os motores de indução funcionam com velocidade praticamente constante abaixo da velocidade síncrona, e variam ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Por sua robustez e pelo baixo custo, s.'io os motores mais util izados, principalmente os do tipo gaio- la (Figura 1.7), e são adequados para a maioria dos equi- pamentos encontrados na indústria. Figura 1,6 • Moto,- de corrente oontinua Figura 1,7 • Moto,- de indução tipo gaiola No Quadro 1.2, são apresentadas definições sucintas dos tipos de máquinas elétricas, que são equipamentos de ulilização. Corrente de partido de motores As cargas constituídas por motores elétricos apresen- tam características peculiares, uma vez que a corren1e absorvida durante a partida é bastante superior à de lun- cionamento normal em carga. Na partida, o rotor do motor de induçfo está parado, portanto a corrente elétri- ca inicial é grande. Com o aumento ela rotação do rotor, a corrente de alimentaç.io decresce até atingir seu valor em regime permanente, Considerando partida direta do motor de indução trifásico, a corrente de partida pode ser: • lp = 4,2 a 9 !,,., para motores de dois pólos. • !JJ = 4,2 a 7 !,,, para motores com mais de dois pólos (valor médio de 6 /8 ). Para motores ele indução de anéis ou de corrente contínua, a corrente ele partida depende da resistência cio circuito ela partida do rotor valendo, em média, 2,5 ' • · Classificafão dos equipamentos a motores elétricos A potência absorvida em luncionamento é detenni- nada pela potência mecânica do eixo, solicitada pela carga acionada. A NBR 541 O classifica os equipamentos a motor utilizados em aplicações normais em dois gru- pos principais: • Carg<1s industriais e simNares: constituídas por motores de indução trifásicos tipo gaiola, com potências nomi- nais unitárias não superiores a 150 kW (200 CV), acio- nando cargas em regime S 1 (contínuo), e com caracte- rísticas conforme a NBR 7094. • Cargas residenciais e comerciais: constituídas por motores com potências nominais não superiores a 1,5 kW (2 CV), integrando aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais. Essa classificação cobre a maioria das aplicações práticas. Características nominais Os equipamentos de utilização são caracterizaclos por valores nominais, especificados e garantidos pelos Sn$W Capítulo 1 • Fundamentos 13 fabricantes, para condições de luncionamento estabele• cidas. Assim, tem-se: • Corrente nominal 0.v): corrente cujo valor é especifi- cado pelo fabricante do equipamento de utilização, em A. • Tensão nominal (U.sl: tensão atribuída a um equipa• mento por seu fabricante, e que serve de relerência para o projeto, funcionamento e realização de ensaios, em V. • Potência nominal (P"' ou S,-:): potência (ativa ou apa• rente) de entrada atribuída pelo fabricante, quando o equipamento funciona sob tensão e freqüência nomi- nais, na temperatura normal e com carga normal ou na condição adequada de dissipação de calor, em W, kW ou VA, kVA. • Frec,üência nominal (em 1-fz): freqüência atribuída pelo fabricante e à qual são referidas as outras grandezas nominais do equipamento, geralmente de 50 ou 60 Hz. No caso de equipamentos de util ização do tipo motor, a potência nominal indicada na placa é a potên- cia mecânica útil no eixo do rotor (em kW ou CV), isto é, a potência de saída no seu eixo. De maneira seme- lhante, para certos aparelhos ele iluminação, a potência nominal indicada é a potência (total) das lâmpadas. Em ambos os casos deve ser considerado o rendimento (h), razão entre a 1>0tência de saída (designada por P'.,.) e a potência de entrada (designada por P.-). 1-'sirda P:,, 71 =--= - ~l:'llr.>d.1 / ~\ 1 O fator de potência nominal (cos <f>.,.) é definido como a razão entre a potência nominal ativa (P,-) e a potência nominal aparente (S,-). PN cos<D =-SN A Figura 1 .8 representa simbolicamente um equipa- mento genérico de utilização. Podem-se determinar, para os equipamentos de uti- l ização, as seguintes expressões relacionando os valo- res nominais: (1 .4) Equipamento de utilização (Entmda) (Saída) figura 1.8 • Valares nominais de um equipamento de utilização SU$W 14 lnslolações elétricas Quadro 1.2 • Definições contidas na norma NBR 5457 • Máq11i11a (elétrica) gira111e: equipamento elétrico que util iza a indução ele1romagné1ica para seu funcionamento, consti1ufdo por componentes capazes de efe1uar um movimen10 relalivo de ro1ação e dcs1inado à conversão ele1ro- mecãnica de energia. • Máq11i11a assfllcro11a (011 máquina de indução): máquina de correnle allemada na qual a velocidade da carga e a fre- qüência do sistema ao qual cslá ligada não es1ão em uma razão constante. • Má<111i11a de corre111e co111/11ua (com comurador): máquina cons1i1ufda por uma am1adora. um comutador a ela liga- do e pólos magné1icos exci1ados por uma fon1e de corrente comínua ou consliluídos por ímãs permanenies. • Máquina sf11cro11a: máquina de correllle alternada na qual a freqliência da tensão induzida e a velocidade estão em uma razão consumte. A velocidade do roror é consumre. • Motor elétrico: máquina que converte energia eléirica em energia mecânica de ro1ação no seu eixo. • Motor de indução: máquina de indução que funciona como motor. • Motor/de i11d11çáo) de anéis: molar de indução de rolar bobinado no qual as ex1remidades do enrolamento do rolar s.10 ligadas a aaéis colelores. • Motor (<le i11duçáo/ <le gaiola: mo1or de indução cujo enrolamento primário, geralmenle alojado no es1ator, é ligado à fome de alimemação, enquamo o enrolamento secundário, de gaiola e nom1almente alojado no ro1or. é percorri- do pela correme induzida. • Motor 1111frersal: maior que pode funcionar com corrente contínua ou com corrente allemada monofásica. nas fre- qüências usuais dos sistemas de distribuição de energia elétrica. S.v = t. UN . l.v (1.5) (1.6) sendo t um fator que vale V3 para os equipamen1os lri- fásicos e 1 para os monofásicos. Note que, nas expressões 1.4, 1.5 e 1.6, as grandezas são assim relacionadas: • Equif)amenco monofüico: u .. represen1a a tensão de fase. • Equipamento trifásico: U N rep,esenla a tensão de linha a linha e P.v e S,\' são potências totais, isto é, tri- fásicas. lnlroduzinclo a potência ele saí ela (P'.,) na Expressão 1.6, obtém-se a Expressão 1.7. P'N t~ . .i = ---"--~- ' t UN r, ,·os d>N EXEMPLO (1.7) Calcular a corrente nominal do motor de indução trifásico lipo gaiola de 15 CV, 380 V, com TI = 0,8 e COS <)>N = 0,85. Tem-se: I'' N = 15 CV, TI = 0,8, cos <l>N = 0,85 Da Expressão 1.7 e lembrando que 1 OI= 736 W: IN = 15 X 736 = 24,7 A V3 X 380 X 0,8 X 0,85 EXEMPLO Dada uma churrasqueira elétrica de 3 kW, com TI • 60% em 220 volis, calcular a correnle elétrica e a 1>01ência aliva de en1rada na churrasqueira. Tem-se: P' N = 3.000 w, TI = 0,6, U,v = 220 V P',v P' N 3.000 TI = p ~ P,, = - = O 60 = 5.000 W N '1J • P,v 5.000 l,v = U,v = 220 = 22,72 A A Tabela 1 .6 apresenta as características nominais típicas de diversos aparelhos ele1roclomés1icos e eletro- profissionais. 1.8 Circuitos Um circuito de uma instalação, como definido na Seção 1.6, compreende, além dos condutores elétricos, todos os dispositivos nele ligados, isto é, no caso ma is geral, os dis1>0sitivos de proleção, os dispositivos de comando, as tomadas de corrente etc., não incluindo os equi1>amentos de utilização alimentados. Sua cc:iracterís- tica principal é a proteção cios condutores contra sobre- corren1es, que pode ser assegurada 1>0r um único dispo- silivo (protegendo con1ra correntes de sobrecarga e de curto-circuito) ou por dois dispositivos (um protegendo con1ra correntes de sobrecarga e outro, contra corre111es de curto-circuilo). Os condutores podem não possuir a mesma seção nominal ao longo do circuito, clescfe que o(s) dispositivo(s) de proteção seja(m) escolhido(s) em função dos condutores de menor seção nominal. SU$W Capítulo 1 • Fundamentos 1 5 Tatiila 1.6 • Potências nominais típicas de aparellio1 eletrodomésticos e eletropri:ifiHionais Aparelho Potências nominais típicas (entrada) Aquecedor de água central (boiler) 50a 100 1 I.OOOW 150a2001 1.250W 2501 1.500W 300a3501 2.000W 4001 2.500W Aquecedor de água de passagem 4.000 a 8.200 W Aquecedor de ambiente (portátil) 500 a 1.500 W Ar•condicionado cenrral 8.000W Ar-condicionado 1ipo janela 7.100 brun, 900W s.soo brun, 1.300W 10.000 btu/h 1.400W 12.000 btu/h 1.600 W 14.000 btu/h 1.900W 18.000 btu/h 2.600 W 21.000 btu/h 2.800W 30.000 btu/h 3.600W Aspir•dor de pó (residencial) 500 a 1.000W Barbeador 8a 12W Batedeira 100 a 300W Cafeteira 1.000 W Caixa registradora IOOW Centrífuga 150 a300W Churr,squeira 3.000W Chuveiro 4.000 a 6.500 W Congelador (Jree:,r) (residencial) 350 a500VA Cortador de grama 800 a 1.500 w Distriooidor de ar (Jo11 coil) 250W Ebulidor 2.000W Esterilizador 200\V Exaustor de ar para coiinha (residencial) 300 a 500VA Faca e lé1rica 135\V Ferramcmas ponáteis 500 o 1.800W Ferro de passar rou1>a 800 a 1.650W Fogão (re,,idencial) por boca 2.500W Forno (n:sidenci"I) 4.500W Forno de microondos (residencial) l.200VA (continua) 16 lnslalações elétricos (continuação) Aparelho Geladeira (residencial) Grelha elétrica Impressora Lavadora de praIos (residencial) Lavadora de roupa (residencial) Liquidificador Máquina de cosIurn (não-profissional) Máquina de escrever Máquina copiadora Mkrocomputador Monitor Projelor de slides RetroprojeIor Sclllmer Secador de cabelos (não-profissional) Secadora de roupas (residencial) Televisor Tomeira Torradeira (residencial) Trilur,dor de l ixo (na pia) VenIi lador (circulador de ar) de pé Vcmilador (circulador de ar) ponáIil Divisão da instalação em circuitos Uma instalaÇ<io deve ser dividida em vários circuitos, a fim ele: • Limilar as conseqüências ele uma falta, que provoca- rá (por meio de dispositivo de proteção) apenas o seccionamento (desligamento) do circuito atingido, deixando apenas essas cargas sem energia. • Facilitar as inspeções, os ensaios e a manutenção. • Evitar os perigos que possam resultar da falha de um circuito único (por exemplo, no caso de iluminação). Normalmente, nas instalações, util izam-se distribui- ções radiais, como mostra a Figura 1.9, nas quais podem ser distinguidos os circuitos de distribuição principais, os circuitos divisionários e os circuitos terminais, já apresen- tados na Figura 1.5. t importante observar que o circuito terminal é o circuito protegido pelo último dispositivo de proteção, contado da origem da instalação, não conside- rados os eventuais dispositivos especííicos de proteção no I>róprio equipamento ele util ização. A NBR 541 O recomenda que os circuitos terminais sejam individualizados, com base na função dos equipa- mentos (ou ponlos) de utilização alimentados. Assim, devem ser previstos circuitos tenninais distintos para iluminação, para tomadas de conente, para equipamentos a motor etc. SU$
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