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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – CAMPUS DE CACOAL 
DEPARTAMENTO DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOEDA E INFLAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cacoal/RO 
2018 
2 
 
CAMILA DE ANDRADE SANTOS 
HEIDSON NATANAEL 
LUIZ HENRIQUE DA ROCHA 
RODRIGO GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOEDA E INFLAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Fundação Universidade 
Federal de Rondônia – Campus de Cacoal, como 
requisito de avaliação da disciplina de Introdução 
a Economia, ministrada pela professora Graziella 
Franco. 
 
 
 
 
 
 
Cacoal/RO 
2018 
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SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 6 
 2.1 Oferta de moeda ...................................................................................................... 6 
 2.2 Inflação ................................................................................................................. 10 
 2.2.1 Índices de inflação .......................................................................................... .....10 
 2.2.2 Tipos de inflação ................................................................................................. 11 
 2.2.3 Oferta de moeda e inflação....................................................................................11 
 2.3. As consequências da inflação.....................................................................................12 
 2.4 Causas da inflação..................................................................................................13 
 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................16 
 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 
A moeda vem acompanhando a civilização humana desde os primórdios dos tempos. Sua 
evolução pode ser caracterizada e notada em fases, sendo que cada fase pode ser diferenciada 
por evoluções e sua eficiência, à medida que a sociedade evolui, a moeda e suas funções 
também evoluem. 
Podemos dividir a evolução da moeda em 5 fases que serão definidas a seguir: 
 1ª fase: Pré-economia ou escambo: que seria o início, onde ocorria poucas trocas, as 
trocas aconteciam de forma direta, e não era produzida para uso de mercado. 
 2ª fase: Moeda mercadoria: as trocas passaram a ser indiretas, onde o produtor troca seu 
produto pela moeda mercadoria, ou seja, ele vende e depois troca a moeda pelo produto 
desejado, resumindo em compra. 
 3ª fase: Moeda simbólica: as moedas começaram a ser fabricadas com materiais 
preciosos, vindo suprir falha das moedas anteriores, sendo aceita sem contestação e 
passando a ser exigida por lei. 
 4ª fase: Moeda escritural: sendo responsável pelo surgimento das instituições 
financeiras (sistema financeiro moderno), a moeda passou a ser deposita e receber 
certificação de posse. 
 5ª fase: Moeda sofisticada: sofreu um efeito da globalização e dos avanços tecnológicos, 
sendo hoje boa parte das transações feitas por meio eletrônico, dificultando assim definir 
o que seria a moeda. 
Atualmente praticamente todas moedas são fiduciárias, ou seja, moedas que circulam 
porque são exigidas pela legislação de cada país. Nos dias atuais as moedas são importantes 
meio de troca de bens e serviços, unidade de conta e reserva de valor, tendo grande importância 
para a sociedade e economia do país. 
Juntamente com a evolução da moeda também foi surgindo ferramentas de estudo, para 
de certa forma melhorar e auxiliar no entendimento da variação que ocorre em preços dentro 
da economia interna do pais. Uma dessas ferramentas é o cálculo da inflação, que nada mais é 
do que um crescimento nos preços em um período determinado. Em seu real sentido a inflação 
constitui de um desequilíbrio entre a procura e a oferta e cria uma tensão nas estruturas 
produtivas. 
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O aumento dos preços não é consequência da inflação, sendo essa uma imagem muito 
errada dos consumidores em relação a esse tema. O aumento dos preços, o tabelamento e o 
racionamento dos preços, são sim consequências da tensão inflacionaria ocasionada pelo 
desequilíbrio entre a demanda e a oferta. 
Então a inflação é consequência de desequilíbrios dentro da própria economia do pais, 
sendo assim é dever do governo procurar meios de controlar a inflação e consequentemente 
alavancar a economia do país. 
O Brasil em si já atravessou épocas de inflações altas, afetando a economia geral do país 
e junto a isso a sociedade, que passou por grandes dificuldades, diante de subidas desenfreadas 
de preços, que subia de hora em hora. 
Segundo (NETO, 2011) “A inflação vem perseguindo a sociedade brasileira desde a 
época da política de industrialização promovida por Juscelino Kubitschek de Oliveira, 
quando os índices começaram a aumentar descontroladamente e atingiram percentuais 
altíssimos no ano de 1980”. 
A partir daí ocorreram mudanças no plano econômico no intuito de resolver os problemas 
envolvendo a inflação, dentro dessas mudanças estão: mudança de moeda, congelamento de 
preços, salários e tentativas de desindexação da economia. 
Tendo tudo isso em vista o presente trabalho tem como objetivo principal mostrar como 
funciona a oferta de moeda, dentro da atividade monetária do país, especificando quem oferta, 
quem regula, como ocorre a circulação, a quantidade que circula e etc. Vem também mostrar 
como funciona a inflação dentro da economia de um país, especificando os diferentes tipos de 
inflação, as consequências trazidas e as causas que faz com que a inflação aumente ou diminua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Oferta de moeda 
 
Assim como demandamos de moeda para comprar ou adquirir um bem, existe também a 
oferta de moeda, onde a oferta de moeda está diretamente ligada a forma como ela é criada. 
Dessa forma a moeda brasileira em emissão primaria só pode ser ofertada pelo Banco Central 
do Brasil, sendo assim monopolista do setor. 
Em um sistema cuja a moeda é lastreada, como por exemplo o ouro, tudo se depende da 
quantidade em estoque de ouro, para assim se poder fazer empréstimos a sociedade. Já em um 
sistema não lastro, tem-se a moeda fiduciária, como é o caso do Brasil, e o responsável pela 
distribuição e controle é o Banco Central. 
Sendo assim o Banco Central do Brasil é responsável por zelar da quantidade de moeda 
nacional. Além disso zelar pelo valor da moeda nacional, regularizar e fiscalizar o sistema 
financeiro brasileiro. 
É aceito como moeda qualquer meio que cumpra alguns requisitos básicos, como: ser 
meio de troca; seja uma unidade de conta (sendo assim o referencial das trocas, podendo 
delimitar as cotas de mercadorias); e ser uma reserva de valor, ou seja, um poder de compra 
que se mantem com o tempo, podendo-se assim se medir a riqueza. 
Em vista da oferta de moeda, existe o papel-moeda emitido, que é nada mais que a moeda 
emitida pelo Banco Central. Depois de ser emitida e posta em circulação, parte são destinados 
a caixas de bancos, e outra parte é destinada para a sociedade,sendo chamada moeda em 
circulação. 
Parte da moeda em circulação está em poder dos bancos, que usa desse meio para atender 
aos seus correntistas (clientes), sendo usado como forma de encaixes frente as ordens de saques. 
O restante está em poder do público, sendo usado para satisfazer necessidade do dia-a-dia da 
sociedade. 
Dentro do termo moeda tem-se os conceitos mais amplos e os conceitos menos amplos, 
que podem ser diferenciados através de observações em suas características. Um conceito mais 
amplo da moeda é a base monetária, sendo essa igual à papal moeda emitida pelo Banco Central 
mais as reservas bancarias. Sendo assim as reservas obrigatórias de moeda, que o Banco Central 
tem. 
Tendo essa pequena definição em mãos, é possível se desenvolver uma pequena equação, 
que facilitaria o entendimento, vejamos a seguir: 
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BM= PME+ reservas dos bancos no Banco Central 
Onde: 
BM: base monetária. 
PME: papel moeda-emitido. 
Continuando dentro dos conceitos, temos os conceitos menos amplos, que são os 
chamados meio de pagamento, que normalmente são expressos através da letra M e números, 
sendo que quanto maior o número menos restrito ele é. Por exemplo M2 é menos restrito que 
M1 e assim por diante. 
O conceito de meio de pagamento está ligeiramente ligado a liquidez, que é nada mais 
que a capacidade de os ativos se transformarem em moeda, no sentido mais normal, ou seja, 
papel moeda ou moeda escritural. 
Para diferenciarmos os chamados meios de pagamentos, podemos da seguinte forma: 
 M1: papel-moeda em poder da sociedade+ depósito à vista no banco (valor de liquidez 
imediata); 
 M2: M1+ depósitos de poupança+ títulos privados; 
 M3: M2+ quotas de fundo de renda fixa+ operações compromissadas com títulos 
federais; 
 M4: M3+ títulos federais, estaduais e municipais em poder da sociedade. 
Sendo assim, podemos concluir que: M2+ M3+ M4= quase-moeda. 
O Banco Central tem o monopólio da emissão primária da moeda, mas os demais bancos 
também participam do processo, entrando, portanto, em questão as reservas bancarias, ou seja, 
a moeda emitida pelo Banco Central do Brasil e depositada em diversas contas de bancos no 
Banco Central. 
Tendo-se assim uma relação entre os empréstimos ofertados pelos bancos e base 
monetária que pode ser chamada de multiplicador monetário ou multiplicador de base 
monetária, e indica o quanto da moeda primaria criada e emitida pelo Banco Central é 
transformada em empréstimos pelo sistema bancário. 
Portanto para criação de moeda, tudo irá depender do volume de meios de pagamento, 
por exemplo, acontecer de o número de empréstimos bancários aumentar para o setor privado. 
Segundo (JANDALIA, F.; 2014) “O aumento da quantidade de moeda em circulação 
se dá através de duas maneiras: (colocação de papel moeda, ou seja, por meio da 
impressão de cédulas e da cunhagem de moeda metálica, chamada de “emissão 
física”), e através de operações de crédito entre o banco central e os bancos, por meio 
da conta “reservas bancárias” (que é a conta que os bancos devem manter junto ao 
BCB). ” 
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Indo dessa forma ao contrário da destruição de moeda, que irá ocorrer se o volume de 
meios de pagamento diminuir, se por exemplo, houver resgate de empréstimo no banco, ou se 
ainda acontecer a retirada de empréstimo a vista pelo depositante e colocação de um depósito a 
prazo. 
Segundo (ECONÔMICAS, 2007) “Ocorre destruição de moeda quando, por exemplo, 
o público quita uma duplicata — a instituição bancária entrega ao público haveres 
não-monetários (duplicata quitada) e recebe haveres monetários (moeda). ” 
Há ainda operações que nem criam e nem destroem meios de pagamento. Isso ocorre na 
maioria das vezes onde acontece a transferência de depósitos a vista (moeda escritural) para 
moeda em poder público (moeda manual), como por exemplo, o saque de um cheque em um 
banco. 
O Banco Central tem o objetivo de controlar o total de moeda na economia, além disso 
busca alterar o multiplicador monetário, exigindo depósitos compulsórios, que nada mais é que 
o depósito obrigatório que as instituições financeiras e comerciais privadas devem fazer junto 
ao Banco Central, depositando parte de suas captações em depósito a vista, a prazo ou 
poupança. 
Ainda há outras atividades desenvolvidas entre o banco central e os bancos comerciais, 
como por exemplo, a compra e venda de moeda, que é feita através da venda e compra de 
títulos, sendo conhecido como operações de mercado aberto. A mesma permite regulação diária 
da oferta monetária e da taxa de juros, gerando liquidez aos títulos negociados. 
Há também os empréstimos concedidos pelo Banco do Central aos bancos comerciais, os 
chamados redesconto, onde são utilizadas taxas acima das praticadas no mercado. Isso só 
acontece quando há uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, quando as demandas 
de recursos depositados não cobrem as necessidades. 
Mas para haver oferta de moeda tem que haver demanda de moeda, apesar que na oferta 
de moeda ocorre uma relação inversa, onde quanto maior a demanda por moeda menor a 
quantidade emitida, por isso se existe algumas razões para deter moeda, razões que serão 
especificadas a seguir: 
 Demanda de moeda para transação: as pessoas necessitam de moeda para fazer 
transações no dia-a-dia. Acima de tudo necessitam de moeda para efetuarem 
pagamentos resolverem imprevistos. Sendo assim elas retêm dinheiro as chamadas 
(demanda de moeda por precaução); 
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 Motivo de especulação: essa é uma parte da moeda retida pelos investidores, para 
negócios que podem surgir de acordo com o comportamento dos juros, se a taxa de juros 
estiver alta, boa parte dos investidores irão querer investir, suas reservas em títulos, mas 
à medida que a taxa de juros começar a cair, a quantidade de pessoas que preferem 
manter a moeda, aumenta. 
Então o que se pode notar é que a demanda é diretamente proporcional a renda que o 
indivíduo possui, mas inversamente proporcional a taxa de juros. Sendo que quanto maior a 
renda, mais será sua demanda por moeda, sendo, portanto, o inverso com a taxa de juros, que 
quanto maior a taxa de juros, menor a demanda por moeda. 
Para medir a relação entre a demanda e a oferta de moeda, pode ser usada a teoria 
quantitativa da moeda, sendo essa uma expressão que irá mostrar de forma simples essa relação, 
e que também se permite verificar a relação entre monetário e o lado real da economia. Essa 
expressão pode ser escrita da seguinte maneira: 
MV=PT 
Onde: 
 M: quantidade total de moeda; 
 V: velocidade de transações; 
 P: nível geral de preços; 
 T: total de transações. 
Nessa equação o lado esquerdo, representado por (MV), é definido a partir do fato de que 
a quantidade de moeda na economia depende da velocidade com que a mesma circula dentro 
do território. Já o lado esquerdo da equação representado por (PT), vem para mostrar que o 
valor total das transações será igual a quantidade de bens e serviços produzido, vezes o preço 
dos bens e serviços envolvidos no processo de transação, em determinado período. 
Nos dias atuais essa equação foi atualizada, e pode ser explicada da seguinte forma: o 
lado esquerdo é expresso em termos da renda ou produto nacional, ou seja: 
MV=PY 
Sendo PY do lado direito, o produto nacional corrente ou nominal, ou seja, a soma de 
todos os bens e serviços finais, produzidos em determinado período de tempo pelo país. 
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2.2 Inflação 
 
O termo inflação tem como significado inflar ou inchar. A Inflação nada mais é do que 
um aumento generalizado no preço de vários bens ao mesmo tempo, esse aumento tende a ser 
continuo. Não podemos atribuir ao termo inflação quando apenas um bemou serviço tem seu 
preço aumentado, pois os preços são gerados a partir da oferta e demanda de determinado bem. 
A inflação não atinge apenas o preço dos produtos já feitos, e sim a toda a cadeia produtiva 
desde a extração de matéria-prima, o transporte, fabricação e a venda desse determinado bem. 
A inflação também está ligada a redução do poder de compra. Ou seja, você compra um 
determinado produto em um ano que custa R$2,00, mas com o passar do tempo esse produto 
passa a custar R$4,00 logo notasse que houve um aumento de 100% no preço desse bem. No 
Brasil atualmente com o medo do desemprego as pessoas acabam gastando menos, e ao gastar 
menos dinheiro 
Por outro lado, um produto pode ter seu preço elevado caso aumente o preço dos recursos 
energéticos. Pois os produtos são produzidos e transportados utilizando esses recursos. Se por 
um acaso o combustível sofre um grande aumento, isso vai acarretar um aumento no preço da 
soja, milho, arroz, feijão, etc. logo com esse aumento no combustível as transportadoras irão 
aumentar os preços do transporte, e esse aumento vai passando de etapa em etapa até chegar ao 
consumidor. 
 
2.2.1 índices de inflação 
 
Os índices de inflação são utilizados para medir a variação de preços, para que possa se 
chegar em uma conclusão se há ou não uma inflação. Os índices são: INPC, IPCA, IPCA-E, 
IPCA-15, IGP, IGP-10, IGP-DI, IGP-M, IPC-S e IPC-SP. 
Normalmente esse índice é calculado com base em uma cesta básica, ou seja, com 
alimentos comuns como arroz, feijão, sal, etc. Sendo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor 
Amplo) o índice oficial de inflação do Brasil. O IPCA vai aos estabelecimentos comercias para 
coletar os preços dos produtos. O IPCA também colhe dados dos estabelecimentos prestadores 
de serviços, artigos de residência, comunicação, educação, saúde, residência, transporte, entre 
outros. 
 
 
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2.2.2 Tipos de inflação 
 
A inflação por procura ou por demanda ocorre devido a grande procura de um 
determinado bem. Quando se aumenta a demanda de um determinado bem, de forma com que, 
o próprio mercado não possa suprir essa demanda elevada, ou seja, a oferta não seja compatível 
com a demanda. Então passa a ser necessário que próprio mercado aumente o preço para 
equilibrar a economia. Por exemplo, se houver uma grande demanda por um determinado 
aparelho celular, se as empresas percebem que a demanda por aquele aparelho é maior do que 
a oferta pode suprir, então o preço do produto vai aumentar. 
A inflação por oferta ou inflação por custo, ocorre quando aumenta o preço para a 
produção de um determinado bem, ou seja, o preço do produto aumenta devido o aumento dos 
custos de produção. Ou seja, se por exemplo se uma praga atinge as lavouras de trigo, os donos 
das plantações ao se depararem com as percas na safra vão aumentar os preços de seus produtos 
para que eles não saiam no prejuízo, logo esse aumento do preço desse tipo de insumo vai afetar 
a indústria alimentícia como por exemplo padarias, pizzarias e as demais empresas que utilizam 
trigo em sua produção. Podemos citar também os autos impostos sobre os produtos o que faz 
com que os insumos aumentem. 
A inflação inercial é a ideia de memória inflacionaria ela ocorre sem que haja o aumento 
da demanda ou escassez do produto. Ela existe em função da inflação passada. Isso por causa 
da inércia inflacionaria, que são as resistências dos preços para com as políticas de 
estabilização. Seu grande problema é a indexação, que são reajustes de parcelas de contratos 
passados em períodos de inflação. 
 
2.2.3 Oferta de moeda e inflação 
 
A oferta de moeda por sua vez pode desencadear um grande efeito negativo sobre a 
economia, uma vez que tem a sua oferta aumentada. Muitas vezes nos deparamos com o 
seguinte questionamento, “Se o país está em crise, o governo não poderia simplesmente 
imprimir mais dinheiro para acabar com a crise? ”, a resposta é não, pois essa atitude só pioraria 
a crise. 
Ao aumentar o número de moedas no mercado, as pessoas passariam a ter mais dinheiro, 
e com isso passariam a demandar mais e mais produtos. O problema é que esse aumento de 
demanda não vai ser proporcional a oferta dos produtos. Quando se aumenta o salário das 
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pessoas elas vão procurar comprar cada vez mais produtos, e com essa procura alta e baixa 
oferta vai fazer com que os preços aumentem, gerando assim uma inflação. 
Podemos citar um período da história brasileira em que passamos por esse tipo de crise. 
Entre o ano de 1956 e 1961, onde foram impressas notas a mais, para pagar dívidas criadas pelo 
projeto expansionista de Juscelino Kubitschek. Isso lançou o Brasil em uma grande inflação 
onde os preços aumentavam rapidamente, a inflação chegou na taxa de 2.477% em 1993. Sem 
contar que com o aumento de notas correntes, faz com que, esse dinheiro tenha uma grande 
perca de valor. 
 
2.3. As consequências da inflação 
A inflação ela por si só é um ponto negativo para a economia do país, e quando falamos 
de inflação ela se volta para, inflação alta ou fora do controle, e para ela está em alta sua 
porcentagem tem que está acima de 6% ao ano, e com essa alta e fora do controle que vem as 
consequências. 
 A desvalorização da moeda é uma das consequências, porque com a inflação em alta ela 
irá perde o seu valor, e com isto o consumidor (trabalhador) irá pagar mais cara naquele produto 
que ele acostumava apaga um valor menor do que o atual, e assim atingindo toda sociedade, 
mas nem sempre a desvalorização da moeda é uma consequência da inflação em alta, mas 
também poderá ser um reajuste do banco nacional, para que os dólares adquirido pela a 
exportação serem finalmente trocados pela moeda nacional. 
Fator também que atinge o país é o aumento do dólar e dos preços de importados, porque 
enquanto a um desvaloriza mento da moeda, o dólar estará fazendo um caminho ao contrario 
ele estará aumentando e assim dificultando ainda mais a valorização da moeda, fora isso haverá 
também o aumento do preço em produtos que são importados, se um país depende de produtos 
quem são importados era terá mais uma dificuldade, os produtos que iram ser importados serão 
mais caros do que eram, e com esses o corridos que era ter mais crescimento da inflação. 
No setor de investimento há o desinteresse do investidor aplicar em produtos para eles a 
ação de deixar o seu dinheiro em bancos terá mais lucros do que fazer sua aplicação em 
produtos, e que por fato é uma falsa ideia, para investidores de fora que investi no país depois 
que a inflação está em alta eles veem este país de forma negativas e sendo assim preferem não 
investir, porque sabem que quando o país está com a inflação alta significa um problema na 
economia. 
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E com todas essas consequências citadas a cima, por traz de todas elas ocorrem algo que 
a tinge sempre a sociedade que é o desemprego, por não ter investimento nos produtos a taxa 
de desemprego só aumento, e mãos de obras baratas é o que se mais procura neste meio termo, 
desvalorizado o trabalhador. 
Segundo noticiários o Brasil houve uma hiperinflação elevando o país em uma inflação 
altíssima e sem controle e tendo como lucro as consequências sobre a inflação, e assim por anos 
o país ficou acima de 6%, preços de produtos elevados e sendo dobrados de mês em mês, esse 
ocorrido foi nos anos 80 em que as porcentagem chegava 80% ao mês. 
Portanto a inflação ela não é algo bom e que refleti bastante na economia de um país 
deixando a economia uma bagunça e assim prejudicando a sociedade e o desenvolvimento e 
evolução do país. 
2.4 Causas da inflação 
A causa começa a partir da demanda e custo em questão de reajuste de preços de 
produtosbásicos como combustível ou energia elétrica, a partir desse reajuste as empresas 
gastam mais e com isto as mudanças atinge o final dessa pirâmide da economia e o último é o 
consumidor que pagará mais caro em produtos que a empresas passam para eles com outros 
valores por causa dos reajustes dos custos. 
No caso do Brasil está hiperinflação é por causa dos gastos do governo militar, as causas 
que são encontradas para essas tais inflação é, a demanda exagerada dos produtos, como por 
exemplo em um país que não tenham tanta produtividade de um certo produto e sua demanda 
é maior do que a oferta isto faz com que o valor cresça e a inflação por consequência será gerada 
a parti desse crescimento. 
Outra causa é o aumento no valor da produção de produtos, como por exemplo a mão 
de obra, maquinas, logística e a matéria-prima. E fora isto existe a emissão de que há do governo 
em relação do dinheiro e que é algo exagerado e a sem controle que existe. 
E no Brasil existe alguns índices que fazem a medição dessa inflação, eles são encontrados 
em qualquer tipo de site que mostra a porcentagem da inflação no país são eles: 
 IGP (calculado pela fundação Getúlio Vargas), ele é o Índice que calcula o Preço Geral 
que existe no mercado e no país. 
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 IPC (medido pela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas), este Índice 
calcula o Preço ao Consumidor Produtos. 
 
Fonte: (FIPE, 2012). 
 
 INPC (medido pelo IBGE), Índice Nacional de Preço ao Consumidor 
 
15 
 
 
 
 
 
 IPCA (medido também pelo IBGE), Índice que calcula o Preço ao Consumidor Amplo 
 
 
 
 
 
 
 
Estes são alguns índices que representam variação da sociedade e o que acontecem ao 
ano, e os gráficos são de modo apenas demonstrativos para explicar de uma forma mais simples 
e explicita de como funciona os índices em um gráfico. 
 
 
 
16 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Neste trabalho abordamos o assunto moeda e inflação, onde foram esclarecidas 
circulação, quantidade e funcionamento da regulação da moeda. E importâncias, fases, causas 
e consequências da inflação. 
 A partir dessa pesquisa foi concluído que conforme a evolução da sociedade, a moeda e 
suas funções também evoluem, e que são importantes meio de troca de bens e serviços, unidade 
de conta e reserva de valor, tendo grande importância para a sociedade e economia do país. 
Outra conclusão rápida que pode ser tirada tendo em vista a oferta de moeda, é que a 
fabricação e a emissão de novas notas não acontecem de qualquer maneira, igual a maioria da 
sociedade pensa, e sim depende de vários fatores, tendo tudo em vista a demanda de moeda que 
a economia interna demonstra ter. 
Já tendo em vista a inflação pode-se concluir que a inflação não é boa e reflete 
grandemente na economia de um país e a deixa em estado crítico, prejudicando a sociedade, o 
desenvolvimento e a evolução do país. Sendo que traz grandes efeitos tanto na economia em 
termos nacionais, como em termos internacionais. A desvalorização da moeda em termos gerais 
já é um grande problema, fazendo com que moedas de outros países tenham mais valor que a 
moeda nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. REFERÊNCIAS 
 
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<https://politicamonetaria.webnode.com.br/>. Acessado em: 27/06/2018. 
 
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<http://www.ude3.com.br/.>. Acessado em: 25/06/2018. 
 
ECONÔMICAS, P. Cultura financeira e Bancos. 2007 
 
IGLIORI, D., Introdução à Macroeconomia: Moeda e inflação. Disponível em: 
<https://edisciplinas.usp.br/>. Acessado em: 20/06/2018. 
 
JANTALIA, F. Emissão e fabricação de moedas: duas atividades bem diferentes. 
Disponível em: <http://economiasemsegredos.blogspot.com/>. Acessado em: 
20/06/2018. 
 
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MARQUES, M.S.B., Uma resenha das teorias de inflação. Revista Brasileira de 
Economia. Rio de Janeiro. V. 41, n. 2, p. 185-223. Abr/jun.1987. 
 
MARTONE C. L.; Um esquema para a oferta de moeda e crédito. Revista Brasileira de 
Economia. Rio de Janeiro. V. 30, n. 4, p. 457-474. Out/dez. 1976. 
MIRANDA, S., O mercado monetário, contas monetárias e financeiras. Disponível 
em: <https://edisciplinas.usp.br/>. Acessado em: 20/06/2018. 
 
NETO, M. F.; A história da inflação e dos juros no brasil. Disponível em: < 
https://www.webartigos.com/>. Acessado em: 23/06/2018. 
 
18 
 
SOPEÑA, M. B., Considerações teóricas sobre moeda, política monetária e metas de 
inflação. Revista de Administração da PUCRS. Porto Alegre. V. 18, n.2, p. 23-27. 
Jul/dez. 2007. 
 
STUMPF, K., Politica Monetária- Controle da oferta de moeda. Disponível em: 
<https://topinvest.com.br/>. Acessado em: 25/06/2018. 
VERDE, B. C., O que é a inflação? Banco de Cabo Verde. 2008. 
 
Disponível em: <http://economia.culturamix.com>. Acessado em: 27/06/2018. 
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Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/>. Acessado em: 26/06/2018.

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