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1 POLÍTICAS EDUCACIONAIS E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Prof.ª Me. Mara Cecilia Rafael Lopes maraterraboa@ibest.com.br 2 • Refletir e aprofundar as contradições do modelo educacional da contemporaneidade que assinala uma escola que perdeu a sua função fundamental, ou seja, a função de ensinar o conhecimento historicamente produzido e acumulado pelos homens. OBJETIVO DA DISCIPLINA NO CURSO 3 Na unidade V, a última, o tema será o “Plano Nacional de Educação (2014-2024)”, com enfoque central nas metas e estratégias estabelecidas para a educação nacional, contemplando os níveis e modalidades da educação. Na unidade II, com o tema “Aspectos Legais das Políticas Educacionais”, o foco será a Constituição Brasileira, principalmente o Capítulo II, que trata da Educação, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (com atualizações) e do Financiamento da Educação. A unidade III, com o tema “Sistema Educacional Brasileiro: níveis, modalidades e os desafios centrais da organização e estrutura da educação escolar”, com enfoque central nas questões políticas estruturais da educação nacional nas delimitações dos níveis e modalidades de ensino. A unidade IV, com o tema “Avaliação no Sistema Educacional brasileiro”, versará sobre as principais formas de avaliação do Sistema Educacional, destacando a atuação do Inep, as avaliações nacionais (Ideb, Saeb, Encceja, Enem, Sistema de Avaliação do Ensino Superior) e as avalições internacionais. 4 POLÍTICA EDUCACIONAL – CONCEITOS E CONTEXTOS • Apontamentos históricos: Estado, sociedade civil e educação. • No Brasil: o percurso legal das políticas educacionais. • Estado, governo e políticas públicas: concepções e princípios. • Reforma da educação a partir de 1990 e o neoliberalismo. • Organizações internacionais: propostas para a educação brasileira. UNIDADE I 5 • Estudar as relações históricas estabelecidas entre a sociedade, o Estado e a educação no Brasil. • Compreender os conceitos primários da organização das políticas públicas no Brasil: Estado, governo, sociedade e políticas públicas. • Analisar as influências do neoliberalismo na educação brasileira a partir da Reforma Educacional, iniciada na década 1990. • Compreender as propostas para a educação das organizações internacionais na educação brasileira. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 6 PERGUNTA Em que contexto vamos discutir as políticas educacionais? 7 “Sempre que a sociedade se defronta com mudanças significativas em suas bases, sociais, tecnológicas e produtivas, novas atribuições passam a ser exigidas da e na escola”. (Penin & Penin, 2002) 8 Para dar conta de nossa proposta, apresentamos, de forma panorâmica, algumas das mudanças sociopolíticas e econômicas em curso nos últimos anos e suas implicações nas políticas públicas, sociais educacionais. 9 Jesuítas de1549 a 1759 • Ratio Studiorum Pombalino, de 1759 a 1827 • Educação laica Joanino, de 1808 a 1821 • Educação estatal 10 Período Imperial, de 1822 a 1889 • Liberalismo. • Constituição de 1824. Primeira República, de 1889 a 1929 • Constituição de 1891. • Descentralização (responsabilização de cada Estado). • Reformas. Segunda República de 1930 a 1937 • “Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova” 1932. 11 Era Vargas, de 1930 a 1964 • Modernização capitalista, industrialização. • Interesse na educação em vias de modernização do país. • Uma escola para elite e outra profissional. Quarta República, de 1946 a 1964 • Regime militar tinha como objetivo conter o socialismo e garantir o capital. • Reformas empreendidas pelo governo militar para a educação incorporam as recomendações advindas de agências internacionais. • LDB de 1961. 12 O período Militar, de 1964 a 1985 • Educação como pressuposta do desenvolvimento econômico (Teoria do Capital Humano, de Theodore W. Schultz). • A política educacional é atrelada à política de desenvolvimento, ela contribui para a garantia do controle político e ideológico do governo militar. 13 Nova República • Constituição Federal de 1988. • LDB de 1996. 14 TEORIAS COM ENFOQUE LIBERAL TEORIAS COM ENFOQUE MARXISTA Consideram que o Estado é neutro e está acima dos interesses das classes sociais. Fundamentam-se em uma concepção de sociedade dividida em classes antagônicas, com interesses divergentes. O foco é no indivíduo, proteger a liberdade pessoal e manter a liberdade econômica individual. Apenas no nível aparente, os interesses do Estado apresentam-se como interesses universais, de todo o corpo social. O Estado melhor é um Estado menos, chamado de “Estado mínimo”, pois o melhor regulador da atividade econômica é o mercado. Esse enfoque constitui-se, desse modo, numa crítica ao enfoque liberal de Estado. Na área social, sustenta a tese de que é a iniciativa privada que deve prover os serviços da educação, da saúde, do trabalho, da seguridade social, entre outros. A educação fundamenta-se em estabelecer a ligação orgânica entre a prática e a teoria, no princípio da plena realização humana - homem omnilateral (na qual harmoniza “tempo de trabalho” e “tempo livre”). CONCEITO - ESTADO 15 Estado não pode ser visto como um poder externo imposto à sociedade, ele é um produto de uma sociedade em determinado estágio de desenvolvimento Poulantzas (2000) O Estado pode ser definido como o “[...] conjunto de instituições permanentes [...] O governo é transitório, formado por grupos que se alternam no poder e “[...] assume e desempenha as funções de Estado por um determinado período” (HÖLFLING, 2001, p. 31). ESTADO - GOVERNO 16 ORIENTAÇÃO CAPITALISTA-LIBERAL ORIENTAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS A MAIORIA DA SOCIEDADE Garantir a unidade nacional e legitimar o sistema. Transformar a sociedade, de modo e eliminar as divisões sociais estabelecidas. Contribuir com a coesão e o controle social. Conscientizar os indivíduos, tendo em vista uma formação de sujeitos críticos, autônomos e emancipados. Promover a democracia da representação. Desenvolver uma educação integral, que permita o desabrochar das potencialidades humanas. Contribuir com a mobilidade e a ascensão social. Apropriação do saber social e na formação para o exercício pleno da cidadania. Compor a força de trabalho, preparando, qualificando, formando e desenvolvendo competências para o trabalho. Desbarbarizar a humanidade, no que concerne aos seus preconceitos, opressão, genocídio, tortura etc. OBJETIVOS PARA EDUCAÇÃO 17 Assim, as políticas educacionais precisam ser pensadas, implementadas e avaliadas com base em um projeto social que atenda aos interesses da maioria da população, que se efetive como um direito universal básico e um bem social público. 18 Na política, neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do Estado na economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Disponível em: <http://www.significados.com.br/neoliberalismo/>. NEOLIBERALISMO 19 NEOLIBERALISMONeoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, a diminuição dos impostos e tributos excessivos etc. 20 • Estado é responsabilizado pela crise. • O desenvolvimento deixa de ser um projeto conduzido apenas pelo Estado-nação e passa ter como base o mercado mundial. • É claro que, quando ocorre uma crise como a de 2008, eles não têm a capacidade de se autorregular, então chamam o Estado. NEOLIBERALISMO 21 • Ampliando a cobertura dos sistemas escolares. • Aumentando os anos de escolarização das futuras gerações da classe trabalhadora. • Introduzindo novas formas de organização do trabalho nas instituições de ensino e formação profissional, que se veem subordinadas a mesma racionalidade das empresas. • Os processos de avaliação de desempenho ocupam um lugar central nos mecanismos de gestão. Sistemas educacionais tiveram que se reformular 22 O QUE VOCE COMPREENDEU SOBRE O NEOLIBERALISMO? 23 QUAL É A RELAÇÃO? EDUCAÇÃO NEOLIBERALISMO 24 • Levam o capitalismo a estabelecer, para a escola, finalidades mais compatíveis com os interesses do mercado. • Modificam os objetivos e prioridades da escola. NEOLIBERALISMO 25 FOCO É O TRABALHADOR Qualidade total, modernização da escola Abertura da universidade aos financiamentos empresariais Adequação do ensino à competitividade do mercado internacional Incorporação das técnicas e linguagens da informática e da comunicação Pesquisas práticas, utilitárias Controle e produtividade NEOLIBERALISMO X EDUCAÇÃO 26 • A escola voltada à formação do cidadão, que destaca o saber não somente pelo seu valor profissional, mas por seu valor social, cultural e político, está sendo substituída por uma escola voltada à formação de “capital humano”, ou seja, de conhecimentos apreendidos pelos indivíduos desde que sejam valorizáveis economicamente. Uma escola que cada vez mais se insere na ordem competitiva de uma economia globalizada. NEOLIBERALISMO X EDUCAÇÃO 27 Problemas do ideário neoliberal • O foco é no trabalhador, no mercado e no desenvolvimento econômico e não mais no ser humano e no cidadão. 28 Como as políticas neoliberais interferem na educação? NEOLIBERALISMO X EDUCAÇÃO 29 • Transferência dos referenciais econômicos para a educação - eficiência e qualidade. • Preparo polivalente • Avaliações nacionais medem a qualidade educacional. • Conforme a demanda do mercado de trabalho que se estabelecem os objetivos e currículos educacionais. • Privatização da educação (terceiro setor). NEOLIBERALISMO X EDUCAÇÃO 30 As proposições para a educação gestadas pelos diferentes organismos internacionais têm provocado um intenso debate entre estudiosos da educação. Esse debate expressa-se em análises que reiteram o ideário difundido, outras que estabelecem uma profunda crítica e outras que procuram identificar "brechas" para uma atuação comprometida com os valores da cidadania. EDUCAÇÃO - ORGANISMOS INTERNACIONAIS 31 Os conflitos do século XX, em grande parte não solucionados pelo Estado, levaram a comunidade internacional a criar formas de resolver os conflitos EDUCAÇÃO - ORGANISMOS INTERNACIONAIS Na política para educação brasileira, as influências se originam da subordinação do Estado a esses organismos, pois dependem de seus financiamentos para projetos na área educacional; em contrapartida, devem estar em sintonia com as ideologias e recomendações dessas organizações internacionais. 32 ORGANIZAÇÕES ESPECIALIZADAS BIRD, Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento ou Banco Mundial www.worldbank.org CEPAL, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe www.eclac.cl FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação www.fao.org FMI, Fundo Monetário Internacional www.imf.org ITC, Centro lnternacional de Comércio www.intracen.org OMC, Organização Mundial do Comércio www.wto.org OMS, Organização Mundial da Saúde www.who.int UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura www.unesco.org UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância www.unicef.org 33 EDUCAÇÃO - ORGANISMOS INTERNACIONAIS Conferência Mundial sobre Educação para Todos (1990) EDUCAÇÃO PARA TODOS MINIMALISTA “APRENDER A APRENDER” 34 CRÍTICA AO LEMA “APRENDER A APRENDER” Aprender sozinho, desvaloriza o ato de ensinar. Competências são mais importantes do que o conhecimento construído historicamente. Atividade pedagógica regida pelo interesse do aluno o que desvaloriza o papel da escola. Objetivo da educação e a adaptação e não a transformação da sociedade. 35 QUAL É A FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO? 36 RECORDANDO As etapas da educação básica são a educação infantil (que inclui creche e pré-escola), o ensino fundamental e o ensino médio. As modalidades são a educação especial (para pessoas com deficiências), a educação profissional, a educação de jovens e adultos, a educação indígena, a educação do campo e a educação a distância. 37 POLÍTICAS EDUCACIONAIS E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Prof.ª Me. Mara Cecilia Rafael Lopes maraterraboa@ibest.com.br
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