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Investimentos e Aplicações SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte Fale Conosco 0800 728 2891 ead.sestsenat.org.br Curso on-line – Investimentos e Aplicações – Brasília: Sest/Senat,2016. 58 p. : il. – (EaD) 1. Investimento. 2. Operação financeira. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. CDU 658.152 3 Sumário Apresentação 5 Unidade 1 | A Importância da Educação Financeira 7 1. A Importância da Educação Financeira 8 2. Fazendo o Dinheiro Trabalhar para Você 9 3. Quando Vale a Pena Assumir Financiamentos 11 Glossário 13 Atividades 14 Referências 15 Unidade 2 | Como Economizar Dinheiro 16 1. Como Economizar Dinheiro 17 2. Mapeando suas Despesas 18 Glossário 21 Atividades 22 Referências 23 Unidade 3 | Elaboração do Orçamento Pessoal e Familiar 24 1. Elaboração do Orçamento Pessoal e Familiar 25 Glossário 29 Atividades 30 Referências 31 Unidade 4 | Quais os Principais Investimentos e Aplicações 32 1. Quais os Principais Investimentos e Aplicações 33 2. Poupança 33 3. CDB 35 4. CDI 36 5. Letra do Tesouro Nacional e Letra Financeira do Tesouro 38 4 6. Fundos de Investimentos 39 Glossário 41 Atividades 42 Referências 43 Unidade 5 | Conceitos e Rendimentos de uma Ação 44 1. Conceitos e Rendimentos de uma Ação 45 2. Como Comprar Ações 47 Glossário 49 Atividades 50 Referências 51 Unidade 6 | Como Investir 52 1. Como Investir 53 Glossário 54 Atividades 55 Referências 56 Gabarito 57 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Investimento e Aplicações! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 20h e foi organizado em 6 unidades, conforme a tabela a seguir. Unidades Carga Horária 1 - A Importância da Educação Financeira 3 horas 2 - Como Economizar Dinheiro 3 horas 3 - Elaboração do Orçamento Pessoal e Familiar 4 horas 4 - Quais os Principais Investimentos e Aplicações 4 horas 5 - Conceitos e Rendimentos de uma Ação 3 horas 6 - Como Investir 3 horas 6 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br ou pelo telefone 0800 72 82 891. Bons estudos! 7 UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8 1. A Importância da Educação Financeira Quando você gasta menos do que ganha, adquire o direito de fazer escolhas sobre como aplicar seu dinheiro. Isso permite que seja possível os juros começarem a trabalhar a seu favor. Ou seja: ao invés de pagar juros para um financiamento ou empréstimo, você pode receber juros sobre valores aplicados. Além disso, passa- se a contar com um fundo próprio para emergências e reduz-se a necessidade de pagar juros sobre dinheiro que adquira emprestado no mercado. Observe, no quadro, a importância da boa educação financeira para sua família. a Por que investir em educação financeira • Quem domina suas próprias finanças e as de sua família depende menos de bancos e instituições financeiras, porque tem sua própria poupança. Assim, em caso de necessidades, é possível recorrer aos seus próprios fundos – sem pagar juros. • Crianças que aprendem sobre educação financeira desde cedo se habituam a gastar com consciência, medindo e avaliando seus gastos. São crianças que pensam no valor do dinheiro e, assim, se tornam adultos conscientes. • Quem planeja as próprias finanças tem em mãos as ferramentas para planejar seu futuro – e isso inclui aposentadoria, imprevistos, etc. Ou seja: são pessoas que conseguem se precaver e se preparar para planos futuros. • Grandes metas, como adquirir a casa própria, trocar de veículo ou comprar um novo eletrodoméstico, se tornam possíveis quando se tem plena consciência do quanto se pode gastar. E essa consciência vem com um bom controle financeiro. 9 h Quem tem boa educação financeira se endivida menos e, quando assume dívidas, assume com consciência. Isso acontece porque o problema não é a dívida em si – afinal, em algum momento, todos nós precisamos financiar algum bem –, mas a incapacidade de avaliar, realmente, o impacto daquela dívida no orçamento familiar. 2. Fazendo o Dinheiro Trabalhar para Você Você já assumiu algum financiamento ou obteve crédito no mercado? Um carro financiado, um financiamento imobiliário ou um carnê com prestações por um bem adquirido são exemplos comuns de dívidas que sofrem o acréscimo de juros, que são justamente o rendimento pago ao dono do dinheiro emprestado de acordo com o tempo do empréstimo. Ou seja: o dono do dinheiro empresta a você, mas recebe um pouco a mais em troca. Agora: você sabe, realmente, quanto paga a mais por cada crédito que adquire no mercado? Para falar sobre juros, é preciso entender que há, no mercado, duas categorias principais de juros: • Juros simples: estes são calculados somente sobre o valor que foi emprestado. Assim, a cada mês, você paga o mesmo valor de juros. • Juros compostos: estes são piores para o consumidor que adquire o crédito, porque são calculados sobre o valor emprestado e também sobre os juros já pagos. Assim, a cada mês, você paga um valor maior de juros. São os temidos “juros sobre juros”. 10 Na tabela a seguir, você tem dois exemplos de juros simples e compostos para uma mesma taxa de juros de 1% ao mês. Observe o quanto essa taxa, que é considerada baixa para empréstimos concedidos no mercado, pode fazer com que uma dívida aumente em apenas dois anos. Observe como o valor, no caso dos juros compostos, é bastante desfavorável ao consumidor. Os dois casos consideram um empréstimo de R$ 2.000,00. Tabela 1: Projeção de juros simples e compostos 1) Empréstimo com juros simples de 1% ao mês 2 Empréstimo com juros compostos de 1% ao mês Mês 1 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 Mês 2 R$ 2.020,00 R$ 2.020,00 Mês 3 R$ 2.040,00 R$ 2.040,20 Mês 4 R$ 2.060,00 R$ 2.060,60 Mês 5 R$ 2.080,00 R$ 2.081,21 Mês 6 R$ 2.100,00 R$ 2.102,02 Mês 7 R$ 2.120,00 R$ 2.123,04 Mês 8 R$ 2.140,00 R$ 2.144,27 Mês 9 R$ 2.160,00 R$ 2.165,71 Mês 10 R$ 2.180,00 R$ 2.187,37 Mês 11 R$ 2.200,00 R$ 2.209,24 Mês 12 R$ 2.220,00 R$ 2.231,34 Mês 13 R$ 2.240,00 R$ 2.253,65 Mês 14 R$ 2.260,00 R$ 2.276,19 Mês 15 R$ 2.280,00 R$ 2.298,95 Mês 16 R$ 2.300,00 R$ 2.321,94 Mês 17 R$ 2.320,00 R$ 2.345,16 11 No mercado, a prática é emprestar dinheiro com remuneração por juros compostos. Assim, para quem adquire o empréstimo, é desvantajoso. Mas você pode reverter esse quadro se, em vez de tomar emprestado, emprestar dinheiro ao banco. Como? Investindo seu dinheiro de alguma forma – poupança, fundos de investimento, CDB, etc. Quando você faz isso e aplica seu dinheiro, o banco paga juros pelo uso de seu dinheiro. E, para a sua sorte, esses juros são compostos! 3. Quando Vale a Pena Assumir Financiamentos Quem tem dinheiro guardado tem a opçãode escolher quando vai adquirir crédito no mercado ou não. Assim, essas pessoas têm papel ativo para avaliar a melhor opção e fazer boas escolhas financeiras. Mas, ainda que você não tenha dinheiro guardado ainda, isso não significa que deva assumir qualquer dívida e que não possa fazer boas escolhas financeiras. Em geral, vale a pena assumir financiamentos: • Quando você tiver acesso a um crédito mais barato do que o já contratado. Ou seja: quando conseguir uma taxa de juros menor para uma dívida que você já possui. Um exemplo é a dívida de cartão de crédito, que sempre possui os juros mais caros no mercado. Se você tem uma dívida assim, pode ser inteligente pegar um empréstimo com juros menores para quitá-la. Mês 18 R$ 2.340,00 R$ 2.368,61 Mês 19 R$ 2.360,00 R$ 2.392,29 Mês 20 R$ 2.380,00 R$ 2.416,22 Mês 21 R$ 2.400,00 R$ 2.440,38 Mês 22 R$ 2.420,00 R$ 2.464,78 Mês 23 R$ 2.440,00 R$ 2.489,43 Mês 24 R$ 2.460,00 R$ 2.514,33 12 • Quando você tiver a chance de adquirir um bem de alto valor, como a casa própria, por meio de financiamento que caiba em seu orçamento doméstico. Se você tem a chance de compor patrimônio com juros baixos, esta opção pode valer a pena, especialmente se isso significar parar de pagar aluguel, por exemplo. e Nunca se esqueça de que empréstimos são soluções imediatas, mas precisarão ser pagos no futuro. A solução definitiva para não ter mais problemas financeiros é a que você já sabe: gastar menos do que ganha e guardar dinheiro. Agora é com você! Em nosso exemplo de cálculo de juros, usamos uma ferramenta simples que está à disposição na internet, para fazer a simulação vista em nosso curso. Nessa ferramenta, uma calculadora financeira, você mesmo pode simular várias operações de empréstimo e de investimento aplicando juros simples ou compostos em períodos que você mesmo determina. Que tal anotar a dica e passar a usá-la daqui em diante para auxiliar em suas decisões financeiras? Confira o link a seguir. http://www.calculadoraonline.com.br/financeira. Você acaba de concluir o conteúdo dessa unidade. Agora, você pode praticar o que aprendeu realizando as atividades. Na sequência, avance em seus estudos até finalizar todas as unidades. Mãos à obra! 13 Glossário Juros: o rendimento pago ao dono do dinheiro emprestado de acordo com o tempo do empréstimo. Juros compostos: calculados sobre o valor emprestado e também sobre os juros já pagos. Juros simples: calculados somente sobre o valor que foi emprestado a você. 14 d 1) De acordo com a afirmação abaixo, marque verdadeiro ou falso. Vale a pena assumir um financiamento para o caso de conseguir comprar um bem de alto valor, mesmo que os juros sejam mais elevados. Para quem mora de aluguel, quase sempre a melhor opção é comprar um imóvel ainda na planta e continuar pagando o aluguel enquanto investe no imóvel. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) São calculados somente sobre o valor que foi emprestado. Assim, a cada mês, você paga o mesmo valor de juros. Esta definição refere-se aos juros: a. ( ) Juros simples b. ( ) Juros composto Atividades 15 Referências ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2011. BCB. Banco Central do Brasil. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. MISHKIN, F. Moedas, Bancos e Mercados Financeiros. Rio de Janeiro: LTC: Livros Técnicos e Científicos LTDA, 2000. 16 UNIDADE 2 | COMO ECONOMIZAR DINHEIRO 17 1. Como Economizar Dinheiro Você e sua família têm o hábito de guardar dinheiro, ainda que seja um pouquinho a cada mês? Para muitas pessoas, essa é uma meta de vida que sempre é adiada, sempre fica “para o ano que vem”. Afinal, sempre surgem novas despesas, gastos inesperados, obrigações das quais não se consegue fugir. E agora? O que as pessoas não percebem, na maior parte das vezes, é que não se pode esperar o momento ideal para economizar dinheiro, porque este momento nunca vai chegar se você e sua família não se planejarem para ele. h Um orçamento positivo, com sobra de dinheiro, não é sorte ou questão de ocasião, é resultado de esforço, planejamento e dedicação da família. E, acredite, sua família pode conseguir! A maior parte das pessoas que buscam cursos ou técnicas para melhorar sua situação financeira já sabe a lógica básica para economizar dinheiro: gastar menos do que ganha. Mas por que é tão difícil colocar isso em prática? Em geral, porque envolve abrir mão de prazeres imediatos, que você e sua família podem estar acostumados a ter. Além disso, pode parecer desestimulante pensar em guardar dinheiro em longo prazo, quando os objetivos parecem distantes demais. Por isso, é importante conhecer dicas importantes sobre como economizar dinheiro em seu dia a dia. Observe-as no quadro. 18 a Passo a passo para economizar dinheiro 1. Faça um levantamento de suas despesas hoje. Com o que você gasta? Com o que sua família gasta? Quais são suas dívidas? Quando elas terminarão? 2. Com essas informações, é possível elaborar uma tabela simples, com uma coluna para cada um dos próximos meses. Em cada linha, você deve colocar uma despesa que já sabe que terá. Insira o valor de cada dívida a cada mês, indicando quando elas terminarão. 3. Muito bem. Agora você já sabe o quanto sua capacidade financeira está comprometida nos próximos meses. Agora, reúna sua família e se perguntem: o que podemos reduzir? 4. Faça uma lista dos itens que podem ser reduzidos e transforme isso em um objetivo familiar. Assim como fez para a tabela, insira também metas, mês a mês, que você e sua família devem cumprir. Por exemplo: entre janeiro e fevereiro, reduzir em 5% os gastos de supermercado. Entre fevereiro e março, reduzir mais 5%. 5. Agora, é a hora de acompanhar a evolução de sua família nessa tarefa. A cada mês, retome sua tabela e veja o quanto vocês avançaram na direção correta. 2. Mapeando suas Despesas Que tal conhecer um exemplo de tabela que é possível adotar para controlar os gastos de sua família? Observe, a seguir, um exemplo simples que pode ser útil para vocês. Assim como se vê abaixo, esta tabela contém uma coluna para cada mês futuro e uma linha para cada uma das despesas desta família. A tabela está estruturada para seis meses, mas você pode adotá-la para períodos maiores ou menores, para situações com mais ou menos despesas, etc. 19 Tabela 2: Mapeamento de despesas familiares Observe, nessa planilha, que algumas das despesas dessa família são fixas, ou seja, não se reduzem ao longo do tempo. É o caso do aluguel, do condomínio, etc., mas algumas outras despesas se reduzem, sim, na medida em que os meses avançam – ou seja, o gasto familiar vai se reduzindo. Se essa família opta por investir dinheiro, uma simples tabela como essa mostra informações valiosas, como: Despesas Jan Fev Mar Abril Maio Junho Aluguel R$ 850,00 R$ 850,00 R$ 850,00 R$ 850,00 R$ 850,00 R$ 850,00 Condo- mínio R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00 Prestação do carro R$ 420,00 R$ 420,00 R$ 420,00 R$ 420,00 R$ 420,00 R$ 420,00 TV a cabo R$ 120,00 R$ 120,00 R$ 120,00 R$ 120,00 R$ 120,00 R$ 120,00 Água e luz R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00 R$ 180,00 Escola R$ 520,00 R$ 520,00 R$ 520,00 R$ 520,00 R$ 520,00 R$ 520,00 Super- mercado R$850,00 R$ 850,00 R$ 850,00 R$ 850,00 R$ 850,00 R$ 850,00 Transporte R$ 230,00 R$ 230,00 R$ 230,00 R$ 230,00 R$ 230,00 R$ 230,00 Dívidas R$ 1.250,00 R$ 1.250,00 R$ 920,00 R$ 840,00 R$ 720,00 R$ 420,00 TOTAL DEVIDO R$ 4.600,00 R$ 4.600,00 R$ 4.270,00 R$ 4.190,00 R$ 4.070,00 R$ 3.770,00 20 • O total de obrigações mensais já assumidas; • O quanto de suas despesas é composto por gastos fixos, que não podem ser reduzidos; • Quanto dos gastos pode ser reduzido mensalmente; • Quanto tempo levará para quitar as dívidas já assumidas. Ao cruzar essas informações com a renda da família, saberemos exatamente em que momento essa família passará a ter capacidade de poupar dinheiro. Por isso, nas próximas unidades deste curso, desenvolveremos os próximos passos a partir dessa mesma planilha simplificada, que você conheceu na Tabela 2. h Atenção! Mudanças grandes não são feitas de um dia para o outro, nem de um mês para o outro. Planejamento financeiro envolve uma decisão familiar, mas é preciso ter paciência. Ainda que haja retrocessos e “tropeços” nos gastos, se vocês se mantiverem firmes no propósito de rever o modo como gastam, estarão no caminho certo. Agora é com você! Agora é a sua vez de colocar a mão na massa. Observe a planilha que foi apresentada nesta unidade, na Tabela 2, e transporte-a para a realidade de sua família. Observe quais são seus gastos mensais, analisando quais podem ser reduzidos e quais não podem. Observe a quantidade de dívidas já assumidas em seu orçamento familiar hoje e procure identificar em que momento vocês terão uma “folga” financeira para pensar em começar a guardar dinheiro. Lembre-se de que essa planilha pode ser feita manualmente ou, então, em um aplicativo de planilhas eletrônicas. Muito bem, você concluiu o conteúdo desta unidade. Agora, você está apto para testar seus conhecimentos na bateria de questões sobre esta unidade de seu curso. Ao finalizar esta etapa, prossiga em seus estudos. 21 Glossário Desestimulante: que desestimula; deixa triste, sem motivação. Estruturada: elaborada, planejada (algo) cuidadosa e detalhadamente. 22 d 1) Um orçamento positivo, muitas vezes é questão de sorte e ocasião. Mas com o esforço e dedicação de sua família você poderá conseguir. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) Algumas despesas, que não são fixas, se reduzem na medida que os meses avançam. É o caso do aluguel. Condomínio e etc. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 23 Referências BCB. Banco Central do Brasil. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. CHEROBIM, A. Finanças pessoais – conhecer para enriquecer. São Paulo: Atlas, 2011. LUQUET, M. Guia Valor Econômico das Finanças Pessoais. Rio de Janeiro: Globo, 2007. 24 UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO PESSOAL E FAMILIAR 25 1. Elaboração do Orçamento Pessoal e Familiar Para que você possa fazer investimentos e aplicações e, assim, conseguir atingir seus objetivos financeiros, o primeiro passo é dominar as técnicas para elaborar e acompanhar o orçamento familiar. Um orçamento é uma estimativa, ou seja, uma previsão do que será gasto. Assim, um orçamento familiar é uma previsão de tudo aquilo que sua família pretende gastar no futuro. Para elaborar um orçamento familiar, há um passo a passo que pode ser adotado. Observe nos tópicos a seguir. I) Traçar seus objetivos financeiros Afinal, por que você e sua família decidiram investir em um orçamento familiar? Provavelmente, vocês tomaram essa decisão visando alcançar algum grande objetivo – sanar dívidas, começar a poupar dinheiro para a aposentadoria, comprar a casa própria, etc. Se esses objetivos já estão em vista, ótimo. Se não estão ainda, é o momento de definir o que vocês desejam alcançar. Eis, então, sua primeira tarefa: defina quais são seus objetivos com o orçamento familiar e defina em quanto tempo deseja alcançar cada um. Esses objetivos com prazo estabelecido são as suas metas financeiras. Agora, observe as ações. h Estipule metas realistas. De nada adianta estipular objetivos que vocês não conseguirão cumprir. Ainda que precise pensar em metas que levem um ou dois anos, tudo bem, porque o importante é atingir a meta, ainda que demore. Não desanime! 26 II) Preenchendo sua planilha de orçamento familiar Agora, chegou o momento de fazer sua planilha de orçamento familiar completa. Recupere a planilha do tópico anterior (Tabela 2) e insira, também, linhas para as receitas de sua família. Lembre-se de inserir todas as receitas, isso significa inserir todos os salários que entram para pagar as despesas familiares, além de rendimentos com imóveis alugados, ações, aposentadorias, pensões, etc. Atenção: se você ou alguém de sua família recebem rendimentos variáveis, por serem autônomos, por exemplo, considere uma média de quanto foi recebido e projete isso para os próximos meses. Não esqueça de considerar flutuações, como queda de movimento em seu negócio, férias, etc. Assim como você fez para as receitas, agora procure incluir todas as despesas de sua família para o próximo ano (ou dois anos, a depender de suas metas). Inclua, também, despesas temporárias ou que ocorrem apenas em alguns meses, como IPTU, IPVA, matrícula escolar, etc. Ao final, insira linhas com os totais para suas despesas e para suas receitas. Sua última linha deve mostrar o balanço final, ou seja, o resultado do total de receitas menos o total de despesas a cada mês. Guarde a fórmula com você: Resultado mensal = Total de receitas – Total de despesas e Para o orçamento familiar, precisão e realismo são as palavras de ordem. Não seja otimista com receitas, porque as previsões podem não se cumprir e, aí, você não conseguirá atingir suas metas. Seja realista com receitas e com despesas. Observe um exemplo de planilha completa, com itens sugeridos para seu preenchimento. Seu orçamento familiar deve ser parecido com esta estrutura. 27 Tabela 3: Orçamento familiar III) Preveja quando e quanto vocês poderão aplicar Muito bem. Agora você já sabe exatamente o quanto de sua renda está comprometida para o pagamento de dívidas que já possui. Você também já sabe quanto dinheiro sobrará a cada mês e a partir de que momento terá sobra de recursos. Ou seja: já sabe quando poderá começar a investir e com quanto poderá contar para isso. Preencha uma tabela simples com essas informações, como o modelo a seguir. Essa será a base para formar a carteira de investimentos de sua família. Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Salário mensal Aposentadoria Renda de aluguel Receitas totais Aluguel da casa Prestação de veículo Alimentação Transporte da família Mensalidade da escola Prestações Cartão de crédito IPVA IPTU Plano de saúde Conta de água Conta de luz Despesas totais Resultado mensal 28 Tabela 4: Projeção de recursos para aplicações e investimentos h Como o nome já diz, o orçamento familiar precisa ser um projeto familiar, ou seja, precisa haver o comprometimento de toda a família. Não pode ser imposto, sem que os outros membros da família aceitem, porque dificilmente será seguido por pessoas que não se comprometam com ele. Por isso, explique, converse e demonstre como o futuro de sua família pode ser melhor se todos adotarem o orçamento familiar. Ótimo, você acaba de finalizar a unidade e está apto a testar seus conhecimentos nas questões referentes a ela. Prossiga em seus estudos paraconcluir o restante de seu curso. Mês Valor a ser aplicado Janeiro R$ 50,00 Fevereiro R$ 60,00 Março R$ 120,00 Abril R$ 120,00 Maio R$ 120,00 Junho R$ 180,00 Julho R$ 240,00 Agosto R$ 240,00 Setembro R$ 350,00 Outubro R$ 380,00 Novembro R$ 450,00 Dezembro R$ 450,00 29 Glossário Metas financeiras: objetivos financeiros com prazos estabelecidos. Orçamento familiar: uma estimativa, ou seja, uma previsão das receitas e despesas de uma família. 30 d 1) Para elaborar um bom orçamento familiar, devemos: Traçar objetivos, preencher planilha de orçamento familiar e por fim prever quando e quanto você e sua família poderão aplicar. Verdadeiro ou Falso? ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) O orçamento familiar precisa ser um projeto familiar, ou seja precisa haver comprometimento. Deve ser importo para todos os membro da família aceitem e sigam as regras fielmente. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 31 Referências BCB. Banco Central do Brasil. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. CHEROBIM, A. Finanças pessoais – conhecer para enriquecer. São Paulo: Atlas, 2011. GUINDANI, R. Finanças pessoais. Rio de Janeiro: IBPEX, 2012. 32 UNIDADE 4 | QUAIS OS PRINCIPAIS INVESTIMENTOS E APLICAÇÕES 33 1. Quais os Principais Investimentos e Aplicações Esta é a unidade mais aguardada de nosso curso, pois é o momento de mostrar a você as principais opções disponíveis para um investidor no mercado brasileiro. Assim, deste ponto em diante, apresentaremos os principais produtos financeiros, que correspondem justamente aos serviços e produtos que as instituições financeiras oferecem a seus clientes que desejam investir dinheiro, um a um. Tome nota e bons negócios! 2. Poupança Esta é a aplicação mais famosa no Brasil. Isso acontece porque, para investir na poupança, basta que o investidor tenha pequenos valores. Assim, é possível investir até mesmo alguns centavos. Por permitir investimentos pequenos, é algo que você pode começar hoje mesmo, com um pouquinho de dinheiro. A poupança também tem como característica o fato de ter liquidez imediata, o que significa que se pode sacar imediatamente todo o dinheiro que depositou a qualquer momento. Não há carência (prazo mínimo para saque exigido por algumas aplicações) para a poupança, o que a caracteriza como um investimento acessível e que pode ser recuperado a qualquer momento. Atrativo, não é mesmo? 34 A desvantagem da poupança está na taxa de juros de seu rendimento, que costuma ser a mais baixa do mercado. Essa é uma aplicação que tem seu rendimento definido pelo Banco Central. No Brasil, os bancos comerciais costumam manter não apenas uma, mas várias opções de poupança para seus clientes. A depender de seu banco, é possível fazer depósitos mensais, anuais ou sempre que você quiser. Naturalmente, o rendimento da poupança varia de um ano para outro. Ele depende, também, do valor da inflação do período. Chamamos o rendimento obtido na poupança de retorno absoluto, ou seja, a porcentagem de rendimentos que efetivamente recebemos. Além dessa taxa, também calculamos o retorno real, que considera a inflação (sua fórmula exata é: retorno real = retorno absoluto - inflação). Observe o gráfico a seguir, que mostra a evolução das taxas de poupança no Brasil desde 1995. Figura 1: Rendimento da Poupança no Brasil Fonte: Tororadar, 2015, p. 1. 35 a Atenção: a poupança é um tipo de aplicação que tem seus rendimentos calculados mensalmente, o que significa que seus rendimentos só serão creditados após 30 dias do investimento inicial – e, assim, serão creditados sempre no mesmo dia nos próximos meses. Isso significa que, se você pretende retirar seu dinheiro antes de 30 dias, não deve usar a poupança, porque não terá rendimentos. 3. CDB O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um produto popular entre os pequenos investidores brasileiros porque é oferecido por muitos bancos em todo o País. Quando os bancos precisam de dinheiro para emprestar a quem solicita crédito, eles vão ao mercado para buscar dinheiro com pequenos investidores como você. E, para fazer com que você empreste seu dinheiro ao banco para que o próprio banco possa emprestá-los a terceiros, o banco lhe oferece uma remuneração atraente, ou seja, acima da poupança. Nada mal, não é mesmo? Os bancos fazem isso, na prática, emitindo os Certificados de Depósito Bancários, que são títulos que garantem que o banco pagará ao investidor aquilo que for acordado. No Brasil, há dois tipos comuns de CDB: • CDB Pré-fixado: neste caso, banco e investidor já definem logo de início a taxa de juros que será aplicada como remuneração do dinheiro emprestado para o banco. Não há surpresas, porque o banco garante que pagará o que for acordado – mas também não há chances de ganhar mais caso o mercado melhore daqui a alguns meses. • CDB Pós-fixado: neste caso, o banco garante a você um percentual de juros sobre o valor emprestado, mas utiliza algum índice de mercado para esse cálculo. O exemplo mais comum é a SELIC, que é a taxa básica de juros da economia 36 brasileira, fixada pelo Banco Central. A SELIC funciona como uma taxa de juros generalizada que todo o mercado brasileiro adota como referência. Assim, o seu banco pode oferecer, por exemplo, 105% da SELIC como remuneração. Neste caso, você não sabe o quanto vai ganhar exatamente, mas sabe que será mais que a taxa básica de juros. h Escolher o tipo de investimento desejado significa escolher o quanto de riscos se está disposto a correr. Lembre-se de que juros significam os riscos de perder dinheiro, mas também de ganhar dinheiro. Assim, uma aplicação sem nenhum risco é uma aplicação em que não se pode perder dinheiro, mas também não se pode ganhar. 4. CDI Além do CDB, você também tem como opção de investimentos o CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), um título bancário que serve para dar lastro a operações do próprio mercado financeiro, ou seja, para levantar, com investidores, recursos que as instituições financeiras do país possam negociar. Assim como no caso do CBD, aqui também temos a emissão de um título. Normalmente, o CDI é comercializado em operações diárias, mas esta não é a regra. Em muitos casos, as taxas de juros para títulos como esses são corrigidas diariamente. 37 E agora, como escolher: poupança, CDB ou CDI? Esta é uma dúvida comum para quem começa a investir dinheiro. A matéria “Investir em Poupança ou CDB e LCI?” (EUQUEROINVESTIR, 2015, p. 1), apresenta um comparativo para as opções de investimentos em poupança, CDB ou LCI (as Letras de Crédito Imobiliário, que são títulos de crédito baseados em patrimônio imobiliário e oferecidas pelos bancos como opções de investimento). Observe que CDB, CDI e LCI são títulos de crédito oferecidos pelos bancos e, assim, você pode utilizar essas dicas para analisa- los como opções para seus investimentos de forma semelhante. Breve explicação sobre a poupança A regra para a rentabilidade da poupança é: sempre que a taxa SELIC estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança vai render 6% a.a. (ao ano) + TR (Taxa Referencial, que é uma taxa de juros de referência para o mercado, ou seja, um parâmetro que o mercado utiliza como base). A SELIC é a taxa básica de juros da economia; é definida pelo governo e utilizada principalmente como mecanismo de controle de inflação. Uma característica importante da poupança é que ela é isenta de Imposto de Renda – ou seja: seu rendimento na poupança será líquido e não haverá desconto de Imposto de Rendasobre ele, ao contrário do que ocorre com muitos investimentos. Isso vai torná-la mais atraente que alguns investimentos e teremos de considerar esse fato ao comparar a poupança a outras opções de investimentos. Investir em poupança ou CDB? O CDB é a segunda forma de aplicação mais utilizada entre os brasileiros e nada mais é do que um empréstimo feito pelo investidor ao banco. A dúvida quanto a investir na poupança ou no CDB é muito pertinente! Começando a argumentar em favor do CDB, pesa o fato de que os CDBs têm a mesma garantia da poupança. A garantia da poupança e do CDB é dada pelo FGC – Fundo Garantidor de Crédito. O FGC garante esses tipos de investimentos no valor de até R$ 250.000,00 por pessoa em cada banco. 38 Resumindo Depósitos nesses investimentos são garantidos em até R$ 250.000,00 em caso de “quebra” das instituições financeiras cadastradas. Se você tem investimentos maiores que R$ 250.000,00, divida-os em mais de um banco! Essa garantia será um grande trunfo para o investidor, que vai poder investir em bancos de menor porte, que pagam muito mais que os bancos tradicionais, e manter o seu dinheiro protegido! Fonte: Euqueroinvestir, 2015, p. 1. 5. Letra do Tesouro Nacional e Letra Financeira do Tesouro A Letra do Tesouro Nacional é conhecida como LTN. Trata-se de um título público do Tesouro Nacional, o que significa que é um título garantido pelo Estado brasileiro. Ao adquirir um título como esse, você paga ao Estado e tem a garantia de que, no futuro, quando o título vencer, poderá receber seu dinheiro com juros. As taxas de remuneração para as LTNs, assim como para os CDBs, podem ser pré-fixadas ou pós- fixadas. Quando se compra uma LTN, é informado o valor que deverá ser pago por ela na data de seu vencimento, ou seja, o valor futuro do título. Chamamos esse valor de valor nominal. É justamente esse valor nominal que determina o quanto uma LTN vale antes de seu vencimento, pois, quanto mais próximo ela estiver de vencer, mais ela vale no mercado – e mais se paga por ela para comprá-la hoje. Já a Letra Financeira do Tesouro, a LFT, é remunerada pela SELIC e, assim, a flutuação dos juros é um pouco menor. Para os dois produtos, a compra pode ser feita pelo site do Tesouro Direto (http://www. tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto). a Essa é uma opção atrativa para pequenos investidores, porque mesmo valores pequenos, como R$ 30,00, podem ser investidos por esse canal. Um bom começo, não é mesmo? 39 6. Fundos de Investimentos Outra opção popular no mercado são os fundos de investimento. Normalmente, eles são oferecidos por bancos e são fundos em que os recursos de vários investidores, como você, são unificados para serem investidos juntos. Isso é interessante porque, quanto maior o valor investido, maior a taxa de rendimentos paga. Então, é uma chance de participar de um investimento de grande porte com um orçamento reduzido. Naturalmente, como o banco gerencia os fundos de investimento, ele fica com uma parte da lucratividade. O restante dos lucros fica com os donos do recurso, ou seja, com você e os outros investidores. Mas, atenção: normalmente, fundos de investimento possuem taxas de administração a serem cobradas, que podem variar entre 0,5% e 2%. Além disso, paga-se Imposto de Renda sobre os rendimentos de alguns fundos. e Para fundos de investimento, é sempre importante ler as regras antes de aplicar. Nas regras do fundo, você encontrará informações sobre a composição do fundo, ou seja, em que eles aplicam seu dinheiro (ouro, dólares, euros, carteira de imóveis, etc.) e em que medida. Isso indica a natureza do fundo: arriscado, moderado ou conservador. Ao escolher um fundo de investimento, seja realista quanto às suas expectativas. Se o que você realmente deseja é o maior rendimento possível, existem opções, mas elas provavelmente terão um nível alto de risco. Ao procurar no site de seu banco, é possível encontrar o histórico de rendimento do fundo, que mostra o quanto ele rendeu no passado. Observe as oscilações e reflita: eu gostaria de ver meu dinheiro rendendo dessa forma? A maior parte dos bancos oferece, também, testes para que você possa identificar seu perfil como investidor. 40 h Fundos de investimento costumam ser muito úteis quando se deseja investir em ações ou moedas estrangeiras sem ter acesso a isso diretamente. Por meio de um fundo, pequenos investidores conseguem acessar essas opções pela internet, diretamente com seu banco. Agora é com você! Que tal comparar o quanto seu dinheiro pode render em aplicações disponíveis no mercado? Com a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, você tem acesso a esses cálculos de forma simples pela internet. Basta acessar o portal oficial do BC através do link a seguir e inserir a taxa de juros oferecida por cada produto. Assim, ao inserir um mesmo valor, a calculadora mostra diferentes rendimentos. Por isso, antes de decidir onde e como investir seu dinheiro, anote as taxas de juros oferecidas e teste todas as opções pelo portal. Confira! https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO Você acaba de concluir o conteúdo desta unidade. Agora, você pode prosseguir para testar o que já aprendeu até este momento de seu curso e, na sequência, avançar em seus estudos até finalizar os tópicos deste curso. Mãos à obra! 41 Glossário CDB: Certificado de Depósito Bancário. CDI: Certificado de Depósito Interfinanceiro. Índice de mercado: indicadores gerais de mercado que mostram o comportamento de segmentos ou do mercado como um todo. Ao acompanhar um índice, os investidores conseguem identificar se o mercado está se fortalecendo ou perdendo força Liquidez: capacidade de conversão imediata de uma aplicação em dinheiro, ou seja, quanto tempo leva para uma aplicação estar disponível para que você possa gastá-la. Produtos financeiros: serviços e produtos que as instituições financeiras oferecem aos clientes que desejam investir dinheiro. Retorno absoluto: a porcentagem de rendimentos que recebemos em uma aplicação. Retorno real: rendimento que considera a inflação. Sua fórmula exata é: retorno real = retorno absoluto - inflação. SELIC: taxa básica de juros para a economia brasileira definida pelo Banco Central. A partir da Selic são calculados inúmeros rendimentos no mercado brasileiro. Por isso, quando a Selic sobe, normalmente há aumento do rendimento dos investimentos. 42 d 1) Um título bancário que serve para dar lastro a operações do próprio mercado financeiro, ou seja, para levantar, com investidores, recursos que as instituições financeiras do país possam negociar. A afirmação acima, trata-se de qual investimento: a. ( ) CDI b. ( ) CDB 2) Existem várias formas de aplicar o seu dinheiro. Entretanto, algumas são mais populares que outras. Qual das maneiras de aplicação abaixo é a mais comum no Brasil? a. ( ) Poupança b. ( ) Certificado de depósito bancário Atividades 43 Referências ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2011. BCB. Banco Central do Brasil. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. FORTUNA, E. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços. 18ª edição. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. LIMA, I.; LIMA, G.; PIMENTEL, R. (Coord.). Curso de Mercado Financeiro – Tópicos especiais. São Paulo: Atlas, 2010. MISHKIN, F. Moedas, Bancos e Mercados Financeiros. Rio de Janeiro: LTC: Livros Técnicos e Científicos LTDA, 2000. 44 UNIDADE 5 | CONCEITOS E RENDIMENTOS DE UMA AÇÃO 45 1. Conceitos e Rendimentos de uma Ação Entre as várias opções disponíveisno mercado para aplicações e rendimentos, uma ganha destaque entre os investidores. Estamos falando do mercado de ações, que movimenta uma quantidade enorme de recursos todos os dias em várias cidades do mundo. Mas, afinal, o que são ações? Ações são títulos de renda variável, o que significa que são títulos (documentos) cujo rendimento varia de acordo com fatores do mercado. Ações representam a propriedade de uma empresa, ou seja, uma ação corresponde a uma fração, às vezes mínima, de uma empresa existente no mercado. Assim, quando você compra a ação de uma empresa, está comprando uma parte daquele negócio. Por darem direito a uma parte do negócio, algumas ações geram divisão de lucros da empresa com seus donos. Assim, se adquirir uma ação dessas, ao final do ano, quando a empresa calcular o que obteve de lucros, você receberá uma parcela proporcional à sua propriedade na empresa. Por isso, muitas pessoas compram ações e as mantêm durante anos, sempre recebendo uma pequena parte da porcentagem de lucros das empresas. Outras pessoas, no entanto, fazem dinheiro comprando e vendendo ações – e eis, aí, o famoso mercado de ações nas bolsas de valores. Esses investidores compram ações antes que as empresas efetivem o pagamento de seus direitos sob a forma de lucros e as oferecem no mercado. Se os outros investidores avaliam, por alguma razão, que aquela empresa terá um excelente lucro nesse ano, o preço da ação sobe. Se eles avaliam que a empresa terá prejuízos, já preveem que não receberão rendimentos ao final do ano e, aí, o preço desta ação cai. Como o mercado é muito grande e há milhares de transações todos os dias, é comum que uma mesma ação tenha seu preço alterado dezenas (ou até mesmo centenas!) de vezes em um mesmo dia. 46 a Embora cada ação tenha um preço, temos um índice geral que indica a média de variação nos preços das ações. É o índice BM&FBovespa, definido pela Bolsa de Valores de São Paulo. Quando esse índice sobe, isso indica que foi um dia em que o preço das ações, na média, subiu – ou seja, o mercado está otimista em relação ao desempenho das empresas. Quando o índice cai, quer dizer que o preço das ações caiu. Justamente por garantir a seu dono uma fração de uma empresa, uma ação é um direito sobre a propriedade. Isso significa que quem é dono da ação pode ter algum direito de decidir sobre como será o rumo da empresa. Assim, quanto maior a parcela da empresa que você possui, maior o seu direito de votar e decidir que rumos a empresa deverá tomar. Para algumas empresas, no entanto, as ações comuns não garantem esse direito – é o caso de empresas de grande porte, como Petrobras ou Vale. Quem compra essas ações tem direito a rendimentos, mas não costuma ter direito a voto. Nem todas as ações são iguais. Há, basicamente, dois tipos comuns de ações sendo negociadas no mercado. Observe-os: • Ações ordinárias: estas ações garantem direito a voto a quem as possui, que é chamado de acionista. Quanto mais ações, mais vale o voto do acionista para decidir os rumos de uma empresa. • Ações preferenciais: estas são ações especiais, que garantem preferência na hora de receber sua parcela no lucro da empresa, chamada de dividendos. Naturalmente, são ações mais caras no mercado. e Sem dúvidas, é um mercado muito rápido e apesar de parecer complexo, não é inalcançável para pequenos investidores, longe disso. Há muitas formas de se comprar ações no Brasil e, na verdade, a operação é mais simples do que parece. No tópico a seguir, você conhecerá esses canais. 47 2. Como Comprar Ações Uma das possibilidades para comprar ações é por meio dos fundos de investimento em ações, que a maior parte dos bancos brasileiros já oferece a seus clientes. Nesses fundos, seu dinheiro é unificado ao de outros investidores para comprar as ações desejadas. Há opções específicas para as ações de grandes empresas, como fundos de ações para a Petrobras, e opções multimercado, que combinam várias ações. Se sua ideia é comprar ações diretamente, você tem outras opções. Seu primeiro passo, neste caso, é encontrar uma corretora, ou seja, uma empresa especialista em ações. Essa empresa negocia as ações de seus clientes nas bolsas de valores, que são mercados em que se negociam ações e outros valores. No Brasil, há mais de 20 bolsas de valores disponíveis, mas a mais conhecida é a Bolsa de Mercadorias e Futuros BOVESPA (BM&FBOVESPA), que funciona na cidade de São Paulo. No site da BM&FBOVESPA, é possível acompanhar o valor de cada ação negociada em tempo real. Assim, você sabe imediatamente quando uma ação está caindo ou não. Para começar a negociar na bolsa de valores, não é necessário muito. Basta encontrar uma boa corretora, fornecer seus dados e fazer um cadastro comprovando seu endereço, nome, CPF, etc. A própria corretora poderá orientá-lo sobre quais ações são boas opções para seus objetivos. Outra opção, ainda, é optar por clubes de investimento. Nesses clubes, que funcionam de forma semelhante a um fundo de investimento, o dinheiro de várias pessoas é utilizado de forma conjunta para adquirir ações. Os rendimentos, lucros e dividendos são divididos entre os participantes. A diferença, aqui, é que se opta por um grupo de conhecidos – é comum ter clubes de investimentos para uma família ou grupo de amigos. 48 h Essa pode ser uma opção interessante para quem deseja comprar ações mas não quer fazer isso de forma individual. Pense na ideia e procure por grupos de investimento em sua cidade! Agora é com você! Que tal simular o quanto você poderia ganhar investindo em ações? No site da Folha Invest (disponível no link a seguir), existe um simulador preciso que mostra as mesmas opções da BM&FBOVESPA. Ao se cadastrar, você receberá um orçamento fictício para investir – e, aí, deverá compor sua própria carteira de investimentos de acordo com suas escolhas. É possível observar, dia a dia, a variação no preço de suas ações. Há, inclusive, premiação para os melhores investidores do Brasil. Acesse o portal, faça seu cadastro e bons negócios! http://folhainvest.folha.uol.com.br/ Muito bem, você concluiu o conteúdo desta unidade. Agora, você está apto para testar seus conhecimentos na bateria de questões. Ao finalizar esta etapa, prossiga em seus estudos. 49 Glossário Acionista: dono das ações. Ações ordinárias: estas ações garantem direito a voto a quem as possui, que é chamado de acionista. Ações preferenciais: estas são ações especiais e garantem preferência na hora de receber dividendos. Bolsas de valores: mercados em que se negociam ações e outros valores. Dividendos: parcela do lucro da empresa paga aos acionistas. 50 d 1) Ações são títulos de renda variável, o que significa que são títulos (documentos) cujo rendimento varia de acordo com fatores do mercado. Verdadeiro ou falso? ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) Ações ordinárias estas são ações especiais, que garantem preferência na hora de receber sua parcela no lucro da empresa, chamada de dividendos. Naturalmente, são ações mais caras no mercado. Verdadeiro ou Falso? ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 51 Referências ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2011. BCB. Banco Central do Brasil. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. FORTUNA, E. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços. 18ª edição. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. LIMA, I.; LIMA, G.; PIMENTEL, R. (Coord.). Curso de Mercado Financeiro – Tópicos especiais. São Paulo: Atlas, 2010. MISHKIN, F. Moedas, Bancos e Mercados Financeiros. Riode Janeiro: LTC: Livros Técnicos e Científicos LTDA, 2000. 52 UNIDADE 6 | COMO INVESTIR 53 1. Como Investir Nesta unidade, nosso objetivo é mostrar quais critérios você deve adotar para compor sua carteira de investimentos – seu conjunto de investimentos e aplicações. Essa carteira também pode ser chamada de portfólio de investimentos. Acostume-se com a ideia de não ter apenas um investimento, mas vários – isso minimiza o risco de perda para seu patrimônio caso um dos investimentos apresente rendimento abaixo do que você esperava. Em outras palavras: é uma forma de não colocar todos os ovos na mesma cesta. Basicamente, há quatro critérios que você deve avaliar para decidir o que entra e o que não entra em sua carteira de investimentos. São eles: • Capital: qual é o tamanho do seu patrimônio, ou seja, de todo o somatório de seus bens e direitos (imóveis, veículos, empresas, ações, etc.)? Essa pergunta é fundamental para quem vai decidir o quanto investir. Isso acontece porque uma aplicação de R$ 1.000,00, por exemplo, não tem o mesmo peso para uma família com patrimônio de R$ 25 mil e uma com o patrimônio de R$ 250 mil. Afinal, se metade desse capital for perdido em um investimento de risco, a primeira família terá uma perda proporcional muito maior. Por isso, ao buscar um investimento, não pense apenas no quanto deseja investir, mas no quanto tal valor representa em relação ao que você e sua família possuem como patrimônio. Essa avaliação mostra o quanto você está disposto a arriscar. • Retorno esperado: embora não seja uma regra formal, é certamente uma prática comum no mercado pagar juros maiores por operações mais arriscadas. Ou seja: quanto menos risco se aceita correr, menores são os rendimentos. Por isso mesmo, aplicações como poupança e CDB são aquelas que possuem maior segurança e menores juros. Opções como essas podem ser uma boa saída para você investir uma parte maior de seu dinheiro e, assim, garantir a sua segurança patrimonial. 54 • Risco: ninguém gosta de correr riscos. Mas o que as pessoas costumam ignorar é que o risco de perder também é o risco de ganhar, ou seja, se você não corre nenhum risco, já sabe exatamente o quanto vai receber em suas aplicações. Isso nos leva de volta às opções mais seguras do mercado, CDB e Poupança, que são justamente as que remuneram menos. Por isso, antes de decidir pelo investimento de risco mais baixo, pergunte-se: “Aceito correr um pouco mais de risco, ainda que com pouco dinheiro, para ter a chance de lucrar mais?”. • Liquidez: como você já aprendeu, a liquidez é a facilidade que um investimento apresenta para ser convertido em dinheiro vivo imediatamente. Alguns investimentos possuem prazo mínimo e isso pode ser um problema para quem precisa do dinheiro rapidamente. Por outro lado, se você pode ficar sem o dinheiro por longos períodos, pode valer a pena abrir mão da liquidez em nome de rendimentos maiores. e Naturalmente, nenhum desses fatores é útil sozinho para se decidir como aplicar os recursos de sua família. Considere-os sempre de forma conjunta para ter a exata definição do quanto vocês estão dispostos a arriscar em cada investimento e, assim, compor sua carteira. Parabéns! Você concluiu todo o conteúdo deste curso. Você está pronto para finalizar seus estudos testando seus conhecimentos na bateria final de questões sobre o conteúdo estudado. Siga em frente! Glossário Carteira de investimentos: seu conjunto de investimentos e aplicações. 55 d 1) Embora não seja uma regra formal, o retorno esperado é certamente uma prática comum no mercado pagar juros maiores por operações mais arriscadas. Verdadeiro ou Falso? ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) É a facilidade que um investimento apresenta para ser convertido em dinheiro vivo imediatamente. Esta afirmação refere-se a: a. ( ) Liquidez b. ( ) Retorno Pesado Atividades 56 Referências ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2011. BCB. Banco Central do Brasil. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. LIMA, I.; LIMA, G.; PIMENTEL, R. (Coord.). Curso de Mercado Financeiro – Tópicos especiais. São Paulo: Atlas, 2010. MISHKIN, F. Moedas, Bancos e Mercados Financeiros. Rio de Janeiro: LTC: Livros Técnicos e Científicos LTDA, 2000. 57 Gabarito Questão 1 Questão 2 Unidade 1 F A Unidade 2 F F Unidade 3 V F Unidade 4 A A Unidade 5 V F Unidade 6 V A Apresentação Unidade 1 | A Importância da Educação Financeira 1. A Importância da Educação Financeira 2. Fazendo o Dinheiro Trabalhar para Você 3. Quando Vale a Pena Assumir Financiamentos Glossário Atividades Referências Unidade 2 | Como Economizar Dinheiro 1. Como Economizar Dinheiro 2. Mapeando suas Despesas Glossário Atividades Referências Unidade 3 | Elaboração do Orçamento Pessoal e Familiar 1. Elaboração do Orçamento Pessoal e Familiar Glossário Atividades Referências Unidade 4 | Quais os Principais Investimentos e Aplicações 1. Quais os Principais Investimentos e Aplicações 2. Poupança 3. CDB 4. CDI 5. Letra do Tesouro Nacional e Letra Financeira do Tesouro 6. Fundos de Investimentos Glossário Atividades Referências Unidade 5 | Conceitos e Rendimentos de uma Ação 1. Conceitos e Rendimentos de uma Ação 2. Como Comprar Ações Glossário Atividades Referências Unidade 6 | Como Investir 1. Como Investir Glossário Atividades Referências Gabarito
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