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Prática Simulada I aula 2

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AO JUÍZO DE DIREITO DA__VARA CÍVEL DE ITABUNA, BA. (art.319, I 
c/c art.46, ambos do CPC). 
 Joana, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, portadora da cédula 
da identidade n°__, expedida pelo órgão __,inscrita no CPF/MF sob o 
nº__,residente e domiciliada no endereço __,endereço eletrônico __,vem por 
meio de seu advogado,com endereço profissional __,vem perante a vossa 
excelência propor a presente. 
 
 AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 
em face de Joaquim, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula 
de identidade __, residente e domiciliada no endereço __, pelo rito comum, 
pelos fatos e fundamentos abaixo exposto. 
 (I) FATOS E FUNDAMENTOS (ART.319, III, CPC). 
 A autora celebrou um contrato de compra e venda de um automóvel com 
o réu no dia 20/12/16, no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), a fim de que 
conseguisse renda para contratar um advogado, após receber a notícia de 
que seu filho, Marcos, havia sido preso injustamente. 
 Por estar em uma situação de extrema necessidade, desespero e pressa 
para que o problema fosse solucionado, optou pela celebração do negócio 
jurídico. 
 Entretanto, a requerente foi informada de que seu filho já havia sido 
libertado mediante Habeas Corpus concedido por outro advogado contratado 
pela avó paterna de seu filho, não sendo mais necessário manter o negócio 
jurídico. Desejou então, o desfazimento do negócio jurídico, contudo, houve 
recusa pelo demandado. 
 Ademais, o suposto carro que fazia parte do contrato, na realidade tinha 
o valor superior do acordado, custando o equivalente a R$ 50.000,00 
(cinquenta mil reais),hipótese esta que é perceptível à lesão que a mesma 
sofreu,sendo necessário o desfazimento do negócio jurídico. 
 Tendo em vista os fatos mencionados, é evidente que a autora foi vítima 
de um vício de consentimento, qual seja a lesão, com previsão no art.157 do 
Código Civil, estando presente seu requisito subjetivo,qual seja a 
necessidade de contratar e a inexperiência com a prática desse tipo de 
contrato. 
 Nesse sentido, salienta Maria Helena Diniz que “ o instituto da lesão visa 
proteger o contratante que se encontra em posição de inferioridade,ante o 
prejuízo por ele sofrido na conclusão de contrato cumulativo,devido à 
considerável desproporção existente,no momento da efetivação do 
contrato,entre as prestações das duas partes.” (DINIZ 2010,p.419) 
 Segundo entendimento dos tribunais: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. 
NEGÓCIO JURÍDICO, VENDA DE IMÓVEL. OBJETO DE LITÍGIO JUDICIAL. 
VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ CONTRATUAL. LESÃO AO 
PATRIMÓNIO PÚBLICO E A TERCEIRO. EXISTÊNCIA DE DOLO. 
ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO. RECURSO CONHECIDO E 
PROVIDO. 
(TJ-AM-APL: 02012658720088040001 _ Relator: Maria do Perpétuo Socorro 
Guedes Moura, Data de Julgamento: 22/02/2016,Segunda Câmara 
Cível.Data) 
 (II) PEDIDO 
Por todo exposto requer (art.319, IV do CPC) 
(A) A citação/intimação da parte ré para integrar a relação e comparecer a 
audiência de conciliação/mediação onde, não sendo obtido acordo, terá único 
o prazo para apresentação de resposta sob pena de revelia. 
(B) A procedência do pedido com a anulação do negócio jurídico e 
(C) A condenação da parte ré aos ônus sucumbências 
(III) PROVAS (art. 319, VII do CPC). 
 Requer a produção de todos os meios de provas em Direito admitido. 
(IV) VALOR DA CAUSA (art.319, V do CPC). 
 Dá-se a causa o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais) 
(V) DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO 
 Inicialmente, cumpre informar que a parte autora manifesta interesse na 
realização da audiência de conciliação/mediação, prevista no art.334 do CPC, 
cumprindo assim o requisito elencado no art.339, VII do CPC. 
 Pede deferimento. 
 Nova Friburgo, 05 de Março de 2018. 
 Advogado/OAB n°

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