Buscar

Reflexões de Gail Dines

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Reflexões de Gail Dines.
Gail Dines faz uma crítica ao crescimento da futura geração em uma cultura pornificada, pois a mesma tem socializado as jovens para estarem prontas para a pornografia. Isso foi até confirmado por um comentário de uma produtora pornô chamada Joanna Angel. Estão sendo ensinadas a pornificar e hipersexualizar elas próprias. 
A mídia trabalha com uma ideia de que toda imagem tem um leitor em mente. Gail traz que as imagens que somos constantemente bombardeados (comumente mulheres brancas, loiras e magras) estão se reportando a homens pelas poses, olhares, gestos e roupas das modelos, que levam a uma ideia de sexo. 
As garotas de atualmente desenvolvem sua identidade sexual a partir de duas escolhas: ou serão comíveis ou serão invisíveis. O que é muito complexo, tendo em vista que a adolescência é uma fase onde a jovem necessita ser visível. Ela acaba concluindo que não se trata de uma escolha, mas de uma armadilha de sexualidade, pois pra se inserir em um grupo que as amigas fazem isso, ela será levada a fazer o mesmo. 
A internet tornou a pornografia acessível e anônima, o que impulsiona a demanda. Com isso, um menino de 12 anos, por exemplo, tem acesso facilmente ao pornô, que começa a construí-lo para ser um macho; como se fosse a iniciação de sua masculinidade. 
A educação sexual que o pornô dá a alguém é que a mulher é um depósito de esperma. 
O resultado é uma geração inteira de homens perdendo sua sensibilidade. A forma de parar com isso é somente pela educação: educar, educar e educar! Além de políticas públicas para a saúde.
Marx: o sistema é o problema – Por Gail Dines.
Gail Dines chama atenção para uma das contribuições de Marx para o feminismo: a análise estrutural de um sistema, das desigualdades. Ela se utiliza de um excerto de uma teórica chamada Ruth Bleier para demonstrar a aplicação de Marx. 
Ruth Bleier define o patriarcado deste modo: “Por patriarcado, me refiro ao sistema histórico da dominação masculina, um sistema comprometido na manutenção e reforço da hegemonia masculina em todos os aspectos da vida – privilégio e poder pessoal e privado, assim como privilégio e poder público. Suas instituições direcionam e protegem a distribuição de poder e privilégio daqueles que são homens, repartidos, no entanto, de acordo com classe social e econômica e raça. O patriarcado toma diferentes formas e desenvolve específicas instituições de apoio e ideologias durante diferentes períodos históricos e economias políticas (1984, p. 162).”
Gail traz a ideia de feminismo mainstream, o feminismo de terceira onda que vem tentando acabar com essa ideia inicial do feminismo, e que tem como principais objetivos a visão individual que celebra a livre escolha, a agência e o empoderamento. O feminismo nunca foi sobre escolhas, e sim sobre destruir as estruturas da desigualdade. 
Dines deixa claro que não existe o movimento individual como os neo-liberais fazem questão de enfatizar. O que seria do movimento dos trabalhadores se individual? 
Ela traz uma série de pessoas com quem não concorda, como: Camile Paglia, Judith Butler.
5:12

Outros materiais