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OABXXIV - 1° FASE / Empresarial

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DESCONSIDERAÇÃO PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
Verificada a utilização da PJ de maneira ABUSIVA, pressupõe-se como possível que a mesma venha a ser DES-
CONSIDERADA. 
Nesse caso, poderá o Juiz, a requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar que os efeitos das rela-
ções de obrigações assumidas sejam estendidos aos bens particulares dos sócios e/ou administradores envolvi-
dos nos atos abusivamente praticados. 
 
Art. 50, CC: 
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio da finalidade ou pela confusão patrimonial, 
pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que 
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos adminis-
tradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL: 
(1.142 ao 1.149, CC) 
 
É o complexo de bens corpóreos e incorpóreos, ou seja, é o conjunto de bens materiais (palpáveis)(tangíveis) e 
imateriais (não palpáveis)(intangíveis), organizados pelo empresário individual, pela EIRELI, e pela sociedade 
empresária, para o desenvolvimento de suas atividades. 
 
 
 
O estabelecimento, de forma unitária, pode ser objeto de negócios jurídicos, sejam eles negócios: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Eficácia ERGA OMNES da ALIENAÇÃO, USUFRUTO ou ARRENDAMENTO do estabelecimento: 
 
O contrato que tenha por objeto a ALIENAÇÃO, o USUFRUTO ou o ARRENDAMENTO do estabelecimento, só 
produzirá efeitos quanto a terceiros (eficácia ERGA OMNES) depois de averbado à margem da inscrição do em-
presário, da sociedade empresária ou da EIRELI, no RPEM, e de publicado na imprensa oficial. 
Obs.: Art. 71, LC 123/06. 
 
QUESTÃO (VA): 
 
Gilberto Bertran consulta você como advogado(a) para saber as providências que deve tomar para publicizar o 
trespasse do estabelecimento de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) por ele constituída, e 
enquadrada como microempresa, cuja firma é Gilberto Bertran EIRELI ME. 
 
De forma fundamentada, responda as questões propostas: 
 
A) É dispensável a publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial? 
B) É dispensável o arquivamento do contrato de trespasse no Registro Público de Empresas Mercantis? 
 
 
 
 
 
 Condições de eficácia do trespasse: 
Art. 1.145, CC. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação 
do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expres-
so ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
Obs.: Art. 129, VI, LREF; art. 94, III, “c”, LREF. 
 
AÇÃO RENOVATÓRIA 
 
Lei 8.245/91 (Lei de Inquilinato) – Oferece ao locatário, no contrato de locação não residencial, o exercício de seu 
direito de inerência ao ponto empresarial, preenchidos os requisitos legais, a saber: 
 
 
 
 
 
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Exceções de retomada: 
(exemplos) 
 
 
 
 
 Prazo para propositura da Ação Renovatória 
(Art. 51, § 5º, Lei 8.245/91) 
 
 
 
Quando restar um ano para o término do contrato de locação, inicia-se o prazo para propositura da ação renovató-
ria pelo locatário. 
 
Quando restarem 6 meses para o fim do contrato de locação, termina o prazo para propositura da ação renovató-
ria. 
 
 Súmula 482, STF: 
O locatário que não for sucessor ou cessionário do que o precedeu na locação, não pode somar os prazos conce-
didos a este, para pedir a renovação do contrato, nos termos do Dec. 24.150. 
 
 
 
 
 
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Obs.: Art. 51, §1º, LL. 
 
 Súmula 178, STF: 
Não excederá de cinco anos a renovação judicial de contrato de locação, fundada no decreto 24.150, de 
20/4/1934. 
http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21548860/723154501-pr-723154-5-01-acordao-tjpr/inteiro-teor 
 
LER e MARCAR OS ARTIGOS, 13, 45, 51, 52, 54, 58, 71 - 75 LL. 
 
 
 
NOME EMPRESARIAL 
(Arts. 1.155 a 1.168, CC) 
 
 
 
Princípio da Novidade 
 Deverá ser um nome novo. 
 Deverá ser registrado na junta comercial. 
 
 
 
 
 
 
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CAPACIDADE 
(Arts. 972 a 980, CC) 
 
o Capazes (Obs.: art. 117, X, Lei 8.112/90); 
o Consequências do exercício por impedido; 
o Possibilidade de exercício por incapaz; 
o Possibilidade de composição de quadro societário por impedido; 
 
 
 
 
 
 ATENÇÃO! 
A pessoa impedida de ser empresário (funcionário público) responderá pelas obrigações contraídas, com funda-
mento no Art. 973, do Código Civil. 
 
o Averbação da autorização judicial; 
o Nomeação de gerente; 
o Licitude da sociedade entre marido e mulher; 
o Dispensa de outorga conjugal para alienar ou gravar de ônus real imóveis da empresa. 
 
 
 
 TESTE DE APRENDIZAGEM (TA) 
 
(FGV - V Exame de Ordem) Em relação à incapacidade e proibição para o exercício da empresa, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) Caso a pessoa proibida de exercer a atividade de empresário praticar tal atividade, deverá responder pelas 
obrigações contraídas, podendo até ser declarada falida. 
 
 
 
 
 
 
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(FGV – XIII Exame de Ordem) Olímpio Noronha é servidor público militar ativo e, concomitantemente, exer-
ce pessoalmente atividade econômica organizada sem ter sua firma inscrita na Junta Comercial. 
 
Em relação às obrigações assumidas por Olímpio Noronha, assinale a alternativa correta. 
 
A) São válidas tanto as obrigações assumidas no exercício da empresa quanto estranhas a essa atividade e por 
elas Olímpio Noronha responderá ilimitadamente. 
 
(FGV - XVII Exame de Ordem) Paulo, casado no regime de comunhão parcial com Jacobina, é empresário 
enquadrado como microempreendedor individual (MEI). O varão pretende gravar com hipoteca o imóvel 
onde está situado seu estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da empresa. De acordo com o 
Código Civil, assinale a opção correta. 
 
A) Paulo pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, gravar com hipoteca 
os imóveis que integram o seu estabelecimento. 
B) Paulo não pode, sem a outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento, 
salvo no regime de separação de bens. 
C) Paulo, qualquer que seja o regime de bens, depende de outorga conjugal para gravar com hipoteca os imóveis 
que integram o seu estabelecimento. 
D) Paulo pode, sem necessidade de outorga conjugal, gravar com hipoteca os imóveis que integram o seu estabe-
lecimento, salvo no regime da comunhão universal. 
 
REGIME JURÍDICO DAS SOCIEDADES E REGISTRO 
(Arts. 981 e ss., CC / arts. 1.150 a 1.154, CC / Lei 8.934/94 - RPEM) 
 
o Pessoas jurídicas de direito privado; 
o Diferença entre sociedades simples e sociedades empresárias; 
o Registro; 
o Tipos de sociedade empresária no direito brasileiro; 
o Possibilidade de adoção de tipo societário empresário por sociedade simples; 
o Principais espécies de registro. 
 
Pessoas Jurídicas no Ordenamento brasileiro 
 
 
 
 DEFINIÇÃO DE SOCIEDADE - União entre duas ou mais pessoas, que se obrigam a conjugar esforços para a 
realização de um objetivo comum e, ao final, partilharem os resultados (art. 981, CC).
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 Obrigatoriedade do registro: 
 
Art. 967 CC. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva 
sede, antes do início de sua atividade. 
Obs.: Artigo cobrado no XV Exame da OAB. 
 
III Jornada e Direito Civil do CJF- ENUNCIADO 198 - Art. 967: 
 
ENUNCIADO: A inscrição do empresário na Junta Comercial NÃO É requisito para a sua caracterização, admitin-
do-se o exercício da empresa sem tal providência. 
 
III Jornada e Direito Civil do CJF- ENUNCIADO 199 - Art. 967: 
 
ENUNCIADO: A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua regularidade, e 
não de sua caracterização. 
 
CONCLUSÃO 1: 
O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação 
comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em 
contrário. 
 
CONCLUSÃO 2: 
O registro de empresário é DECLARATÓRIO e não constitutivo da condição de empresário. 
 
Conteúdo do requerimento para inscrição do empresário: 
 
Art. 968, CC. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha: 
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; 
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com 
certificação digital ou meio equivalente que 
comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do §1º do art. 4º da Lei Complementar nº 123, de 
14 de dezembro de 2006 (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014); 
III - o capital; 
IV - o objeto e a sede da empresa. 
 
§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro 
Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos. 
§ 2
o
 À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocor-
rentes. 
 
 
 
 
 
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§ 3
o
 Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mer-
cantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que 
couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008) 
§ 4
o
 O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A 
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de seu 
funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreen-
dedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e 
da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2o da mesma Lei. (Incluído pela 
Lei nº 12.470, de 2011) 
§ 5
o
 Para fins do disposto no § 4
o
, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autógra-
fa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e regime de 
bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 
2011) 
 
Inscrição e averbação de sucursal, filial ou agência: 
 
Art. 969, CC. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro 
Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Regis-
tro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede. 
 
 
 
 
2ª FASE – XIII EXAME OAB (VA) 
 
QUESTÃO 2: No dia 03.01.2012, Maria e Joana assinaram ato constitutivo de uma sociedade limitada empresária 
denominada Arroz de Festa Ltda. Nesta data, Maria integralizou 5.000 (cinco mil) cotas, representativas de 50% 
(cinquenta por cento) do capital social da sociedade, ao valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, enquanto 
Joana integralizou 1.000 (mil) cotas à vista e se comprometeu a pagar o restante (4.000 quotas) após 6 (seis) 
meses. No dia 16.01.2012, Maria e Joana levaram os documentos necessários ao registro da referida sociedade à 
Junta Comercial competente, que procedeu ao arquivamento dos mesmos uma semana depois. Em função de 
enfrentarem certa dificuldade inicial nas vendas, Maria e Joana não conseguiram adimplir o contrato de aluguel da 
sede, celebrado em dia 05.01.2012, o que implicou a contração de uma dívida no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais). 
 
O proprietário do imóvel em que está localizada a sede, Miguel, formula as seguintes indagações: 
 
 A) A sociedade Arroz de Festa Ltda. era regular à época da celebração do contrato de locação? (Valor: 0,60) 
 
 
 
 
 
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B) Miguel pode cobrar de Maria a integralidade da dívida de Arroz de Festa Ltda.? (Valor: 0,65) 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
 
PRIMEIRA: 
 
ATO CONSTITUTIVO 
 
 
 
 
 
 
SEGUNDA: 
ALIENAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TERCEIRA: 
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO SOBRE O NOME EMPRESARIAL DAS SOCIEDADES MISTAS: Na FIRMA das sociedades EM 
COMANDITA (C/S e C/A), somente poderão constar os nomes dos acionistas “diretores” e dos sócios “comandita-
dos”. Caso conste o nome de sócios “comuns” ou “comanditários”, estes também responderão ILIMITADAMENTE 
pelas obrigações sociais, conforme preconiza o art. 1.157, caput e parágrafo único, CC. 
 
Autonomia Patrimonial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Benefício de Ordem 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO ˃ LTDA: 
• Art. 1.052, CC. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, 
mas todos respondem SOLIDARIAMENTE pela integralização do capital social. 
 
OBSERVAÇÃO ˃ S/A: 
• Art. 1.088, CC. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio 
ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. 
 
• Art. 1º, LSA. A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos 
sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
CONTATO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MATERIAL COMPLEMENTAR: 
 
 
 
INCIDÊNCIA TEMÁTICA ÚLTIMOS EXAMES: 
 
 
 
 
 
1. FASES DE FORMAÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEORIA DA EMPRESA 
 
Contarão com a proteção das normas de natureza empresarial, aqueles que pratiquem ATIVIDADE EMPRESÁ-
RIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. EMPRESÁRIO
(Caracterização) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA 
Assim, é possível concluir que a atividade comercial, para o direito brasileiro, é entendida como aquela exercida 
de forma profissional, com animus lucrandi, mediante organização dos fatores de produção e direcionada à circu-
lação de bens ou serviços. 
 
Evidente, pois, que, desse somatório de elementos exsurge a ideia de habitualidade na prática desta função, po-
dendo-se afirmar que somente a atividade praticada com certa constância pode ser reconhecida como de nature-
za profissional. 
REsp 1539154; 25/11/15. 
 
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA 
O empresário é quem exerce tal atividade, profissional exercente de atividade econômica organizada para a pro-
dução ou circulação de bens e serviços. Uma das noções do profissionalismo que integra o conceito de empresá-
rio está no fato de que este, no exercício da atividade empresarial, deve contratar empregados e são estes que 
produzem ou fazem circular bens e serviços em nome do empregador. Produção de serviços é a prestação de 
serviços e a circulação é intermediação da prestação de serviços. Partindo-se desse pressuposto, não se enqua-
dram no conceito de empresário aquele que, ainda que exerça atividade econômica, não a desenvolve mediante 
a organização dos fatores de produção (não contrata empregados, não organiza mão-de-obra, não organiza uma 
unidade impessoal de desenvolvimento de sua atividade). 
AREsp 263179; 18/08/15. 
 
 TESTE DE APRENDIZAGEM (TA) 
 
(FGV - XVII Exame de Ordem) Assinale a alternativa correta em relação aos conceitos de empresa e em-
presário no Direito Empresarial. 
 
A) Empresa é a sociedade com ou sem personalidade jurídica; empresário é o sócio da empresa, pessoa natural 
ou jurídica com responsabilidade limitada ao valor das quotas integralizadas. 
B) Empresa é qualquer atividade econômica destinada à produção de bens; empresário é a 
C) pessoa natural que exerce profissionalmente a empresa e tenha receita bruta anual de até R$ 100.000,00 (cem 
mil reais). 
D) Empresa é a atividade econômica organizada para a produção e/ou a circulação de bens e de serviços; em-
presário é o titular da empresa, quem a exerce em caráter profissional. 
E) Empresa é a repetição profissional dos atos de comércio ou mercancia; empresário é a pessoa natural ou jurí-
dica que pratica de modo habitual tais atos de comércio. 
 
3. PREPOSTOS 
 
PREPOSTOS 
(art. 1.169 ao art. 1.178, CC) 
 
CONCEITO: Preposto é aquele que dirige ou pratica negócio empresarial por incumbência de outrem, que é o 
preponente. 
 
DESTAQUE: 
O PREPONENTE é responsável por TODOS os atos praticados pelos prepostos NO estabelecimento, DENTRO 
de suas atribuições, ainda que não autorizados por escrito (art. 1.178, CC). 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
O Preposto NÃO PODE, SEM AUTORIZAÇÃO ESCRITA, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob 
pena de responder PESSOALMENTE pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas (art. 1.169, 
CC). 
 
O Preposto, SALVO AUTORIZAÇÃO EXPRESSA, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem parti-
cipar, embora indiretamente, de operação DO MESMO GÊNERO DA QUE LHE FOI COMETIDA, sob pena de 
responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação (art. 1.170, CC). 
 
4. ATIVIDADE CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 1.096, CC. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples, resguardadas 
as características estabelecidas no art. 1.094. 
 
OBSERVAÇÃO: 
O funcionamento das cooperativas, como regra, dependem de autorização do Poder Executivo Federal (art. 1.123 
e ss., CC). 
 
OBSERVAÇÕES: 
(Lei 5.764/71) 
 
Art. 17. A cooperativa constituída na forma da legislação vigente apresentará ao respectivo órgão executivo fede-
ral de controle, no Distrito Federal, Estados ou Territórios, ou ao órgão local para isso credenciado, dentro de 30 
(trinta) dias da data da constituição, para fins de autorização, requerimento acompanhado de 4 (quatro) vias do 
ato constitutivo, estatuto e lista nominativa, além de outros documentos considerados necessários. 
 
Art. 5º. As sociedades cooperativas PODERÃO ADOTAR POR OBJETO qualquer gênero de serviço, operação ou 
atividade, assegurando-se-lhes o direito exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão "cooperati-
va" em sua denominação. 
Parágrafo único. É vedado às cooperativas o uso da expressão "Banco". 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III Jornada e Direito Civil do CJF- Enunciado 195 - Art. 966, CC: 
A expressão “elemento de empresa” demanda interpretação econômica, devendo ser analisada sob a égide da 
ABSORÇÃO da atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, como um dos fatores da organi-
zação empresarial. 
 
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA 
 
O Código Civil de 2002 trouxe distinção essencial entre sociedade simples e sociedade empresária. A sociedade 
simples foi introduzida em substituição às sociedades civis, constituindo pessoa jurídica que realiza atividade inte-
lectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que como o concurso de auxiliares ou colaboradores, 
salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa (artigo 966, § único), contrapondo-se às ativida-
des empresárias, as quais se enquadram no conceito de empresa – conjunto organizado de meios com vista a 
exercer uma atividade quer produz e oferece bens/serviços, visando atender alguma necessidade humana. As 
sociedades empresárias devem ter seu ato constitutivo inscrito no 
Registro Público das empresas Mercantis (Junta Comercial) do Estado em que se encontram estabelecidas. 
REsp 1433563; 20/08/15. 
 
 
 
CONCEITO DE ATIVIDADE EMPRESÁRIA: É a organização econômica dos fatores de produção, desenvolvida 
por PESSOA NATURAL ou JURÍDICA, para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, através de um 
estabelecimento empresarial, e que visa lucro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. EIRELI 
 
 
 
Criada pela Lei 12.441/11, a partir: 
o Do acréscimo do inciso ‘’ VI’’ ao art. 44 do CC; 
o Do acréscimo do Art. 980-A ao CC; 
o Da alteração do p.ú. do art. 1.033 do CC. 
Trata-se da mais nova pessoa jurídica de direito privado do ordenamento brasileiro. 
 
Características da EIRELI: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Possibilidade de transformação da sociedade em EIRELI: 
 
“Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer (...) 
IV- A falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias. 
(...)” 
 
Paragrafo Único: “Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de con-
centração de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas Mer-
cantis a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou para empresa individual de respon-
sabilidade limitada, observando, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste código.’’ 
 
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA 
 
E, apenas para afastar as alegações do apelante, cumpre, observar que o artigo 1.033, parágrafo único, do Códi-
go Civil foi alterado pela Lei n. 12.441/2011, a qual inseriu em nosso ordenamento jurídico a chamada empresa 
individual de responsabilidade limitada. Isso significa
dizer que não há dissolução necessária da pessoa jurídica 
em caso de permanência de apenas um sócio por mais de 180 dias" (e-STJ fls. 670/671). 
AREsp 225383; 18/09/2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MENSAGEM FINAL 
O certo é CERTO mesmo que ninguém faça. O ERRADO é errado mesmo que todo mundo faça. 
A mudança começa por cada um de nós!

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