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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 Crime Organizado (Lei nº 12.850) 1. Objeto da Lei nº 12.850/13. A Lei nº 12.850/13 define organização criminosa, dispõe sobre a investigação criminal, meios de obtenção prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. 2. Evolução Histórica. 2.1. Lei nº 9.034/95. • Críticas: Obs.: Omissão Legislativa: (a) Primeira Posição: (b) Segunda Posição (STF): • Violação ao Princípio da Taxatividade: • Violação do Princípio Democrático: 2.2. Lei nº 12.694/12. (a) Conceito de Organização Criminosa: Associação de 3 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de crimes cuja pena máxima seja igual ou superior a 4 anos ou que sejam de caráter transnacional. (b) Juízos Colegiados de 1º Grau: Órgão colegiado, composto por 3 juízes com competência criminal em exercício no primeiro grau de jurisdição, cuja finalidade é o processo e julgamento de crimes cometidos por organizações criminosas. Conclusão: • Crítica: 2.3. Lei nº 12.850/13. www.cers.com.br 3 (a) Novo Conceito de Organização Criminosa: Associação de 4 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cuja pena máxima seja superior a 4 anos ou que sejam de caráter transnacional. (b) Regulou Investigação Criminal, Meios de Obtenção de Prova e Procedimento Criminal Aplicáveis: (c) Tipificou o Crime de Organização Criminosa e Infrações Penais Correlatas: Conclusão: 3. Conceito de Organização Criminosa. (a) Associação de 4 ou Mais Pessoas: Observações: •Pessoas Incapazes: •Agentes Infiltrados: (b) Estrutura Ordenada Pela Divisão de Tarefas, Ainda que Informalmente: (c) Finalidade de Obtenção de Vantagem de Qualquer Natureza: (d) Mediante a Prática de Infrações Penais Com Pena Máxima Superior a 4 anos ou de Caráter Transnacional: • Infrações penais: • Caráter Transnacional: 3.1. Distinções Importantes. 3.1.1. Conceito de Organização Criminosa: Lei nº 12.694/12 x Lei nº 12.850/13. www.cers.com.br 4 3.1.2. Organização Criminosa x Associação Criminosa. 3.1.3. Organização Criminosa x Concurso de Pessoas. 4. Crime de Organização Criminosa (art. 2º). 4.1. Introdução. (a) Crime Organizado Por Natureza: (b) Crime Organizado Por Extensão: 4.2. Análise do Tipo Penal. Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa: (a) Promover: (b) Constituir: (c) Financiar: (d) Integrar: 4.3. Elemento Subjetivo. (a) Elemento Subjetivo Geral: (b) Elemento Subjetivo Específico: 4.4. Bem Jurídico Tutelado. 4.5. Sujeito Ativo. www.cers.com.br 5 4.6. Sujeito Passivo. 4.7. Consumação e Tentativa. (a) Crime de Perigo Abstrato: (b) Crime Permanente: (d) Tentativa: O crime de organização criminosa é incompatível com a tentativa, pois consuma-se com a existência de estabilidade e permanência da sociedade criminosa cuja finalidade é obter vantagem ilícita mediante a prática de infrações pe- nais com pena máxima superior a 4 anos ou de caráter transnacional. 4.8. Concurso de Crimes. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, “sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas”. 5. Obstrução ou Embaraço de Investigação de Infração Penal Referente à Organização Criminosa (art. 2º, §1º). 5.1. Análise do Tipo Penal. Art. 2º, §1º. Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. (a) Impedir: (b) Embaraçar: Obs.: "Investigação". O legislador não se refere, expressamente, a obstrução do processo judicial correspondente (apenas investigação). Pode o intérprete abranger no delito a obstrução no processo? (a) Primeira Posição: (b) Segunda Posição: Obs.: Obstrução e Embaraço x Coação No Curso do Processo. Art. 344, CP - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra auto- ridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou ad- ministrativo, ou em juízo arbitral: 5.2. Elemento Subjetivo. 5.3. Bem Jurídico Tutelado: 5.4. Sujeito Ativo. 5.5. Sujeito Passivo. 5.6. Consumação e Tentativa. (a) Impedir: (b) Embaraçar: • Conclusão: 6. Causas de Aumento de Pena. 6.1. Majorante do Emprego de Arma de Fogo. § 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma de fogo. www.cers.com.br 6 (a) Apreensão: (b) Arma Com Defeito: (c) Arma de Brinquedo: (d) Arma Desmuniciada: 6.2. Agravante Referente ao Comando da Organização Criminosa. Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; • Conclusão: 6.3. Demais Causas de Aumento de Pena. Art. 2º, § 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): I - se há participação de criança ou adolescente; II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal; III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior; IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes; V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização. (a) Participação de Criança e Adolescente: Obs.: Integrante de Organização Criminosa que Corrompe Menor Pratica o Crime do Art. 2º da Lei nº 12.850 em Concurso Com o Crime do Art. 244-B do ECA? Art. 244-B, ECA. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (a) Primeira Posição: (b) Segunda Posição: (b) Concurso de Funcionário Público, Valendo-se a Organização Criminosa Dessa Condição Para a Prática da In- fração Penal: b.1 - Conceito de Funcionário Público: Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública (art. 327, CP). b.2 – Requisitos: (a) (b) (c) Produto ou Proveito da Infração Penal Destinar-se, No Todo ou em Parte, Ao Exterior: c.1 – Produto da Infração Penal: c.2 – Proveito da Infração Penal: Conclusão: justifica-se a causa de aumento de pena em razão da maior dificuldade na apreensão dos bens desti- nados ao exterior. Não por outro motivo, o Código Penal passou a permitir que o confisco e as medidas assecura- tórias recaiam sobre p patrimônio lícito do acusado quando o produto ou proveito do crime se localizar no exterior (art. 91, §§1º e 2º, CP). (d) Conexão Com Outras Organizações Criminosas independentes: (e) Transnacionalidade da Organização: www.cers.com.br 7 7. Afastamento Cautelar de Funcionário Público (art. 2º, §5º). 8. Efeito da Condenação. • Conclusão. 9. Acompanhamento da Investigação Pelo Ministério Público. • Conclusão. 10. Colaboração Premiada. 10.1. Origem. Originado do Direito anglo saxão, com a expressão crown witness (testemunha dacoroa). Foi amplamente utilizada nos Estados Unidos no combate ao crime organizado e adota com grande êxito na Itália em prol do desmantela- mento da máfia. 10.2. Justiça Consensual. (a) Justiça Restaurativa: Baseada num procedimento de consenso envolvendo os personagens da infração penal, sustenta a reaproximação das partes envolvidas para que seja restabelecido o cenário anterior. (b) Justiça Reparatória: Baseada na conciliação promovida pelos órgãos integrantes do sistema criminal, como ocorre na transação penal e nos termos de ajustamento de conduta (c) Justiça Negocial: Baseada no acordo celebrado entre o agente e o órgão acusador acerca das consequências da prática criminosa, o que evidentemente, pressupõe a admissão de culpa. É nela que se inclui a colaboração premiada. 10.3. Conceito de Colaboração Premiada. Consiste em técnica especial de investigação por meio do qual o coautor e/ou partícipe da infração penal, além de confessar seu envolvimento no fato delituoso, fornece aos órgãos responsáveis pela persecução penal informações objetivamente eficazes para a consecução de um dos objetivos previstos em lei, recebendo, em contrapartida, de- terminado prêmio legal. (a) Delação Premiada (ou Chamamento de Corréu): (b) Colaboração Para Libertação: (c) Colaboração Para Localização e Recuperação de Ativos: (d) Colaboração Preventiva: 10.4. Direito Ao Silêncio. Obs.: O Colaborador Que Mente Pratica Falso Testemunho? Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intér- prete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Conclusão: 10.5. Objetivos da Colaboração Premiada (art. 4º). I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; www.cers.com.br 8 V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada. • Cuidado: Exemplo.: 10.6. Eficácia Objetiva. 10.7. Prêmios Legais. (a) Diminuição de pena: de 1/6 até 1/3, se anterior à sentença (art. 4º, caput); e de 1/6 a 1/2, se posterior à sentença (art. 4º, §5º da Lei nº 12.850/13) (b) Substituição por pena restritiva de direitos (art. 4º, caput, Lei nº 12.850/13), ainda que ausente os requisitos do art. 44 do Código Penal. (c) Perdão judicial (art. 4º, §2º, da Lei nº 12.850/13). (d) Sobrestamento do prazo para oferecimento da denúncia ou suspensão do processo, e do prazo prescricional até 6 meses, prorrogáveis por igual período (art. 4°, §3º da Lei nº 12.850/13). (e) Não oferecimento da denúncia (art. 4º, §4º da Lei nº 12.850/13). (f) Progressão de Regime, ainda que ausente os requisitos objetivos (art. 4º, §5º, in fine da Lei nº 12.850/13) Observações: (a) Os prêmio legais consistem em direito subjetivo do acusado ou mera discricionariedade do Juiz? (b) Requisitos Para Concessão dos Prêmios Legais. • Eficácia Objetiva das Informações: • Circunstâncias Judiciais do Colaborador: 10.8. Valor Probatório. O acordo de delação premiada não possui valor probatório absoluto, não podendo ser usada de maneira isolada para fundamentar uma condenação (art. 4º, §16 da Lei nº 12.850/13) Conclusão: § 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado e sua eficácia. 10.9. Papel do Juiz. § 6o O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colabora- ção, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor. § 7o Realizado o acordo na forma do § 6o, o respectivo termo, acompanhado das declarações do colaborador e de cópia da investigação, será remetido ao juiz para homologação, o qual deverá verificar sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo para este fim, sigilosamente, ouvir o colaborador, na presença de seu defensor. Cuidado: 10.10 Legitimidade e Momento Para Proposta de Acordo de Colaboração Premiada. Art. 4º, §2º. Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o dele- gado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). 10.10.1. Legitimidade: (a) Investigação Criminal: www.cers.com.br 9 (b) Processo Judicial: • Cuidado: Recusa Injustificada: 10.10.2. Momento Para a Proposta. O ideal é que o acordo seja celebrado ainda na fase investigatória, mas é possível o ajuste a qualquer momento, mesmo depois da condenação irrecorrível, desde que as informações ainda sejam objetivamente úteis. Cuidado: 10.11. Retratação do Acordo. § 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo colabo- rador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor. 10.12. Sigilo do Acordo de Colaboração Premiada. Art. 7o O pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído, contendo apenas informações que não possam identificar o colaborador e o seu objeto. § 2o O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial, res- salvados os referentes às diligências em andamento. Cuidado: www.cers.com.br 10
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