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ESTRUTURA ATÔMICA E TABELA PERIÓDICA ROSANNY C. DA SILVA A Natureza Elétrica da Matéria (G. J. Stoney) Tubos de descargas elétricas: Séc. XIX. 1. normalmente caminham em linha reta; 2. delineiam sombras; 3. podem girar um pequeno moinho colocado em seu caminho, sugerindo que eles são formados por partículas; 4. aquecem um folha metálica colocada entre os eletrodos; 5. podem ser curvados por um campo elétrico magnético, numa direção tal que se deduz serem as partículas eletricamente carregadas e que a carga é negativa; 6. são sempre os mesmos, independente da natureza do material que compõe os eletrodos ou da espécie de gás residual do interior do tubo. Tubo de raios catódicos (J. J. Thomson, 1897) Colocando-se placas, com cargas opostas, acima e abaixo do tubo, o feixe é defletido em direção à placa positiva; A quantidade de deflexão que a partícula sofre é diretamente proporcional a carga; A quantidade de deflexão também sera inversamente proporcional a massa da partícula; As influências da carga e da massa sobre a quantidade de deflexão depende da razão carga (e) e massa (m): 𝑒 𝑚 = −1, 76 𝑥 108 A carga no elétron (Millikan, 1908) O conhecimento da massa da gota de óleo (medida pela observação de sua velocidade de queda, na ausência do campo elétrico) e a quantidade de carga nas placas necessária para manter a gota suspensa permitiu a Millikan calcular a quantidade de carga na gota. 𝑒 𝑚 = −1, 76 𝑥 108 C/g Carga nas gotas = múltiplos de -1,60 x 10-19 Massa do elétron = 9,11 x 10-28 Partículas positivas e espectrômetro de massa As coisas ordinárias que encontramos são eletricamente neutras... Partículas positivas (observados como raios canais”) Espectrômetro de massa: instrumento projetado para determinar a razão carga massa (e/m) de íons positivos; Para íons com mesma carga, os raios de curvatura dependem de sua massa; Para íons com mesma massa, o grau de curvatura da trajetória é diretamente proporcional às suas cargas; Ìons com altas razões e/m são mais defletidos, enquanto aqueles com e/m menores são menos defletidos. 1. Os íons positivos têm razão e/m muito menores que as dos elétrons. Isso quer dizer que tem massa muito maior que o elétron, ou que possuem cargas positivas muito pequenas. Uma vez que são formados a partir de átomos neutros pela perda de elétrons, a carga que transportam é igual à magnitude da carga do elétron ou a um múltiplo inteiro desta. Portanto, a fim de terem uma razão e/m muito maior que a do elétron, suas massas devem ser muito maiores. 2. A razão e/m é dependente da natureza do gás introduzido no espectrômetro de massa, o que mostra que nem todos os íons positivos tem a mesma razão e/m. e/m do átomo de H = +9,63 x 104 C g-1 Próton (+) é 1836 vezes mais pesado que o elétron (-) Outros átomos (mais pesados que o H) possuem mais que um próton (+); Cada átomo de um elemento particular possui o mesmo número de prótons (+); O número de prótons de um elemento é chamado número atômico (Z); Íons são formados a partir da partículas neutras, pela adição ou perda de elétrons, cada um dos quais adicionando ou retirando 1,60 x 10-19 C de carga, é conveniente expressar as cargas destas partículas desta dimensão 1 e- = 1 unidade de carga cátions He2+ ânios O2- RADIOATIVIDADE (Henri Becquerel-1896) Alguns elementos não são estáveis e emitem, espontaneamente, radiação de vários tipos (fenômeno chamado de radioatividade). Radiação alfa, formada de íons He2+, chamados partículas alfa (a); Radiação beta, que consiste de elétrons, neste caso, chamados partículas b; Radiação gama (raios g), altamente energético, consistindo de ondas de luz altamente penetrante. O fenômeno de radioatividade fornece, ainda, mais mais uma evidência de que os átomos não são partículas indestrutíveis e que eles contem partes ainda mais simples. O átomo Nuclear (Ernest Rutherford-1911) Insatisfeito com a teoria de Thomson, atribuiu a um de seus estudantes a tarefa de medir o espalhamento de partículas a que se projetassem de encontro com um fina folha de ouro. Núcleo (+) Diâmetro ~ 10-13cm Diâmetro do átomo ~ 10-8 cm Densidade do material nuclear ~ 1014 g cm-3 O Nêutron (Chadwiick-1932) Apenas metade da massa nuclear poderia ser justificada pelos prótons; Um átomo é composto de um núcleo denso que contem prótons e nêutrons. Estas partículas fornecem, aproximadamente, toda a massa do átomo. O núcleo esta rodeado de alguma forma pelos elétrons do átomo, que estãoi distribuídos de algumas forma por todo volume restante do átomo. Algumas propriedades das partículas subatômicas Massa Carga Gramas Unidade unificada de massa atômica (u) Coulombs Unidade de Carga Elétrica Próton 1,67 x 10-24 1,007276 +1,602 x 10-19 +1 Nêutron 1,67 x 10-24 1,008665 0 0 Elétron 9,11 x 10-28 0,0005486 -1,602 x 10-19 -1 Isótopos Nem todos os átomos do mesmo elemento têm massas idênticas (isótopos); A maioria dos elementos são uma mistura de isótopos; O número atômico identifica o elemento; Qualquer diferença de massa existente entre átomos do mesmo elemento deve, então, originar-se de diferentes números de nêutrons; 𝑍 𝐴𝑋 A (massa) = p + n n = A - Z Quase todos os elementos encontrados na natureza ocorrem como mistura de isótopos. Ex.: O elemento cobre (Cu) contém os isótopos 29 63𝐶𝑢 e 29 65𝐶𝑢, cujas massas foram acuradamente determinadas, sendo, respectivamente, 62,9298 e 64,9278 u. Suas ambundâncias relativas são 69,09% e 30,91%. O peso atômico do Cu é obtido como a média das massas isotópicas ponderais. Lei periódica e Tabela periódica 1800 – havia acumulado uma quantidade significativa de informações relativas às propriedades físicas e química dos elementos conhecidos. 1869 – foi imaginado a tabela periódica que deu origem à usada atualmente (Dimitri Mendeleev e Julius Lothar Meyer). Ordem do aumento dos peses atômicos ; Elementos com propriedades semelhantes ocorriam em intervalos periódicos. Períodos = linhas (ordem crescente de massa atômica) Grupos = colunas (elementos com propriedades químicas semelhantes) Estudos das propriedades físicas e químicas dos elementos; Observação do surgimento de propriedades semelhantes após intervalos regulares de massas atômicas; Li, Na, K, Rb, Cs + Cl compostos solúveis em água do tipo MCl: LiCl, NaCl, KCl ... Be, Mg, Ca, Sr, Ba + Cl compostos solúveis em água do tipo MCl2: BeCl2, MgCl2 ... Tabela Periódica moderna As propriedades químicas e físicas dos elementos variam com suas massas atômicas de um modo periódico, ou seja, em intervalos regulares; Na época, os números atômicos ainda não eram conhecidos. Tabela Periódica moderna Exceções à lei periódica de Mendeleev = Te e I, Ar e K (massas atômicas não eram o conceito correto a ser associado à repetição periódica das propriedades dos elementos) Quando os elementos são listados, seqüencialmente, em ordem crescente de número atômico, observa-se uma repetição periódica em suas propriedades de forma mais ou menos regular. Tabela Periódica moderna Permite estudar sistematicamente o modo como as propriedades variam com a posição de um elemento na tabela, bem como, facilitar o entendimento e a memorização das diferenças entre os elementos. Organização dos elementos com ênfase na distribuição eletrônica Períodos = ordem crescente de número atômico; Grupos = elementos quimicamente semelhantes. G ru po s/ F a m íl ia s (C ol un a s V e rt ic a is ) Períodos (Linhas Horizontais) 1 2 3 4 56 7 = 2 = 8 = 8 = 18 = 18 = 32 (17 + 15) = 32 (17 + 15) = 15 = 15 L A L A Tabela Periódica moderna Grupos Representativos (Principais, Grupos A) = Elementos representativos Tabela Periódica moderna IA VIIIA IIA IIIA IVA VA VIA VIIA M E T A I S A L C A L I N O S T E R R O S O S M E T A I S A L C A L I N O S C A L C O G Ê N I O S H A L O G Ê N I O S G A S E S N O B R E S Metais Alcalinos Elementos que pertencem ao Grupo IA (Grupo 1); Formam compostos com oxigênio solúveis em água originam soluções fortemente alcalinas. 2 Na(s) + 2 H2O(l) 2 Na + (aq) + 2 OH - (aq) + H2 (g) Reação altamente exotérmica Tabela Periódica moderna Metais Alcalinos Terrosos Elementos que pertencem ao Grupo IIA (Grupo 2); Formam compostos alcalinos com oxigênio, a maioria pouco solúvel em água, e são encontrados em depósitos naturais no solo. Mg (s) + O2 (g) MgO (s) Tabela Periódica moderna Calcogênios Elementos que pertencem ao Grupo VIA (Grupo 16); Recebem este nome pois são componentes de muitos minérios. Tabela Periódica moderna “ouro dos tolos” Halogênios Elementos que pertencem ao Grupo VIIA (Grupo 17); Recebem este nome pois são elementos capazes de formar sais com facilidade. Tabela Periódica moderna Gases Nobres Elementos que pertencem ao Grupo VIIIA (Grupo 18); Não se combinam facilmente com os demais elementos, em virtude de sua baixa reatividade química (alta estabilidade em razão do octeto completo). Tabela Periódica moderna Grupos de Transição (Subgrupos, Grupos B) = Elementos de transição IIIB IVB VB VIB VIIB IB IIB VIIIB Tabela Periódica moderna Elementos de Transição Interna (L = lantanóides; A = actinóides) L A Tabela Periódica moderna Quando os átomos se combinam durante as reações químicas, são os elétrons que envolvem os núcleos que interagem, pois apenas as partes externas dos átomos ficam em contato. Portanto as propriedades químicas dos elementos são determinadas pela forma como os elétrons estão arrumados nesse átomo. ESTRUTURA ELETRÔNICA CHAVE DA ESTRUTURA ELETRÔNICA Análise da luz que os átomos emitem quando são excitados Radiação Eletromagnética e o Espectro atômico Energia Fóton Radiação Eletromagnética e o Espectro atômico Fóton Onda eletromagnética Radiação Eletromagnética e o Espectro atômico Raio X Luz Visível LUZ Radiação Ultra Violeta (UV) Radiação eletromagnética Infravermelho (IR) Ondas de Rádio ONDAS Viaja a uma Velocidade constante = 3,00 x 108 m s-1 CRISTA VAZIOComprimento (l) amplitude l . n = c Uma estação de radioamador transmite na frequência de 14,2 MHz. Qual é o comprimento das ondas de rádio geradas pelo transmissor? Qual o comprimento de onda, em nanômetros, da luz verde que tem frequência de 6,67 x 1014 Hz? Qual a frequência da radiação infravermelha que tem um comprimento de onda de 1,25 x 103 nm? Ex.: Série de Balmer R = constante de Rydberg (3,29 x 1015 Hz) Série de Balmer Série de Lyman Série de Paschen Série de Brucktt Calcule o comprimento de onda da terceira linha da série de Brackett para o hidrogênio. Ex.: O modelo atômico de Bohr imaginava que o elétron movia-se ao redor do núcleo em orbita e tamando de energia fixo E = -A 1 𝑛2 2,18 x 10-18 J n = serve para identificar a orbita do elétron e a energia de um elétron em uma orbita particular depende do valor de n. Não existe energia negativa!!! DE = En2 – En1 DE = (-A 1 𝑛2 ) - (-A 1 𝑛2 ) DE = A( 1 𝑛1 2 - 1 𝑛2 2) Ateoria de Bohr do átomo de Hidrogênio Número quântico (1,2,3...∞) Se esta diferença for dada como fóton, este terá uma frequência n, dada por: DE = hn sabendo que l.n = c DE = hc . 1/l e que DE = A( 1 𝑛1 2 - 1 𝑛2 2) temos: 1/l =109 730 cm-1( 1 𝑛1 2 - 1 𝑛2 2) Ex.: Calcule a energia liberada quando um elétron cai do quinto para o segundo nível energético no hidrogênio. Teoria mais aceite, que explica o comportamento dos elétrons nos átomos (Louis Broglie - 1924). PARTÍCULA ONDA.... Einstein havia demonstrado que a energia, E, equivalente de uma partícula de massa, m é : E = mc2 . Max Planck mostrou que a energia de um fóton é dada por: E = hc/l 3,63 x 10-34 J s hc/l = mc² h/mc = l h/m u = l Susbtitui velocidade da luz por velocidade da partícula u Mecânica ondulatória Qual o comprimento de onda de um grão de areia que pesa 0,000010 g e estar se movendo a uma velocidade de 0,010 m s-1 Ex.: Os elétrons se movem como ondas em torno do núcleo ONDAS EM TRÊS DIMENSÕES = nº quânticos inteiros Erwin Schrödinger = investigação sobra as ondas estacionárias Equação de onda Descrever as formas e energias das ondas eletrônicas = ORBITAL. Abriu os estudos sobre a mecânica quântica Conjunto de funções matemáticas chamados de FUNÇÕES DE ONDAS (y) Orbital = cada orbital em um átomo possui uma energia característica e é visto como uma descrição da região em torno do núcleo onde se espera poder encontrar o elétron. Número quântico principal (n) = FUNÇÕES DE ONDAS (y) São caracterizados pelos valores de 3 nº quânticos. Quanto maior o valor de n maior a energia média dos níveis pertencente as camadas. Número quântico azimutal (l) ou secundário = Número quântico magnético (m) = Determina a forma de um orbital e apresenta o valor máximo de n-1, para cada camada Um orbital dentro de uma subcamada particular é caracterizado por um valor de m, que serve para determinar sua orientação no espaço em relação aos demais. Na descrição das ondas eletrônicas num átomo, podemos atribuir a cada uma um conjunto de valores para n, l, m. Ex.: Uma onda terá n = 1 l = 0 m = 0 Diagrama de níveis de energia Em adição aos números quânticos n, l, m, que aparecem na resolução da equação de ondas, existe ainda outro número (s). e- comportam-se como se estivessem girando no próprio eixo eletroímãs Materiais diamagnéticos Mteriais paramagnéticos SPIN do elétron e o pricípio da exclusão de Pauli CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICAS DOS ELEMENTOS Exemplo: Qual é o conjunto dos quatro números quânticos que caracteriza o elétron mais energético do 9F? Tabela Periódica Moderna Tabela Periódica 52 s p d f n = 1 n = 2 n = 3 n = 4 n = 5 n = 6 n = 7 Tabela Periódica Tabela Periódica Moderna Subcamada mais energética dos elementos. 53 1 2 3 4 5 6 7 2s 3s 4s 5s 6s 7s 1s 3d 4d 5d 6d 2p 3p 4p 5p 6p 7p 4f 5f Tabela Periódica Configurações Eletrônicas Regras para localização dos elementos: 1º) Fazer a distribuição eletrônica 2º) Verificar a terminação: Se terminar em “s” ou “p” = observar a camada de valência O elemento pertence ao Grupo A Se terminar em “d” ou “f” = observar a camada mais energética Terminação “d”: o elemento pertence ao Grupo B Terminação “f”: o elemento é de transição interna 54 Tabela Periódica Configurações Eletrônicas Regras para localização dos elementos: 3º) Localizando o Grupo quando terminar em “ndx” nd1 = IIIB nd2 = IVB nd3 = VB nd4 = VIB nd5 = VIIB nd6 = VIIIB (1º coluna) nd7 = VIIIB (2º coluna) nd8 = VIIIB (3º coluna) nd9 = IB nd10 = IIB 55 1º 2º 3º * * * Terminam em “f”Tabela Periódica Configurações Eletrônicas Regras para localização dos elementos: 4º) Localizando o Período quando terminar em “nfx” O período do elemento é encontrado quando somar-se 2 ao número quântico principal (n) Ex.: 57 La = Período: 4 + 2 = 6º (série dos Lantanídeos/1º coluna) Ex.: 89 Ac = Período: 5 + 2 = 7º (série dos Actinídeos/1º coluna) 56 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f 1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f 1 Tabela Periódica Classificação Química 57 Tabela Periódica Classificação Química Metais: Bons condutores de calor e eletricidade em razão da elevada condutividade térmica e elétrica; Maleáveis (podem ser transformados em lâminas); Dúcteis (podem ser transformados em fios); Alta refletividade (espelhos: Ag); Brilho metálico (reluzente); São os elementos mais numerosos da tabela. 58 Tabela Periódica Classificação Química Metais: Sólidos à temperatura ambiente (exceção: Hg) Dureza em grau variável; Propriedades químicas bastante variadas: Baixa reatividade: Au, Pt Elevada reatividade: Na 59 Mercúrio Na Tabela Periódica Classificação Química Metais: Metais de Transição: Grupo B Menor reatividade que os metais alcalinos e alcalinos terrosos (geralmente sofrem oxidação); Possuem mais de um estado de oxidação (Nox): Fe2+ (FeO) Fe3+ (Fe2O3) 60 Tabela Periódica Classificação Química Metais: Metais de Transição Interna: Lantanídeos e Actinídeos Foram postos separados do metais de transição inicial- mente por uma simples questão de espaço; Ficaram em local apropriado em razão de suas configu- rações eletrônicas. 61 Tabela Periódica Classificação Química Metais: Metais de Pós-Transição: Aparecem a partir da 13° coluna (Al, Ga, In, Tl, Sn, Pb, Bi) São mais eletronegativos que os demais metais; Possuem menores PF e PE. 62 Tabela Periódica Classificação Química Não-Metais: Pobres condutores térmicos e elétricos (exceção: Cgrafite); Sólidos ou gases em temperatura ambiente (exceção: Br); Quebradiços no estado sólido Refletividade e brilho metálico Reatividade química variável 63 C Tabela Periódica Classificação Química Semi-Metais (Metalóides): Propriedades intermediárias entre os metais e os não-metais; São semi-condutores elétricos. 64 Si circuito em silício Tabela Periódica Propriedades Periódicas Propriedades periódicas em função do número atômico; Elétrons exteriores: preenchem a camada mais exterior do átomo (camada de valência, ou, camada ocupada com o ma- ior valor de “n”). Estes são os únicos que interagem com os dos outros átomos durante as reações. Elétrons Interiores: estão profundamente ligados ao núcleo e não tomam parte na formação das ligações químicas. Exercem efeito de blindagem da carga nuclear aos elétrons exteriores. 65 Tabela Periódica Propriedades Periódicas Carga Nuclear Efetiva (CNE): quantidade de carga positiva sentida pelos elétrons de valência após o efeito de blindagem parcial da carga nuclear pelos elétrons interiores. 3Li = 1s 2 2s1 Carga nuclear: +3 Carga elétrons interiores: -2 (efeito de blindagem) CNE: +1 66 Elétron de valência (elétron exterior) Elétrons interiores (efeito de blindagem) Tabela Periódica Propriedades Periódicas Propriedades periódicas: são aquelas que, à medida que o número atômico varia, seja assumindo valores crescentes ou decrescentes, repetem-se periodicamente. Raio Atômico / Raio Iônico Energia de Ionização Afinidade Eletrônica 67 Tabela Periódica Raio Atômico Delimita uma região que abriga 90% da densidade eletrônica total (nuvem eletrônica) em um átomo; Os átomos geralmente ficam maiores quando se desloca de cima para baixo em um grupo e ficam menores quando o deslocamento dar-se da esquerda para a direita ao longo de um período. 68 Aumento do Raio Atômico: Fe 0,124 nm Tabela Periódica Raio Atômico Mesmo Grupo: a CNE é constante porém, a distância do núcleo aos elétrons de valência aumenta de cima para baixo (devido ao aumento do número quântico principal da camada de valência). Isso resulta no aumento do raio atômico. 3Li = 1s 2 2s1 CNE = +1 11Na = 1s 2 2s2 2p6 3s1 CNE = +1 19K = 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 CNE = +1 69 aumento do raio atômico Tabela Periódica Raio Atômico Mesmo Período: Elementos Representativos (Grupos s e p): a distância dos elétrons de valência ao núcleo atômico permanece pratica- mente constante, porém, a carga nuclear efetiva aumenta, o que atrai mais os elétrons de valência e reduz o raio atômico. 3Li = 1s 2 2s1 CNE = +1 9F = 1s 2 2s2 2p5 CNE = +7 70 redução do raio atômico Tabela Periódica Raio Atômico Mesmo Período: Elementos de Transição (Grupo d) e Trans. Interna (Grupo f): as variações em tamanho são menos pronunciadas pois a car- ga nuclear efetiva permanece constante e a distância do nú- cleo aos elétrons de valência também permanece constante, sendo o efeito de blindagem resultante apenas dos elétrons que vão gradualmente preenchendo os subníveis d e f. Geran- do uma redução menos pronunciada do raio atômico. 21Sc = 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1 CNE = +2 26Fe = 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 CNE = +2 71 72 Tabela Periódica Tabela Periódica Raio Iônico Quando átomos ganham ou perdem elétrons para formar íons estes revelam mudanças significativas em suas dimensões. Íons negativos (ânions): são sempre maiores que os átomos que lhes deram origem. Ao receber elétrons, a repulsão ele- trostática entre estas subpartículas causa um maior afasta- mento dos elétrons, que passam a ocupar um volume maior, ampliando o raio iônico. 73 Tabela Periódica Raio Iônico Íons positivos (cátions): são sempre menores que os átomos que lhes deram origem. A remoção de elétrons gera uma di- minuição da repulsão eletrostática e permite que os elétrons remanescentes fiquem mais próximos do núcleo e também uns dos outros. Isso reduz o volume iônico e o tamanho do raio. Quando um metal forma mais de um cátion, o tamanho dos íons diminue com o aumento de sua carga positiva. 74 0,124 nm 0,074 nm 0,064 nm Fe Fe2+ Fe3+ 75 Tabela Periódica Tabela Periódica Energia de Ionização (EI) É a energia necessária para remover um elétron de um átomo ou íon isolado em seu estado fundamental (estado gasoso). É expressa em kJ/mol = neste caso, refere-se à energia ne- cessária para arrancar 1 mol de elétrons de 1 mol da espécie em questão no estado gasoso. Também pode ser expressa em elétron-volt (eV). 76 M(g) + EI M + (g) + e - (g) (Energia de Ionização) Tabela Periódica Energia de Ionização (EI) São processos endotérmicos, ou seja, que consomem energia. Assumem, portanto, valores positivos. Os primeiros elétrons a serem removidos são sempre os elétrons exteriores. Átomos que possuem mais de um elétron também apresenta mais de uma energia de ionização. As energias de ionização sucessivas aumentam pois cada elétron está sendo removido de um íon cada vez mais positivo, implicando em maior gasto energético. 77 Li(g) Li + (g) + 1e - 1° EI = + 570 kJ/mol Li+(g) Li 2+ (g) + 1e - 2° EI = + 7297 kJ/mol Li2+(g) Li 3+ (g) + 1e - 3°EI = + 11810 kJ/mol Tabela Periódica Energia de Ionização (EI) A EI aumenta de baixo para cima num grupo e da esquerda para a direita em um período; Existem várias exceções quando a análise é feita nos períodos, pois a variação de EI torna-se um pouco irregular; 78 Tabela Periódica Energia de Ionização (EI) EI é oposta ao RA ou RI. Quando o RA aumenta a EI diminui, pois os elétrons exteriores ficam mais distantes do núcleo, e portanto, sofrem menos atração eletrostática, o que facilita sua remoção do átomo e reduz a energia associada neste processo. 79 Tabela Periódica Afinidade Eletrônica (AE) É a variação de energia associada com a adição de um elétron a um átomo ou íon em seu estado fundamental (estado gasoso). É expressa em kJ/mol = neste caso, refere-se à variação de energia associada com a adição de 1 mol de elétrons à 1 mol da espécie em questão no estado gasoso. Também pode ser expressa em elétron-volt (eV). 80 M(g) + e - M-(g) + AE (Afinidade Eletrônica) Tabela Periódica Afinidade Eletrônica (AE) Na maioria dos casos são processos exotérmicos, assumindo valores negativos. Contudo existem algumas exceções onde o efeito torna-se endotérmico. Em geral, embora existam exceções, as afinidades eletrônicas ficam mais exotérmicas da esquerda para a direita nos períodos e de baixo para cima em um grupo. 81 Tabela Periódica Afinidade Eletrônica (AE) Nos casos exotérmicos (favoráveis energeticamente), o elétron adicionado aproxima-se do núcleo atômico sofrendo atração eletrostática deste; A medida que o raio da espécie diminui, mais energia será liberada durante a adição do elétron; A adição de um elétron a um íon negativo são processos endo- térmicos, uma vez que é preciso forçar o elétron a aproximar- se de uma espécie que já possui um excesso de desta subpar- tícula atômica. 82 Tabela Periódica Literatura Consultada BRADY, J. E.; RUSSELL, J. W.; HOLUM, J. R. Química: A Matéria e Suas Transformações. Livros Técnicos e Científicos, 3ª edição, Vol. 1, Rio de Janeiro, 2003. BROWN; LEMAY; BURSTEN. Química: A Ciência Central, 9ª edição, 2005. 83
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