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1/39 ELETRÔNICA DE POTÊNCIA: CONCEITOS IMPORTANTES FERNANDO LESSA TOFOLI, DR. ENG. 2/39 PARTE 1: INTRODUÇÃO À ELETRÔNICA DE POTÊNCIA 3/39 INTRODUÇÃO GERAL DEFINIÇÕES Eletrônica de Potência: ciência que se dedica a processar e controlar o fluxo de energia elétrica por meio do uso dos conversores estáticos de potência. Eletrônica de Potência é a tecnologia associada com conversão eficiente, controle e condicionamento de potência elétrica através de interruptores estáticos a partir de uma fonte disponível na entrada para uma saída desejada. 4/39 INTRODUÇÃO GERAL Eletrônica de Potência Máquinas Elétricas e Acionamentos Qualidade da Energia Elétrica Sistemas de Controle Sistemas de Potência Física de Semicondutores Eletrônica Analógica e Digital A eletrônica de potência é uma área de atuação interdisciplinar. Para projetar com propriedade um conversor estático, deve-se possuir um conhecimento adequado de várias subáreas do conhecimento da Engenharia Elétrica. DEFINIÇÕES 5/39 INTRODUÇÃO GERAL IMPORTÂNCIA DA ELETRÔNICA DE POTÊNCIA “A eletrônica de potência desenvolve atualmente um impacto relevante em nossa sociedade, o qual, em minha opinião, é tão grande quanto (senão maior) que aquele da tecnologia da informação. Em essência, a roda da civilização industrial é movida pela eletrônica de potência. A produtividade e qualidade da produção das indústrias modernas dependem da eletrônica de potência, que possibilita a existência de sistemas energéticos ultraeficientes, que são tão vitais para nossas indústrias. O problema do aquecimento global que ameaça a civilização humana pode ser solucionado ou mitigado com a ajuda da eletrônica de potência. A maior parte das fontes de energias limpas e renováveis, que têm sido intensamente exploradas, dependem unicamente da eletrônica de potência para seu aproveitamento e utilização. Nossos veículos elétricos e híbridos são baseados na eletrônica de potência. A eficiência energética de aparelhos elétricos e eletrônicos, a qual tem sido enfaticamente destacada, é altamente dependente da eletrônica de potência. À medida em que o custo da energia elétrica tender a aumentar sensivelmente em um futuro próximo, o impacto da eletrônica de potência se tornará mais visível.” (Dr. Bimal K. Bose, IEEE Industrial Electronics Magazine, Junho de 2009). 6/39 Interruptor Ideal (“Chave”) Dispositivos Semicondutores - Sinal - Potência Semicondutores Controlados - Tiristores - Transistores Bipolares - Transistores MOS - Transistores Híbridos - Diodos - Tiristores - Interruptores totalmente controlados SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA CLASSIFICAÇÃO 7/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS Componente Tensão (V) Corrente (A) Freqüência (kHz) Potência (kVA) Tiristor 10.000 5.000 2 10.000 Transistor Bipolar 1.000 300 20 200 MOSFET 1.000 100 50 50 IGBT 3.000 1.000 20 3.000 Potência tensão Potência freqüência 8/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA APLICAÇÕES TÍPICAS 9/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA APLICAÇÕES TÍPICAS 10/39 PARTE 2: SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA 11/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA JUNÇÕES PN Cristal tipo N (-) Cristal tipo P (+) 12/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA JUNÇÕES PN Polarização direta Polarização reversa E 13/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA DIODOS DE POTÊNCIA Característica IV Formas de onda t1 Polarização direta t2 Injeção de portadores em N- t3 Polarização reversa t4 Camada de depleção t5 Não há portadores majoritários Dopagem leve Absorve a camada de depleção 14/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA DIODOS DE POTÊNCIA 70A 600V 100A 600V US$90 15/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM DIODO 16/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM DIODO 17/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA TRANSISTOR BIPOLAR Região de arrasto 18/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA TRANSISTOR BIPOLAR 300A 600V US$187 19/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM BJT 20/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM BJT 21/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA TIRISTOR Característica IV Formas de onda 22/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA TIRISTOR 200A 1200V US$180 1500A 6500V 23/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM TIRISTOR 24/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM TIRISTOR 25/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA MOSFET Característica IV Acionamento 26/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA MOSFET 8A 1000V 36A 1000V 27/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM MOSFET 28/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM MOSFET 29/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA IGBT Característica IV Parâmetro de controle 30/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA IGBT 1200A 3300V 31/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM IGBT 32/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA FOLHA DE DADOS DE UM IGBT 33/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA OUTROS DISPOSITIVOS (+) Altos gradientes de tensão (+) Menor queda de tensão (-) Alto custo - Altas potências - Acionamento por tensão 34/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA OUTROS DISPOSITIVOS MCT (Tiristor Controlado MOS) - Três terminais (anodo, catodo e gatilho); - Baixa queda de tensão; - Ótima capacidade de condução de corrente; - Possui dimensões menores; - Podem ser encontrados em valores de tensão até 10 kV; - Suporta somente tensão positiva, ou somente tensão negativa. “MOS-Controlled Thyristors -A New Class of Power Devices”, IEEE Transactions on Electron Devices, Vol. ED- 33, No. 10, Oct. 1986, Victor A. K. Temple, pp. 1609-1618. 35/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA MECANISMO DE PERDAS Perdas em Diodos: - No diodo de potência, a região N intermediária com baixa dopagem, responsável por alargar a região de depleção e diminuir seu campo elétrico, permite que o diodo suporte maiores tensões reversas sem entrar em ruptura. - Por outro lado, essa região intermediária levemente dopada aumentará a característica resistiva do diodo quando este estiver em condução, aumentando, portanto, as perdas por condução. - Durante t1, a região de depleção ainda não foi anulada, portanto o diodo ainda oferece uma grande resistência à passagem de corrente direta o que, juntamente com as indutâncias parasitas do componente e das conexões, causa uma sobretensão. Simultaneamente, a corrente cresce até atingir o valor da corrente que deve ser suprida à carga. 36/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA MECANISMO DE PERDAS Perdas em Diodos: - Durante t2, com a anulação da região de depleção, a tensão cai até atingir o valor de operação do diodo (> 0,7 V). Estes tempos são, tipicamente, da ordem de centenas de ns e podem ser obtidos nos datasheets dos componentes. - No desligamento, continuará a circular corrente até que a região de depleção seja restabelecida, o que só ocorre no pico de corrente na fronteira entre t4 e t5. A queda de tensão que ocorre nos intervalos t3 e t4 se deve a diminuição da queda ôhmica. Em t4, a taxa de variação da corrente, associada às indutâncias parasitas, provoca uma sobretensão negativa. - O tempo de recuperação reversa trr é um parâmetro importante e determina quão rápido um diodo passa do estado de condução para o estado de bloqueio. 37/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA MECANISMODE PERDAS Perdas em Diodos: - As perdas por condução podem ser obtidas por: VF queda de tensão existente no diodo durante a condução [V]; IF(méd.) corrente média no diodo [A]; rd resistência intrínseca do diodo [Ω]; IF(ef.) corrente eficaz no diodo [A]. - As perdas por comutação dividem-se em perdas no momento em que o diodo entra em condução (Pturnon) e perdas no momento em que o mesmo bloqueia (Pturnoff), sendo definidas por: t1 tempo necessário para o diodo entrar em condução [s]; VFP tensão máxima durante o tempo t1 [V]; Qrr carga armazenada na capacitância intrínseca do diodo [C]; Vr tensão reversa no diodo [V]. - As perdas totais em um diodo são: 2 . .F dcond diodo F méd F ef P V I r I 1 1 2 FP F F sturnon diodo P V V I t f rr r sturnoff diodoP Q V f comut diodo turnon diodo turnoff diodoP P P totais diodo cond diodo comut diodoP P P 38/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA MECANISMO DE PERDAS As perdas por comutação são dadas por: 2 ( ) .DS oncond MOSFET D ef P r I Entrada em Condução Bloqueio ( ) 1 2 turnon MOS CC D r sP V I t f VCC tensão máxima de bloqueio do MOSFET [V]; ID corrente no momento em que o MOSFET está conduzindo [A]; tr tempo necessário para o MOSFET entrar em condução [s]; tf tempo necessário para o MOSFET entrar em bloqueio [s]. ( ) 1 2 turnoff MOS CC D f sP V I t f Perdas em Transistores MOSFET: - As perdas por condução podem ser obtidas por: rDS(on) resistência de condução do MOSFET []; ID(ef.) corrente de dreno eficaz no MOSFET [A]. 39/39 SEMICONDUTORES DE POTÊNCIA MECANISMO DE PERDAS Perdas em Transistores MOSFET: - As perdas totais em um MOSFET podem ser obtidas por: ( ) ( )turnon MOS turnoff MOScomut MOSP P P totais MOS cond MOS comut MOSP P P Exemplo: Conversor Boost CC-CC - O rendimento do conversor é dado por: 100 100o i totais i i P P P P P totais totais diodo totais MOSP P P
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