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Máquinas Elétricas Professor: Aldir Dantas Martins 00:07 1 Potência Nominal Um motor elétrico recebe potência da rede elétrica (potência de entrada, Pe) e a transforma em potência mecânica (potência na saída, Ps) para o acionamento de uma carga acoplada ao eixo (Figura abaixo). A diferença entre as perdas na entrada e na saída constitui-se na perda do motor, e pode ser relacionada por seu rendimento (), dado por: 00:07 2 Potência Nominal A potência nominal de um motor é a máxima potência que a máquina é capaz de disponibilizar continuamente em seu eixo quando alimentada com tensão e freqüência nominais. É a potência na saída do motor e, sendo do tipo mecânico, é normalmente expressa em cv ou hp. Os motores de indução abrangem uma ampla faixa de potência, tipicamente de ¼ até 500 cv; 00:07 3 Potência Nominal É interessante lembrar que nem sempre um motor estará operando com potência nominal. O percentual de plena carga () expressa o quanto dessa potência nominal está sendo utilizada pelo motor, isto é: 00:07 4 Percentual de plena carga O conhecimento de é importante porque tanto o rendimento () como o fator de potência (cos) variam com esta grandeza: os fabricantes de motores costumam fornecer estes valores para 3 situações de percentual de plena carga (50%, 75% e 100%), Os maiores valores de e de cos ocorrem quando a máquina está operando a plena carga. 00:07 5 Fator de serviço Chama-se fator de serviço (FS) ao fator que, aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condições especificadas. Todo o motor é capaz de fornecer potência superior à nominal a fim de atender a picos de exigências das cargas, porém só é capaz de fazê-lo por breves instantes sem correr o risco de danos. Este valor está na faixa de 1,0 a 1,35. 00:07 6 Frequência Nominal Os motores são projetados para trabalhar com uma determinada freqüência, referente à rede de alimentação, admitida uma variação máxima de ±5% (NBR 7094/96). No Brasil, a freqüência padronizada é 60Hz; entretanto, existem muitos equipamentos importados de países onde a freqüência é 50Hz. A Tabela seguinte mostra as alterações que acontecem a motores de indução bobinados para 50Hz quando ligados em rede de 60Hz. 00:07 7 Frequência Nominal 00:07 8 Velocidade Nominal É aquela desenvolvida pelo motor quando utilizando sua potência nominal, alimentado por tensão e freqüência nominais. Não deve ser confundida com a velocidade síncrona (ns). Já se viu que a velocidade de um motor sempre será menor que a síncrona; a diferença entre a velocidade nominal e a síncrona é dada pelo escorregamento nominal: Para a maioria dos tipos de motores de indução, este escorregamento está na faixa de 3-5%. 00:07 9 Tensão Nominal. Ligação de Motores Trifásicos É a tensão ou grupo de tensões de alimentação do motor, admitindo-se uma variação máxima de 10%. Quase todos os motores, sejam mono ou trifásicos, são fabricados para operação em mais de uma tensão. Os motores trifásicos sempre são ligados à tensão de linha da rede elétrica. Os valores de alimentação mais comuns são 220, 380, 440, 660 e 760V. 00:07 10 Tensão Nominal. Ligação de Motores Trifásicos Esses motores podem ser constituídos por 1 ou 2 grupos de enrolamentos trifásicos. No primeiro caso, como são 3 enrolamentos, cada qual com um início e um fim, haverá 6 terminais disponíveis (motor de 6 pontas); no outro caso, um dos grupos pode ou não estar conectado internamente, configurando motores de 9 ou 12 pontas. A identificação dos terminais não é padronizada: alguns fabricantes usam números, enquanto outros usam letras. 00:07 11 Corrente nominal É a corrente solicitada pelo motor quando operando a plena carga, alimentado com tensão e freqüência nominais. A corrente nominal de motores trifásicos é dada por: 00:07 12 Corrente de partida Ligando-se o enrolamento trifásico à tensão, então, gira o campo girante no enrolamento do estator à plena velocidade (ns). No instante da partida forma-se no rotor, em virtude do escorregamento 100%, a tensão mais elevada possível e com isto uma corrente muito elevada, um campo intenso e o já mencionado conjugado de partida elevado. O motor nesta situação equivale a um transformador com o secundário curto-circuitado; a corrente de partida é por isto igual à corrente de curto-circuito e resulta assim de 3 a 8 vezes maior que a corrente nominal. 00:07 13 Corrente de partida Alguns problemas decorrentes desta elevada corrente de partida são: • queda de tensão na rede de alimentação; • aumento da bitola dos condutores de alimentação e • necessidade de transformadores de maior potência. 00:07 14 Corrente de partida Os principais dispositivos de redução da corrente de partida são: • chave estrela-triângulo, para motores de 6 ou 12 pontas; • chave série paralelo, para motores de 9 ou 12 pontas; • chave compensadora, para qualquer tipo de motor; • soft-starter, que também pode ser utilizada em qualquer motor; • inserção de resistências ou reatâncias de partida. 00:07 15 Corrente de partida Em Vazio: em vazio, o escorregamento apenas é de algumas rotações, em virtude da pequena carga presente. Tensão, frequência (menor que 1Hz), corrente e campo no rotor são por isto muito pequenos. Apesar disto, o estator, devido a sua plena magnetização absorve, em motores grandes até 30%, em motores pequenos cerca de 60% da corrente nominal da rede (da qual 90% é corrente reativa). 00:07 16 Corrente de partida Sob Carga: sob carga, a rotação se reduz em virtude das resistências mecânicas encontradas, com o que entretanto o escorregamento se eleva. Com carga nominal, seu valor é de 3 a 5%. Como consequência da elevação do escorregamento, eleva-se a tensão e acorrente do rotor, com isto, forma-se um campo mais forte e um conjugado mais potente para vencer o conjugado de carga. A rotação entretanto apenas cai pouco, pois uma maior carga pelo aumento do escorregamento, irá criar um conjugado mais elevado. 00:07 17 Corrente de partida Apenas nas condições de sobrecarga é que o escorregamento de eleva acentuadamente, o motor desenvolve o seu conjugado máximo, porém a rotação mesmo assim cai e o rotor pára. O escorregamento máximo é de cerca de 20 a 30%, sendo o valor do conjugado máximo estabelecido por Norma. 00:07 18 Esse é um motor trifásico de corrente alternada que é identificado pela simbologia ( ~ 3 ); De potência de: 3 Kw (4 CV), para converter Kw em CV é só multiplicar por 736 ou seja, 1 CV = 736 Watts. 00:07 19 Nesse exemplo o motor pode ser alimentado em duas tensões, V 220 / 380 que logo abaixo dá para observar os esquemas de ligações e suas respectivas tensões. Triangulo: 220 V Estrela: 380 V 00:07 20 Seguindo a mesma linha observamos a corrente de serviço do motor dada em Amperes e ela segue a sequencia das respectivas tensões. Tensão 220 V – Corrente 12,9 A Tensão 380 V – Corrente 7,5 A 00:07 21 Aqui nessa figura chegamos ao RPM (Rotações por Minuto) que é de 1690. E logo ao lado podemos observar a frequência de 60 Hz. 00:07 22 Aqui chegamos ao fator de serviço ou (fs) que é um multiplicador que, quando aplicado à potência nominal do motor elétrico, indica a carga que pode ser acionada continuamente sob tensão e frequência nominais e com limitede elevação de temperatura do enrolamento. 00:07 23 Aqui podemos observar o multiplicador da corrente de pico do motor, afinal todo motor elétrico solicita da rede elétrica na hora de sua partida um valor elevado 00:07 24 E por ultimo chegamos ao rendimento do motor, essa característica informa o quanto de potencia será convertida em sua totalidade, pois a energia cedida irá sofrer uma perda e o rendimento do motor é que define a eficiência dessa transformação. 00:07 25
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