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Máquinas Elétricas Professor: Aldir Dantas Martins 23:33 1 Motores elétricos Características dos Motores Motores dc Motores ac Fatores de Seleção Fonte de alimentação Condições ambientais Exigências da carga e condições de serviço Consumo e manutenção Controlabilidade Princípio de funcionamento Tipo de rotor Motor Dahlander 23:33 2 Motores trifásicos x motores monofásicos Quando comparados com os motores monofásicos de mesma potência e velocidade, os trifásicos só apresentam vantagens: • são menos volumosos e têm menor peso (em média 4 vezes); • têm preço menor; • podem ser encontrados em uma ampla faixa de potência (tipicamente de ¼ a 500 cv); • não necessitam de dispositivo de partida, o que diminui seu custo e a necessidade de manutenção; 23:33 3 Motores trifásicos x motores monofásicos • apresentam rendimento maior e fator de potência mais elevado, o que se reflete em menor consumo (em média 20% menos). O único ponto desfavorável é que os motores trifásicos necessitam de rede trifásica para a alimentação, o que nem sempre está disponível nas instalações. 23:33 4 Princípios de funcionamento Um campo magnético é criado quando uma bobina é percorrida por uma corrente elétrica e a orientação do mesmo será conforme o eixo da bobina, sua amplitude será proporcional à corrente aplicada. 23:33 5 Princípios de funcionamento Podemos verificar na figura anterior que um “enrolamento trifásico” é formado por três enrolamentos monofásicos deslocados angularmente entre si em 120º. Alimentando o equipamento com um sistema trifásico de correntes I1 , I2 e I3, cada uma das correntes criará seu campo magnétco H1 , H2 e H3, que por sua vez também serão deslocados angularmente entre si em 120º. 23:33 6 Princípios de funcionamento A cada instante a somatória de todos os campos gerados H1, H2 e H3 cria um campo resultante “H”, apresentado na parte inferior da figura a seguir. 23:33 7 Princípios de funcionamento Pode-se observar que a amplitude do campo “H” permanece constante ao longo do tempo e sua direção segue um movimento rotacional. Dessa forma, podemos concluir que para o motor com o enrolamento trifásico o campo magnético “H” é “girante”, e esse campo girante induz tensões na barra do rotor que geram corrente e como consequência é gerado um campo no rotor de polaridade oposta à do campo girante 23:33 8 Princípios de funcionamento Em decorrência da atração entre os campos girantes opostos do estator e do rotor, o rotor tende a acompanhar esse campo, gerando um conjugado que faz com que o motor gire, acionando a carga. 23:33 9 Rendimento Qual o rendimento de um motor que fornece 75 kW no eixo e retira 90 kW da rede? 23:33 10 Velocidade síncrona (ns) A velocidade síncrona de um motor é definida como a velocidade de rotação de um campo girante, e é dependente de dois fatores: frequência da rede (f), dada em hertz e do número de pares de pólos (p). Construtivamente os enrolamentos podem possuir um ou mais pares de pólos que se encontram sempre alternadamente dispostos no enrolamento. 23:33 11 Velocidade síncrona (ns) A cada ciclo o campo magnético girante percorre um par de pólos, assim, a velocidade do campo é dada pela expressão: 23:33 12 Velocidade síncrona (ns) Exemplo Determine a rotação de um motor 4 pólos que opera em uma frequência nominal de 60 Hz. ns = 120 x f = 120 x 60 = 7200 = 1800 rpm p 4 4 23:33 13 Exercícios 1. Calcule a rotação síncrona para os para os motores de 2,4,6 e 8 pólos respectivamente com freqüência de 50 Hz e 60 Hz. a) 2 pólos e 50 Hz? b) 4 pólos e 50 Hz? c) 6 pólos e 50 Hz? d) 8 pólos e 50 Hz? 23:33 14 e) 2 pólos e 60 Hz? f) 4 pólos e 60 Hz? g) 6 pólos e 60 Hz? h) 8 pólos e 60 Hz? Velocidade síncrona (ns) Para que exista a formação de pares de pólos, o número de pólos deverá ser sempre par. Para as “polaridades” e frequências mais usuais, temos as seguintes velocidades síncronas: 23:33 15 Escorregamento (s) Considerando que o rotor esteja girando na velocidade constante de “n” rpm no mesmo sentido que o campo girante do estator, sendo nS rpm a velocidade síncrona do campo de estator, dada pela equação da velocidade síncrona. A diferença entre a velocidade síncrona e a velocidade do rotor é citada usualmente como escorregamento do rotor. O escorregamento é geralmente definido como uma fração da velocidade síncrona. 23:33 16 Escorregamento (s) Na maioria das vezes este fenômeno é descrito pelo fabricante em porcentagem (%). Temos a seguinte fórmula para representar o escorregamento do motor elétrico: 23:33 17 Escorregamento (s) Vejamos a seguir um exemplo de cálculo de escorregamento: Motor elétrico trifásico 220 VCA Velocidade síncrona: 1800 RPM (4 pólos – 60 Hz) Velocidade medida no rotor: 1760 RPM Calcular o escorregamento em porcentagem e RPM. 23:33 18 Escorregamento (s) Sendo assim a velocidade real no eixo do motor elétrico será a diferença entre a velocidade síncrona e o escorregamento. Esta recebe o nome de Velocidade Nominal. A fórmula fica assim: 23:33 19 Exercícios 1. Determine a velocidade mecânica de um motor de 6 pólos, freqüência de 60 Hz e escorregamento de 4%. R.: n = 1152 rpm. 2. Determine o escorregamento de um motor com velocidade nominal de 1720, 4 pólos e 60 Hz. R.: s = 4,44%. 3. Um motor trifásico de indução de 6 pólos é alimentado com tensão de 220V, 50 Hz e gira a 920 rpm. Qual o seu escorregamento? R.: s = 8%. 23:33 20 Potência de saída Por sua vez a "potência de saída" do motor depende das perdas totais no motor, que podem ser separadas nas seguintes perdas, segundo a norma IEC 60034-2: Perdas totais no cobre do estator; Perdas totais no cobre do rotor; Perdas por atrito e ventilação; Perdas no ferro; Perdas suplementares (são todas as perdas que não podem ser mensuradas). 23:33 21 Frequência da corrente induzida Quando um motor gira com uma velocidade diferente da velocidade do campo girante (velocidade síncrona), circularão correntes induzidas no rotor, quanto maior a carga maior será o conjugado necessário para acioná-la. A obtenção de um maior conjugado pode ser conseguida aumentando a diferença entre as velocidades do rotor e do campo girante no estator para que os campos gerados e as correntes induzidas sejam maiores. 23:33 22 Frequência da corrente induzida Na condição do motor trabalhando a vazio (sem carga), o mesmo apresentará uma rotação muito próxima à rotação síncrona. A frequência da corrente induzida no rotor é dada pelo produto da frequência da corrente no estator pelo escorregamento, ou seja: 23:33 23 Frequência da corrente induzida Com a aplicação de uma carga ao rotor, ocorre a redução da velocidade com o consequente aumento do escorregamento, da frequência da corrente no rotor e da sua força eletromotriz induzida. Com o aumento da corrente induzida no rotor, tem-se um aumento na corrente primária no estator com melhor fator de potência produzindo maior potência mecânica e exigindo maior potência da rede. 23:33 24 Exemplo Um MIT de 4 pólos opera a 60 Hz Se o escorregamento vale 5% , calcule a freqüência da tensão induzida no rotor: 23:33 25 Fator de potência O fator de potência é uma relação entre potência ativa epotência reativa, conseqüentemente energia ativa e reativa. Ele indica a eficiência com a qual a energia está sendo usada. Um alto fator de potência indica uma eficiência alta e inversamente um fator de potência baixo indica baixa eficiência. Um baixo fator de potência indica que você não está aproveitando plenamente a energia, e a solução para corrigir, é a instalação de Banco de Capacitores. 23:33 26 23:33 27 Conjugado O conjugado, também chamado de torque ou binário, é a medida do esforço necessário para girar o eixo. Para medir o esforço necessário para fazer girar o eixo não basta definir a força empregada, é preciso também dizer a que distância do eixo a força é aplicada. O esforço é medido pelo conjugado, que é o produto da força pela distância. A unidade utilizada para o conjugado no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o Newton.metro (N.m). 23:33 28 Deseja-se levantar um peso por um processo semelhante ao usado em poços, onde, a força F que é preciso aplicar à manivela, depende do comprimento () da manivela. Quanto maior for a manivela, menor será a força necessária para suspender o balde. Se o balde pesa 20N e o diâmetro do tambor é 0,20m, a corda transmitirá uma força de 20N na superfície do tambor, isto é, a 0,10m do centro do eixo. Para contrabalançar esta força, precisam de 10N na manivela, se o comprimento for de 0,20m. Se for o dobro, isto é, 0,40m, a força F será a metade, ou seja 5N. Neste caso, o conjugado será: 23:33 29 Energia e potência mecânica A potência mede a rapidez com que a energia é aplicada ou consumida. Como no exemplo anterior, a energia gasta ou o trabalho realizado para trazer o balde do fundo até a superfície é sempre a mesma, porém a potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicável para erguer o balde até a boca, ou seja, a potência é a energia ou trabalho total realizado dividido pelo tempo total para realizá-lo. A unidade utilizada para a potência mecânica no SI é o Watt (W), porém a unidade mais usual para a potência mecânica é o c.v.(cavalo-vapor), equivalente a 736W. 23:33 30 Energia e potência elétrica Embora a energia seja uma só, ela pode ser obtida de formas diferentes. Se ligar uma resistência a uma rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia e a transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em energia mecânica disponível na ponta do eixo. 23:33 31 Calcule 1. Um motor de indução trifásico, 60 Hz, 6 pólos, s = 3%. a) Velocidade do síncrona; b) Velocidade do rotor; c) freqüência da corrente do rotor; a) 1200 rpm b) 1164 rpm c) 1,8 Hz 23:33 32 Exercicio 1. Um motor de indução trifásico gira em vazio a 1188 rpm, quando alimentado por um sistema trifásico cuja freqüência é igual a 60 Hz. a) Quantos pólos possui este motor? b) Qual a velocidade síncrona desta máquina? c) Qual o escorregamento nesta condição? d) Qual a freqüência das correntes rotóricas? e) Se este motor girasse a 1200 rpm, qual seria escorregamento ? f) Qual seria a freqüência das correntes rotóricas nesta condição? 23:33 33 Exercicio 1. Um motor de indução trifásico gira em vazio a 1188 rpm, quando alimentado por um sistema trifásico cuja freqüência é igual a 60 Hz. a) Quantos pólos possui este motor? (seis) b) Qual a velocidade síncrona desta máquina? (1200 rpm) c) Qual o escorregamento nesta condição? (1%) d) Qual a freqüência das correntes rotóricas? (0.6 Hz) e) Se este motor girasse a 1200 rpm, qual seria escorregamento ? (s=0) f) Qual seria a freqüência das correntes rotóricas nesta condição? (Não há indução de corrente no rotor) 23:33 34
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