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Aula 15/02/2019 Datas Importantes: 15 e 22/02: aula; 01/03: aula; 08/03: trabalho em sala; 15/03: aula; 22/03: prova; 29/03 e 05/04: seminário; 12/04: aula; 26/04: prova; + 2 atividades no moodle (valendo apenas presença). Prova: 100% escrita Trabalho: Responsabilidade Civil dos Bancos (29/03 e 05/04: seminário). Conceituar, responsabilidade objetiva ou subjetiva, apresentar duas decisões relacionadas a matéria (caso polemico ou diferente). Vai avaliar: Organização do grupo, apresentação do grupo, sem ler ou decorar, relevância da decisão e participação durante a apresentação dos outros grupos. Aula 22/02/2019 Res ponsabil idade Civil: conduta humana que repara um dano, indenização 1) Teoria Geral: 2) Finalidade: a) Reparação: material é possível já na reparação por dano moral é mais uma tentativa de reparação; b) Prevenção: mas não é muito utilizada no Dto brasileiro; c) Educativa: vem do Dto americano, é uma ideia não positivada, para não repetir o ato de causar dano. 3) Princípios: a) Dignidade da Pessoa: b) Solidariedade: regra geral é solidária a reponsabilidade, salvo nos casos em que um incapaz causa prejuízo (ele mesmo tem que arcar com o prejuízo (ele tem dinheiro) se os pais não tiverem dinheiro, não cabe ação de regresso). c) Reparação Integral: art. 944 do CC, reparar a extensão total do prejuízo (pode cumular moral e material etc), mas na prática não é bem assim o ofensor muitas vezes não tem patrimônio para pagar o prejuízo que causou (faz-se processo de execução). Súmula 387 STJ. 4) Responsabilidade e obrigação: a obrigação é um dever primário, enquanto a responsabilidade é um dever secundário. - Geralmente elas andam juntos (responsabilidade e obrigação) - Salvo prescrição (tem obrigação, mas não a responsabilidade jurídico legal de pagar), ou dívida de jogo. - Responsabilidade sem obrigação, contrato de fiança (devedor tem a obrigação de pagar e a responsabilidade, mas se ele não para a responsabilidade passa para o fiador). 5) Elementos da Responsabilidade: 3 espécies. a) Responsabilidade Civil: se divide em objetiva e subjetiva. Elas conservam 3 características: Conduta Humana = uma ação ou uma omissão que causou um dano. Deve ser ação ou omissão consciente Hipóteses de conduta humana: 1) Atos ilícitos, art. 186 CC (ilícito puro): violar um dever jurídico; 2) Atos ilícitos por equiparação, art. 187 CC: equipara modalidade de atos, o chamado de abuso de direito. Ex: Abuso de usar som em casa, excesso pois passou das 22h. Excesso na hora de cobrar uma dívida. 3) Atos lícitos, art. 188 CC: - Legítima Defesa: repelir uma injusta agressão, mas não retira o dever de indenizar, salvo se o objeto estragado for do agressor, não sou obrigado a indenizar. (Ex prof: Ariel briga com cadeira do CESUL) - Estado de Necessidade: a) Perigo Iminente: desvia pedestre e bato em muro de 3º, tenho que indenizar regra geral, salvo o informativo 529 do STJ, o perigo foi causado pela própria vítima (colega tenta se matar dentro do carro e eu quebro o vidro pra salvar ele, pode ser animais também, criança, etc). Dano = material, moral, estético, etc. Nexo de Causalidade = vinculação entre conduta e o dano sofrido. Eliminando um ou mais requisitos não existe responsabilidade, para a responsabilidade existir deve-se cumular as 3 características. Na responsabilidade Subjetiva tem mais uma característica (4 elementos): o dolo ou a culpa. Culpa /Dolo: tem dever de indenizar, independentemente do resultado (se o agente praticou com dolo ou culpa). 1) Conceito: 2) Pressuposto: a) Reprovabilidade social: b) Previsibilidade do resultado: 3) Espécies: a) Quanto ao dever jurídico: - Culpa contratual: quando se consolida um contrato, ruptura da relação contratual; - Culpa extracontratual (aquiliana): todas as relações jurídicas que não decorrem de relação contratual. b) Quanto a gradação: classificação doutrinária, não usual no dia a dia, causou danos vai responder do mesmo jeito. - Grave: - Leve: - Levíssima c) Quanto ao conteúdo: - Culpa inelegendo: má escolha do seu representante (má escolha); - Culpa invigilando: na ausência do dever de vigilância. Era tida como culpa presumida, com o CC de 2002, não se usa mais, agora só usa o dano presumido (pagou tudo e foi inscrito indevidamente nos OPC’s, a inscrição gera dano presumido, não precisa provar a culpa) Se a lei não fala nada regra geral: responsabilidade subjetiva (provar os 4 elementos); Se a lei menciona a responsabilidade objetiva: aplica a responsabilidade objetiva (provar apenas os 3 requisitos, sem provar culpa ou dolo). 1 sim, art. 188, do II CC 2 sim, reparação integral, art. 944 CC 3 até o fim da convalescença, até ele se recuperar, mas como ele perdeu as pernas paga até a expectativa de vida do brasileiro até os 76 anos. 4 sim, reparação integral, art. 944 CC, súmula 387 do STJ 5 dignidade da pessoa, solidariedade e reparação integral 6 Sim: atos lícitos art. 188, porém não excluem o dever de indenizar, salvo o estado de necessidade se a situação de risco foi criada pela própria vítima e se o estrito cumprimento de dever legal for abusivo. Aula 01/03/2019 Danos: podem ser cumulados. 1) Conceito: independe de conduta humana, mas para fins de indenização precisa de um ato humano. 2) Espécies: A) Dano Moral: Enunciado 159 da 2ª Jornada de Dto Civil e o Enunciado 444 da 4ª Jornada de Dto Civil. Dor e sofrimento e também: Qualquer ofensa a Dtos da personalidade (honra, nome, vida privada etc); Ofensa Dto fundamentais da pessoa; Ofensa Dtos relacionados a dignidade da pessoa. Dano Moral Presumida ( In re Ipsa ) Jurisprudência: hipótese em que não precisa provar o dano, apenas provar a ocorrência do fato danoso, hipóteses 3: a) Cadastro Indevido nos OPC’s: Enunciado N.º 1.1- Dívida paga – inscrição/manutenção – dano moral: A inscrição e/ou manutenção de dívida paga em órgãos de restrição ao crédito configura dano moral. b) Publicação de imagens (fotos/vídeos) para fins comerciais sem autorização do cliente: imagens pornográficas também; c) Consumo de alimentos com objeto estranho, independentemente da ingestão do objeto ou de parte dele: consumo se limita ao consumo do produto. Enunciado N.º 8.2- Venda de produto impróprio ao consumo: A venda de produto impróprio ao consumo acarreta dano moral. Cuidados: - Protesto de pessoa falecida não causa dano moral; - Atraso ou cancelamento de voo, gera dano moral, mas não é presumido (informativo 638 do STJ); B) Dano Material: visualiza como algo concreto, palpável; Princípios: Princípio da Razoabilidade: deve ser adequada, proporcional e necessária. Teoria da Diferença (teoria alemã): quantificar o patrimônio da vítima antes do prejuízo, e quantifica depois do prejuízo causado, e paga-se a diferença entre estes valores. Subespécies: Dano emergente: o que a vitima perdeu imediatamente após a conduta humana; Lucro cessante: aquilo que a vitima deixou de ganhar em razão da conduta humana. (ex: faz-se uma média dos últimos 12 meses da pessoa que sofreu o dano) C) Dano Estético: qualquer transformação física, ou agravamento de uma condição pré-existente. Até o limite médico paga-se como dano estético, mas algumas vezes fica com cicatrizes para o resto da vida, a partir do limite da medicina passa a ser dano moral. 3) Outros danos reconhecidos pelo STJ: a) Dano Indireto: não confundir com dano incerto e eventual (é indenizável) Geralmente acontece em relações de consumo. Ex: compra de animal doente, e ele contamina os de mais animais contaminados; b) Dano reflexo ou Danoem ricochete: não é um dano sofrido pela vítima, mas um dano sofrido por pessoas que dependem financeiramente da vítima. Ex: atropelamento de pai de família, causa dano aos dependentes deste sujeito. c) Teoria perda de uma chance: teoria francesa, não é codificada. Delicada sua aplicabilidade e quantificação do dano. 1º A chance deve ser real e concreta; 2º Uma chance efetiva: Ex: show do milhão, divide-se em 4 o valor, pois era a quantidade de chances (alternativas) que ela tinha; 3º Indícios de probabilidade de êxito; 4º A certeza quanto a autoria do dano; 5º Incerteza em relação a extensão do dano, imensurável. d) Dano coletivo: - Dtos difusos: não consegue determinar os indivíduos atingidos; - Dtos Coletivos em sentido estrito: consegue identificar o grupo (classe) de pessoas atingidas. Ex: recall de carros. - Dtos Individuais Homogêneos: não entram na categoria de dano coletivo, eles são acidentalmente coletivos. Dano de maior relevo, são os danos decorrentes de propaganda publicitária que envolvem crianças e adolescentes. Os pais percebem o dano e pedem indenização para a marca e para o Estado (pois ele fiscaliza). 4) Quantificação do Dano – Princípio da Reparação Integral art. 944 do CC: Quantificação do Dano Material: aplicação Princípio da Reparação Integral Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; (dano emergente) II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. (lucros cessantes) Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. Estes dispositivos servem como orientação para indenizações; Quantificação do Dano Estético: tudo que foi gasto (limite médico) para reconstruir a pessoa. Quantificação do Dano Moral: marco teórico CPC de 2015, que determina a quantificação do dano sofrido, pega uma decisão análoga e pede um valor análogo e deixa o juiz decidir. Saia justa. Não existe dano tabelado. STF: adota um critério bifásico, 1º fase da análise tem uma indenização base; 2º análise das circunstâncias do caso concreto. Aula 08/03/2019 Compensação dos danos materiais: Não se compensa: previdenciária e alimentar. Exceções ao princípio da reparação integral (944CC): a) Princípio da Equidade (Justiça): Art. 944, Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. b) Culpa concorrente da vítima: Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. Aplica-se o princípio da equidade. c) Caso de responsabilidade Subsidiária do Incapaz: Quando os pais ou responsável (responsabilidade objetiva) não tenha dinheiro para pagar o dano causado pelo incapaz, e o incapaz tenha dinheiro para pagar o dano causado por ele próprio, mas se aplica o princípio da equidade podendo o incapaz pagar uma parcela menor do dano causado. Aula 15/03/2019 Nexo de Causalidade: 1) Conceito: 2) Teorias: a) Equivalência das condições: b) Causalidade direta: c) Causalidade adequada: 3) Excludentes: a) Caso fortuito/força maior: o código não faz menção, mas há dois tipos o caso fortuito: - Interno: gera indenização (como um defeito de fábrica, mas causado por caso fortuito ou força maior, terremoto na empresa fabricante, antes da tradição). No caso de assalto no ônibus por falta de fiscalização do Estado, e fatos reiterados de assalto o Estado deve indenizar. - Externo: não indeniza (derrubei meu celular novo em razão de um terremoto, depois da tradição a loja não tem dever de indenizar). No caso de assalto no ônibus por falta de fiscalização do Estado não indeniza. b) “Teoria do corpo neutro” (não está positivada no CC): a sua conduta é uma mera projeção de uma conduta alheia (típica relação de engavetamento no trânsito), não tem dever de indenizar se você não tiver batido no carro da frente, só bateu, pois, outro carro atrás de você bateu no seu carro e te projetou em cima do carro na sua frente. Mas caso você já tenha batido no carro da frente e a batida se agravou, pois, o carro de trás bate em você a indenização pode ser fracionada (culpa concorrente). c) Culpa exclusiva da vítima: vitima se joga na frente do carro, sem culpa minha, não há dever de indenizar pois é culpa exclusiva dela. Não há nexo causal, não há dever de indenizar. d) Cláusula de não indenizar: placa em estacionamento (pago ou não) diz que não se responsabiliza por furto ou danos causados ao veículo, é uma cláusula nula de pleno direito. - Esta cláusula só é válida se 1º se ela for bilateral (consentimento do consumidor), 2º não violar a lei ou princípios gerais do direito, 3º se ela não eximir culpa grave ou gravíssima. - Regra geral ela não é aplicada, e a empresa deve indenizar, mas caso ela cumpra os 3 requisitos supracitados cumulados ela é válida. Caso contrário violado um dos requisitos a empresa indeniza; Responsabilidade Objetiva(exceção): Não tem elemento culpa ou dolo. - Risco integral: teve dano tem dever de indenizar, atividade do risco, ex: dano ao meio ambiente e dano nuclear, acidente de trânsito que deve pagar o DPVAT. - Risco Criado ou da sua atividade: 1) Hipóteses: 1º Lei: a) 187 CC abuso de direito: som alto de madrugada; b) 927 P.Ú. CC, atividade de risco: atividade bancária (transações por celulares etc), possibilidade em que o banco não indeniza integralmente (apenas 50% e 50% a PJ responde), quando se trata de cheque de empresa com assinatura falsificada. c) 931 CC, produtos colocados em circulação: todas as relações de consumo; exceção do CDC ver net d) 936 CC, animais: responsabilidade do dono ou do detentor do animal (passeio de cachorro), caso o cachorro cause algum dano a outrem; e) 937 e 938 CC, prédio: - Ruina de prédio: o proprietário do imóvel, quem usa o imóvel não responde pelo dano (aluguel ou morando de favor etc). - Coisas caídas do prédio: não sabe de que AP caiu, responsabilidade do condomínio. Se sabe de onde caiu responsabilidade do habitante do apartamento (inquilino). Se o prédio tem duas faces e cai algo de uma face a responsabilidade é da face que caiu o objeto, não de todo o prédio. Aplica no caso de condomínio com vários blocos. f) 932 CC: ato de 3º -> Dto de regresso (Culpa de terceiro ou fato de terceiro): quando alguém indeniza o ato praticado por outra pessoa. Os mais corriqueiros são: -Ato de incapaz: os pais respondem; -Ato praticado por empregado em função do trabalho: quem indeniza é o empregador; -Ato praticado por hospede de hotel: quem indeniza é o hotel. Existe o dto de regresso contra que causou o dano, quem entra com a ação de regresso deve provar a culpa ou dolo do terceiro que causou o dano. Única hipótese que não existedto de regresso é ato danoso praticado por incapaz. 2º Risco:
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