Prévia do material em texto
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Identificação tátil e visual do solo Luana Karoline CAMPO GRANDE- MS, 2019 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Identificação visual e tátil do solo Luana Karoline Relatório experimental apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Mecânica dos Solos, no curso de Engenharia Civil, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. CAMPO GRANDE- MS, 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 1.1 OBJETIVOS..................................................................................................................1 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 2 3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................. 2 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 4 5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 6 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 7 7 ANEXOS OU APÊNDICES ................................................................................................. 8 1 INTRODUÇÃO A ABNT (NBR 6502) define solo como “Material proveniente da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos ou químicos, podendo ou não ter matéria orgânica”, ou simplesmente, produto da decomposição e desintegração da rocha pela ação de agentes atmosféricos.” Para a Engenharia Civil, o solo pode ser considerado todo material da crosta terrestre, provenientes da decomposição de rochas, que não oferece resistência a escavação mecânica e que serve de suporte para as obras, distribuindo as tensões de cargas que são transferidas a este pelas fundações. Sendo assim, é importante estudar suas características e comportamentos a determinadas situações, visto que todos esses fatores influenciam as obras. A identificação tátil e visual dos solos é um método rápido, que não exige aparelhagem específica, para se classificar o solo visto que em muitos casos o projeto não justifica economicamente a realização de ensaios laboratoriais para o estudo. A preparação das amostras de solo para ensaios de compactação e caracterização deve obedecer às diretrizes da NBR 6457/2016 e também a NBR 9604/2016, que trata da abertura de poços e trincheiras de inspeção do solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas. Para o presente ensaio foi empregada amostra deformada. Os solos podem ser classificados em três grandes grupos de acordo com o tamanho dos grãos: areias, siltes, argilas. Cada grupo com características distintas que são empregadas de acordo com a necessidade de cada projeto. 1.1 OBJETIVOS O objetivo deste ensaio é classificar as amostras desconhecidas dentro de comportamentos conhecidos e característicos dos solos e de acordo com os resultados obtidos nos testes classificar as amostras dentre os três grandes grupos (areia, silte e argila) e atribuir uma nomenclatura (argila arenosa, areia siltosa, entre outros). 2 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA “Como nos sistemas de classificação, o primeiro aspecto a considerar é a provável quantidade de grossos (areia e pedregulho) existente no solo. Grãos de pedregulho são bem distintos, mas grãos de areia, ainda que visíveis individualmente a olho nu, pois têm diâmetros superiores a cerca de um décimo de milímetro, podem ser encontrar envoltos por partículas mais finas. Neste caso, podem ser confundidos com agregações de partículas argilossiltosas.” (PINTO, 2006). “Para que se possa sentir nos dedos os grãos de areia, é necessário que o solo seja umedecido, de forma que os torrões de argila se desmanchem. Os grãos de areia, mesmo os menores, podem ser sentidos pelo tato no manuseio.” (PINTO, 2006). 3 MATERIAIS E METÓDOS *MATERIAIS - Água corrente; - Bisnaga de borracha; - Provetas; - Recipiente de vidro; - 4 amostras de diferentes solos. *METÓDOS Este ensaio é composto de vários testes, onde cada solo apresenta um comportamento diferente como descritos a seguir: - Teste tátil e visual Dispor uma pequena quantidade de solo seco na mão em seguida, adicionar um pouco de água e fricciona-se para analisar a textura tátil • AREIAS: são ásperas, as partículas são visíveis a olho nu, é possível reconhecer os minerais e não apresenta odor característico de barro. • SILTES: menos áspera se comparada a areia, para diferencia-las são necessários outros testes. • ARGILAS: quando molhadas formam uma pasta escorregadia, de textura ensaboada e com um odor de moringa de barro. - Teste de impregnação Neste teste, é feito uma pasta de solo seco e água sobre as mãos em seguida, se posiciona as mãos debaixo de água corrente e observa-se o comportamento da pasta, ou seja, a dificuldade de sair por completo das mãos. • AREIAS: sai facilmente, apenas com a água corrente. • SILTES: sai com bastante água e um pouco de fricção. • ARGILAS: maior dificuldade para se desprender, requer muita fricção além de deixar manchas na mão. - Teste de plasticidade Criar uma pasta consistente de solo e água e tentar moldar um cilindro. • SOLOS GROSSOS: são facilmente moldáveis • SOLOS FINOS: são moldáveis e apresentam um comportamento plástico, visto que quando submetidos a tensões e deformações demoram para apresentar fissuras ou rupturas - Teste de resistência do solo seco O teste consiste em pegar um torrão feito de solo seco, tentar rompê-lo e analisar. • ARGILAS: alta coesão, grande resistência. • SILTES: pouca coesão, pouca resistência • AREIAS: sem coesão, nenhuma resistência. - Teste de dispersão em água Neste teste mistura-se água, defloculante e solo em uma proveta, esta é agitada e logo em seguida mantida em repouso para que se observe a sedimentação do solo. • ARGILAS: sedimentação lenta, pode levar horas ou dias para sedimentar e possui uma coloração escura. • SILTES: a sedimentação pode levar de 15 a 60 minutos, e sua coloração fica clara gradativamente. • AREIAS: a sedimentação é rápida, a água apresenta coloração clara e os grãos se depositam na base - Teste de desagregação do solo submerso Depositar um torrão de solo seco em um recipiente com água suficiente de modo a não o cobrir. • ARGILAS: desprende-se lentamente. • SILTES: desprende-se mais rapidamente. • AREIAS: não apresenta coesão. - Teste de dilatância Neste teste se mistura solo e água na mão até criar uma pasta, com a outra mão se faz vibrações e observa-se o comportamento da água. • SOLOS GROSSOS: solo fissura e a água volta a desaparecer. • SOLOS FINOS: solo fissura lentamente e a água tende a não subir a superfície. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Foram analisadas 4 amostras, numeradas de acordo com o laboratório, as amostras escolhidas foram as amostras 1, 3, 5 e 6. Os resultados aqui descritos se encontram anotados na planilha 1 (consultar apêndice). - Amostra 1 Coloração Amarelo, tom pastel Visual e tato Grãos visíveis a olho nu e textura áspera Impregnação Fácil de limpar, não é necessário esforço algumPlasticidade Não é moldável Resistência Não é resistente Dispersão Deposita rapidamente e a água apresenta coloração clara Desagregação Sem coesão Dilatância Rápida e a água é reabsorvida - Amostra 3 Coloração Vermelho Visual e tato Grãos visíveis a olho nu e textura áspera Impregnação Limpa lentamente, é necessário um pouco de fricção Plasticidade Pouco moldável, muito difícil de obter forma Resistência Resistência média Dispersão Deposita dentro de alguns minutos, não tão rápido Desagregação Rápida Dilatância Média, não é tão rápida como a areia - Amostra 5 Coloração Cinza Visual e tato Grãos não visíveis a olho nu e textura macia Impregnação Limpa lentamente, é necessário um pouco de fricção Plasticidade Moldável Resistência Não resistente Dispersão Deposita dentro de alguns minutos, não tão rápido Desagregação Lenta Dilatância Média, não é tão rápida como a areia e não demora tanto como a argila - Amostra 6 Coloração Amarelo Visual e tato Grãos não visíveis a olho nu e textura macia Impregnação Muito difícil de limpar, é necessário fricção Plasticidade Se molda com facilidade Resistência Resistência alta Dispersão Deposita lentamente, fica em suspensão Desagregação Lenta Dilatância Lenta, a água demora a subir para a superfície 5 CONCLUSÃO De acordo com os resultados obtidos, foi feita uma comparação aos comportamentos previamente conhecidos de cada solo e conclui-se que a amostra 1 é areia, a amostra 3 é uma argila arenosa de formação laterítica, a amostra 5 é um silte argiloso e a amostra 6 é argila. 6 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PINTO, Carlos de Souza. Curso básico de mecânica dos solos. 3° edição. São Paulo: Oficina de textos, 2006. ALMEIDA. Suise Carolina Carmelo. Identificação tátil e visual do solo. 2019. Disponível em: < https://classroom.google.com/u/0/c/MzA5MDA5NTQxMzFa/m/MzEwNTQxOTMxMTha/details>. Acesso em 10/03/2019.