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* UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA Teniose e Cisticercose * SISTEMÁTICA Filo Platyhelminthes Classe Cestoda Ordem Cyclophyllidea Família Taeniidae Gênero Taenia Espécies Taenia solium Linnaeu, 1758 Taenia saginata Goeze, 1782 * INTRODUÇÃO Taenia solium Homem Teniose Taenia saginata Formas larvais: Cysticercus cellulosae Cysticercus bovis bovinos suínos CISTICERCOSE (“canjiquinha”, “pipoca”, “quirera”) * Cysticercus cellulosae Cysticercus bovis Bovinos Suínos HOMEM * MORFOLOGIA ADULTO - Parasitos em forma de fita/hermafroditas - escólex c/ 4 ventosas e rostro c/ 2 fileiras de acúleos/ganchos - proglotes c/abertura genital unilateral e irregularmente alternado * Taenia solium Até 5 metros 800 a 1.000 proglotes 7-12 pares de ramificações uterinas dendríticas/ 80 mil ovos * Taenia saginata Até 8 metros +/- 1.000 proglotes Esfíncter musculoso 15-20 pares ramificações uterinas dicotômicas/160 mil ovos * OVOS 30 a 40m Oncosfera /embrião hexacanto Embrióforo * LARVA CYSTICERCUS Cysticercus cellulosae T. solium Cysticercus bovis T. saginata 1cm após 4 meses * Órgão de Eleição: Intestino delgado Hospedeiro definitivo: Homem Hospedeiro intermediário: suíno e bovino T. solium T. saginata BIOLOGIA Cysticercus cellulosae Cysticercus bovis * coração diafragma masseter língua cérebro SNC (50% dos casos) olhos e anexos musculatura esquelética tecido subcutâneo Principais órgãos e tecidos c/cisticercose: * CICLO Heteroxeno PPP ±3 meses PP 2 anos HI ±3 meses Longevidade de ovos ±1 ano Taenia solium * PPP ±3 meses PP 10 anos HI ±3 meses Longevidade de ovos ±1 ano Taenia saginata * TRANSMISSÃO Teniose Ingestão de carne crua ou mal cozida, contendo Cysticercus cellulosae (suíno) ou C. bovis (bovino). * Cisticercose Ingestão de ovos bovinos – com pastagem ou água suínos com alimentos “lavagem” , água ou coprofagia * Cisticercose humana ”homem como hospedeiro intermediário” Ingestão de ovos de T. solium Heteroinfecção - ingestão acidental de ovos Auto-infecção externa - ingestão de ovos da sua Taenia por falta de higiene Auto-infecção interna – através de movimentos anti-peristálticos ou vômitos * PATOGENIA E SINTOMAS Teniose (forma adulta) Alergia (excreção de substâncias tóxicas) Competição alimentar: - tonturas - náuseas - apetite excessivo - dor abdominal - perda de peso * Cisticercose (forma larval) Neurocisticercose: - náuseas, tonturas, vômitos e cefaleia - ataques epilépticos - desordem mental (delírios) - alucinações - prostração - hipertensão intracraniana casos de demência visão afetada * Cisticercose cardíaca: - palpitações - ruídos anormais - dispnéia Cisticercose ocular: - turvação visual - cegueira unilateral - reação inflamatória intensa - descolamento e/ou perfuração da retina - opacificação do humor vítreo – catarata - perda do olho Cisticercose muscular ou subcutânea: - nódulos subcutâneos - dor, fadiga e cãibras (pernas, região lombar, nuca) * DIAGNÓSTICO Teniose Clínico encontro de proglotes na roupa íntima/roupa de cama ou nas fezes motivo consulta Laboratorial : Parasitológico: exame de fezes - proglotes - ovos * Fita adesiva Técnica revela 90 % das infecções por T. saginata Ovos de tênia aderidos à fita gomada, vistos ao microscópio. Imunodiagnóstico hemaglutinação indireta imunofluorescência indireta Não detectam 40% dos casos de parasitismo * Cisticercose Clínico anamnese Cisticercose ocular – vesículas Laboratorial Testes imunológicos Ac: soro, líquido cefalorraquidiano e humor aquoso Reação cruzada Western Blot – grande sensibilidade ELISA - especificidade * Exames por imagem: Raio X Tomografia computadorizada (SNC) Ressonância magnética Exame do líquido cefalorraquidiano alterações no liquor Exame anatomopatológico biópsia ou exame histopatológico (nódulos subcutâneos) * EPIDEMIOLOGIA Consumo de carne bovina e suína crua ou mal passada; Consumo de carne não inspecionada (abate clandestino) * Precárias condições de higiene das pessoas; Não uso de privadas; Uso de privadas aéreas; Criação de porcos soltos com acesso à fezes humanas; Uso de fezes humanas para adubação de hortaliças; Uso de água contaminada com esgoto para regar hortaliças; Ingestão de vegetais mal lavados; Transporte de ovos por insetos, coleópteros coprófagos... * PROFILAXIA Inspeção nos abatedouros com rejeição das carcaças parasitadas; Esclarecimento da população sobre os riscos do consumo de carne crua ou mal cozida; Uso de privadas com fossas; Tratamento das pessoas parasitadas; * Tratamento da carne por cocção ou congelamento (-15ºC / 16 dias) para destruição dos cisticercos; Impedir o acesso de bovinos e suínos às fezes humanas; Saneamento básico água potável esgoto canalizado * Neurocisticercose no RS 2001 43 notificações 29 confirmadas c/ 3 óbitos 2002 23 notificações 03 confirmadas c/ 1 óbito (Dados: Secretaria de Saúde e Meio ambiente, POA) * Neurocisticercose em Pelotas 2001 10 casos 70% ♀ 77,8% ↑ 38 anos 30% ♂ Sintomas mais comuns: - crises convulsivas - vertigens - distúrbios visuais - alterações motoras - cefaleia localizada - vômitos - cefaleia generalizada * Hábitos alimentares: - carne suína 57,1% - verduras cruas 71,4% ( Secretaria da Saúde de Pelotas) (Dados: COMBRAVET, Gramado, 2002) *
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