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ECONOMIA INTERNACIONAL Capítulo 6: Mobilidade de Fatores Capítulo 6: Mobilidade de Fatores 6.16.1 • Mobilidade Internacional do Fator Trabalho 6.26.2 • IDE Economia Internacional 2 6.1 Mobilidade Internacional do Trabalho Economia Internacional 3 2 países: nacional e R.M. 2 países: nacional e R.M. 1 bem é produzido com 2 fatores produtivos (� e �) 1 bem é produzido com 2 fatores produtivos (� e �) Não há comércioNão há comércio Tecnologias iguais nos 2 países Tecnologias iguais nos 2 países 6.1 Mobilidade Internacional do Trabalho Economia Internacional 4 A B C MPL MPL* � � � � � � � � � ∗ � � � ∗ MPL MPL* O*O �� �� Migração da ec. nacional para RM L total (nacional+RM) 6 . 2 I D E e E m p r e s a s M u l t i n a c i o n a i s 6.2.16.2.1 Empresas Multinacionais 6.2.26.2.2Teoria Eclética (Paradigma OLI) 6.2.36.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) 6.2.46.2.4 Efeitos do IDE nas Economias Recetoras Economia Internacional 5 6.2.1 Empresas Multinacionais Uma empresa é multinacional se realizar IDE, o que pode ocorrer de 2 formas: Economia Internacional 6 Investimentos de raiz Fusões ↓ Casa-mãe nos 2 países ou num só IDE Fusões e aquisições Aquisições ↓ Casa-mãe no país de origem e filial no país de acolhimento Minoritárias (10-49% do capital social) Maioritárias (50-99% do capital social) � ⁄ Total (100% do capital social) ���� ± � ⁄ do total de aquisições Se for inferior a 10% é investimento de portfólio Se for inferior a 10% é investimento de portfólio 6.2.1 Empresas Multinacionais • É possível distinguir 3 tipos de fusões e aquisições: Economia Internacional 7 HorizontalHorizontal Entre empresas do mesmo setor, com o intuito de obter sinergias e ganhar poder de mercado Entre empresas do mesmo setor, com o intuito de obter sinergias e ganhar poder de mercado VerticalVertical Entre empresas com uma relação de cliente-fornecedor ou vendedor- comprador. O objetivo é limitar a incerteza e os custos de transação no que respeita às relações verticais no processo produtivo. Entre empresas com uma relação de cliente-fornecedor ou vendedor- comprador. O objetivo é limitar a incerteza e os custos de transação no que respeita às relações verticais no processo produtivo. ConglomeradosConglomerados Entre empresas de setores não relacionados, visando diversificar o risco e alargar o leque de produtos oferecidos. Entre empresas de setores não relacionados, visando diversificar o risco e alargar o leque de produtos oferecidos. 6.2.1 Empresas Multinacionais Uma medida interessante a este nível é o índice de transnacionalidade, divulgado pelo World Investment Report: Í� ��� � �������������� � � = 1 3 ������ �� �������� ������ ������ + ��� �� �� �������� ��� �� ������ + !"��#� �� �������� !"��#� ����� Economia Internacional 8 6.2.2 Teoria Eclética (Paradigma OLI) • A teoria mais abrangente e difundida sobre a motivação do IDE é o paradigma OLI, desenvolvida ao longo de 2 décadas por Dunning. • De acordo com esta visão, uma empresa optará por entrar no mercado externo pela via do IDE se se conjugarem 3 tipos de vantagens. Economia Internacional 9 6.2.2 Teoria Eclética (Paradigma OLI) Economia Internacional 10 A empresa tem de possuir vantagens específicas não detidas pelas empresas locais. Se a empresa tiver (i), escolherá o país de destino em função das vantagens de localização que esse país oferecer para o desenvolvimento das tais vantagens específicas. Existindo (i) e (ii) a empresa optará por realizar IDE se lhe for preferível internalizar os recursos sobre os quais tem vantagem em vez de os vender ou conceder o direito a usá-los. Vantagem de propriedade (ownership – O) Vantagens de localização (location – L) Vantagens de internalização (internalization – I) Em suma: O + L + I →→→→ IDE 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) • Trata-se de um modelo centrado no IDE horizontal. • Hipóteses: i. 2 países (�, $) ii. 2 setores (%, &) iii. F é um setor produtor de um bem homogéneo com rendimentos constantes à escala. Usa K e L como inputs. Não há custos de transporte. • A função de produção de F é dada por: • %' = (' )*�'+ �,)* , 0 < /+ < 1 • %0 = (0 )*�0+ �,)* , 0 < /+ < 1 Economia Internacional 11 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) • Hipóteses: iv. O bem & é um bem homogéneo, produzido com rendimentos crescentes à escala. Assume-se que a produção de & só usa � pelo que a produção de % usa a totalidade de ( e também � enquanto a produção de & só usa �. A produção de & caracteriza-se pela existência de 4 parâmetros, idênticos nos 2 países: • �: custo marginal, expresso em termos de unidades de trabalho. É um valor constante e uma vez multiplicado pelo salário vigente permite obter o custo marginal de produção; • �: custo de transporte, expresso em termos de unidades de trabalho necessárias para transportar 1 unidade de& entre � e $. • %: custo fixo, também definido em termos de unidades de trabalho, a nível da empresa. • 1: custo fixo, igualmente em termos de unidades de trabalho, mas definido a nível do estabelecimento Economia Internacional 12 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) Desenvolvimento do modelo: • Face a este contexto, a empresa tem de tomar 2 decisões: Economia Internacional 13 1ª decisão: em que país localizar a sede? 2ª decisão: instala (ou não) um estabelecimento no exterior? Neste caso, o trade-off coloca-se entre o custo de transporte associado à exportação para o outro país (se decidir não instalar estabelecimento no exterior) e o custo fixo inerente a essa instalação (se decidir instalar) 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) Em função destas 2 questões, podemos ter 4 tipos de empresas Economia Internacional 14 Empresa nacional localizada em � (�') Empresa nacional localizada em $ (�0) Empresa multinacional com sede em � (!') Empresa multinacional com sede em $ (!0) 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) Seja: • 2'' 3 – vendas de & em � por parte de uma empresa nacional localizada em � • 2'0 3 – vendas de & em $ por parte de uma empresa nacional localizada em � • 2'' 4 – vendas de & em � por parte de uma empresa multinacional localizada em � • 2'0 4 – vendas de & em $ por parte de uma empresa multinacional localizada em � Economia Internacional 15 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) Então, as funções custo para empresas sediadas em 5 são: • Empresa nacional % + 1 �' + ��' 2'' 3 + (� + �)�' 2'0 3 • Empresa multinacional % + 1 �' + G�0 +c�'2'' 4 + ��0 2'0 4 Economia Internacional 16 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) Dada a flexibilidade do modelo, podemos ter várias combinações possíveis em termos de estruturas de mercado (16 casos possíveis) 1) �', �0 , !', !0 �Misto 2) �', �0 , !'� Misto 3) �', �0 , !0� Misto 4) �', �0 � Empresas nacionais 5) �', !', !0 �Misto 6) �', !'�Misto 7) �', !0 �Misto 8) �'� Empresas nacionais 9) �0 , !', !0�Misto Economia Internacional 17 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) 10) �0 , !' �Misto 11) �0 , !0 �Misto 12) �0 � Empresas nacionais 13) !', !0 � Empresas multinacionais 14) !'� Empresas multinacionais 15) !0 � Empresas multinacionais 16)X (não há empresas)� podemos eliminar este caso! Economia Internacional 18 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) Dado que são muitos cenários, é útil pensar antes nos 3 tipos de equilíbrio possível: • Misto • Só com empresas nacionais • Só com empresas multinacionais Podemos agora analisar a distribuição das dotações totais de � e ( entre os 2 países através de uma caixa de Edgeworth modificada. Economia Internacional 19 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) Economia Internacional 20 C � (-abundante $ �-abundante � grande $ pequeno � pequeno $ grande � �-abundante $ (-abundante A' A0 B C Para analisarmos o equilíbrio do modelo, vamos simular as várias combinações possíveis dos fatores assumindo que os custos de transporte representam 15% do MC e que os custos fixos são 60% superiores no caso das empresas multinacionais. 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) • Conclusões do modelo: Economia Internacional 21 • Se os 2 países forem semelhantes em termos de dimensão e também em termos de (/� (na zona central da caixa), o equilíbrio é dominado por empresas multinacionais. • Se os 2 países forem semelhantes em termos de dimensão e também em termos de (/� (na zona central da caixa), o equilíbrio é dominado por empresas multinacionais. 1ª conclusão • Se os 2 países forem diferentes em termos de dimensão e (/� (na zona dos cantos da caixa), o equilíbrio é dominado por empresas nacionais. • Se os 2 países forem diferentes em termos de dimensão e (/� (na zona dos cantos da caixa), o equilíbrio é dominado por empresas nacionais. 2ª conclusão • Para distribuições intermédias dos recursos, o equilíbrio tende a ser misto, com empresas nacionais e multinacionais. • Para distribuições intermédias dos recursos, o equilíbrio tende a ser misto, com empresas nacionais e multinacionais. 3ª conclusão 6.2.3 Modelo de Markusen e Venables (1998) Estas conclusões do modelo estão de acordo com a evidência: Economia Internacional 22 Grandes fluxos de IDE entre países desenvolvidos similares Grandes fluxos de IDE entre países desenvolvidos similares Poucos fluxos de IDE para pequenos países pouco desenvolvidos Poucos fluxos de IDE para pequenos países pouco desenvolvidos 6.2.4 Efeitos do IDE nas Economias Recetoras Efeitos Diretos Economia Internacional 23 Criação de empregoCriação de emprego Contributo para as exportaçõesContributo para as exportações Geração de receitas fiscaisGeração de receitas fiscais Aumento da qualificação média da população ativa Aumento da qualificação média da população ativa Alteração da estrutura produtiva e exportadora Alteração da estrutura produtiva e exportadora Etc. Etc. • Atualmente, os países competem ativamente pela captação de IDE, concedendo importantes apoios. Como justificar esta situação? • IDE gera efeitos diretos e indiretos nas economias recetoras. 6.2.4 Efeitos do IDE nas Economias Recetoras Economia Internacional 24 1ª questão: as EMN são mais eficientes que as domésticas? Toda a evidência internacional (incluindo para Portugal) aponta no sentido favorável. 2ª questão: quais os canais através dos quais os efeitos de spillover se podem concretizar? Crespo e Fontoura (2007) consideram 5 canais: • Efeitos de demonstração/imitação • Mobilidade de trabalhadores • Exportações • Concorrência • Relações com empresas domésticas enquanto fornecedores de inputs ou compradores de bens finais 6.2.4 Efeitos do IDE nas Economias Recetoras Economia Internacional 25 3ª questão: estes efeitos de spillover existem na prática? Dos inúmeros estudos empíricos existentes, é possível concluir que SIM mas só em certas circunstâncias. 4ª questão: que fatores condicionam a existência dos efeitos de spillover? Há fatores associados aos países, setores e empresas recetoras. Exemplos: - Gap tecnológico moderado - Dimensão da empresa doméstica - Proximidade geográfica entre EMN e doméstica - País de origem do IDE - Modo de entrada - Percentagem de participação externa -Etc. Bibliografia 6.1 Mobilidade Internacional do Trabalho Krugman et al. (2012), cap. 4 6.2 IDE e Empresas Multinacionais Van Marrewijk (2012), cap. 15 Economia Internacional 26
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