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Aula 02 Ciência Política

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Ciência Política | Teoria do 
Estado
Prof. Ms. Geraldo Cunha Neto
Aula 02
II – Origem da sociedade
A sociedade é fruto da própria natureza humana.
Homem – Animal Social – precisa relacionar-se com outros homens para
sobreviver.
Fatores que levaram o homem a viver em sociedade:
- Atração entre os sexos
- Divisão de Tarefas
- Proteção de seus direitos
- Segurança
- Proteção de seus bens
- Instinto de sobrevivência
II.I – Características da sociedade
Aristóteles
(384 – 322 a. C.)
“Não é possível conceber a existência do homem sem viver em contato com
outros homens. Se o ente humano vivesse isolado seria algo mais ou algo menos
do que um homem, como, por exemplo, um Deus ou um bruto. Daí surge o
conhecido termo politikon zoon, que quer dizer “animal social”, numa tentativa de
assinalar este caráter [social] do homem.”
Thomas Hobbes
(1588 – 1679)
Jean-Jacques 
Rousseau
(1712 – 1778)
John Locke
(1632 – 1704)
A sociedade é resultado de um contrato
hipotético - fruto da vontade humana -
realizado entre os homens.
CONTRATUALISTAS
“Sociedade é todo o complexo de relações do
homem com seus semelhantes”.
A sociedade não se configura como um aglomerado
de indivíduos, ou de grupos de indivíduos, mas sim
como relações humanas.
Talcott Parsons
(1902 – 1979)
Luis Sanchez Agesta
(1914 – 1997)
“Afirma que não há sociedade como “termo abstrato
e impreciso, mas sociedades, uma pluralidade de
grupos da mais diversa espécie e coesão”.
“A sociedade é um “complexo de relações pelo qual vários
indivíduos vivem e operam conjuntamente, de modo a
formarem uma nova e superior unidade”.
Giorgio Del Vecchio
(1878 – 1970)
II.II Teorias sobre os fundamentos da Sociedade
a.) Teoria Organicista
“Consiste em considerar a sociedade como um corpo dotado
de órgãos a desempenhar cada qual sua função específica em prol
de todos ou, nas palavras de Del Vecchio, representa a “reunião de
várias partes, que preenchem funções distintas e que, por sua ação
combinada, concorrem para manter a vida do todo”.
Platão, no Livro V da sua obra A República, estrutura a organização social de forma
que todos teriam seus papeis definidos, não havendo individualidade ou ambição individualista.
Afirma que o homem aceitaria sua condição social e não raciocinaria individualmente, pensaria
apenas em fortalecer a sociedade, a fim de que esta fosse justa.
“A crítica feita à teoria organicista é que esta pode levar a
posições antidemocráticas e autoritárias. A partir do momento em
que se busca apenas o bem coletivo, esmaga-se a individualidade e o
interesse de cada um passa a ser irrelevante.” Cicco
b.) Teoria Mecanicista
“É a concepção segundo a qual a sociedade se forma por junção de indivíduos,
agindo por si mesmos com autonomia e liberdade. Em outras palavras, a sociedade
resultaria de uma atitude voluntária e arbitrária de cada indivíduo, e não seria decorrência de
uma inevitável sociabilidade do homem. Assim sendo, podem se considerar mecanicistas os
contratualistas em geral, em oposição à filosofia aristotélica que concluía ser a sociedade
uma decorrência natural, portanto, não artificial, das necessidades da pessoa humana.”
c.) Teoria Eclética
Consiste em um misto das teorias organicista e mecanicista. Implica o
individual e o coletivo em uma só realidade.
“A sociedade, tal como um corpo humano, é composta de vários órgãos,
constituídos por indivíduos personalizados, cada qual desenvolvendo um esforço no intuito
de preencher as finalidades da vida social, esforço tal que obedece aos desígnios sociais, e,
portanto, a normas de conduta, sob pena de colapso do corpo (sociedade)”.J.G. Filomeno.
Devemos observar a individualidade sem deixar de observar a coletividade para
que se compreenda não só a origem, mas a melhor forma de se conduzir uma sociedade.
Teorias Acerca da Origem da Sociedade
III.I – Teoria da Origem Natural
Discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Descreve e avalia os modos de
organização política então existentes, mas, acima de tudo, constrói, à luz da razão, um projeto
político, cujo objetivo é conduzir os homens à verdade e ao bem.
“Para Platão, a ideia do bem consistiria no ápice do conhecimento, razão pela qual
aquele que conseguisse contemplá-la estaria apto a conduzir os outros homens no caminho da
verdade e a organizar a cidade segundo leis e instituições essencialmente boas e justas”. M.C
Maciel
a.) Platão (428/427 - 348/347 a. C.)
VERDADE
BEM
“Entendia que o poder deveria ser exercido como missão decorrente da aquisição da sabedoria,
e não por ambição ou desejo do poder pelo próprio poder, razão pela qual apenas uma
aristocracia intelectual, feita de homens que se tornaram perfeitos à medida que se
tornaram sábios, teria condições de assegurar um governo estável e essencialmente justo, já
que a justiça é uma virtude e, como tal, consequência do bem, que nada mais é que a outra face
da verdade.”
A República – uma das primeiras tentativas de análise sistemática dos modos de organização e
exercício do poder político na história do pensamento ocidental.
Nascido em Estagira – Filosofia baseada na observação da natureza, sociedade e dos
indivíduos.
“Aborda a origem do Estado – remonta a um processo natural, já que o homem teria uma
tendência a viver em sociedade dando origem aos primeiros agrupamentos naturais e
posteriormente a formação da pólis – cidade grega – necessidade de um governo, responsável
pela elaboração de regras que permitam a convivência social”
Obra – A política – surgimento da sociedade e do Estado.
b.) Aristóteles (384 - 322 a. C.)
Igualdade formal
Igualdade material
ou
Igualdade aristotélica
Teólogo italiano - relação entre o catolicismo e a filosofia de Aristóteles.
“ O ser supremo, além de criador, é também legislador de todo o cosmus por ele
criado”. O Estado e o Poder Politico “decorrem da agência criadora de Deus”.
Deus criou os homens para viverem em sociedade – vida plena e feliz.
.
c.) São Thomas de Aquino (1225 - 1274)
Romano – sustenta a origem natural da sociedade - Aristóteles. Fez alusão a organização politica,
povo e governo.
Obra – Da república - “Quando o povo pode mais e rege tudo ao seu arbítrio, chama-se a isso
liberdade; mas é, na verdade, licença”.
''“O orçamento nacional deve ser equilibrado. As dívidas públicas devem ser reduzidas.
A arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos
estrangeiros devem ser reduzidos, se a nação não quiser ir a falência. As pessoas devem novamente
aprender a trabalhar em vez de viver por conta pública” Marcus Tulius Cícerus - Roma – 55 a. C.”
d.) Marco Túlio Cícero (106 - 43 a. C.)
III.II – Teoria Contratualista
Pensador inglês que afirmava ser a condição humana, por natureza, agressiva e egoísta,
asseverando, ainda, que o homem, sem um poder forte o sufic iente para lhe impor limites, atuaria
como “lobo do próprio homem”, prevalecendo, neste estado de guerra, a insegurança. Os mais
fortes, por sua vez, tenderiam a subjugar os mais fracos. Para evitar que isso ocorresse, haveria
a necessidade da figura de um soberano, a quem se conferiria um poder ilimitado.”
a.) Thomas Hobbes (1588 - 1679)
“Hobbes, então, concebe o denominado pacto social como a única alternativa que
permitiria que os indivíduos saíssem do estado de guerra de todos contra todos no qual,
segundo a visão hobbesiana, naturalmente se encontrariam. Através do referido pacto, haveria
a transferência do direito de agir ao soberano, possibilitando a preservação do homem.”
“A função do soberano seria justamente a de assegurar o cumprimento do pacto
social, garantindo paz e segurança aos indivíduos. Para tanto,Hobbes defende que o mesmo
não deveria estar subordinado a quem quer que seja, pois só assim seria capaz de conter os
interesses particulares em prol do interesse geral.”
Entendia que a soberania não estaria enfeixada nas mãos do Estado, mas, sim, nas do
povo, tendo como principais concepções, apresentadas em sua obra Dois Tratados sobre o Governo
Civil, o seguinte:
b.) John Locke (1632 - 1704)
 Os homens nascem livres e iguais;
 O poder do governante funda-se nos poderes
pertencentes aos indivíduos, os quais são
transferidos àquele;
 O estado de natureza não é necessariamente
um estado de guerra de todos contra todos;
 O exercício tirano do poder transferido ao governante anula a legitimidade da autoridade,
razão pela qual reconhece a possibilidade de derrubada do governante pelos indivíduos.
Defende a ideia de que os indivíduos, a fim de criar uma sociedade, celebram um
autêntico contrato social, que consistiria em uma livre associação de seres humanos inteligentes.
Esses indivíduos, após deliberarem e decidirem pela formação da sociedade, devem obedecê-la por
força da chamada vontade geral.
c.) Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778)
De forma antagônica ao que pregava Hobbes,
Rousseau acreditava que o homem seria naturalmente bom e
puro, desprovido de qualquer corrupção/depravação, sendo
que a vida em sociedade é que tenderia a transformá-lo
numa pessoa má. Assim, o estado de guerra, aqui, faz-se
presente na sociedade civil, e não mais no estado de
natureza.
Em sua obra “Do Contrato Social”, afirma que seria o povo (e não mais o monarca
absoluto) a origem legítima do poder soberano, e o fundamento do Estado dependeria de um
elemento fundamental, a chamada vontade geral, que não se confundiria com a vontade de todos (a
soma dos interesses particulares).
O Estado, na ótica de Rousseau, seria o objeto de um contrato, sendo criado para
proteger e preservar os direitos naturais dos indivíduos, devendo eliminar as vontades particulares
e expressar a vontade geral, esta destinada a assegurar liberdade, igualdade e justiça. Assim,
conclui-se que fora Rousseau o responsável por inspirar a Revolução Francesa (1789) com os
princípios de liberdade e igualdade, bem como o mais importante movimento liberal democrático do
mundo: a Revolução Americana (1775 – 1783). Nitidamente, encontramos no pensamento político de
Rousseau a noção daquilo que hoje conhecemos como Estado Democrático de Direito, no qual a
vontade geral é expressa por meio da lei.
a.) Elementos Característicos da Sociedade - Materiais
“O homem é um elemento fundamental para a composição da sociedade, pois a
concepção de sociedade está ligada ao de relações humanas, uma vez que ela não é uma mera
soma de indivíduos isoladamente. A sociedade surge em virtude da união de diversas
relações entre os indivíduos visando a um bem comum. Portanto o homem é um elemento
imprescindível para a criação de qualquer sociedade, pois, como já dito, só existem sociedades
humanas. O que ocorre entre os animais irracionais nada mais é do que uma mera associação.”
“Por base física entende-se o local onde se desenvolvem as relações sociais. É
sabido que as relações entre os homens necessitam de uma base física que lhes possa conferir
uma maior estabilidade. Ela é também um fator determinante para limitar o
âmbito de atuação das normas vigentes em uma determinada sociedade.”
b.) Elementos formais
“As normas jurídicas, por sua vez, nada mais são do que o meio uti lizado pela
sociedade para disciplinar e organizar o comportamento de seus integrantes. Portanto, daí se
depreende que toda sociedade é também uma fonte normativa, uma vez que ela não pode
prescindir da ordem. As normas são os veículos que estabelecem os direitos e deveres dos
integrantes da sociedade, para que deste modo todos possam conviver de uma maneira
harmônica e pacífica. São elas também providas de atributiv idade, bilateralidade e autorização.
As normas são também dotadas de poder de coercibilidade, que nada mais é do que a força
capaz de colocá-las em execução.”
c.) Elementos finalísticos
“Outro elemento característico da
sociedade humana é ser ela elevadamente cultural
e progressiva. O homem é dotado de uma
criatividade nata, e se utiliza dela para criar
instituições, que nada mais são do que o resultado
de um processo cultural. A cultura se manifesta em
todos os elementos da sociedade, sendo, portanto,
o elemento impulsionador da dinâmica social.
A sociedade visa também a um
determinado fim, tido como o bem comum, em
oposição ao interesse de uma pequena classe
dominante, como ocorre em determinadas
sociedades. O homem, ao viver em sociedade,
procura nela uma finalidade conforme suas
necessidades e anseios.”

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