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curso 13398 aula 13 v1

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Aula 13
Engenharia Civil p/ FUNAI - (Cargo: Engenheiro Civil) - com videoaulas
Professor: Marcus Campiteli
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ Funai/2016 
Vídeo-Aula, Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Marcus Campiteli ʹ Aula 13 
 
 
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AULA 13: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1 
1. INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS (NBR 5626) 2 
2. ESGOTO SANITÁRIO (NBR 8160) 16 
3. REDE COLETORA DE ESGOTO (NBR 9649) 48 
4. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO (NBR 
12208) 54 
5. QUESTÕES COMENTADAS 60 
6. QUESTÕES APRESENTADAS 96 
7. GABARITO 112 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 112 
 
Olá pessoal, apresentamos para vocês nesta aula as 
informações normativas acerca de Instalações Hidrossanitárias: NBR 
5626/98 ± Instalações Hidráulicas Prediais; NBR 8160/99 ± Sistemas 
prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução; NBR 9649/86 ± 
Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário; e NBR 12208/92 ± 
Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário. 
Afinal, a norma representa a fonte preferencialmente adotada 
pelas bancas. 
Vale a pena focar as partes negritadas. 
Caso queiram treinar antes mesmo de adentrar à teoria, há os 
capítulos finais com as questões apresentadas e o gabarito final. 
Bons estudos ! 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ Funai/2016 
Vídeo-Aula, Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Marcus Campiteli ʹ Aula 13 
 
 
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1) INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS (NBR 5626) 
 
 Seguem algumas definições da NBR 5626/98 ± Instalações 
Hidráulicas Prediais. 
 
 Alimentador predial: Tubulação que liga a fonte de 
abastecimento a um reservatório de água de uso doméstico. 
 
 Barrilete: Tubulação que se origina no reservatório e da qual 
derivam as colunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento é 
indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser 
considerado como a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou 
diretamente ligada à fonte de abastecimento particular. 
 
Camisa: Disposição construtiva na parede ou piso de um 
edifício, destinada a proteger e/ou permitir livre movimentação à 
tubulação que passa no seu interior. 
 
Coluna de distribuição: Tubulação derivada do barrilete e 
destinada a alimentar ramais. 
 
Conexão cruzada: Qualquer ligação física através de peça, 
dispositivo ou outro arranjo que conecte duas tubulações das quais 
uma conduz água potável e a outra água de qualidade desconhecida 
ou não potável. 
Através dessa ligação a água pode escoar de uma para outra 
tubulação, sendo o sentido de escoamento dependente do diferencial 
de pressão entre as duas tubulações. A definição também se aplica à 
ligação física que se estabelece entre a água contida em uma 
tubulação da instalação predial de água fria e a água servida contida 
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Engenharia Civil ʹ Funai/2016 
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em um aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente que esteja 
sendo utilizado. 
 
Fonte de abastecimento: Sistema destinado a fornecer água 
para a instalação predial de água fria. Pode ser a rede pública da 
concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de 
água. No caso da rede pública, considera-se que a fonte de 
abastecimento é a extremidade a jusante do ramal predial. 
 
Galeria de serviços: Espaço fechado, semelhante a um duto, 
mas de dimensões tais que permitam o acesso de pessoas ao seu 
interior através de portas ou aberturas de visita. Nele são instalados 
tubulações, componentes em geral e outros tipos de instalações. 
 
Instalação elevatória: Sistema destinado a elevar a pressão 
da água em uma instalação predial de água fria, quando a pressão 
disponível na fonte de abastecimento for insuficiente, para 
abastecimento do tipo direto, ou para suprimento do reservatório 
elevado no caso de abastecimento do tipo indireto. Inclui também o 
caso onde um equipamento é usado para elevar a pressão em pontos 
de utilização localizados. 
 
 Nível de transbordamento: Nível do plano horizontal que 
passa pela borda do reservatório, aparelho sanitário ou outro 
componente. No caso de haver extravasor associado ao componente, 
o nível é aquele do plano horizontal que passa pelo nível inferior 
do extravasor. 
 
Ponto de utilização (da água): Extremidade a jusante do 
sub-ramal a partir de onde a água fria passa a ser considerada 
água servida. Qualquer parte da instalação predial de água fria, a 
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montante desta extremidade, deve preservar as características da 
água para o uso a que se destina. 
 
Ramal: Tubulação derivada da coluna de distribuição e 
destinada a alimentar os sub-ramais. 
 
Ramal predial: Tubulação compreendida entre a rede pública 
de abastecimento de água e a extremidade a montante do 
alimentador predial ou de rede predial de distribuição. O ponto onde 
termina o ramal predial deve ser definido pela concessionária. 
 
Rede predial de distribuição: Conjunto de tubulações 
constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-
ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos 
pontos de utilização. 
 
Refluxo de água: Escoamento de água ou outros líquidos e 
substâncias, proveniente de qualquer outra fonte, que não a fonte de 
abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a 
conduzir água desta fonte. Incluem-se, neste caso, a 
retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo como, por 
exemplo, aquele que se estabelece através do mecanismo de vasos 
comunicantes. 
 
 Registro de fechamento: Componente instalado na tubulação 
e destinado a interromper a passagem da água. Deve ser usado 
totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente, empregam-se 
registros de gaveta ou registros de esfera. Em ambos os casos, o 
registro deve apresentar seção de passagem da água com área igual 
à da seção interna da tubulação onde está instalado. 
 
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Registro de utilização: Componente instalado na tubulação e 
destinado a controlar a vazão da água utilizada. Geralmente 
empregam-se registros de pressão ou válvula-globo em sub-
ramais. 
 
Retrossifonagem: Refluxo de água usada, proveniente de um 
reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro recipiente, para 
o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à 
atmosférica. 
 
Sub-ramal: Tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização. 
 
Tipo de abastecimento: Forma como o abastecimento do 
ponto de utilização é efetuado. Pode ser tanto direto, quando a água 
provém diretamente da fonte de abastecimento, como indireto,quando a água provém de um reservatório existente no edifício. 
 
Tubulação de aviso: Tubulação destinada a alertar os 
usuários que o nível da água no interior do reservatório alcançou um 
nível superior ao máximo previsto. Deve ser dirigida para desaguar 
em local habitualmente observável. 
 
Tubulação de extravasão: Tubulação destinada a escoar o 
eventual excesso de água de reservatórios onde foi superado o nível 
de transbordamento. 
 
Tubulação de limpeza: Tubulação destinada ao esvaziamento 
do reservatório, para permitir sua limpeza e manutenção. 
 
1.2 - Materiais 
 
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 Adotam-se materiais metálicos (aço-carbono galvanizado, 
cobre, chumbo (não deve ser utilizado nas instalações prediais de 
água fria), ferro fundido galnavizado (conexões), liga de cobre 
(conexões), materiais plásticos (poliéster reforçado com fibra de 
vidro, polipropileno, PVC rígido), cimento amianto ou fibrocimento 
(reservatórios), concreto (reservatórios). 
 
1.3 - Projeto 
 
As seguintes informações devem ser previamente levantadas 
pelo projetista: 
a) características do consumo predial (volumes, vazões 
máximas e médias, características da água, etc.); 
b) características da oferta de água (disponibilidade de vazão, 
faixa de variação das pressões, constância do abastecimento, 
características da água, etc.); 
c) necessidades de reservação, inclusive para combate a 
incêndio; 
d) no caso de captação local de água, as características da 
água, a posição do nível do lençol subterrâneo e a previsão quanto 
ao risco de contaminação. 
 
 A instalação predial de água fria abastecida com água não 
potável deve ser totalmente independente daquela destinada ao uso 
da água potável, ou seja, deve- se evitar a conexão cruzada. A água 
não potável pode ser utilizada para limpeza de bacias sanitárias e 
mictórios, para combate a incêndios e para outros usos onde o 
requisito de potabilidade não se faça necessário. 
 
a) Alimentador predial 
 
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 No projeto do alimentador predial deve-se considerar o valor 
máximo da pressão da água proveniente da fonte de abastecimento. 
O alimentador predial deve ser dotado, na sua extremidade a 
jusante, de torneira de bóia ou outro componente que cumpra a 
mesma função. Tendo em vista a facilidade de operação do 
reservatório, recomenda-se que um registro de fechamento seja 
instalado fora dele, para permitir sua manobra sem necessidade de 
remover a tampa. 
O alimentador predial pode ser aparente, enterrado, embutido 
ou recoberto. No caso de ser enterrado, deve-se observar uma 
distância mínima horizontal de 3,0 m de qualquer fonte 
potencialmente poluidora, como fossas negras, sumidouros, valas de 
infiltração, etc.. No caso de ser instalado na mesma vala que 
tubulações enterradas de esgoto, o alimentador predial deve 
apresentar sua geratriz inferior 30 cm acima da geratriz superior das 
tubulações de esgoto. 
Quando enterrado, recomenda-se que o alimentador predial 
seja posicionado acima do nível do lençol freático para diminuir o 
risco de contaminação da instalação predial de água fria em uma 
circunstância acidental de não estanqueidade da tubulação e de 
pressão negativa no alimentador predial. 
 
b) Reservatórios 
 Em princípio um reservatório para água potável não deve ser 
apoiado no solo, ou ser enterrado total ou parcialmente, tendo em 
vista o risco de contaminação proveniente do solo, face à 
permeabilidade das paredes do reservatório ou qualquer falha que 
implique a perda da estanqueidade. 
 Nos casos em que tal exigência seja impossível de ser atendida, 
o reservatório deve ser executado dentro de compartimento próprio, 
que permita operações de inspeção e manutenção, devendo haver 
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um afastamento, mínimo, de 60 cm entre as faces externas do 
reservatório (laterais, fundo e cobertura) e as faces internas do 
compartimento. 
 O compartimento deve ser dotado de drenagem por gravidade, 
ou bombeamento, sendo que, neste caso, a bomba hidráulica deve 
ser instalada em poço adequado e dotada de sistema elétrico que 
adverte em casos de falha no funcionamento na bomba. 
 O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no 
mínimo, o necessário para 24 h de consumo normal no edifício, sem 
considerar o volume de água para combate a incêndio. No caso de 
residência de pequeno tamanho, recomenda- se que a reserva 
mínima seja de 500 L. 
 Reservatórios de maior capacidade devem ser divididos em 
dois ou mais compartimentos para permitir operações de manutenção 
sem que haja interrupção na distribuição de água. São excetuadas 
desta exigência as residências unifamiliares isoladas. 
 Devem ser tomadas medidas no sentido de evitar os efeitos da 
formação do vórtice na entrada das tubulações. Na entrada da 
tubulação de sucção, deve ser insta- lado um dispositivo de proteção 
contra ingresso de eventuais objetos (crivo simples ou válvula de pé 
com crivo). 
 O posicionamento relativo entre entrada e saída de água deve 
evitar o risco de ocorrência de zonas de estagnação dentro do 
reservatório. Assim, no caso de um reservatório muito comprido, 
recomenda-se posicionar a entrada e a saída em lados opostos 
relativamente à dimensão predominante. Nos reservatórios em que 
há reserva de água para outras finalidades, como é o caso de reserva 
para combate a incêndios, deve haver especial cuidado com esta 
exigência. 
 A extremidade da tomada de água no reservatório deve ser 
elevada em relação ao fundo deste reservatório para evitar a entrada 
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de resíduos eventualmente existentes na rede predial de distribuição. 
A altura dessa extremidade, em relação ao fundo do reservatório, 
deve ser relacionada com o diâmetro da tubulação de tomada e com 
a forma de limpeza que será adotada ao longo da vida do 
reservatório. Em reservatório de pequena capacidade (por exemplo: 
para casas unifamiliares, pequenos edifícios comerciais, etc.) e de 
fundo plano e liso, recomenda-se uma altura mínima de 2 cm. No 
caso específico de reservatório de fibrocimento (cimento-amianto), a 
NBR 5649 dispõe que a tomada de água esteja 3 cm acima da 
região mais profunda do reservatório. 
 Para facilitar as operações de manutenção, que exigem a 
interrupção da entrada de água no reservatório, recomenda-se que 
seja instalado na tubulação de alimentação, externamente ao 
reservatório, um registro de fechamento ou outro dispositivo ou 
componente que cumpra a mesma função. 
 Considerando-se as faixasde pressão previstas na tubulação 
que abastece o reservatório, recomenda- se que o nível máximo da 
superfície livre da água, no interior do reservatório, seja situado 
abaixo do nível da geratriz inferior da tubulação de extravasão ou de 
aviso. 
 Em instalações prediais de água quente, onde o aquecimento é 
feito por aquecedor alimentado por tubulação que se liga ao 
reservatório, independentemente das tubulações da rede predial de 
distribuição, a tomada de água da tubulação que alimenta o 
aquecedor deve se posicionar em nível acima das tomadas de água 
fria, como meio de evitar o risco de queimaduras na eventualidade de 
falha no abastecimento. 
 Em todos os reservatórios devem ser instaladas tubulações que 
atendam às seguintes necessidades: 
a) aviso aos usuários de que a torneira de bóia ou dispositivo 
de interrupção do abastecimento do reservatório, apresenta falha, 
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ocorrendo, como conseqüência, a elevação da superfície da água 
acima do nível máximo previsto; 
b) extravasão do volume de água em excesso do interior do 
reservatório, para impedir a ocorrência de transbordamento ou a 
inutilização do dispositivo de prevenção ao refluxo previsto, devido à 
falha na torneira de bóia ou no dispositivo de interrupção do 
abastecimento; 
c) limpeza do reservatório, para permitir o seu esvaziamento 
completo, sempre que necessário. 
As tubulações de aviso, extravasão e limpeza devem ser 
construídas de material rígido e resistente à corrosão. Tubos flexíveis 
(como mangueiras) não devem ser utilizados, mesmo em trechos de 
tubulação. Os trechos horizontais devem ter declividade adequada 
para desempenho eficiente de sua função e o completo escoamento 
da água do seu interior. 
A superfície do fundo do reservatório deve ter uma ligeira 
declividade no sentido da entrada da tubulação de limpeza, de modo 
a facilitar o escoamento da água e a remoção de detritos 
remanescentes. Na tubulação de limpeza, em posição de fácil acesso 
e operação, deve haver um registro de fechamento. A descarga da 
água da tubulação de limpeza deve se dar em local que não provoque 
transtornos às atividades dos usuários. 
Toda a tubulação de aviso deve descarregar imediatamente 
após a água alcançar o nível de extravasão no reservatório. A água 
deve ser descarregada em local facilmente observável. Em nenhum 
caso a tubulação de aviso pode ter diâmetro interno menor 
que 19 mm. 
Quando uma tubulação de extravasão for usada no 
reservatório, seu diâmetro interno deve ser dimensionado de forma a 
escoar o volume de água em excesso. Em reservatório de pequena 
capacidade (por exemplo: para casas unifamiliares, pequenos 
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edifícios comerciais, etc.), recomenda-se que o diâmetro da 
tubulação de extravasão seja maior que o da tubulação de 
alimentação. 
A tubulação de aviso deve ser conectada à tubulação de 
extravasão em seu trecho horizontal e em ponto situado a montante 
da eventual interligação com a tubulação de limpeza, para que o 
aviso não possa escoar água suja e com partículas em suspensão 
provenientes da limpeza do reservatório, evitando-se, desta forma, o 
entupimento da tubulação de aviso (geralmente de diâmetro nominal 
reduzido como DN 20), bem como o despejo de sujeira prejudicial 
aos ambientes próprios para o deságüe de aviso. 
 
c) Instalação Elevatória 
 
Uma instalação elevatória consiste no bombeamento de água 
de um reservatório inferior para um reservatório superior ou para 
um reservatório hidropneumático. 
Na definição do tipo de instalação elevatória e na localização 
dos reservatórios e bombas hidráulicas, deve-se considerar o uso 
mais eficaz da pressão disponível, tendo em vista a conservação de 
energia. 
As instalações elevatórias devem possuir no mínimo 
duas unidades de elevação de pressão, independentes, com 
vistas a garantir o abastecimento de água no caso de falha de uma 
das unidades. 
Nas instalações elevatórias por recalque de água, recomenda-
se a utilização de comando liga/desliga automático, condicionado ao 
nível de água nos reservatórios. Neste caso, este comando deve 
permitir também o acionamento manual para operações de 
manutenção. 
 
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d) Rede predial de distribuição 
 
Recomenda-se que as tubulações horizontais sejam instaladas 
com uma leve declividade, tendo em vista reduzir o risco de formação 
de bolhas de ar no seu interior. Pela mesma razão, elas devem ser 
instaladas livres de calços e guias que possam provocar ondulações 
localizadas. 
Onde possível, a tubulação deve ser instalada com declive em 
relação ao fluxo da água, com o ponto mais alto na saída da rede de 
distribuição do reservatório elevado. Onde inevitável a instalação de 
trechos em aclive, em relação ao fluxo, os pontos mais altos devem 
ser, preferencialmente, nas peças de utilização ou providos de 
dispositivos próprios para a eliminação do ar (ventosas ou outros 
meios), instalados em local apropriado. 
 Para possibilitar a manutenção de qualquer parte da rede 
predial de distribuição, dentro de um nível de conforto previamente 
estabelecido e considerados os custos de implantação e operação da 
instalação predial de água fria, deve ser prevista a instalação de 
registros de fechamento, ou de outros componentes ou de 
dispositivos que cumpram a mesma função. Particularmente, 
recomenda-se o emprego de registros de fechamento: 
 a) no barrilete, posicionado no trecho que alimenta o próprio 
barrilete (no caso de tipo de abastecimento indireto posicionado em 
cada trecho que se liga ao reservatório); 
 b) na coluna de distribuição, posicionado a montante do 
primeiro ramal; 
c) no ramal, posicionado a montante do primeiro sub- ramal. 
 
e) Dimensionamento das tubulações 
 
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 A instalação predial de água fria deve ser dimensionada de 
modo que a vazão de projeto estabelecida na tabela a seguir seja 
disponível no respectivo ponto de utilização, se apenas tal ponto 
estiver em uso. 
Aparelho sanitário Peça de utilização 
Vazão de 
projeto L/s 
Bacia sanitária 
Caixa de descarga 0,15 
Válvula de descarga 1,70 
Banheira Misturador (água fria) 0,30 
Bebedouro Registro de pressão 0,10 
Bidê Misturador (água fria) 0,10 
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 
Lavadora de pratos ou de 
roupas 
Registro de pressão 0,30 
Lavatório 
Torneira ou misturador (água 
fria) 
0,15 
Mictório cerâmico com sifão 
integrado 
Válvula de descarga 0,50Mictório cerâmico sem sifão 
integrado 
Caixa de descarga, registro de 
pressão ou válvula de descarga 
para mictório 
0,15 
Mictório tipo calha 
Caixa de descarga ou registro de 
pressão 
0,15/m de 
calha 
Pia 
Torneira ou misturador (água 
fria) 
0,25 
Pia Torneira elétrica 0,10 
Tanque Torneira 0,25 
Torneira de jardim ou lavagem 
em geral 
Torneira 0,20 
 
 A rede predial de distribuição deve ser dimensionada de tal 
forma que, no uso simultâneo provável de dois ou mais pontos de 
utilização, a vazão de projeto, estabelecida na tabela acima, seja 
plenamente disponível. 
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 Nos pontos de suprimento de reservatórios, a vazão de projeto 
pode ser determinada dividindo-se a capacidade do reservatório pelo 
tempo de enchimento. No caso de edifícios com pequenos 
reservatórios individualizados, como é o caso de residências 
unifamiliares, o tempo de enchimento deve ser menor do que 1 h. No 
caso de grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode ser de 
até 6 h, dependendo do tipo de edifício. 
 As tubulações devem ser dimensionadas de modo que a 
velocidade da água, em qualquer trecho de tubulação, não atinja 
valores superiores a 3 m/s. 
 Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água 
nos pontos de utilização deve ser estabelecida de modo a garantir a 
vazão de projeto indicada na tabela acima e o bom funcionamento da 
peça de utilização e de aparelho sanitário. Em qualquer caso, a 
pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da 
caixa de descarga onde a pressão pode ser menor do que este valor, 
até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para 
bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa. 
 Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da 
água em condições dinâmicas (com escoa- mento) não deve ser 
inferior a 5 kPa. 
 Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água 
em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição não 
deve ser superior a 400 kPa. 
 A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos 
deve ser considerada no dimensionamento das tubulações. Tais 
sobrepressões são admitidas, desde que não superem o valor de 200 
kPa. 
 
f) Demais considerações de Projeto 
 
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 Tendo em vista resguardar a segurança de fundações e outros 
elementos estruturais e facilitar a manutenção das tubulações, é 
recomendável manter um distanciamento mínimo de 0,5 m entre a 
vala de assentamento e as referidas estruturas. 
 O acesso ao interior do reservatório, para inspeção e limpeza, 
deve ser garantido através de abertura com dimensão mínima de 600 
mm, em qualquer direção. No caso de reservatório inferior, a 
abertura deve ser dotada de rebordo com altura mínima de 100 mm 
para evitar a entrada de água de lavagem de piso e outras. 
 O espaço em torno do reservatório deve ser suficiente para 
permitir a realização das atividades de manutenção, bem como de 
movimentação segura da pessoa encarregada de executá-las. Tais 
atividades incluem: regulagem da torneira de bóia, manobra de 
registros, montagem e desmontagem de trechos de tubulações, 
remoção e disposição da tampa e outras. 
 Recomenda-se observar uma distância mínima de 600 mm (que 
pode ser reduzida até 450 mm, no caso de reservatório de pequena 
capacidade até 1 000 L): 
 a) entre qualquer ponto do reservatório e o eixo de qualquer 
tubulação próxima, com exceção daquelas diretamente ligadas ao 
reservatório; 
 b) entre qualquer ponto do reservatório e qualquer componente 
utilizado na edificação que possa ser considerado um obstáculo 
permanente; 
 c) entre o eixo de qualquer tubulação ligada ao reservatório e 
qualquer componente utilizado na edificação que possa ser 
considerado um obstáculo permanente. 
 
2 - SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO (NBR 8160) 
 
2.1 - Introdução 
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 O sistema de esgoto sanitário tem por funções básicas coletar e 
conduzir os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos 
sanitários a um destino apropriado. 
 O sistema predial de esgoto sanitário deve ser separador 
absoluto em relação ao sistema predial de águas pluviais, ou seja, 
não deve existir nenhuma ligação entre os dois sistemas. 
 
 A NBR 8160 adota as seguintes definições: 
 
Altura do fecho hídrico: Profundidade da camada líquida, 
medida entre o nível de saída e o ponto mais baixo da parede ou colo 
inferior do desconector, que separa os compartimentos ou ramos de 
entrada e saída desse dispositivo. 
Barrilete de ventilação: Tubulação horizontal com saída para 
a atmosfera em um ponto, destinada a receber dois ou mais tubos 
ventiladores. 
Caixa coletora: Caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, 
cuja disposição exija elevação mecânica. 
Caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte 
superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando 
camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que 
estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a 
mesma. 
Caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, 
limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção 
das tubulações. 
Caixa de passagem: Caixa destinada a permitir a junção de 
tubulações do subsistema de esgoto sanitário. 
Caixa sifonada: Caixa provida de desconector, destinada a 
receber efluentes da instalação secundária de esgoto. 
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 Coletor predial: Trecho de tubulação compreendido entre a 
última inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga, ou 
caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular. 
 Coletor público: Tubulação da rede coletora que recebe 
contribuição de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao 
longo do seu comprimento. 
 Coluna de ventilação: Tubo ventilador vertical que se 
prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade superior 
é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a 
barrilete de ventilação. 
 Curva de raio longo: Conexão em forma de curva cujo raio 
médio de curvatura é maior ou igual a duas vezes o diâmetro interno 
da peça. 
 Desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a 
vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do 
esgoto. 
 Diâmetro nominal (DN): Simples número que serve como 
designação para projeto e para classificar, em dimensões, os 
elementos das tubulações, e que corresponde, aproximadamente, ao 
diâmetro interno da tubulação em milímetros.Dispositivo de inspeção: Peça ou recipiente para inspeção, 
limpeza e desobstrução das tubulações. 
 Fator de falha: Probabilidade de que o número esperado de 
aparelhos sanitários, em uso simultâneo, seja ultrapassado. 
 Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um 
desconector veda a passagem dos gases. 
 Instalação primária de esgoto: Conjunto de tubulações e 
dispositivos onde têm acesso gases provenientes do coletor público 
ou dos dispositivos de tratamento. 
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 Instalação secundária de esgoto: Conjunto de tubulações e 
dispositivos onde não têm acesso os gases provenientes do coletor 
público ou dos dispositivos de tratamento. 
 Ralo seco: Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha 
na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de piso ou 
de chuveiro. 
 Ralo sifonado: Recipiente dotado de desconector, com grelha 
na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de pisos ou 
de chuveiro. 
 Ramal de descarga: Tubulação que recebe diretamente os 
efluentes de aparelhos sanitários. 
 Ramal de esgoto: Tubulação primária que recebe os efluentes 
dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector. 
 Ramal de ventilação: Tubo ventilador que interliga o 
desconector, ou ramal de descarga, ou ramal de esgoto de um ou 
mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo 
ventilador primário. 
 Sifão: Desconector destinado a receber efluentes do sistema 
predial de esgoto sanitário. 
 Subsistema de ventilação: Conjunto de tubulações ou 
dispositivos destinados a encaminhar os gases para a atmosfera e 
evitar que os mesmos se encaminhem para os ambientes sanitários. 
Pode ser dividido em ventilação primária e secundária. 
 Subcoletor: Tubulação que recebe efluentes de um ou mais 
tubos de queda ou ramais de esgoto. 
 Tubo de queda: Tubulação vertical que recebe efluentes de 
subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga. 
 Tubo ventilador: Tubo destinado a possibilitar o escoamento 
de ar da atmosfera para o sistema de esgoto e vice-versa ou a 
circulação de ar no interior do mesmo, com a finalidade de proteger o 
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fecho hídrico dos desconectores e encaminhar os gases para 
atmosfera. 
 Tubo ventilador de alívio: Tubo ventilador ligando o tubo de 
queda ou ramal de esgoto ou de descarga à coluna de ventilação. 
 Tubo ventilador de circuito: Tubo ventilador secundário 
ligado a um ramal de esgoto e servindo a um grupo de aparelhos sem 
ventilação individual. 
 Tubulação de ventilação primária: Prolongamento do tubo 
de queda acima do ramal mais alto a ele ligado e com extremidade 
superior aberta à atmosfera situada acima da cobertura do prédio. 
 Tubulação de ventilação secundária: Conjunto de tubos e 
conexões com a finalidade de promover a ventilação secundária do 
sistema predial de esgoto sanitário. 
 Unidade de Hunter de contribuição (UHC): Fator numérico 
que representa a contribuição considerada em função da utilização 
habitual de cada tipo de aparelho sanitário. 
 Ventilação primária: Ventilação proporcionada pelo ar que 
escoa pelo núcleo do tubo de queda, o qual é prolongado até a 
atmosfera, constituindo a tubulação de ventilação primária. 
 Ventilação secundária: Ventilação proporcionada pelo ar que 
escoa pelo interior de colunas, ramais ou barriletes de ventilação, 
constituindo a tubulação de ventilação secundária. 
 
2.2 - Desconectores 
 
 Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por 
desconectores. Os desconectores podem atender a um aparelho ou a 
um conjunto de aparelhos de uma mesma unidade autônoma. 
 Podem ser utilizadas caixas sifonadas para a coleta dos 
despejos de conjuntos de aparelhos sanitários, tais como lavatórios, 
bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma unidade autônoma, 
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assim como as águas pro- venientes de lavagem de pisos, devendo 
as mesmas, neste caso, ser providas de grelhas. 
 As caixas sifonadas que coletam despejos de mictórios devem 
ter tampas cegas e não podem receber contribuições de outros 
aparelhos sanitários, mesmo providos de desconector próprio. 
 Podem ser utilizadas caixas sifonadas para coleta de águas 
provenientes apenas de lavagem de pisos, desde que os despejos das 
caixas sifonadas sejam encaminhados para rede coletora adequada à 
natureza desses despejos. 
 Os despejos provenientes de máquinas de lavar roupas ou 
tanques situados em pavimentos sobrepostos podem ser 
descarregados em tubos de queda exclusivos, com caixa sifonada 
especial instalada no seu final. 
 Deve ser assegurada a manutenção do fecho hídrico dos 
desconectores mediante as solicitações impostas pelo ambiente 
(evaporação, tiragem térmica e ação do vento, variações de pressão 
no ambiente) e pelo uso propriamente dito (sucção e sobrepressão). 
 
2.3 - Ramais de descarga e de esgoto 
 Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e 
transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos 
efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma 
declividade constante. 
 Recomendam-se as seguintes declividades mínimas: 
 a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 
75; 
 b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior 
a 100. 
 As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser 
feitas com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°. 
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 As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) 
podem ser executadas com peças com ângulo central igual ou inferior 
a 90°. 
 É vedada a ligação de ramal de descarga ou ramal de esgoto, 
através de inspeção existente em joelho ou curva, ao ramal de 
descarga de bacia sanitária. 
 Os ramais de descarga e de esgoto devem permitir fácil acesso 
para desobstrução e limpeza. 
 
2.4 - Tubos de queda 
 Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados 
em um único alinhamento. Quando necessários, os desvios devem 
ser feitos com peças formando ângulo central igual ou inferior a 90°, 
de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 45°. 
 Para os edifícios de dois ou mais andares, nos tubos de queda 
que recebam efluentes de aparelhos sanitários tais como pias, 
tanques, máquinas de lavar e outros similares, onde são utilizados 
detergentes que provoquem a formação de espuma, devem ser 
adotadas soluções no sentido de evitar o retorno de espuma para os 
ambientes sanitários, tais como: 
 a) não efetuar ligações de tubulações de esgoto ou de 
ventilação nas regiõesde ocorrência de sobrepressão; 
 b) efetuar o desvio do tubo de queda para a horizontal com 
dispositivos que atenuem a sobrepressão, ou seja, curva de 90° de 
raio longo ou duas curvas de 45°; ou 
 c) instalar dispositivos com a finalidade de evitar o retorno de 
espuma. 
 São considerados zonas de sobrepressão (ver figura abaixo): 
 a) o trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, 
imediatamente a montante do desvio para horizontal; 
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 b) o trecho de comprimento igual a 10 diâmetros, 
imediatamente a jusante do mesmo desvio; 
 c) o trecho horizontal de comprimento igual a 40 diâmetros, 
imediatamente a montante do próximo desvio; 
 d) o trecho de comprimento igual a 40 diâmetros, 
imediatamente a montante da base do tubo de queda, e o trecho do 
coletor ou subcoletor imediatamente a jusante da mesma base; 
 e) os trechos a montante e a jusante do primeiro desvio na 
horizontal do coletor com comprimento igual a 40 diâmetros ou 
subcoletor com comprimento igual a 10 diâmetros; 
 f) o trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas 
com ventilação secundária, com comprimento igual a 40 diâmetros, a 
partir da ligação da base da coluna com o tubo de queda ou ramal de 
esgoto. 
 
 Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de 
cozinha e máquinas de lavar louças, providos de ventilação primária, 
os quais devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva. 
 
2.5 - Subcoletores e coletor predial 
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 O coletor predial e os subcoletores devem ser de preferência 
retilíneos. Quando necessário, os desvios devem ser feitos com peças 
com ângulo central igual ou inferior a 45°, acompanhados de 
elementos que permitam a inspeção. 
 Todos os trechos horizontais devem possibilitar o escoamento 
dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma 
declividade constante, respeitando-se os valores mínimos previstos 
na NBR 8160. 
 A declividade máxima a ser considerada é de 5%. 
 No coletor predial não devem existir inserções de quaisquer 
dispositivos ou embaraços ao natural escoamento de despejos, tais 
como desconectores, fundo de caixas de inspeção de cota inferior à 
do perfil do coletor predial ou subcoletor, bolsas de tubulações dentro 
de caixas de inspeção, sendo permitida a inserção de válvula de 
retenção de esgoto. 
 As variações de diâmetro dos subcoletores e coletor predial 
devem ser feitas mediante o emprego de dispositivos de inspeção ou 
de peças especiais de ampliação. 
 Quando as tubulações forem aparentes, as interligações de 
ramais de descarga, ramais de esgoto e subcoletores devem ser 
feitas através de junções a 45°, com dispositivos de inspeção nos 
trechos adjacentes; quando as tubulações forem enterradas, devem 
ser feitas através de caixa de inspeção ou poço de visita. 
 
2.6 - Dispositivos complementares 
 
As caixas de gordura, poços de visita e caixas de inspeção 
devem ser perfeitamente impermeabilizados, providos de dispositivos 
adequados para inspeção, possuir tampa de fecho hermético, ser 
devidamente ventilados e constituídos de materiais não atacáveis 
pelo esgoto. 
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a) Caixas de gordura 
É recomendado o uso de caixas de gordura quando os efluentes 
contiverem resíduos gordurosos. 
As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em 
vários pavimentos sobrepostos devem descarregar em tubos de 
queda exclusivos que conduzam o esgoto para caixas de gordura 
coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos 
andares. 
 
b) Caixas e dispositivos de inspeção 
O interior das tubulações, embutidas ou não, deve ser acessível 
por intermédio de dispositivos de inspeção. 
Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem 
ser respeitadas no mínimo as seguintes condições: 
a) a distância entre dois dispositivos de inspeção não 
deve ser superior a 25,00 m; 
b) a distância entre a ligação do coletor predial com o 
público e o dispositivo de inspeção mais próximo não deve ser 
superior a 15,00 m; e 
c) os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga 
e de esgoto de bacias sanitárias, caixas de gordura e caixas 
sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de 
inspeção, não devem ser superiores a 10,00 m. 
Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de 
tubulações enterradas devem ser feitos mediante o emprego de 
caixas de inspeção ou poços de visita. 
Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de 
inspeção não devem ser instaladas a menos de 2,00 m de 
distância dos tubos de queda que contribuem para elas. 
Não devem ser colocadas caixas de inspeção ou poços de visita 
em ambientes pertencentes a uma unidade autônoma, quando os 
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mesmos recebem a contribuição de despejos de outras unidades 
autônomas. 
As caixas de inspeção podem ser usadas para receber efluentes 
fecais. 
Os dispositivos de inspeção devem ser instalados junto às 
curvas dos tubos de queda, de preferência à montante das mesmas, 
sempre que elas forem inatingíveis por dispositivos de limpeza 
introduzidos pelas caixas de inspeção ou pelos demais pontos de 
acesso. 
Os dispositivos de inspeção devem ter as seguintes 
características: 
a) abertura suficiente para permitir as desobstruções com a 
utilização de equipamentos mecânicos de limpeza; 
b) tampa hermética removível; e 
c) quando embutidos em paredes no interior de residências, 
escritórios, áreas públicas, etc., não devem ser instalados com as 
tampas salientes. 
 
2.7 - Instalação de recalque 
Os efluentes de aparelhos sanitários e de dispositivos instalados 
em nível inferior ao do logradouro devem ser descarregados em uma 
ou mais caixas de inspeção, as quais devem ser ligadas a uma caixa 
coletora, disposta de modo a receber o esgoto por gravidade. A partir 
da caixa coletora, por meio de bombas, devem ser recalcados para 
uma caixa de inspeção (ou poço de visita), ramal de esgoto ligado 
por gravidade ao coletor predial, ou diretamente ao mesmo, ou ao 
sistema de tratamento de esgoto. 
No caso de esgoto proveniente unicamente da lavagem de pisos 
ou de automóveis, dispensa-se o uso de caixas de inspeção, devendo 
os efluentes ser encaminhados, neste caso, a uma caixa sifonada de 
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diâmetro mínimo igual a 0,40 m, a qual pode ser ligada diretamente 
a uma caixa coletora. 
A caixa coletora deve ser perfeitamente impermeabilizada, 
provida de dispositivos adequados para inspeção, limpeza e 
ventilação; de tampa hermética e ser constituída de materiais não 
atacáveis pelo esgoto. 
As caixas de gordura ligadas às caixas coletoras devem atender 
às exigências indicadas na tabela a seguir, ou ser providas de 
tubulação de ventilação. 
 
As bombas devem ser de construção especial, à prova de 
obstruções por águas servidas, massas e líquidos viscosos. 
O funcionamento das bombas deve ser automático e alternado, 
comandado por chaves magnéticas conjugadas com chaves de bóia, 
devendo essa instalação ser equipada com dispositivo de alarme para 
sinalizar a ocorrência de falhas mecânicas. 
A tubulação de recalque deve ser ligada à rede de esgoto 
(coletor ou caixa de inspeção) de tal forma que seja impossível o 
refluxo do esgoto sanitário à caixa coletora. 
 
2.8 - Componentes do subsistema de ventilação 
O subsistema de ventilação pode ser previsto de duas formas: 
a) ventilação primária e secundária; ou 
b) somente ventilação primária. 
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Caso a somente ventilação primária não seja suficiente, podem 
ser adotadas as seguintes medidas: 
a) alterar as características geométricas do subsistema de 
coleta e transporte, devendo-se, em seguida, verificar novamente a 
suficiência da ventilação primária; ou 
b) prover ventilação secundária. 
A ventilação secundária consiste, basicamente, em ramais e 
colunas de ventilação que interligam os ramais de descarga ou de 
esgoto à ventilação primária ou que são prolongados acima da co- 
bertura; ou então pela utilização de dispositivos de admissão de ar 
(VAA) devidamente posicionados no sistema. Na figura a seguir, a 
título de ilustração, apresentam-se estes tipos de ventilação 
secundária. 
 
 
 
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A extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de 
ventilação deve estar situada acima da cobertura do edifício a uma 
distância mínima que impossibilite o encaminhamento à mesma das 
águas pluviais provenientes do telhado ou laje impermeabilizada. 
A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna 
de ventilação, conforme mostrado na figura abaixo: 
a) não deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer 
janela, porta ou vão de ventilação, salvo se elevada pelo menos 1,00 
m das vergas dos respectivos vãos; 
b) deve situar-se a uma altura mínima igual a 2,00 m acima da 
cobertura, no caso de laje utilizada para outros fins além de 
cobertura; caso contrário, esta altura deve ser no mínimo igual a 
0,30 m; 
c) deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes 
contra choques ou acidentes que possam danificá-la; 
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d) deve ser provida de terminal tipo chaminé, tê ou outro 
dispositivo que impeça a entrada das águas pluviais diretamente ao 
tubo de ventilação. 
 
 
O projeto do subsistema de ventilação deve ser feito de modo a 
impedir o acesso de esgoto sanitário ao interior do mesmo. 
O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser 
verticais e, sempre que possível, instalados em uma única prumada; 
quando necessárias, as mudanças de direção devem ser feitas 
mediante curvas de ângulo central não superior a 90°, e com um 
aclive mínimo de 1%. 
Nos desvios de tubo de queda que formem um ângulo maior 
que 45° com a vertical, deve ser prevista ventilação de acordo com 
uma das seguintes alternativas: 
a) considerar o tubo de queda como dois tubos independentes, 
um acima e outro abaixo do desvio; ou 
b) fazer com que a coluna de ventilação acompanhe o desvio do 
tubo de queda, conectando o tubo de queda à coluna de ventilação, 
através de tubos ventiladores de alívio, acima e abaixo do desvio. 
Em prédios de um só pavimento, deve existir pelo menos um 
tubo ventilador, ligado diretamente a uma caixa de inspeção ou em 
junção ao coletor predial, subcoletor ou ramal de descarga de uma 
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bacia sanitária e prolongado até acima da cobertura desse prédio, 
devendo-se prever a ligação de todos os desconectores a um ele- 
mento ventilado, respeitando-se as distâncias máximas indicadas na 
tabela a seguir: 
 
 
Nos prédios cujo sistema predial de esgoto sanitário já possua 
pelo menos um tubo ventilador primário de DN 100, fica dispensado o 
prolongamento dos demais tubos de queda até a cobertura, desde 
que estejam preenchidas as seguintes condições: 
a) o comprimento não exceda 1/4 da altura total do prédio, 
medida na vertical do referido tubo; 
b) não receba mais de 36 unidades de Hunter de contribuição; 
c) tenha a coluna de ventilação prolongada até acima da 
cobertura ou em conexão com outra existente. 
Toda tubulação de ventilação deve ser instalada com 
aclive mínimo de 1%, de modo que qualquer líquido que 
porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente por 
gravidade para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o 
ventilador tenha origem. 
Toda coluna de ventilação deve ter: 
a) diâmetro uniforme; 
b) a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo 
de queda, em ponto situado abaixo da ligação do primeiro ramal de 
esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga; 
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c) a extremidade superior situada acima da cobertura do 
edifício, ou ligada a um tubo ventilador primário a 0,15 m, ou mais, 
acima do nível de transbordamento da água do mais elevado 
aparelho sanitário por ele servido. 
Quando não for conveniente o prolongamento de cada tubo 
ventilador até acima da cobertura, pode ser usado um barrilete de 
ventilação, a ser executado com aclive mínimo de 1% até o trecho 
prolongado. 
As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do 
sistema de ventilação ou do sistema de esgoto sanitário devem ser 
feitas com conexões apropriadas,como a seguir: 
a) quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser 
executada por meio de junção a 45°; ou 
b) quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser 
executada acima do eixo da tubulação, elevando- se o tubo ventilador 
de uma distância de até 0,15 m, ou mais, acima do nível de 
transbordamento da água do mais elevado dos aparelhos sanitários 
por ele ventilados, antes de ligar-se a outro tubo ventilador, 
respeitando-se o que segue: 
 - a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de 
tê 90° ou junção 45° com a derivação instalada em ângulo, de 
preferência, entre 45° e 90° em relação ao tubo de esgoto, 
conforme indicado na figura a seguir; 
 
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 - quando não houver espaço vertical para a solução 
apresentada acima, podem ser adotados ângulos menores, com 
o tubo ventilador ligado somente por junção 45° ao respectivo 
ramal de esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive 
mínimo de 2%; 
 - a distância entre o ponto de inserção do ramal de 
ventilação ao tubo de esgoto e a conexão de mudança do 
trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta possível; 
 - a distância entre a saída do aparelho sanitário e a 
inserção do ramal de ventilação deve ser igual a no mínimo 
duas vezes o diâmetro do ramal de descarga. 
 
Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia 
sanitária ligada diretamente ao tubo de queda (para a distância 
máxima, conforme a tabela acima, o tubo de queda deve ser 
ventilado imediatamente abaixo da ligação do ramal da bacia 
sanitária, conforme a figura a seguir. 
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É dispensada a ventilação do ramal de descarga de uma 
bacia sanitária ligada através de ramal exclusivo a um tubo de 
queda a uma distância máxima de 2,40 m, desde que esse tubo 
de queda receba, do mesmo pavimento, imediatamente abaixo, 
outros ramais de esgoto ou de descarga devidamente ventilados, 
conforme mostrado na figura a seguir. 
 
 
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Bacias sanitárias instaladas em bateria, devem ser ventiladas 
por um tubo ventilador de circuito ligando a coluna de ventilação 
ao ramal de esgoto na região entre a última e a penúltima bacias 
sanitárias, conforme indicado na figura seguinte. 
 
 
 
Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada 
grupo de no máximo oito bacias sanitárias, contadas a partir da 
mais próxima ao tubo de queda. 
Quando o ramal de esgoto servir a mais de três bacias 
sanitárias e houver aparelhos em andares superiores descarregando 
no tubo de queda, é necessária a instalação de tubo ventilador 
suplementar, ligando o tubo ventilador de circuito ao ramal de esgoto 
na região entre o tubo de queda e a primeira bacia sanitária. 
 
2.9 - Dimensionamento 
 
a) Desconectores 
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Todo desconector deve satisfazer às seguintes condições: 
a) ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m; 
b) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior 
ao do ramal de descarga a ele conectado. 
As caixas sifonadas devem ter as seguintes características 
mínimas: 
a) ser de DN 100, quando receberem efluentes de aparelhos 
sanitários até o limite de 6 UHC; 
b) ser de DN 125, quando receberem efluentes de aparelhos 
sanitários até o limite de 10 UHC; 
c) ser de DN 150, quando receberem efluentes de aparelhos 
sanitários até o limite de 15 UHC. 
O ramal de esgoto da caixa sifonada deve ser dimensionado 
conforme indicado na tabela a seguir. 
 
 
As caixas sifonadas especiais devem ter as seguintes 
características mínimas: 
a) fecho hídrico com altura de 0,20 m; 
b) quando cilíndricas, devem ter o diâmetro interno de 0,30 m 
e, quando prismáticas de base poligonal, devem permitir na base a 
inscrição de um círculo de diâmetro de 0,30 m; 
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c) devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente 
removível; 
d) devem ter orifício de saída com o diâmetro nominal DN 75. 
 
b) Ramais de descarga e de esgoto 
Para os ramais de descarga, devem ser adotados no mínimo os 
diâmetros apresentados na tabela a seguir. 
 
Para os aparelhos não relacionados na tabela acima, devem ser 
estimadas as UHC correspondentes e o dimensionamento deve ser 
feito com os valores indicados na tabela a seguir. 
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Para os ramais de esgoto, deve ser utilizada a tabela a seguir. 
 
 
 
c) Tubos de queda 
Os tubos de queda podem ser dimensionados pela somatória 
das UHC, conforme valores indicados na tabela a seguir. 08800678700
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Quando apresentarem desvios da vertical, os tubos de queda 
devem ser dimensionados da seguinte forma: 
a) quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 45° com a 
vertical, o tubo de queda é dimensionado com os valores indicados na 
tabela acima; 
b) quando o desvio formar ângulo superior a 45° com a 
vertical, deve-se dimensionar: 
 - a parte do tubo de queda acima do desvio como um 
tubo de queda independente, com base no número de unidades 
de Hunter de contribuição dos aparelhos acima do desvio, de 
acordo com os valores da tabela acima; 
 - a parte horizontal do desvio de acordo com os valores 
da tabela a seguir; 
 - a parte do tubo de queda abaixo do desvio, com base no 
número de unidades de Hunter de contribuição de todos os 
aparelhos que descarregam neste tubo de queda, de acordo 
com os valores da tabela acima, não podendo o diâmetro 
nominal adotado, neste caso, ser menor do que o da parte 
horizontal. 
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d) Coletor predial e subcoletores 
O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados 
pela somatória das UHC conforme os valores da tabela acima. O 
coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo DN 100. 
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em 
prédios residenciais, deve ser considerado apenas o aparelho de 
maior descarga de cada banheiro para a somatória do número de 
unidades de Hunter de contribuição. 
Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos 
contribuintes para o cálculo do número de UHC. 
 
e) Caixas de gordura 
As caixas de gordura devem ser dimensionadas levando-se em 
conta o que segue: 
a) para a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa 
de gordura pequena ou a caixa de gordura simples; 
b) para a coleta de duas cozinhas, pode ser usada a caixa de 
gordura simples ou a caixa de gordura dupla; 
c) para a coleta de três até 12 cozinhas, deve ser usada a caixa 
de gordura dupla; 
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d) para a coleta de mais de 12 cozinhas, ou ainda, para 
cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais, quartéis, etc., devem 
ser previstas caixas de gordura especiais. 
As caixas de gordura devem ser divididas em duas câmaras, 
uma receptora e outra vertedoura, separadas por um septo não 
removível. 
As caixas de gordura podem ser dos seguintes tipos: 
a) pequena (CGP), cilíndrica, com as seguintes dimensões 
mínimas: 
 - diâmetro interno: 0,30 m; 
 - parte submersa do septo: 0,20 m; 
 - capacidade de retenção: 18 L; 
 - diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75; 
b) simples (CGS), cilíndrica, com as seguintes dimensões 
mínimas: 
 - diâmetro interno: 0,40 m; 
 - parte submersa do septo: 0,20 m; 
 - capacidade de retenção: 31 L; 
 - diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75; 
c) dupla (CGD), cilíndrica, com as seguintes dimensões 
mínimas: 
 - diâmetro interno: 0,60 m; 
 - parte submersa do septo: 0,35 m 
 - capacidade de retenção: 120 L; 
 - diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100; 
d) especial (CGE), prismática de base retangular, com as 
seguintes características: 
 - distância mínima entre o septo e a saída: 0,20 m; 
 - volume da câmara de retenção de gordura obtido pela 
fórmula: V = 2 N + 20, onde: N é o número de pessoas servidas 
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pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura no turno em 
que existe maior afluxo; V é o volume, em litros; 
 - altura molhada: 0,60 m; 
 - parte submersa do septo: 0,40 m; 
 - diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 
100. 
 
f) Caixas de passagem 
As caixas de passagem devem ter as seguintes características: 
- quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 0,15 m e, 
quando prismáticas de base poligonal, permitir na base a inscrição de 
um círculo de diâmetro mínimo igual a 0,15 m; 
- ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações 
de esgoto primário; 
- ter altura mínima igual a 0,10 m; 
- ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de 
dimensionamento de ramais de esgoto, sendo o diâmetro mínimo 
igual a DN 50. 
 
g) Dispositivos de inspeção 
As caixas de inspeção devem ter: 
- profundidade máxima de 1,00 m; 
- forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado 
interno mínimo de 0,60 m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 
0,60 m; 
- tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação; 
- fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e 
evitar formação de depósitos. 
Os poços de visita devem ter: 
- profundidade maior que 1,00 m; 
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- forma prismática de base quadrada ou retangular, com 
dimensão mínima de 1,10 m, ou cilíndrica com um diâmetro interno 
mínimo de 1,10 m; 
- degraus que permitam o acesso ao seu interior; 
- tampa removível que garanta perfeita vedação; 
- fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e 
evitar formação de sedimentos; 
- duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior 
a 1,80 m, sendo a parte inferior formada pela câmara de trabalho 
(balão) de altura mínima de 1,50 m, e a parte superior formada pela 
câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno 
mínimo de 0,60 m. 
 
h) Instalação de recalque 
O dimensionamento da instalação de recalque deve ser feito 
considerando-se, basicamente, os seguintes aspectos: 
- a capacidade da bomba, que deve atender à vazão máxima 
provável de contribuição dos aparelhos e dos dispositivos instalados 
que possam estar em funcionamento simultâneo; 
- o tempo de detenção do esgoto na caixa; 
- o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do 
motor. 
A caixa coletora deve ter a sua capacidade calculada de modo a 
evitar a freqüência exagerada de partidas e paradas das bombas por 
um volume insuficiente, bem como a ocorrência de estado séptico por 
um volume exagerado. 
No caso de recebimento de efluentes de bacias sanitárias, deve 
ser considerado o atendimento aos seguintes aspectos: 
- a caixa coletora deve possuir uma profundidade mínima igual 
a 0,90 m, a contar do nível da geratriz inferior da tubulação afluente 
mais baixa; o fundo deve ser suficientemente inclinado, para impedir 
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a deposição de materiais sólidos quando caixa for esvaziada 
completamente; 
- a caixa coletora deve ser ventilada por um tubo ventilador, 
preferencialmente independente de qualquer outra ventilação 
utilizada no edifício; 
- devem ser instalados pelo menos dois grupos motobomba, 
para funcionamento alternado. 
Estas bombas devem permitir a passagem de esferas com 
diâmetro de 0,06 m e o diâmetro nominal mínimo da tubulação de 
recalque deve ser DN 75. 
Caso a caixa coletora não receba efluentes de bacias sanitárias, 
devem ser considerados os seguintes aspectos: 
- a profundidade mínima deve ser igual a 0,60 m; 
- as bombas a serem utilizadas devem permitir a passagem de 
esferas de 0,018 m e o diâmetro nominal mínimo da tubulação de 
recalque deve ser DN 40. 
As tubulações de sucção devem ser previstas de modo a se ter 
uma para cada bomba e possuir diâmetro nominal uniforme e nunca 
inferior ao das tubulações de recalque. 
As tubulações de recalque devem atingir um nível superior ao 
do logradouro, de maneira que impossibilite o refluxo do esgoto, 
devendo ser providas de dispositivos para este fim. 
O volume útil da caixa coletora pode ser determinado através 
da seguinteexpressão: 
 
onde: 
Vu é o volume compreendido entre o nível máximo e o nível 
mínimo de operação da caixa (faixa de operação da bomba), em m3; 
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Q é a capacidade da bomba determinada em função da vazão 
afluente de esgoto à caixa coletora, em m3/min; 
t é o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do 
motor, em minutos. 
Recomenda-se que o intervalo entre duas partidas consecutivas 
do motor não seja inferior a 10 min, no sentido de se preservar os 
equipamentos eletromecânicos de freqüentes esforços de partida. 
Recomenda-se que a capacidade da bomba seja considerada 
como sendo, no mínimo, igual a duas vezes a vazão afluente de 
esgoto sanitário. 
O volume total é obtido pelo volume útil somado àqueles 
ocupados pelas bombas (se forem do tipo submersível), tubulações e 
acessórios da instalação que se encontrem no interior da caixa 
coletora 
O tempo de detenção do esgoto na caixa coletora pode ser 
determinado a partir da seguinte equação: 
d = Vt/q 
onde: 
d é o tempo de detenção do esgoto na caixa coletora, em 
minutos; 
Vt é o volume total da caixa coletora, em m3; 
q é a vazão média de esgoto afluente, em m3/min. 
O tempo de detenção do esgoto na caixa não deve ultrapassar 
30 min, para que não haja comprometimento das condições de 
aerobiose do esgoto. 
 
i) Componentes do subsistema de ventilação 
Se as tubulações do subsistema de coleta e transporte de 
esgoto sanitário foram dimensionadas pelo método hidráulico 
constante no anexo B da NBR 8160, as tubulações do subsistema de 
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ventilação devem ser dimensionadas pelo método apresentado no 
anexo D da mesma norma. 
Caso contrário, as tubulações do subsistema de ventilação, 
devem ser dimensionadas a partir da metodologia apresentada a 
seguir. 
Devem ser adotados os seguintes critérios para o 
dimensionamento do sistema de ventilação secundária: 
- ramal de ventilação: diâmetro nominal não inferior aos limites 
determinados na tabela a seguir: 
 
- tubo ventilador de circuito: diâmetro nominal não inferior aos 
limites determinados na tabela 2 da NBR 8160; 
- tubo ventilador complementar: diâmetro nominal não inferior 
à metade do diâmetro do ramal de esgoto a que estiver ligado; 
- coluna de ventilação: diâmetro nominal de acordo com as 
indicações da tabela 2 da NBR 8160. Inclui-se no comprimento da 
coluna de ventilação, o trecho do tubo ventilador primário entre o 
ponto de inserção da coluna e a extremidade aberta do tubo 
ventilador; 
- barrilete de ventilação: diâmetro nominal de cada trecho de 
acordo com a tabela 2 da NBR 8160, sendo que o número de UHC de 
cada trecho é a soma das unidades de todos os tubos de queda 
servidos pelo trecho, e o comprimento a considerar é o mais extenso, 
da base da coluna de ventilação mais distante da extremidade aberta 
do barrilete, até essa extremidade; 
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- tubo ventilador de alívio: diâmetro nominal igual ao diâmetro 
nominal da coluna de ventilação a que estiver ligado. 
 
3 - Projeto da Rede Coletora de Esgoto (NBR 9649) 
 
A NBR 9649 adota as seguintes definições: 
Ligação predial: Trecho do coletor predial (ver NBR 8160) 
compreendido entre o limite do terreno e o coletor de esgoto. 
Coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe 
contribuição de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao 
longo de seu comprimento. 
Coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro 
de uma mesma bacia. 
Coletor tronco: Tubulação da rede coletora que recebe apenas 
contribuição de esgoto de outros coletores. 
Emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na 
extremidade de montante. 
Rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais, 
coletores de esgoto, e seus órgãos acessórios. 
Trecho: Segmento de coletor, coletor tronco, interceptor ou 
emissário, compreendido entre singularidades sucessivas; entende-se 
por singularidade qualquer órgão acessório, mudança de direção e 
variações de seção, de declividade e de vazão quando significativa. 
Poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura 
existente em sua parte superior, destinada à execução de trabalhos 
de manutenção. 
Tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável 
que permite inspeção e introdução de equipamentos de limpeza. 
Terminal de limpeza (TL): Dispositivo que permite 
introdução de equipamentos de limpeza, localizado na cabeceira de 
qualquer coletor. 
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Caixa de passagem (CP): Câmara sem acesso localizada em 
pontos singulares por necessidade construtiva. 
Sifão invertido: Trecho rebaixado com escoamento sob 
pressão, cuja finalidade é transpor obstáculos, depressões do terreno 
RX�FXUVRV�G¶iJXD� 
Passagem forçada: Trecho com escoamento sob pressão, sem 
rebaixamento. 
Profundidade: Diferença de nível entre a superfície do terreno 
e a geratriz inferior interna do coletor. 
Recobrimento: Diferença de nível entre a superfície do terreno 
e a geratriz superior externa do coletor. 
Tubo de queda: Dispositivo instalado no poço de visita (PV), 
ligando um coletor afluente ao fundo do poço. 
Coeficiente de retorno: Relação média entre os volumes de 
esgoto produzido e de água efetivamente consumida. 
 
3.1 - Requisitos do Projeto 
 
O levantamento planialtimétrico da área de projeto e de 
suas zonas de expansão deve ser apresentado em escala mínima de 
1:2000, com curvas de nível de metro em metro e pontos cotados 
onde necessários. 
A planta deve ser apresentada com escala mínima de 
1:10000, onde estejam representadas em conjunto as áreas das 
bacias de esgotamento de interesse para o projeto. 
Dave haver o levantamento de obstáculos superficiais e 
subterrâneos nos logradouros onde, provavelmente, deve ser traçada 
a rede coletora, assim como o levantamento cadastral da rede 
existente. 
Deve-se realizar sondagens de reconhecimento para 
determinação da natureza do terreno e dos níveis do lençol freático. 
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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 112 
 
 
 
3.2 - Atividades para elaboração do Projeto 
 
a) Delimitação das bacias e sub-bacias de esgotamento cujas 
contribuições podem influir no dimensionamento da rede, inclusive as 
zonas de expansão previstas, desconsiderando os limites

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