Aula 10 LEGISLAÇÃO E SAÚDE

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LEGISLAÇÃO E SAÚDE
Aula 10 –Portadores das doenças Câncer, HIV e Usuários de Drogas
LEGISLAÇÃO E SAÚDE
Portadores das doenças Câncer, HIV e Usuários de Drogas - AULA 10
Conteúdo Programático desta aula
O que a Lei aborda sobre o tratamento do câncer de mama e próstata;
Quais são as prioridades oferecidas pela Lei dos portadores de HIV/AIDS;
O que o governo oferece como proteção à sociedade e aos dependentes de drogas;
As principais mudanças oferecidas à sociedade por meio da implantação destas Leis.
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Lei 9.797/99
Os pacientes com câncer são diversos no nosso universo atual da saúde, mas o Instituto Nacional do Câncer afirma que “O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A cada ano, cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama” (INCA, 2009). Este instituto também estimou que em 2010 a cada 100 mil mulheres existiriam 49 casos de câncer de mama.
	
 
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	No Brasil, o Governo preocupado com os dados estatísticos sobre este alto índice de Câncer em mulheres tem investido em campanhas, com o intuito que haja a prevenção primária (prevenção da ocorrência) ou secundária (detecção precoce), além disto, criou em 1999 a Lei. 9797 que assegura os direitos àquelas mulheres que tiveram suas mamas mutiladas totalmente ou parcialmente devido a doença. Àquelas que precisam tirar por inteira a mama para que o câncer pudesse ser melhor controlado a outras partes do corpo.
 
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Lei 9.797/99
Afirma que: “Art. 2º Cabe ao Sistema Único de Saúde - SUS, por meio de sua rede de unidades públicas ou conveniadas, prestar serviço de cirurgia plástica reconstrutiva de mama prevista no art. 1º, utilizando-se de todos os meios e técnicas necessárias”.
 
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Já nos homens, o segundo tipo de Câncer mais comum é o de próstata. “No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. (INCA, 2008)
 
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Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida. (INCA, 2008).
 
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Visto o quadro atual deste tipo de câncer, que também não é nova esta realidade, foi também elaborada a Lei 10.289/2001 que dá suporte, apoio e atenção aos homens para a realização de exames e tratamentos quando diagnosticado o câncer de próstata.
Para este fim, faze-se cumprir: 
 
 
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Art. 4º O Programa Nacional de Controle do Câncer de Próstata deverá incluir, dentre outras, as seguintes atividades:
I - campanha institucional nos meios de comunicação, com mensagens sobre o que é o câncer de próstata e suas formas de prevenção;
II - parcerias com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, colocando-se à disposição da população masculina, acima de quarenta anos, exames para a prevenção ao câncer de próstata;
 
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III - parcerias com universidades, sociedades civis organizadas e sindicatos, organizando- se debates e palestras sobre a doença e as formas de combate e prevenção a ela;
IV - outros atos de procedimentos lícitos e úteis para a consecução dos objetivos desta instituição. (BRASIL, 2007, p.290).
 
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Percebe-se uma necessidade de maior esclarecimento aos homens e a sociedade em geral sobre o significado do câncer de próstata, visto que este tem algumas barreiras a serem vencidas. Muitos homens se negam a fazer o exame de toque retal, alegando que este é constrangedor e lhe causa desconforto. Outros tipos de exames que podem ser realizados o exame de ultra-sonografia transretal e o exame de PSA (antígeno prostático-específico), feito pelo sangue.
 
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Diante deste quadro de resistências aos exames, por parte dos homens que as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde têm disponibilizado serviços para exames de prevenção a este tipo de câncer.
 
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Além da participação dor órgãos públicos, faz-se necessário que as escolas, universidades, ambientes de trabalho e outras instituições estejam atentas aos problemas e promovam atividades como campanhas, palestras, panfletagens, entre outras. Desta forma os alunos estarão sendo conscientizados e levarão estas informações para suas comunidades e espaços com a família.
 
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Portadores de AIDS/HIV- Lei 9.313/96
 
	A AIDS, por muito tempo foi considerada aquela doença sem tratamento e que levava rapidamente a pessoa à morte. Hoje, este quadro tem se mostrado mais controlado, devido aos medicamentos que foram desenvolvidos pela medicina que proporcionam a pessoa uma qualidade de vida, mesmo após o vírus adquirido.
 
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A Lei 9.313 de 1996 presume que: deve haver distribuição gratuita de medicamentos aos portadores do HIV (Vírus de Imunodeficiência Humana) e doentes de AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida).
 
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Lei 9.313
Os parágrafos primeiro e segundo do artigo 1º desta Lei afirmam que:
§ 1º O Poder Executivo, através do Ministério da Saúde, padronizará os medicamentos a
serem utilizados em cada estágio evolutivo da infecção e da doença, com vistas a orientar a aquisição dos mesmos pelos gestores do Sistema Único de Saúde.
 
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Lei 9.313
§ 2º A padronização de terapias deverá ser revista e republicada anualmente, ou sempre que se fizer necessário, para se adequar ao conhecimento científico atualizado e à disponibilidade de novos medicamentos no mercado.
 
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Usuários de drogas Lei 10.409/2002
 
	A presente Lei dispõe de: prevenção, o tratamento, a fiscalização, o controle e a repressão à produção, ao uso e ao tráfico ilícitos de produtos, substâncias ou drogas ilícitas que causem dependência física ou psíquica, assim elencados pelo Ministério da Saúde, e dá outras providências. (BRASIL, 2007, p.431).
 
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	As substâncias psicoativas têm sido utilizadas, na atualidade de maneira não devida, o que tem acarretado problemas
para a sociedade como todo, envolvendo assim os setores políticos, a cultura, o estado, entre outros contextos.
	Os prejuízos que o uso de drogas têm trazido a sociedade, obrigam o governo a tomar medidas, muitas das vezes invasivas, como forma de proteger grande parte deste contexto não se encontra como dependentes químicos.
 
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Mas para que haja um melhor controle desta situação é preciso introduzir na sociedade novos modelos de intervenção que venham prevenir este mal estar e tratar aqueles que já se encontram no quadro de dependentes.
 
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A Lei 10.409/2002 vem deixar claro que nossa participação denunciando e não sendo condizentes com tráfico de produtos, substâncias ou drogas ilícitas é obrigatória. Não é permitido que tais comportamentos sejam praticados e nenhuma medida seja tomada por nós enquanto cidadãos pertencentes à esta sociedade.
 
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Além destes papéis é dever das escolas elaborar palestras e conteúdos que conscientizem os alunos, de qualquer período do desenvolvimento humano, sobre os prejuízos que as drogas trazem não somente para a vida daquele que consume para todos que estão a sua volta.
 
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O artigo 6º desta Lei (10.409/2002) deixa claro que: “é facultado à Secretaria Nacional Antidrogas - Senad, ao Ministério Público, aos órgãos de defesa do consumidor e às autoridades policiais requisitar às autoridades sanitárias a realização de inspeção em empresas industriais e comerciais, estabelecimentos hospitalares, de pesquisa, de ensino, ou congêneres, assim como nos serviços médicos e farmacêuticos que produzirem, venderem, comprarem, consumirem, prescreverem ou fornecerem produtos, substâncias ou drogas ilícitas que causem dependência física ou psíquica”. (BRASIL, 2007, p.432).
 
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Sobre a prevenção e erradicação que trata esta Lei, fica vedado que seja realizada colheita, plantio e cultivação de plantas consideradas drogas ilícitas e que possam causar dependência física ou psíquica naqueles que elas consumirem. Pessoas que forem denunciadas ou pegas em flagrante diante deste ato serão condenadas e responderão judicialmente pelo ato.
 
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Para prevenir crianças, jovens e adultos de se tornarem pessoas dependentes químicas, o tempo ocioso deve ser preenchido e o foco do objetivo perverso deve ser desviado para metas consideradas como normais.
 
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Lei 10.409/2002
§ 1º As pessoas jurídicas e as instituições e
entidades, públicas ou privadas, implementarão
programas que assegurem a prevenção ao tráfico e uso de produtos, substâncias ou drogas ilícitas que causem dependência física ou psíquica em seus respectivos locais de trabalho, incluindo campanhas e ações preventivas dirigidas a funcionários e seus familiares.
 
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§ 2º São medidas de prevenção referidas no caput as que visem, entre outros objetivos,
os seguintes:
II - incentivar atividades esportivas, artísticas e culturais;
III - promover debates de questões ligadas à saúde, cidadania e ética;
IV - manter nos estabelecimentos de ensino serviços de apoio, orientação e supervisão de professores e alunos;
V - manter nos hospitais atividades de recuperação de dependentes e de orientação de seus familiares.
 
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Nas comunidades mais carentes já é possível visualizar este cenário de prevenção, como por exemplo, as escolinhas de futebol, artesanato, pintura, oficinas, aulas de música entre outras, mas pouco se houve falar como as pessoas de classe média são abordadas, de que maneira essas são prevenidas, visto que muitas das vezes o apoio é prestado a este grupo, quando estes indivíduos já se encontram inseridos no quadro de dependentes químicos.
 
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O tratamento
O tratamento do dependente químico envolve uma ajuda mútua entre diversos profissionais (equipe multidisciplinar) e a família. O que acontece muitas das vezes é que a família delega esta obrigação a instituição onde esta pessoa encontra-se internada, deixando várias falhas nas necessidades emocionais, afetivas e sentimentais desta pessoa, o que muito ajuda para as recaídas e o retardamento da recuperação.
 
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Apesar dos familiares, quando inserem este parente dependente químico, numa instituição para tratamento, já estarem cansados, desesperançosos e desiludidos quanto a recuperação é preciso e SEMPRE prestar apoio à pessoa que se encontra doente. O afeto é a maior necessidade daquele que se encontra nesta situação.
 
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Lei 10.409/2002
§ 4º Os estabelecimentos hospitalares ou psiquiátricos, públicos ou particulares, que receberem dependentes ou usuários para tratamento, encaminharão ao Conselho Nacional Antidrogas
- Conad, até o dia 10 (dez) de cada mês, mapa estatístico dos casos atendidos no mês anterior, com a indicação do código da doença, segundo a classificação aprovada pela Organização Mundial de Saúde, vedada a menção do nome do paciente.
 
 
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Lei 10.409/2002
§ 5º No caso de internação ou de tratamento ambulatorial por ordem judicial, será feita comunicação mensal do estado de saúde e recuperação do paciente ao juízo competente, se esse o determinar. (BRASIL, 2007, p.494).
 
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Percebe-se, portanto, que não é apenas inserir a pessoa numa instituição de tratamento, é preciso prestar satisfação ao órgão pública sobre as reais necessidades da pessoa que está sendo internada para que as melhores medidas sejam tomadas.
 
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A dependência química causa a pessoa uma necessidade incontrolável de consumi-la, mas os recursos financeiros não conseguem dar conta desta exigência do corpo e da mente para o consumo. Não tendo mais capital disponível para a compra da droga, estes indivíduos começam a furtar, roubar, seqüestrar entre outros atos ilícitos o que agrava muito mais sua situação diante da justiça e a segurança da sociedade. 
 
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	 Outro parâmetro sobre esta realidade são os chefes do tráfico que lucram um alto capital com a venda de drogas, como se fosse uma empresa e, por meio deste dinheiro, adquirem casas enormes, carros do ano, viagens caras entre outras regalias.
 
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Caso estas situações sejam identificadas: Art. 46. Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, os maquinismos, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei, após a sua regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia
judiciária, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma de legislação específica. Estes indivíduos responderão judicialmente pelos seus atos e se pegos em flagrante serão presos.