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Aula 2 Verbo

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21/08/2018 Disciplina Portal
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Língua Portuguesa
Aula 2 - Verbo
INTRODUÇÃO
Na aula anterior, estudamos os conceitos de língua, linguagem e variação.
Nesta aula, vamos conversar um pouco sobre gramática e sintaxe.
Você já parou para pensar no que é a gramática? E você sabia que todas as línguas têm uma gramática própria?
Aqui, vamos entender por que isso é possível.
OBJETIVOS
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De�nir noções de sintaxe;
Distinguir regência nominal da verbal;
Reconhecer verbos transitivos e intransitivos.
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Gramática
Para entendermos o conceito de gramática, vamos analisar o diálogo a seguir:
Como você percebeu, a personagem Júlia a�rma que o namorado de Camila não conhece gramática, porque utiliza
algumas estruturas consideradas inadequadas em termos de norma culta da língua.
Mas a que noção de gramática Júlia se refere?
Vejamos...
Tipos de gramática
Há várias formas de de�nirmos gramática, mas vamos apresentar aqui somente duas classi�cações. São elas:
GRAMÁTICA INTERNALIZADA
É o conjunto de regras que a criança internaliza durante o processo de aquisição da linguagem.
Por que, por exemplo, uma criança fala “Eu já fazi” no lugar de “Eu já �z”?
Simples: porque ela ainda não conhece as exceções à regra de manutenção do radical do verbo nas conjugações.
Se a criança diz “Eu já bebi” e “Eu já comi”, seguindo os radicais dos verbos BEBER e COMER, respectivamente,
acrescidos de um [i] �nal, ela dirá “Eu já fazi” (FAZER).
Isso signi�ca que ela criou uma regra em que [i] seria uma forma de expressar o passado.
GRAMÁTICA NORMATIVA
Muitos associam esta expressão à imagem de um livro – seja impresso, seja virtual.
Mas será que devemos interpretar a gramática normativa somente dessa forma?
A gramática normativa é um conjunto de regras gramaticais que estabelece um padrão de linguagem, cujo emprego
deve se adequar aos contextos formais de uso da língua.
Na verdade, essa gramática indica a formalidade de uso da língua.
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Agora, observe um exemplo de como a gramática normativa indica a formalidade de uso da língua...
Frequentemente, ouvimos na fala do indivíduo considerado culto, a seguinte frase:
 
Fonte: studiostoks / Shutterstock
No entanto, a gramática normativa prescreve uma construção diferente:
 
Fonte: studiostoks / Shutterstock
Essa prescrição é baseada no fato de que, de acordo com a norma-padrão, a regência do verbo GOSTAR exige a
preposição “de”.
Exemplo: Eu gosto disso.
O estudo da gramática de uma língua divide-se em quatro partes, quais sejam:
Vamos entender melhor o que é a sintaxe.
Você observou como o personagem fala?
Ele não pronuncia as palavras em ordem direta:
Mas inverte os termos da oração, o que di�culta seu entendimento.
Para que possamos comunicar nossas ideias, os enunciados da língua devem aparecer em determinada ordem e
estabelecer uma relação coerente entre si. Em outras palavras, nosso discurso precisa ser organizado com base em
uma estrutura sintática que nos permita formar frases claras e objetivas.
A seguir, vamos entender melhor os conceitos de frase e de verbo.
TIPOS DE FRASE
A FRASE é um enunciado que possui sentido completo. Há dois tipos de frase:
Frase nominal
Aquela que não apresenta verbo.
Frase verbal
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Também chamada de oração, trata-se daquela que possui verbo.
De agora em diante, vamos conversar um pouco mais sobre o verbo.
Modo e tempos verbais
Como vimos, o VERBO  é a unidade que signi�ca ação ou processo organizado para expressar o modo, o tempo, a
pessoa e o número. Mas o que isso signi�ca? Vamos descobrir a partir da análise do diálogo a seguir.
O diálogo que acabamos de ver  apresenta os tópicos mencionados que envolvem o verbo. São eles: Modo, Tempo,
Número e Pessoas do discurso.
Modo
Tempo
Número
As formas verbais podem se apresentar no singular ou no plural. No caso do diálogo, elas aparecem somente no
singular. Vejamos: “Acertei”, “estudei”, “soubesse”, “tinha estudado”, “podia”, “está”, “melhorará”, “aprovará”.
Pessoas do Discurso
Os pronomes de tratamento “você(s)”, “senhor(a)” e “senhores(as)”, que fazem referência à 2ª pessoa, mas que se
manifestam, formalmente, na 3ª, conjugam-se nesta última. A tabela a seguir apresenta essa conjugação:
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ATIVIDADE
1 - Identi�que o modo da forma verbal presente na propaganda a seguir:
Resposta Correta
Transitividade verbal
A partir deste momento, vamos tratar de outra característica dos verbos: a transitividade.
A transitividade indica se o verbo necessita ou não de complemento. O signi�cado do verbo pode precisar ser
completado por uma estrutura, ou seja, transitar (glossário) até seu complemento. Quer ver um exemplo? Veja a seguir:
Como você percebeu, João �ca irritado com a ausência de informação por parte de Paulo, porque este não completa,
de imediato, a frase que inicia com o verbo PRECISAR, o que a deixa momentaneamente sem sentido.
Mas por que isso acontece?
Vejamos a seguir...
Você pode não conhecer o nome técnico do fenômeno linguístico que envolve o caso apresentado, mas,
provavelmente, você sabe que “quem precisa” precisa DE ALGO. Essa noção já faz parte de nosso conhecimento
enciclopédico sobre a Língua Portuguesa. Por isso, se tal verbo não for acrescido de uma sequência de ideias que
torne seu signi�cado completo, não o entenderemos por si só.
Você observou que, na história, Paulo disse a João que comprou “um carro”?
Assim como PRECISAR, o verbo COMPRAR também exige complemento. A diferença entre eles baseia-se no fato de
que COMPRAR não exige complemento preposicionado, mas PRECISAR requer o uso da preposição. Por isso, esse
verbo é transitivo indireto – classi�cação sobre a qual discutiremos adiante.
Na verdade, usamos as preposições o tempo todo – como você pode observar nos diálogos abaixo –, mas não nos
damos conta disso. A preposição é a palavra que tem a função de relacionar termos ou orações.
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Para entender melhor o assunto, assista ao vídeo a seguir sobre a etimologia e o valor semântico das preposições.
VÍDEO
O diálogo que lemos anteriormente nos mostra que alguns verbos precisam de complemento – os chamados
transitivos – e outros não – os chamados intransitivos. Quanto à transitividade, os verbos podem ser:
ATIVIDADE
2. Na propaganda a seguir, há dois verbos: TOMOU e SUMIU. Como esses verbos são classi�cados, respectivamente,
quanto à transitividade?
Transitivo direto e intransitivo.
Transitivos indireto e intransitivo.
Transitivo direto e indireto e intransitivo.
Justi�cativa
3. Analise as propagandas e identi�que as formas verbais nelas presentes quanto à transitividade.
Resposta Correta
Para �nalizarmos nossa discussão sobre a transitividade verbal, assista ao vídeo a seguir.
VÍDEO
Regência verbalEm uma visão bem tradicional, a regência verbal é o estudo da relação de dependência entre os verbos e seus
complementos. Lidamos o tempo todo com verbos que precisam ou não de complemento: é tão normal que não nos
damos conta disso.  Agora, parando para re�etir, você já pensou que usar ou não uma preposição pode alterar o
signi�cado de um verbo?  Por exemplo, considere que um juiz diga as frases a seguir:
Eu assisto 
o jogo.
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Nesta frase, temos o sentido de “prestar assistência, ajudar, socorrer”: usa-se sem preposição.
Eu assisto 
ao jogo.
Já nesta, temos o sentido de “ver, presenciar” e, nesse caso, a preposição é obrigatória.''
Observe os signi�cados do verbo assistir em relação a sua regência:
ATIVIDADE
4. (Conc. Escrivão de Polícia) Assinale a alternativa em que o signi�cado do verbo apontado entre parênteses NÃO
corresponde à sua regência:
a) Com sua postura séria, o diretor assistia todos os funcionários dos departamentos da empresa. (ajudar)
b) No grande auditório, o público assistiu às apresentações da Orquestra Experimental. (ver)
c) Esta é uma medida que assiste aos moradores da Vila Olímpia. (caber)
d) Estudantes brasileiros assistem na Europa durante um ano. (observar)
Justi�cativa
Aqui, há o uso de:
NA = preposição EM + artigo A
Embora vejamos a preposição “em” regendo o verbo “pisar”, sob o olhar normativo, existe um problema na sentença. A
prescrição indica que o adequado seria:
Não pise a grama.
Vamos pensar, agora, 
em uma música?
Tim Maia canta:
[...] Pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento em você [...]
Mas a norma prescreve “lugar qualquer em que não exista”.
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E nas campanhas publicitárias? Veja o que aconteceu na campanha da Mercedes Benz de 2011:
A propaganda destaca:
Mercedes-Benz: A marca que todo mundo con�a.
No entanto, o verbo “con�ar” é regido pela preposição EM. Logo, a frase deveria ser escrita desta forma:
Mercedes-Benz: A marca EM que todo mundo con�a.
O verbo “lembrar” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser:
• Transitivo direto – lembrar algo; 
• Transitivo indireto – lembrar-se de algo.
Nesta tirinha, há um problema quanto à colocação pronominal. Vejamos:
• “Se lembra de” → linguagem coloquial; 
• “Lembra-se de” → norma-padrão prescrita pela gramática.
Embora isso aconteça, a regência do verbo está correta, pois, em sua fala, a esposa usa a preposição “de” associada à
partícula “se”.
Assim como o verbo “lembrar”, o verbo “esquecer” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser:
• Transitivo direto – esquecer algo; 
• Transitivo indireto – esquecer-se de algo.
Nesta tirinha, a regência do verbo está incorreta, pois a menina usa a preposição “de” SEM a partícula “se”. A prescrição
indica que o correto é:
Minha mãe se esqueceu de comprar seu presente...
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O verbo “preferir” tem o sentido de “escolher” e possui dois objetos. São eles:
Objeto direto, sem preposição – aquilo que escolhemos;
Objeto indireto, com preposição “a” – aquilo que deixamos em segundo plano.
Nesta tirinha, então, a sentença deveria ter sido redigida da seguinte forma:
Eu pre�ro pizza a cachorro quente.
ATIVIDADE
5. (UNIMEP – SP) Quando implicar tem sentido de “acarretar”, “produzir” como consequência, constrói-se a oração com
objeto direto, como se vê em:
Quando era pequeno, todos sempre implicaram comigo.
Muitas patroas costumam implicar com as empregadas domésticas.
Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro.
O banqueiro implicou-se em negócios escusos.
Um novo congelamento de salários implicará uma reação dos trabalhadores.
Justi�cativa
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