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Aula 05 Segurança e Saúde no Trabalho

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Segurança e Saúde no Trabalho p/ AFT 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Mário Pinheiro - Aula 05
AULA 05 - Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA)____________________________
SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 02
2. Desenvolvimento 03
2.1. Disposições da CLT 03
2.2. Objetivo da CIPA 07
2.3. Constituição da CIPA 07
2.4. Organização da CIPA 11
2.5. Atribuições 16
2.6. Funcionamento da CIPA 25
2.7. Treinamento da CIPA 30
2.8. Processo Eleitoral da CIPA 33
2.9. Regras quanto à integração das CIPA 39
3. Questões comentadas 41
4. Lista das questões comentadas 105
5. Gabaritos das questões 133
6. Conclusão 134
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1. Introdução
Oi amigos (as),
Estudaremos nesta aula as disposições celetistas e da NR 5 sobre a CIPA 
- Com issão Interna de Prevenção de Acidentes.
O detalhamento desta Norma é significativo, e são muitas as questões de 
concursos que versam sobre ela!
A própria quantidade de páginas da aula já mostra que o assunto é 
importante. Quando existem Normas Regulamentadoras no edital de um 
concurso, são quase certas questões sobre CIPA.
Vamos ao trabalho!
Im portante!
Essa aula é idêntica à aula n° 3 (sobre CIPA) do curso de Leg is lação do 
Traba lho p / A FT .
Assim, se você está matriculado(a) em ambos e já imprimiu a aula de lá, não 
precisa imprimir novamente o mesmo conteúdo.__________________________
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2. Desenvolvimento
Aos moldes do que ocorreu na aula da NR 4, veremos inicialmente o 
trecho da CLT relacionado à CIPA e posteriormente falaremos sobre o texto da 
Norma Regulamentadora.
A NR 5 foi estruturada em assuntos (Do Objetivo, Da Constituição, etc.), 
e iremos aproveitar tal organização do conteúdo nesta aula.
2.1. Disposições da CLT
Na CLT temos os artigos 163 a 165, que serviram de fundamentação 
para a redação da NR 5.
O texto celetista consta na Seção III do Capítulo V, intitulada "Dos 
Órgãos de Segurança e de Medicina do Trabalho nas Empresas".
Estes órgãos são o SESMT (NR 4) e a CIPA (NR 5).
Sobre a CIPA consta da CLT que
CLT, art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas 
pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas 
especificadas.
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a 
composição e o funcionamento das CIPA (s).
Como vimos sobre o SESMT, nem sempre a empresa estará obrigada a 
constituir o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho, dependendo de algumaS variáveis que a própria Norma definiu.
Aqui se aplica o mesmo raciocínio: apesar da disposição no sentido de 
que a constituição da CIPA é obrigatória, em alguns casos o estabelecimento 
estará dispensado de constituir a referida Comissão.
Por fim, frise-se que o art. 163 fala, ao seu final, que a CIPA será 
constituída "nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas".
Sobre o assunto é oportuno mencionar que a NR 18 (CONDIÇÕES E 
MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO) trata da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) nas empresas da Indústria 
da Construção, na qual são estabelecidas regras específicas para as CIPA das 
obras de construção civil.
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Seguindo adiante, a CLT previu que a CIPA será composta de 
representantes dos empregados e do empregador, nos seguintes termos:
CLT, art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e 
dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na 
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.
§ 1° - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por 
eles designados.
§ 2° - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão 
eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de 
filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
§3° - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, 
permitida uma reeleição.
§ 4 ° - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente 
que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do 
número de reuniões da CIPA.
§5° - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o 
Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.
Da leitura destes parágrafos do art. 164 podemos perceber que a forma 
de acesso à CIPA é bastante distinta: os representantes dos empregados são 
eleitos, enquanto os representantes do empregador são designados, ou seja, 
é o próprio empregador que irá escolhê-los a seu critério.
O § 2° frisa que não há necessidade de o empregado ser filiado ao 
sindicato da categoria para poder participar do processo eleitoral da CIPA.
Sobre a duração do mandato a CLT estabelece que o mesmo será de 01 
(um) ano, permitida uma reeleição. Percebam que este dispositivo se refere 
ao membro representante dos empregados, pois o representante do 
empregador não é eleito, e sim designado.
Vejamos uma questão do concurso de AFT 2013 que versa sobre o tema:
(CESPE_AFT/MTE_2013) O mandato dos membros eleitos da CIPA terá 
duração de um ano, sendo permitida uma reeleição.
A alternativa é correta.
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C O N C U R S O S
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Existem disposições diferenciadas sobre duração de mandatos de CIPA 
em setores específicos (como as CIPA do meio rural), objeto de 
regulamentação em outras Normas do MTE.
A regra geral, entretanto, é esta do art. 164, que também consta da NR 
5: duração do mandato de 01 (um) ano, permitida uma reeleição.
Para dirigir os trabalhos da Comissão, a CIPA deverá ter um Presidente e 
um Vice-Presidente.
A presidência da CIPA recairá sobre um dos representantes designados 
pelo empregador, enquanto a vice-presidência caberá a um dos 
representantes dos empregados.
O art. 165 da Consolidação das Leis do Trabalho trata da estabilidade do 
cipeiro, nome pelo qual é conhecido o membro da CIPA:
CLT, art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) 
não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se 
fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de 
reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos 
motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o 
empregado.
Este dispositivo já foi explorado em prova:
(CESPE_IBRAM/DF_TECNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO_2009) Os 
titulares da representação dos empregados na comissão interna de prevenção 
de acidentes (CIPA) não podem sofrer despedida arbitrária, entendendo-se 
como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou 
financeiro. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de 
reclamação à justiça do trabalho,comprovar a existência de qualquer dos 
motivos mencionados acima, sob pena de ser condenado a reintegrar o 
empregado.
A alternativa é correta.
Aqui é importante observar que a garantia provisória de emprego
(também chamada de estabilidade provisória) é uma regra que protege o 
cipeiro representante dos empregados.
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A referida estabilidade consta do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias (ADCT), da Constituição Federal de 1988:
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o 
art. 7°, I, da Constituição:
(...)
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de 
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após
0 final de seu mandato;
Ainda quanto à garantia de emprego do cipeiro, existe jurisprudência 
sumulada do TST que estende tal garantia ao suplente da representação dos 
empregados, conforme podemos verificar abaixo:
SÚMULA-339 CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988
1 - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, 
II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas 
garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de 
ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica 
a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a 
indenização do período estabilitário.
Para encerrar as disposições constantes da CLT sobre a CIPA, segue 
abaixo quadro que consolida alguns dos itens que podem ser exigidos em 
prova:
Esclarecendo
Representantes dos empregados Representantes do empregador
São eleitos São designados
Entre eles é eleito o Vice- 
Presidente da CIPA
Entre eles é indicado, pelo empregador, 
o Presidente da CIPA
Possuem estabilidade provisória no 
emprego
Não possuem estabilidade provisória no 
emprego
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2.2. Objetivo da CIPA
O item inaugural da NR 5 trata do objetivo da CIPA, que é o seguinte:
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como 
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de 
modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da 
vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Deste modo, o objetivo de se instituir a CIPA é permitir que o trabalho 
seja desenvolvido de forma segura, com vistas à prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho. Assim, os membros da CIPA devem se 
engajar em ações que tenham este objetivo.
Para isto, a CIPA deve conhecer o local de trabalho e os riscos que estes 
apresentam, os quais devem ser objeto de controle para que não causem 
danos à integridade dos trabalhadores.
2.3. Constituição da CIPA
Relembrando, a obrigatoriedade de constituição da CIPA foi definida pela 
CLT nos seguintes termos:
CLT, art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas 
pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas 
especificadas.
A NR 5, por sua vez, estabeleceu que
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular 
funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, 
órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, 
associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que 
admitam trabalhadores como empregados.
Esta definição se alinha com a diretriz estabelecida pela NR 1 
(DISPOSIÇÕES GERAIS), no sentido de que devem obedecer as NR em geral 
as empresas (públicas ou privadas) que admitam empregados regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho:
1.1 As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do 
trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e 
pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos
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órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados 
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
Sobre a constituição da CIPA, o item 5.2 ressalta que deverá ocorrer por 
estabelecimento, que, conforme definição da NR 1 (DISPOSIÇÕES GERAIS), é:
1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, considera-se:
(...)
d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em 
lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, 
depósito, laboratório;
Ainda em sintonia com a NR 1, quando esta trata dos trabalhadores 
avulsos (que não são empregados), a NR dispõe que
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos 
trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as 
disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores 
econômicos específicos.
Relembrando a disposição correlata da NR 1:
1.1.1 As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras - NR aplicam-se, 
no que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes 
tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias 
profissionais.
Quanto a isso mencione-se que a NR 29 (SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO PORTUÁRIO) traça diretrizes sobre a CIPA no trabalho portuário, 
que é exercido predominantemente pelos trabalhadores avulsos portuários.
Ainda sobre o dimensionamento da CIPA, como adiantado no início da 
aula, nem todo estabelecimento será obrigado a constituir tal Comissão.
Para se verificar a obrigação da constituição da CIPA e, também, qual 
seu dimensionamento, devem-se verificar dois requisitos: a quantidade de 
empregados do estabelecimento e o agrupamento de setores econômicos 
segundo o CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) do mesmo.
Esta regra foi materializada no item 5.6.3:
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5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a 
ordem decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento 
previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos 
normativos de setores econômicos específicos.
Com base nestes critérios o Quadro I da NR 5 permite o correto 
dimensionamento da CIPA. Ressalte-se que a composição da CIPA é paritária, 
ou seja, deve ter a mesma quantidade de representantes dos empregados e do 
empregador.
Segue abaixo um trecho do Quadro I, para que todos possam visualizar a 
aplicação desta forma de cálculo:
A mesma NR 5, em seu Quadro II, define os agrupamento de setores 
econômicos segundo o CNAE.
O agrupamento C-1a (que aparece no trecho acima), por exemplo, é 
composto dos seguintes CNAE:
C-1a - MINERAIS:
19.21-7 (Fabricação de produtos do refino de petróleo), 19.22-5 (Fabricação 
de produtos derivados do petróleo,exceto produtos do refino); e 19.31-4 
(Fabricação de álcool).
No trecho exemplificativo do Quadro I acima podemos ver que, se a 
empresa se enquadra no agrupamento C-1a e possui menos de 20 
empregados não terá obrigação de constituir a CIPA.
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Neste caso, em substituição à CIPA, deverá haver designação, pelo 
empregador, de responsável pelo cumprimento dos objetivos da NR 5: é o 
empregado designado.
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa 
designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, 
podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, através 
de negociação coletiva.
Feitas as considerações, para evitar confusão do dimensionamento da 
CIPA com o do SESMT (NR 4), vamos traçar um paralelo entre as regras.
Conforme disposto na CLT e na NR 4, o dimensionamento dos SESMT 
vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total 
de empregados do estabelecimento:
4.2 O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da 
atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, 
constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas nesta 
NR.
Para facilitar a memorização da diferença existente entre a forma de 
dimensionamento dos órgãos de segurança e medicina do trabalho nas 
empresas:
Dimensionamento 
do SESMT
>
>
Gradação do risco da atividade 
principal_________________________
Número total de empregados do 
estabelecimento
Dimensionamento 
da CIPA
Número total de empregados do 
estabelecimento
Agrupamento do setor econômico 
segundo o CNAE__________________
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2.4. Organização da CIPA
A composição da CIPA inclui representação dos empregados e do
empregador, como vimos acima:
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos
empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta 
NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores 
econômicos específicos.
A ressalva que o item faz ao seu final diz respeito aos casos em que 
outras Normas Regulamentadoras estabeleçam regras específicas para 
determinados setores econômicos, como os já mencionados setores da 
indústria da construção e o setor portuário.
Sobre a forma de acesso dos membros da CIPA, a NR 5 dispõe que
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por 
eles designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos 
em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação 
sindical, exclusivamente os empregados interessados.
Já tratamos deste aspecto ao comentar a CLT: enquanto os
representantes do empregador são designados, os representantes dos 
empregados são eleitos.
Não se pode exigir filiação sindical para participação no processo eleitoral 
da CIPA, processo este que, como o item esclarece, não é de participação 
compulsório por parte de todos os empregados: participarão da eleição os que 
estejam interessados.
A NR também esclarece que a eleição recai sobre os representantes dos 
empregados que serão titulares e suplentes. A condição de titular ou de 
suplente dependerá da quantidade de votos recebidos.
O item 5.11 indica sobre quem recairá a presidência e vice-presidência 
da CIPA:
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, 
e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice- 
presidente.
Relembrando o quadro comparativo:
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Representantes dos empregados Representantes do empregador
São eleitos São designados
Entre eles é eleito o Vice- 
Presidente da CIPA
Entre eles é indicado, pelo empregador, 
o Presidente da CIPA
Possuem estabilidade provisória no 
___________ emprego____________
Não possuem estabilidade provisória no 
______________emprego______________
Acerca da posse dos membros da CIPA, a NR estabeleceu como devendo 
ocorrer no primeiro dia útil após o término do mandato anterior:
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no 
primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
Sobre a duração do mandato, a NR 5 repetiu a disposição celetista:
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, 
permitida uma reeleição.
Sobre a estabilidade provisória (ou garantia provisória de emprego) o 
texto também é o mesmo:
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito 
para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes
desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu 
mandato.
O objetivo da CIPA é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do 
trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a 
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Neste contexto, para evitar infortúnios no trabalho a CIPA poderá 
recomendar ao empregador medidas que, a par de cumprirem o objetivo da 
Comissão, podem representar custos ou diminuir o ritmo da produção, por 
exemplo.
A garantia provisória de emprego se destina a evitar que o membro 
atuante da CIPA, que recomende algo a contragosto do empregador, seja 
demitido sem justa causa como retaliação.
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Além da garantia provisória de emprego a NR também traz outro 
dispositivo que busca evitar a adoção de medidas do empregador que venham 
a prejudicar o cipeiro:
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não 
descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a 
transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência,
ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da 
CLT.
Vimos que a CIPA é constituída por estabelecimento, e a transferência do 
empregado para outro estabelecimento faria com que ele deixasse de vivenciar 
os possíveis problemas relacionados ao trabalho naquele local.
Os dispositivos celetistas citados no item 5.9 se relacionam à 
transferência do empregado:
CLT, art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua 
anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, (...).
§ 1° - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que 
exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, 
implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade 
de serviço.
§2 ° - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em 
que trabalhar o empregado.
Desta forma, apesar de proibir a transferência do cipeiro na vigência do 
seu mandato, a NR 5 preocupou-se em deixar explícito que não poderia ir de 
encontro à CLT, que nos casos dispostos acima autoriza esta alteração 
unilateral do contrato de trabalho.
Seguindo adiante, o item 5.10determina que os representantes do 
empregador (designados por este) também possam participar das discussões e 
encaminhamentos da CIPA:
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a 
representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de 
questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
Para auxiliar nas atividades da CIPA (elaboração de editais, avisos, 
comunicações, redação das Atas, etc.) deverá ser indicado secretário para a 
Comissão.
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Além do secretário, a NR exige indicação de substituto, de modo que a 
Comissão possa estar amparada com alguém que desenvolva estas atividades 
auxiliares necessárias ao bom funcionamento da CIPA:
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um 
secretário e seu substituto, entre os componentes ou não da comissão, 
sendo neste caso necessária a concordância do empregador.
Pela redação do item, caso o secretário não seja membro da CIPA o 
empregador deverá concordar com a indicação (pois será mais uma pessoa 
que participará das reuniões, deixando de exercer nestas oportunidades suas 
atribuições na empresa).
Caso o secretário e seu substituto sejam indicados entre os membros da 
CIPA, não haverá qualquer ingerência ou concordância do empregador.
Até o primeiro semestre de 2011, após os membros da CIPA tomarem 
posse, a empresa deveria providenciar o protocolo das atas de eleição e o 
calendário das reuniões ordinárias da Comissão na unidade descentralizada do 
MTE.
Em julho de 2011 tal dispositivo da NR 5 foi revogado:
5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até 
dez dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas 
de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias.
Atualmente não é mais necessário que a empresa protocolize tais 
documentos, mas deve mantê-los no estabelecimento, à disposição da 
fiscalização trabalhista:
5.14 A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas 
de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias, deve ficar 
no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e 
Emprego.
Adicionalmente, foi inserida na NR 5, também em julho de 2011, a 
obrigação de que a empresa disponibilize cópia da documentação (atas de 
eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias) ao sindicato 
obreiro, quando este solicite, e, também, aos membros eleitos da CIPA:
5.14.1 A documentação indicada no item 5.14 deve ser encaminhada ao 
Sindicato dos Trabalhadores da categoria, quando solicitada.
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5.14.2 O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos 
membros titulares e suplentes da CIPA, mediante recibo.
Voltando à questão do dimensionamento da CIPA, vimos que seu 
número de integrantes depende da quantidade de empregados do 
estabelecimento.
Pois bem. E se após a eleição dos representantes haja redução brusca na 
quantidade de empregados, isto fará com que os cipeiros sejam percam sua 
condição de membros da CIPA?
A resposta é negativa. Mesmo que haja redução no número de
empregados da empresa, a CIPA não poderá ter seu número de
representantes reduzido durante o mandato dos seus membros:
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem 
como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do 
mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de empregados 
da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do
estabelecimento.
Apesar da regra geral, o próprio item, ao seu final, trata de uma situação 
peculiar: a extinção do estabelecimento.
Caso, por motivos diversos, o estabelecimento no qual a CIPA foi 
constituída seja extinto, a CIPA deixará de existir independente do mandato de 
seus membros estar em vigor.
Sobre isto é interessante mencionar que, havendo extinção do
estabelecimento, nem mesmo a garantia provisória de emprego subsiste:
SÚMULA-339 CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 
(...)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas 
garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de 
ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica 
a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a 
indenização do período estabilitário.
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2.5. Atribuições
Neste tópico foram agrupadas as disposições da NR 5 sobre atribuições 
da CIPA, do empregador, dos empregados, do Presidente e Vice-Presidente e 
do Secretário da CIPA.
Atribuições da CIPA
Estas são as atribuições mais importantes para fins de prova. Vamos aos 
comentários pertinentes.
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de 
riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com 
assessoria do SESMT, onde houver;
Como o objetivo da CIPA é a prevenção de acidentes e doenças 
decorrentes do trabalho, a Comissão deve identificar os riscos existentes no 
ambiente laboral.
A alínea ressalta que a comissão deve contar com a participação do 
maior número de trabalhadores, pois estes, em contato diário com as 
instalações, maquinários e processo de trabalho é que poderão contribuir para 
a adequada identificação dos riscos existentes em seu posto de trabalho.
Ainda sobre esta atribuição é de se destacar que em versões anteriores a 
NR 5 estabelecia a metodologia para elaboração do mapa de riscos.
A versão atual da NR não mais estabelece estes critérios, trazendo 
apenas, de modo genérico, a atribuição da CIPA de elaborar tal Mapa.
Outro aspecto interessante a se considerar é que não podemos confundir 
a mencionada identificação dos riscos com realização de avaliações 
quantitativas.
As avaliações quantitativas que devam ser realizadas para dimensionar a 
exposição dos trabalhadores aos agentes insalubres (ruído, calor, poeiras, 
etc.), por exemplo, não se inserem nas atribuições da CIPA.
Esta tarefa - avaliações quantitativas - caberá a profissionais 
especializados, sendo este assunto discutido no estudo da NR 9 (PROGRAMA 
DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS).
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b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na 
solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;
Para organizar a atuação da Comissão e as atividades que esta irá 
desenvolver ao longo do tempo é importante que seja estabelecido plano de 
trabalho, sendo que este plano pode constar até mesmo de ata de reunião da 
CIPA (a NR 5 não exige nenhuma formalidade quanto a este plano de 
trabalho).
c) participar da implementação e do controle da qualidade das 
medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das 
prioridades de ação nos locais de trabalho;
Esta alínea trata da necessidade de que a CIPA esteja presente na 
implementação das medidas de prevenção, pois asmelhorias instaladas no 
ambiente de trabalho podem não surtir o efeito planejado, ou então podem 
acarretar efeitos outros que acabem gerando novos riscos.
O final do dispositivo fala em participar "da avaliação das prioridades de 
ação nos locais de trabalho". É que, identificadas as oportunidades de 
melhoria, nem sempre tudo poderá feito de forma imediata, então a CIPA irá 
contribuir com o empregador para a devida priorização das medidas a serem 
implementadas.
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de 
trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer 
riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
Esta alínea reforça o que já comentado anteriormente, no sentido de que 
cabe à CIPA identificar situações de risco no ambiente de trabalho. Esta 
atividade não é pontual, e sim periódica.
Quando a CIPA realiza tais verificações pode identificar situações que 
venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos empregados. Exemplos: 
falta de corrimão na rampa de acesso ao almoxarifado, desnivelamento do piso 
do depósito, falta de piso antiderrapante nos degraus da escada do setor de 
produção, etc.
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas 
fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que 
foram identificadas;
A Comissão faz reuniões ordinárias e, nestas, deve avaliar se as metas 
definidas em seu plano de trabalho foram ou não cumpridas.
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Nas reuniões também serão tratadas as situações de risco identificadas 
(conforme exemplificado na alínea anterior), para encaminhamento ao 
empregador.
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e 
saúde no trabalho;
Identificados os riscos existentes no local de trabalho, a CIPA deve 
divulgá-los aos trabalhadores, como forma de mantê-los informados sobre tais 
riscos e, também, como maneira de conscientizar a todos sobre a necessidade 
de adoção de medidas preventivas.
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas 
pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente 
e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos 
trabalhadores;
Relembrando, SESMT é o Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho, previsto na NR 4.
As mudanças de processo produtivo devem ser objeto de avaliação 
prévia, e se SESMT e empregador se reunirem para tratar do assunto, nada 
mais importante do que os membros da CIPA, que reúne os próprios 
empregados da empresa, participarem destas reuniões.
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a 
paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e 
iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
Vimos na alínea "d" que CIPA deve realizar, periodicamente, verificações 
nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações 
que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.
No caso específico da alínea "h", em estudo, a condição identificada, a 
juízo dos cipeiros, configura o risco grave e iminente à segurança e saúde dos 
trabalhadores.
Neste caso, portanto, a CIPA deve requerer ao SESMT (ou ao 
empregador) a paralisação da máquina.
Risco grave e iminente, segundo definição da NR 3 (EMBARGO OU 
INTERDIÇÃO), é condição ou situação de trabalho que possa causar acidente 
ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do 
trabalhador.
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Estes são casos em que caberia, portanto, a interdição ou embargo. O 
importante aqui é não confundir competências dos diversos agentes e órgãos 
envolvidos na segurança e saúde do trabalhador: a CIPA não interdita e não 
embarga, mas apenas vai requerer a paralisação ao empregador.
A competência para interditar e embargar é do Superintendente Regional 
do Trabalho e Emprego, que geralmente delega a atribuição para os Auditores- 
Fiscais do Trabalho (AFT).
Anda sobre o assunto, frise-se que este requerimento de paralisação 
feito pela CIPA ao empregador também não se confunde com o requerimento 
da interdição/embargo feito pelos agentes que a CLT arrola em seu art. 161, 
§2°:
CLT, art. 161, § 2° A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo 
serviço competente da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da 
inspeção do trabalho ou por entidade sindical.
Retornaremos a este assunto no estudo da NR 3 (EMBARGO OU 
INTERDIÇÃO).
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e 
de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
PPRA é o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, previsto na NR 
9, e PCMSO é o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, regulado 
pela NR 7.
Assim, caberá à CIPA não apenas colaborar no desenvolvimento de tais 
Programas, mas também na sua implementação.
Atente-se para o fato de que não é atribuição da CIPA elaborar ou 
implementar o PPRA e PCMSO: caberá a colaboração da Comissão na 
implementação dos Programas, cuja responsabilidade é do empregador.
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, 
bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, 
relativas à segurança e saúde no trabalho;
Existem diversas Normas Regulamentadoras (NR), e a CIPA deve 
divulgar as regras dispostas nestes normativos que se apliquem à realidade do 
estabelecimento.
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Também é possível que a negociação coletiva aplicável no 
estabelecimento, ou seja, a convenção coletiva de trabalho (CCT) ou acordo 
coletivo de trabalho (ACT) possua cláusulas sobre segurança e saúde do 
trabalhador.
Nestes casos, o que a alínea esclarece é que, havendo tais cláusulas na 
CCT ou ACT vigente, a CIPA deve divulgá-las e promover seu cumprimento.
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o 
empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de 
trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões 
que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
As doenças e acidentes ocorridos devem ser investigados, para que suas 
causas sejam identificadas e as medidas cabíveis adotadas a fim de evitar 
novos infortúnios no ambiente de trabalho.
Neste contexto, a CIPA também poderá requisitar ao empregador 
maiores detalhes que sirvam de subsídio para apurar possíveis agravos à 
saúde dos empregados.
Este dispositivo já foi explorado pelo CESPE:
(CESPE_SERPRO_ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO_2013) Uma 
das atribuições da comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) é 
analisar as informações requisitadas do empregador sobre questões que 
interferem na segurança e saúde dos trabalhadores.
Alternativa correta.
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
CAT é a sigla para Comunicação de Acidente de Trabalho, documento 
que deve ser emitido pela empresa quando haja algum acidente do trabalho ou 
doença profissional. De posse das cópias da CAT a CIPA poderá conhecer o 
perfil acidentário do estabelecimento.
A CAT será, inclusive,subsídio para a investigação de acidentes 
ocorridos, conforme disposto nas alíneas "l" e "m".
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o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a 
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
A SIPAT é mais uma iniciativa que objetiva criar a cultura prevencionista 
e o engajamento dos trabalhadores nesta temática.
A alínea fala em "em conjunto com o SESMT, onde houver" porque nem 
toda empresa estará obrigada a constituir o SESMT.
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas 
de Prevenção da AIDS.
Esta disposição é genérica, não havendo na redação da NR detalhes 
sobre como se desenvolverão tais campanhas.
Apesar de não haver relação direta com o trabalho julgou-se pertinente 
inserir tal disposição na NR 5 em face da quantidade alarmante de casos de 
contaminação pela AIDS.
Atribuições do empregador
Atribuição do empregador constante da NR 5, basicamente, é 
proporcionar os meios necessários para que os membros da CIPA possa 
desempenhar suas atribuições:
5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios 
necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo 
suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho.
Para fazer as reuniões, verificações no local de trabalho, planejamento 
da SIPAT, etc., os membros da Comissão devem ter tempo disponível durante 
o expediente, tempo este que deve ser proporcionado pelo empregador.
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Atribuições dos empregados
As atribuições dos empregados consistem basicamente me seu 
engajamento nas atividades e condutas prevencionistas, auxiliando a Comissão 
e seguindo suas recomendações:
5.18 Cabe aos empregados:
a) participar da eleição de seus representantes;
b) colaborar com a gestão da CIPA;
c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar 
sugestões para melhoria das condições de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à 
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
Abaixo uma questão que trata de atribuições dos diversos agentes 
envolvidos no funcionamento da CIPA:
(BIORIO_Engenheiro de Segurança do Trabalho_NUCLEP_2014) Em relação à 
CIPA, cabe aos empregados:
(A) constituir a comissão eleitoral.
(b ) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento.
(C) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA.
(D) proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho 
de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas 
constantes do plano de trabalho.
(E) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e 
apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho.
Gabarito (E), conforme item 5.18.
As demais alternativas trazem atribuições de outros agentes, como 
veremos neste tópico da aula.
Atribuições do Presidente da CIPA
O Presidente da CIPA, que será indicado pelo empregador dentre seus 
representantes (membros designados), deverá:
5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:
a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;
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b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, 
quando houver, as decisões da comissão;
c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;
Todas são atribuições de direção, que são facilmente associadas à figura 
do presidente da CIPA.
Nas reuniões a CIPA elabora suas atas, conforme veremos mais abaixo, e 
as decisões da comissão devem ser encaminhadas ao empregador para que 
este tome as medidas necessárias.
O fato de o presidente da CIPA ser representante do empregador facilita 
o cumprimento da alínea "c", pois a empresa indicará empregado que seja de 
sua confiança.
Atribuições do Vice-Presidente da CIPA
As atribuições do Vice-Presidente da CIPA são as mesmas dos vices em 
geral: basicamente substituir o Presidente em seus impedimentos eventuais ou 
temporários:
5.20 Cabe ao Vice-Presidente:
a) executar atribuições que lhe forem delegadas;
b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus 
afastamentos temporários;
Atribuições concorrentes do Presidente e Vice-Presidente da CIPA
Além de enumerar atribuições do Presidente e do Vice-Presidente, a NR 5 
também elencou no item 5.21 o que chamei de atribuições concorrentes, pois 
a Norma estabelece que as mesmas caberão aos ocupantes dos dois cargos 
"em conjunto":
5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as 
seguintes atribuições:
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a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o 
desenvolvimento de seus trabalhos;
b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os 
objetivos propostos sejam alcançados;
c) delegar atribuições aos membros da CIPA;
d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g) constituir a comissão eleitoral.
Neste item o principal cuidado, para fins de prova, será não confundir as 
atribuições conjuntas com as definidas nos itens 5.19 e 5.20.
Atribuições do Secretário da CIPA
As atribuições do secretário são bastante simples, consistindo em 
atividades auxiliares que se tornam necessárias para a formalização de atos 
praticados pela CIPA, como a redação das Atas das reuniões realizadas:
5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:
a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para 
aprovação e assinatura dos membros presentes;
b) preparar as correspondências; e
c) outras que lhe forem conferidas.
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2.6. Funcionamento da CIPA
Neste tópico da aula falaremos sobre disposições gerais da NR nos itens
5.23 a 5.31, sobre o funcionamento da Comissão, destacando as alterações 
havidas em seu texto no ano de 2011.
Os itens 5.23 e seguintes falam das reuniões ordinárias:
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário 
preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente 
normal da empresa e em local apropriado.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com 
encaminhamento de cópias para todos os membros.
5.26 As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização 
do Ministério do Trabalho e Emprego.
As reuniões ordinárias, portanto, são reuniões planejadas de acordocom 
calendário estabelecido, que deverá prever tais encontros de forma mensal.
Abaixo uma questão sobre o assunto:
(BIORIO_Engenheiro de Segurança do Trabalho_NUCLEP_2014) A CIPA, de 
acordo com o calendário preestabelecido, terá reuniões ordinárias:
(A) mensais.
(b ) bimestrais.
(C) trimestrais.
(D) anuais.
(E) semestrais.
O gabarito é (A).
De acordo com o cronograma, o Presidente irá convocar os membros 
para as reuniões da CIPA, e cada reunião irá gerar uma ata, redigida pelo 
secretário, onde constarão as deliberações e assuntos tratados.
O item 5.26, que determinava que as atas devessem ficar no 
estabelecimento à disposição dos Agentes de Inspeção do Trabalho, foi 
alterado em 2011, passando a vigorar com a redação acima transcrita.
A alteração foi realizada porque a nomenclatura deste cargo não é mais 
utilizada. Hoje o Regulamento de Inspeção do Trabalho (RIT) - Decreto
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4.552/2002 - menciona os Auditores-Fiscais do Trabalho e os Agentes de 
Higiene e Segurança do Trabalho.
Anteriormente os Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho 
analisavam tais atas, sendo hoje trabalho desenvolvido pelos Auditores-Fiscais 
do Trabalho. Esta distinção de atribuições interessa mais ao Direito do 
Trabalho, notadamente no estudo RIT.
Além das reuniões ordinárias, que são planejadas, há também previsão 
de realização de reuniões extraordinárias da CIPA:
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine 
aplicação de medidas corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitação expressa de uma das representações.
Deste modo, percebe-se que as reuniões extraordinárias, como o nome 
faz crer, não são realizadas conforme cronogramas pré-estabelecidos: elas 
deverão ser realizadas quando situações anormais ocorrerem.
Reuniões ordinárias Reuniões extraordinárias
Reuniões planejadas (calendário 
preestabelecido) com periodicidade 
mensal.
Devem acontecer nos casos 
excepcionais descritos no item 5.27 - 
denúncia de situação de risco grave e 
iminente, ocorrência de acidente do 
trabalho grave ou fatal ou por 
solicitação expressa de uma das 
representações._____________________
A questão abaixo demanda o conhecimento do item 5.27 e alíneas:
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(COPEVE_Engenheiro de Segurança do Trabalho_CASAL_2014) A Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, cuja Norma Regulamentadora de 
N° 05 objetiva a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, 
preconiza que deverão ser realizadas reuniões ordinárias e extraordinárias.
Em seu item 5.27 preconiza que deverão ser realizadas reuniões 
extraordinárias
A) quando houver reclamação trabalhista.
B) quando ocorrer incidente no trabalho.
C) quando não houver reunião ordinária.
D) no final de vigência da CIPA anterior.
E) quando houver solicitação expressa de uma das representações.
Gabarito (E).
O item seguinte, 5.28, menciona que as decisões da CIPA devem ser 
tomadas preferencialmente por consenso (convenhamos, é um dispositivo que 
não agrega nada):
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
No subitem seguinte, caso não se obtenha o consenso, a NR prevê 
votação para a tomada de decisão:
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta 
ou com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a 
ocorrência na ata da reunião.
A NR não estabelece quem poderá fazer a mediação indicada no item 
5.28.1; deste modo fica aberta a possibilidade de se indicar qualquer pessoa 
de comum acordo com as representações na CIPA.
Neste tópico a NR 5 também trata da questão de perda do mandato, 
que irá acontecer se o membro da CIPA faltar a mais de 4 reuniões ordinárias 
sem justificativa:
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, 
quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
A questão abaixo se fundamenta no item 5.30:
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(IDECAN_Tecnologista em Engenharia de Segurança do Trabalho_CNEN_2014) 
A CIPA de uma usina nuclear fez cumprir as normas e substituir de forma 
definitiva um dos membros por um suplente. Tal substituição ocorre devido 
à(s)
A) demissão sem justa causa do vice-presidente.
B) divergências sucessivas do membro titular com os demais membros.
C) participação do suplente em quatro reuniões ordinárias consecutivas.
D) ausência do membro titular, sem justificativa prévia, por mais de dez dias 
de trabalho.
E) ausência do membro titular, sem justificativa prévia, por mais de quatro 
reuniões ordinárias.
Gabarito (E).
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida 
por suplente, obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata 
de eleição, devendo os motivos ser registrados em ata de reunião.
Assim, caso o membro da CIPA falte injustificadamente a mais de quatro 
reuniões, perderá seu mandato, e um dos suplentes, obedecido o critério 
estipulado no item 5.31, assumirá em seu lugar.
Este procedimento deve estar registrado em ata de reunião. Até 2011 
havia obrigação de se comunicar tais alterações ao MTE, mas o dispositivo foi 
alterado para evitar burocracias desnecessárias (é o mesmo raciocínio pelo 
qual foi alterado o item 5.14, que obrigava as empresas a providenciar o 
protocolo das atas de eleição e o calendário das reuniões ordinárias da 
Comissão na unidade descentralizada do MTE):
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida 
por suplente, obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata 
de eleição, devendo o empregador comunicar à unidade descentralizada do 
Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justif icar os motivos.
Sobre os casos em que haja afastamento definitivo do Presidente ou 
Vice-Presidente a CIPA a NR 5 dispõe que
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador 
indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros 
da CIPA.
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros 
titulares da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre 
seus titulares, em dois dias úteis.
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Percebam que, no caso do presidente, existe até mesmo a possibilidade 
de o empregador designar outro empregado que nem mesmo integrava a CIPA 
para a nova presidência da Comissão.
No caso do vice-presidente não existe esta possibilidade, até porque os 
membros devem ser eleitos.
Quanto a esta última possibilidade, é de ressaltar que algumas vezes 
poucos empregados podem ter participado do processo eleitoral e, com isso, 
haverá um número reduzido de suplentes.
Caso algum membro da representação dos empregados perca o mandato 
e não haja suplente parasubstituí-lo, deverá ser realizada eleição 
extraordinária.
Esta previsão não constava na redação original da NR, tendo sida 
inserida em 2011 (juntamente com outras que iremos detalhar em momento 
oportuno):
5.31.3 Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador 
deve realizar eleição extraordinária, cumprindo todas as exigências 
estabelecidas para o processo eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem 
ser reduzidos pela metade.
5.31.3.1 O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário 
deve ser compatibilizado com o mandato dos demais membros da Comissão.
5.31.3.2 O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve 
ser realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da 
posse.
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2.7. Treinamento da CIPA
Os membros da CIPA são empregados do estabelecimento, que na 
maioria das vezes não possuem formação ou experiência na área de segurança 
e saúde no trabalho.
Neste contexto, e para viabilizar o cumprimento da missão da CIPA, a NR 
5 prevê que, antes da posse, os membros da CIPA (titulares e suplentes) 
devem ser treinados:
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, 
titulares e suplentes, antes da posse.
Para a CIPA recém constituída no estabelecimento a NR flexibilizou esta
regra:
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo 
máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
Ainda sobre o momento do treinamento, é interessante relembrar o que 
foi mencionado no item anterior (alteração de 2011), sobre o treinamento do 
empregado que foi alçado à CIPA por meio de eleição extraordinária:
5.31.3.2 O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve 
ser realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da 
posse.
A NR também trata, neste tópico de treinamento, dos casos em que o 
estabelecimento, em virtude do Quadro I, não esteja obrigado a constituir a 
CIPA:
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão 
anualmente treinamento para o designado responsável pelo cumprimento 
do objetivo desta NR.
Relembrando o item sobre o designado:
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa 
designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo 
ser adotados mecanismos de participação dos empregados, através de 
negociação coletiva.
Mais adiante a NR trata do conteúdo mínimo do treinamento a ser 
ministrado aos membros da CIPA:
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5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes 
itens:
a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos 
originados do processo produtivo;
b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;
c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos 
riscos existentes na empresa;
d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e medidas 
de prevenção;
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à 
segurança e saúde no trabalho;
f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das 
atribuições da Comissão.
Como se verifica, o item 5.33 exige que o treinamento contemple 
assuntos que subsidiem o alcance do objetivo da CIPA, que é
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo 
a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a 
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a 
promoção da saúde do trabalhador.
Quanto aos riscos existentes e medidas de controle, é importante que o 
treinamento da CIPA envolva o estudo do Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA) do estabelecimento.
Além do conteúdo mínimo, o tópico também dispõe sobre a carga horária 
e outras regras acerca do treinamento dos membros da CIPA:
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no 
máximo oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da 
empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade 
patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua 
conhecimentos sobre os temas ministrados.
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5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto 
à entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em 
ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o 
treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados 
ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e 
Emprego, determinará a complementação ou a realização de outro, que será 
efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da 
empresa sobre a decisão.
Deste modo nota-se que não há obrigação de o treinamento ser realizado 
pelo próprio SESMT da empresa: apesar de desejável, a NR 5 permite que o 
empregador defina quem ministrará o treinamento.
Se o treinamento tiver carga horária reduzida, não tiver contemplado 
todos os assuntos mínimos exigidos ou tiver sido realizado com qualquer outro 
vício que caracterize descumprimento da NR 5, o AFT, na ação fiscal, irá 
determinar a complementação ou a realização de outro.
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2.8. Processo Eleitoral da CIPA
Para que os representantes dos empregados na CIPA sejam eleitos pelos 
próprios empregados do estabelecimento, deve ser realizado processo eleitoral 
para a escolha destes membros da Comissão.
A fim de divulgar o processo eleitoral, caberá ao empregador convocar 
tais eleições:
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos 
representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) 
dias antes do término do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do 
processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
Fazendo um link com o tópico anterior, é necessária esta antecedência 
para que, escolhidos os membros, a empresa tenha tempo suficiente para 
promover o treinamento deles antes da posse.
Convocadas as eleições pelo empregador, caberá à presidência da CIPA 
constituir a Comissão Eleitoral entre os membros da própria Comissão:
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus 
membros, no prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do 
mandato em curso, a Comissão Eleitoral - CE, que será a responsável pela 
organização e acompanhamento do processo eleitoral.
Quando um estabelecimento não era obrigado a constituir CIPA e passou 
a ser, a NR traz a seguinte solução:
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será 
constituídapela empresa.
O item seguinte, 5.40, enumera uma série de requisitos que devem ser 
observados no processo eleitoral para escolha dos representantes dos 
empregados na CIPA:
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, 
no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato 
em curso;
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Deve ser dada ampla divulgação, com prazo mínimo de 45 dias, para que 
os empregados saibam do processo e possam participar do mesmo, inclusive 
se candidatando.
b) inscrição e e le ição ind iv idua l, sendo que o período mínimo para inscrição 
será de quinze dias;
Cada empregado que quiser se candidatar deverá fazê-lo de forma 
individual e, se eleito, também o será de forma individual. Nesta linha, não 
caberá aqui a eleição por chapas.
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, 
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de 
comprovante;
Aqui é reforçada a ideia de que a participação dos empregados nas 
eleições é livre, não se podendo estabelecer impedimentos para as 
candidaturas.
Para a comprovação de que o empregado se candidatou, a NR exige que 
seja concedido a ele comprovante de inscrição no processo eleitoral.
d) garantia de em prego para todos os inscritos até a eleição;
Não podemos confundir esta regra com o disposto no ADCT: aqui está se 
tratando de todos os empregados inscritos, enquanto no ADCT se trata dos 
empregados eleitos:
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o 
art. 7°, I, da Constituição:
(...)
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado e le ito para cargo de direção de comissões internas de 
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após 
o final de seu mandato:
(...)
Sendo assim, se o empregado é eleito, a garantia provisória de emprego 
dar-se-á desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu 
mandato.
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Se ele se candidatou mas não foi eleito, a garantia de provisória de 
emprego perdurará desde o registro de sua candidatura até o dia da eleição.
e) rea lização da e le ição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do 
término do mandato da CIPA, quando houver;
A efetiva realização da eleição, portanto, deve se dar no mínimo 30 dias 
antes do término do mandato em curso.
Compilando os prazos vistos até agora:
Dias de antecedência para o término do mandato em curso
60 55 45 30 D
Convocação
das
eleições
Constituição
da
Comissão
Eleitoral
Publicação
e
divulgação 
do edital
Realização 
da eleição
Término do 
mandato da 
CIPA em 
curso
> > > > > > linha do tem po > > > > > >
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de 
turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
Esta alínea pretende impedir que o empregador, preocupado em não 
perder horas de trabalho, convoque eleições fora do expediente ou em dias 
não úteis.
g) voto secre to ;
O empregado que desejar pant icipar da votação fará a sua escolha de 
modo secreto, devendo, portanto, a eleição ser planejada de modo que o meio 
utilizado para a votação (cédulas e urnas) não permita seu devassamento.
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento 
de representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido 
pela comissão eleitoral;
Assim como a votação, a apuração também se dará em horário normal 
de trabalho. O acompanhamento dos representantes previsto na alínea visa a 
evitar fraudes na apuração.
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos:
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Caso seja possível o uso de meios eletrônicos, a comissão eleitoral 
poderá lançar mão desta possibilidade. Deve-se atentar, claro, para a lisura do 
procedimento.
j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por 
um período m ín im o de cinco anos.
A guarda da documentação é importante para que se possa apurar, 
posteriormente, alguma denúncia de fraude ou até mesmo a verificação de 
irregularidades que possam ter ocorrido no processo eleitoral, como o 
descumprimento dos prazos mínimos previstos na NR 5.
Vistas as regras constantes do item 5.40, passemos agora aos 
dispositivos finais relacionados ao processo eleitoral da CIPA.
Não é obrigatória a participação de todos os empregados na eleição de 
seus representantes na CIPA, mas a NR 5 estabeleceu um limite mínimo de 
participantes que, se desrespeitado, invalida o processo eleitoral:
5.41 Havendo participação in ferio r a cinqüenta por cento dos empregados 
na votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá 
organizar outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
Sobre eventuais fraudes e a possibilidade de denúncia, consta da NR que
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na 
unidade descentralizada do MTE, até trin ta d ias após a data da posse dos 
novos membros da CIPA.
5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e 
Emprego, confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua 
correção ou proceder a anulação quando for o caso.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de 
cinco dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará 
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a 
complementação do processo eleitoral.
Foi estabelecido prazo para protocolo de denúncias com vistas a 
apuração célere do fato denunciado que, conforme a gravidade, pode invalidar 
o processo eleitoral.
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De ordem prática, é de se notar que anular a eleição antes que os eleitos 
tomem posse traz menos transtornos do que uma anulação após os mandatos 
já estarem em vigor.
Sobre o resultado da eleição, temos o seguinte:
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos 
m ais vo tados.
5.44 Em caso de em pate, assumirá aquele que tiver m aior tem po de 
serv iço no estabelecimento.
Abaixo uma questão de prova:
(FUNCAB_Técnico de Segurança do Trabalho_SESACRE_2014) No processo 
eleitoral dos representantes dos empregados na CIPA, a NR 5 estabelece que, 
em caso de empate na eleição, assumirá o cargo aquele que tiver maior:
A) conhecimento dos riscos no estabelecimento.
B) experiência no posto de trabalho.
C) idade.
D) quantidade de cursos.
E) tempo de serviço no estabelecimento.
Gabarito (E).
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição 
e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeaçãoposterior, em caso de vacância de suplentes.
Como disposto no item 5.43, irão assumir como titulares e suplentes os 
candidatos mais votados.
Se a eleição ocorreu em um estabelecimento hipotético com 25 
empregados, cujo CNAE o enquadra no grupo C-2, a representação dos 
empregados terá 1 membro efetivo e 1 membro suplente: o candidato mais 
votado será o titular o e segundo mais votado será o suplente.
Abaixo trecho do Quadro 1 onde se pode visualizar o exemplo do 
parágrafo anterior:
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E fetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
S u p len tes 1 1 3 3 3 3 3 4 S S 9 12 2
C-2
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S u p len tes J I 2 7 3 3 4 4 5 0 7 9 i
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2.9. Regras quanto à integração das CIPA
Com este tópico encerramos a parte teórica da aula.
Em face da disposição física diferentes empresas podem estar instaladas 
em um mesmo local, como os condomínios industriais, galerias, shopping 
centers e outros arranjos.
Nestes casos a NR 5 definiu que deve haver m ecanism os de 
in tegração entre as CIPA ou designados:
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, 
através de membros de CIPA ou designados, m ecanism os de in tegração 
com objetivo de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de 
acidentes e doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, 
podendo contar com a participação da administração do mesmo.
Já em relação aos casos em que, no mesmo estabelecimento, laboram 
empregados da empresa principal e de prestadoras de serviços, a NR 5 
estipulou o seguinte:
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo 
estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em 
conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir m ecanism os 
de in tegração e de participação de todos os trabalhadores em relação às 
decisões das CIPA existentes no estabelecimento.
Assim, vemos que nem sempre haverá apenas uma CIPA por 
estabelecimento: havendo várias empresas, poderemos identificar mais de 
uma CIPA para o mesmo local.
Neste aspecto, a própria NR deixa claro que, em relação às prestadoras 
de serviço (limpeza, vigilância, etc.), estabelecimento será o local em que seus 
empregados exerçam suas atribuições:
5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, 
considera-se estabelecim ento, para fins de aplicação desta NR, o local em 
que seus empregados estiverem exercendo suas atividades.
O item seguinte, da mesma maneira, reforma a necessidade de 
integração entre as CIPA de contratante e as contratadas:
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5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, 
deverão implementar, de form a integrada, medidas de prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a 
garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos 
os trabalhadores do estabelecimento.
Em geral a contratante é uma empresa maior, com patrimônio e recursos 
superiores aos das contratadas. Apesar disto, não pode haver diferença entre 
os cuidados em matéria de segurança e saúde no trabalho, de modo que todos 
os empregados que atuem no estabelecimento laborem em condições 
adequadas.
Atenta a isso, a NR 5 prevê que:
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as 
empresas contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores 
lotados naquele estabelecimento recebam as informações sobre os riscos 
presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção 
adequadas.
5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para 
acom panhar o cum prim ento pelas empresas contratadas que atuam no seu 
estabelecimento, das m edidas de segurança e saúde no traba lh o .
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3. Questões Comentadas
1. (AOCP_TECNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO_CASAN/SC_2009) O 
dimensionamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de uma 
Empresa é feito levando em consideração
(A) o número de empregados da Empresa e o Grau de Risco da Empresa.
(b ) o número de empregados da Empresa e o Agrupamento de setores 
econômicos pela Classificação Nacional das Atividades Econômicas - CNAE, a 
que ela pertence.
(C) o número total de empregados do estabelecimento e ao número de 
participantes da CIPA da empresa.
(D) ao número de empregados participantes da empresa e ao grupamento de 
trabalho do Código Brasileiro de Ocupação.
(E) a gradação do risco da atividade secundária e ao número de empregados
do SESMT da Empresa._________________________________________________
O gabarito foi (B).
Como foi destacado ao longo da aula, o dimensionamento da CIPA 
envolve o número de empregados do estabelecimento e o agrupamento do 
setor econômico em que se inclui o CNAE do mesmo (C-1, C-2, etc.)
Trouxe esta questão para destacar essa diferenciação entre o 
dimensionamento da CIPA e do SESMT, este sim, que considera o grau de risco 
da atividade principal.
O porém da questão ficou por conta da quantificação dos empregados, 
que é por estabelecimento, e não pelo total existente na empresa. Em 
verdade, essa questão deveria ter sido anulada.
Núm ero tota l de empregados do 
estabelecimento
Agrupam ento do setor econômico 
segundo o CNAE__________________
Gradação do risco da atividade 
principal_________________________
Núm ero tota l de empregados do 
estabelecimento>
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2. (13° Concurso para Procurador do Trabalho_Ministério Público do
Trabalho_2007) Quanto à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - 
CIPA:
I - devem constituir CIPA e mantê-la em funcionamento os órgãos da 
administração direta que sejam empregadores;
II - o membro da CIPA exercente de cargo de confiança poderá ser transferido 
para outro estabelecimento, em caso de real necessidade de serviço, mesmo 
sem a sua anuência;
III - a CIPA poderá ser desativada ou ter seu número de representantes 
reduzido pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros,

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