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Ultrassonografia Veternária

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U l t r a s s o n o g r a f i a V e t e r i n á r i a 
 
 
Bases físicas do ultrassom 
» Um aparelho de ultrassonografia (ecografia) é 
composto por um transdutor, também conhecido 
por onda ou probe, um monitor e um software. 
» O transdutor contém um cristal (ou cristais) 
piezoelétrico que vibra ou pulsa ao receber 
impulso elétrico, emitindo ondas de ultrassom. 
Efeito piezoelétrico é quando há conversão de uma 
energia em outra (elétrica mecânica). 
» Em íntimo contato com a pele do paciente, o som 
atravessa as diferentes interfaces biológicas do 
mesmo as quais emitem eco que é captado pelo 
próprio transdutor. 
» A onda sonora (eco) captada é transformada em 
pulso elétrico, determinando imagem em pontos 
sucessivos na tela do aparelho. 
» A profundidade que o som alcança depende da 
frequência do transdutor. 
 
Propagação do ultrassom 
» Sempre que o ultrassom incide em interfaces 
teciduais de diferentes impedâncias acústicas, uma 
parte é refletida (eco) e outra parte é refratada para 
o outro meio (transmitida). 
» Impedância acústica é a resistência oferecida pelo 
tecido à passagem do som. 
» Quanto maior a diferença de impedância acústica, 
maior a reflexão. 
» Atenuação é a redução da amplitude do feixe 
sonoro, que pode ser reflexão, dispersão ou 
absorção. 
» Quanto maior a distância percorrida, maior a 
atenuação. 
» Quanto maior a frequência, maior a atenuação. 
» Os líquidos causam pouca atenuação (conceito de 
janela acústica). 
» A velocidade de propagação do som nos tecidos 
vivos é 1.540 m/s. 
 
Frequência 
» É definida como o número de vezes que uma onda 
é repetida (ciclos) por segundo. 
» Aplicações gerais: de 2,5 a 12 MHz. 
» Quanto maior a frequência: maior a resolução 
espacial, resultando em uma imagem melhor, com 
detalhes; menor o comprimento da onda, 
resultando numa menor penetração. 
» Frequências mais utilizadas: 3,5 MHz 
(profundidade entre 0 e 20 cm); 5,0 MHz 
(profundidade entre 0 e 16 cm); 7,5 MHz 
(profundidade entre 0 e 6 cm). 
 
Comprimento de onda 
» É a distancia que a onda percorre durante 1 ciclo. 
» Quanto menor o comprimento de onda, maior a 
frequência e melhor a resolução. 
» Sons de alta frequência são mais atenuados que 
sons de baixa frequência, atingindo menor 
profundidade. 
Ex.: transdutores de alta frequência (7.5 MHz) são 
mais indicados para exame abdominal de 
estruturas superficiais, em felinos e cães de 
pequeno porte. Enquanto os de baixa frequência (< 
5 MHz) são mais utilizados para cães de porte 
médio e grande. 
 
Ecogenicidade 
» Capacidade de diferentes estruturas em refletir as 
ondas de ultrassom, gerando ecos. 
» O parênquima dos órgãos e tecidos são 
visualizados em vários graus de tons de cinza, 
relativamente constantes de animal para animal. 
» As doenças difusas podem alterar a ecogenicidade 
normal de um órgão. 
» Anecóico: ausência de ecos (preto). 
» Hipoecóico: ecos esparsos, reflexão intermediária 
(cinza escuro). 
 
← → 
 
» Ecogênico: presença de ecos (cinza claro). 
» Hiperecóico: ecos brilhantes, estruturas altamente 
reflexivas (branco). 
» Ecogenicidade mista. 
» Isoecóico: estruturas com a mesma ecotextura 
(aparência superficial e profunda do órgão) ou 
ecogenicidade. 
» Ecogenicidade dos tecidos e fluidos corporais em 
ordem crescente: bile/urina → medula renal → 
córtex renal → fígado → baço → próstata. 
 
Modo B (brilho/bidimensional) de processamento da 
imagem 
» A intensidade do eco é visualizada como um ponto 
luminoso em um monitor. 
» Quanto maior reflexão, maior brilho. 
» As diferentes intensidades de brilho determinam, 
em uma escala de cinza, diversas ecogenicidades. 
» A imagem de retorno é continuamente atualizada 
pelo computador, para fornecer uma imagem 
bidimensional (2D), que é uma imagem dinâmica 
ou em tempo real. 
 
Artefatos 
» Reverberação: imagem de linhas ecogênicas 
sucessivas, paralelas à superfície da pele, 
determinadas pela repetição do eco devido a ar ou 
gás na trajetória do ultrassom. 
» Sombra acústica: zona anecóica determinada por 
estrutura hiperecóica que impede a progressão do 
ultrassom nos tecidos, refletindo-o completamente. 
Ex.: cálculo urinário – hiperecóico (determina 
sombra limpa), cólon com gases (determina sombra 
suja). 
» Reforço posterior: uma estrutura anecóica 
(conteúdo liquido) conduz muito bem o som, 
fazendo com que este chegue com muita 
intensidade nos tecidos posteriores à mesma, 
determinando imagem hiperecóica. 
Ex.: bexiga com urina. 
 
 
 
 
» Sombra de borda: sombra acústica distal à 
estrutura arredondada, causada pela refração das 
ondas sonoras. 
» Imagem de espelho: imagem dupla de uma 
estrutura, causada por interface arredondada, 
altamente reflexiva. 
Ex.: diafragma em relação aos pulmões, o que 
poderá determinar imagem do fígado posterior ao 
diafragma, além da imagem normal, anterior ao 
mesmo. 
 
Vantagens da ultrassonografia 
» Método não invasivo. 
» Não emprega radiação ionizante. 
» Normalmente não requer anestesia. 
» Rápido e dinâmico, pois possibilita a avaliação da 
motilidade (gastrointestinal e fetal) e da função 
cardíaca. 
» Serve como guia de biópsia, punção e de bloqueio 
anestésico. 
 
Limitações da ultrassonografia 
» Método operador dependente. 
» Pouco especifico em doenças infiltrativas dos 
órgãos parenquimatosos. 
» Impedimentos naturais à passagem do feixe sonoro 
(ar, osso e gordura). 
 
Ultrassonografia abdominal 
» Como método de diagnóstico primário: gestação; 
discriminação de massas císticas x sólidas; detecção 
de liquido livre em cavidade peritoneal; localização 
de cálculos não radiopacos no interior dos órgãos. 
» Como método de diagnóstico complementar: 
enfermidades que acometem órgãos e estruturas 
abdominais (avaliação da topografia, contornos, 
margens, forma, dimensões, arquitetura, brilho e 
presença de formações). 
» Monitoramento de tratamento. 
» Guia de biópsia e centese.

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