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ESTUDO DIRIGIDO CURSO: Ciências Biológicas DISCIPLINA: Palentologia/Microfósseis SEMESTRE: 2/2017 PERÍODO: 8º PROFESSOR(A): Agizano DATA: 17/11/17 ALUNO: OBJETIVO: Trabalho Micropaleontologia é uma especialização dentro da Paleontologia que estuda os microfósseis, que são fósseis de organismos unicelulares ou multicelulares muito pequenos ou ainda, partes microscópicas de organismos maiores que necessitam de aumento, para seu estudo. Que pode ser obtido através de lupas, microscópios ópticos e microscópicos eletrônicos. A designação microfóssil é aplicada a fósseis de organismos que, no seu estado adulto, têm menos 1-2 mm de dimensção máxima ou a partes isoladas (dentes, ossículos, carapaças, etc.) de organismos maiores. Contudo, alguns fósseis com dimensções maiores (4 ou 5 mm) também recebem esta designação, e são estudados na Micropalentologia com o auxílio de microscópios ou lupas. Dada à constituição química são distribuídos em diferentes grupos de microfósseis: Microfósseis carbonáticos: carapaças de foraminíferos (organismo unicelular), valvas de ostracodes (organismo multicelular), espículas de esponjas calcárias (organismo multicelular), cocolitoforídeos (algas unicelulares). Microfósseis fosfáticos: elementos conodontes (dentículos 0,2 a 6mm constituídos de fluorapatita carbonática), pequeníssimos dentes de peixes, roedores. Microfósseis silicosos: radiolários (organismo unicelular), frústulas de diatomáceas (algas unicelulares), espículas de esponjas silicosas, etc. Microfósseis orgânicos: quitinozoários, pólen, esporos, cutículas vegetais, cistos de dinoflagelados, escolecodontes (estruturas do aparelho bucal de poliquetos). Nanofósseis tem abundância excelente, indicam produtividade primária, havendo, ainda, outras potencialidades para a paleoceanografia e paleoclimatologia, devido ao papel que desempenharam na regulação climática durante o Cenozóico. Já os foraminíferos, além do grande potencial bioestratigráfico, têm, ainda, imensa aplicabilidade paleoceanográfica, pois são importantes indicadores batimétricos e marcadores de massas d’água devido à sensibilidade de algumas espécies à temperatura. Os ostracodes têm apresentado, nos últimos anos, crescente aplicação em paleoceanografia. Além do vasto espectro de ocorrência e abundância nos ambientes marinhos, existem táxons viventes com grande distribuição temporal, permitindo correlações atualísticas confiáveis. Isótopos estáveis, mais utilizados nas pesquisas, recebem esta denominação porque a configuração dos seus núcleos não muda através do decaimento radioativo. Pode-se dizer que, através dos sinais isotópicos em testas de foraminíferos planctônicos e bentônicos, avalia-se a eficiência. Os elementos-traço e os isótopos estáveis podem ser analisados de forma concomitante no mesmo grupo fóssil ou em grupos distintos. Como os fósseis são restos ou vestígios de organismos do passado, que surgiram e se extinguiram em momentos definidos da história da Terra, é possível fazer a datação relativa das rochas em que ocorrem, e estabelecer correlações (isto é correlações cronológicas temporais) entre rochas de locais distantes que apresentem o mesmo conteúdo fossilífero. O estudo dos fósseis e a sua utilização como indicadores de idade das rochas são imprescindíveis, por exemplo, para a prospecção e exploração de recursos minerais tais como o carvão e o petróleo. Devido à pequena dimensão, grande abundância e ampla distribuição geográfica (especialmente no caso de organismos planctônicos), os microfósseis são considerados especialmente úteis como marcadores bioestratigráficos, ou seja, como elementos de datação das sequências rochosas. Referência: BERGUE, Cristianini Trescastro; COIMBRA, João Carlos. Abordagens faunísticas e geoquímicas em microfósseis calcários e suas aplicações à paleoceanografia e paleoclimatologia. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Naturais, v. 3, n. 2, p. 115-126, 2008.
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