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Consulta e Prescricao de Enfermagem Aspectos Eticos e Legais

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CONSULTA E PRESCRIÇÃO DE 
ENFERMAGEM: ASPECTOS 
ÉTICOS E LEGAIS
Cláudio Márcio de Oliveira Leal
Procurador-Geral COREN-PI
TÓPICOS DA PALESTRA
 Introdução
 Conceituação:
 a) Aspectos Éticos
 b) Aspectos Legais
 Visão Holística x Visão Cartesiana
 Humanização da Prática de Enfermagem
CONSULTA DE ENFERMAGEM 
 É a atividade privativa do Enfermeiro, que utiliza 
componentes do método científico para identificar 
situações de saúde/doença, prescrever e 
implementar medidas de Enfermagem que 
contribuam para a promoção, prevenção, proteção 
da saúde, recuperação e reabilitação do indivíduo, 
família e comunidade. (COFEN, 1993)
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
 É o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro, 
que direciona e coordena a assistência de 
Enfermagem ao paciente de forma individualizada e 
contínua, objetivando a prevenção, promoção, 
proteção, recuperação e manutenção da saúde.
ÉTICA
 Instrumento social orientador do comportamento 
humano, para determinar o que se deve fazer para 
conseguir a “boa vida”, o “bem estar” das pessoas 
vivendo em sociedade” 
(OGUISSO, SCHMIDT, 2007 p.73).
 Ética é um conjunto de valores morais e princípios 
que norteiam a conduta humana na sociedade. A 
ética serve para que haja um equilíbrio e bom 
funcionamento social, possibilitando que ninguém 
saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não 
possa ser confundida com as leis, está relacionada 
com o sentimento de justiça social.
LEGAL
 Legal: Conforme ou relativo à Lei.
 Nosso senso moral inato pode nos levar a praticar boas 
ações. Mas é inegável que o conhecimento das normas 
do dever facilita o seu cumprimento. 
ASPECTOS ÉTICOS DA CONSULTA E 
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
RESOLUÇÃO COFEN 311/2007 
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE 
ENFERMAGEM
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
 A enfermagem é uma profissão comprometida com a 
saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e 
coletividade.
 A Ética no exercício da enfermagem é tanto um direito 
como um dever do profissional.
DIREITOS
 Art. 1º - Exercer a enfermagem com liberdade, 
autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e 
princípios legais, éticos e dos direitos humanos.
 Art. 10 - Recusar-se a executar atividades que não sejam 
de sua competência técnica, científica, ética e legal ou 
que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, 
família e coletividade.
 Art. 37 - Recusar-se a executar prescrição 
medicamentosa e terapêutica, onde não conste a 
assinatura e o número de registro do profissional, exceto 
em situações de urgência e emergência.
 Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá 
recusar-se a executar prescrição medicamentosa e 
terapêutica em caso de identificação de erro ou 
ilegibilidade.
DEVERES 
 Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência 
técnica, científica, ética e legal e somente aceitar 
encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho 
seguro para si e para outrem.
 Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da 
profissão.
 Art. 49 - Comunicar ao Conselho Regional de 
Enfermagem fatos que firam preceitos do presente 
Código e da legislação do exercício profissional.
DEVERES 
 Art. 50 - Comunicar formalmente ao Conselho Regional 
de Enfermagem fatos que envolvam recusa ou 
demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela 
necessidade do profissional em cumprir o presente 
Código e a legislação do exercício profissional.
 Art. 52 - Colaborar com a fiscalização de exercício 
profissional.
 Art. 56 - Executar e determinar a execução de atos 
contrários ao Código de Ética e às demais normas que 
regulam o exercício da Enfermagem.
PROIBIÇÕES
 Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato 
cirúrgico, exceto nos casos previstos na legislação 
vigente e em situação de emergência.
 Art. 56 - Executar e determinar a execução de atos 
contrários ao Código de Ética e às demais normas que 
regulam o exercício da Enfermagem.
 Art. 59 - Negar, omitir informações ou emitir falsas 
declarações sobre o exercício profissional quando 
solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem.
PROIBIÇÕES
 Art. 73 - Trabalhar, colaborar ou acumpliciar-se com 
pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem princípios 
e normas que regulam o exercício profissional de 
enfermagem.
 Art. 80 - Delegar suas atividades privativas a outro 
membro da equipe de enfermagem ou de saúde, que 
não seja enfermeiro.
 Art. 113 - Considera-se infração ética a ação, omissão 
ou conivência que implique em desobediência e/ou 
inobservância às disposições do Código de Ética dos 
Profissionais de Enfermagem.
ARTIGOS FUNDAMENTAIS DO CÓDIGO 
DE ÉTICA
 Art. 9º - Praticar e/ou ser conivente com crime, 
contravenção penal ou qualquer outro ato que 
infrinja postulados éticos e legais.
 Art. 49 - Comunicar ao Conselho Regional de 
Enfermagem fatos que firam preceitos do presente 
Código e da legislação do exercício profissional.
ASPECTOS LEGAIS DA CONSULTA E 
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
Constituição Federal
 Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais
 Capítulo I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos 
 Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a 
lei estabelecer;
ASPECTOS LEGAIS DA CONSULTA E 
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
Constituição Federal
 Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Capítulo II
Dos Direitos Sociais
 Art. 6° - São direitos sociais a educação, a saúde, o 
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência 
social, à proteção à maternidade e a infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta 
constituição 
ASPECTOS LEGAIS DA CONSULTA E 
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
Constituição Federal
 Título VIII – Da Ordem Social
Capítulo II – Seção II - Da Saúde
Art. 196 - A Saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros agravos 
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços 
para sua promoção, proteção e recuperação. 
Art.197- São de relevância pública as ações e serviços de 
saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da 
lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, 
devendo sua execução ser feita diretamente ou através 
de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de 
direito privado.
ASPECTOS LEGAIS DA CONSULTA E 
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
Lei 7.498/86
 Dispõe sobre a regulamentação do exercício das 
enfermagem e dá outras providências
Art. 11 – O enfermeiro exerce todas as atividades de 
enfermagem cabendo-lhe:
 I- Privativamente:
 i) Consulta de enfermagem;
 j) Prescrição da assistência de enfermagem; 
 II – Como integrante da equipe de saúde:
 c)Prescrição de medicamentos estabelecidos em 
programas de saúde pública e em rotina aprovada 
pela instituição de saúde;
ASPECTOS LEGAIS DA CONSULTA E 
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
DECRETO 94.406/87
 Art. 8º - Ao enfermeiro incumbe:
I - Privativamente: 
 ...
 e) Consulta de Enfermagem;
 f) Prescrição da assistência de enfermagem;
 II – Como integrante da equipe de saúde:
 ...
 c)Prescrição de medicamentos “previamente” 
estabelecidos em programas de saúde pública e em 
rotina aprovada pela instituição de saúde;RESOLUÇÃO COFEN Nº 159/93
DISPÕE SOBRE A CONSULTA DE ENFERMAGEM
 Art. 1º - Em todos os níveis de assistência à saúde, 
seja em instituição pública ou privada, a consulta de 
Enfermagem deve ser obrigatoriamente 
desenvolvida na Assistência de Enfermagem.
 Art. 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de 
sua assinatura. 
 RESOLUÇÃO COFEN 271/2002 REVOGADA 
PELA RESOLUÇÃO COFEN 317/2007
  Resolução COFEN Nº 271/2002 – Regulamentava as 
ações do Enfermeiro na consulta, prescrição de 
medicamentos e requisição de exames.
 Entretanto a sua revogação em nada afetou os efeitos 
da consulta e prescrição de enfermagem pelos motivos 
a seguir delineados:
 Lei nº. 7.498, de 25/06/1986 prevê em seu artigo 11, 
inciso I, alínea “i” a consulta de enfermagem, e alínea “j” 
a prescrição da assistência de enfermagem como atos 
privativos do Enfermeiro; e no artigo 11, inciso II, alínea 
“c” a prescrição de medicamentos estabelecidos em 
programa de saúde pública e em rotina aprovada pela 
instituição de saúde, como integrante da equipe de 
saúde.
 
RESOLUÇÃO COFEN 271/2002 REVOGADA 
PELA RESOLUÇÃO COFEN 317/2007
 Decreto nº 94.406, prevê em seu artigo 8º, inciso I, 
alínea “e” a consulta de enfermagem, e alínea “f” a 
prescrição da assistência de enfermagem, como atos 
privativos do Enfermeiro; e ainda no art. 8°, inciso II, 
alínea “c”, a prescrição de medicamentos previamente 
estabelecidos em programa de saúde pública e em 
rotina aprovada pela instituição de saúde, como 
integrante da equipe de saúde. 
 A continuidade dos efeitos da Resolução COFEN 159/93 
(Dispõe sobre a consulta de Enfermagem) e Resolução 
COFEN 195/97 (Dispõe sobre a solicitação de exames 
de rotina e complementares por Enfermeiro).
PORTARIAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE 
Nº 648/2006 E Nº 1625/2007
 Além do texto legal, as Portarias MS nº 648/2006 e 
1.625/2007 que regulam a estratégia saúde da família 
encontram-se em plena vigência e normatizam sobre o 
tema, citamos:
 “PORTARIA Nº 648, DE 28 DE MARÇO DE 2006
 Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, 
estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a 
organização da Atenção Básica para o Programa Saúde 
da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários 
de Saúde (PACS).
 Omissis...
PORTARIAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE 
648/2006 E 1625/2007
 2 - SÃO ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS
 Omissis...
 Do Enfermeiro:
 II - conforme protocolos ou outras normativas 
técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do 
Distrito Federal, observadas as disposições legais 
da profissão, realizar consulta de enfermagem, 
solicitar exames complementares e prescrever 
medicações;
 PORTARIA 1.625, DE 10 DE JULHO DE 2007
 Altera atribuições dos profissionais das Equipes de Saúde da 
Família (ESF) dispostas na Política Nacional de Atenção Básica.
 O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que 
lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II da Constituição 
Federal, e Considerando o disposto na Política Nacional de 
Atenção Básica aprovada pela Portaria 648/GM, de 28 de março de 
2006; Considerando a Lei 7.498, de 25 de junho de 1986, que 
dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional da 
enfermagem; Considerando o trabalho em equipe como princípio da 
Atenção Básica para garantia da integralidade na atenção à saúde 
da população; e Considerando o consenso estabelecido quanto 
às atribuições dos profissionais médicos e enfermeiros das 
equipes de saúde da família, estabelecido em reunião realizada 
em 25 de abril de 2007, em que estiveram presentes 
representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde, do Conselho Federal de Medicina, do 
Conselho Federal de Enfermagem, resolve:
 Art. 1º Alterar o Anexo I da Política Nacional de Atenção 
Básica, aprovada pela Portaria 648/GM, de 28 de março 
de 2006, publicada no Diário Oficial da União nº 61, de 
29 de março de 2006, Seção 1, página 71, no que se 
refere, em seu item 2, às atribuições específicas do 
enfermeiro das Equipes de Saúde da Família, que passa 
a vigorar com a seguinte redação:
 "Do Enfermeiro:
 Omissis...
 II - realizar consultas de enfermagem, solicitar 
exames complementares e prescrever medicações, 
observadas as disposições legais da profissão e 
conforme os protocolos ou outras normativas 
técnicas estabelecidas pelo (Ministério da Saúde), 
os gestores estaduais, os municipais ou os do 
Distrito Federal." 
 
PARECER MINISTÉRIO DA SAUDE
 Em atenção ao comunicado veiculado pelo Conselho 
Regional de Medicina do Estado de São Paulo, em 
29/08/2008, acerca de decisão judicial proferida pelo 
Tribunal Regional Federal da 1ª Região relativa à 
Resolução 272 do Conselho Federal de Enfermagem 
(COFEN) e de uma conseqüente anulação de 
dispositivos da Portaria MS 648/2006, que regulamenta 
a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e a 
execução da Estratégia Saúde da Família no Brasil, 
seguem abaixo os seguintes e importantes 
esclarecimentos: 
 1. Em primeiro lugar, o Ministério da Saúde, por meio da 
Diretoria do Departamento de Atenção Básica – 
Secretaria de Atenção à Saúde, informa que nenhuma 
disposição legal constante das Portarias Ministeriais nº 
648/2006 (PNAB) e nº 1.625/2007 encontra-se suspensa 
e, muito menos, anulada por qualquer decisão judicial. 
 2. A suposta decisão judicial pertinente à Resolução nº 
272 [o correto é Resolução n° 271] do COFEN, em ação 
interposta peloSindicato dos Médicos do Estado do Rio 
Grande do Sul (SIMERS) - junto ao TRF da 1ª Região, 
não traz qualquer reflexo à PNAB e às suas disposições, 
até porque os comandos normativos da Política Nacional 
de Atenção Básica não são objeto de discussão na 
Referida contenda judicial. 
 3. Diante disso, cumpre informar que não há qualquer 
decisão judicial no país que imponha a nulidade das 
normas constantes da PNAB, encontrando-se as 
mesmas em plena vigência. 
 4. De outro lado, a informação de que a Portaria nº 
1625/2008, que alterou as atribuições dos profissionais 
de enfermagem e dos médicos no âmbito das equipes 
de Saúde da Família, estaria suspensa em função de 
recurso de Agravo de Instrumento (Processo nº 
2007.01.00.000126-2/TRF) também não procede. O 
referido Agravo de Instrumento, citado na nota 
veiculada, não discute a Portaria nº 1.625/2007, ou seja, 
não poderia juridicamente suspender tal disposição 
legal. 
 5. Além disso, o mencionado recurso de Agravo de 
Instrumento discutia tão-somente a manutenção de uma 
medida cautelar concedida ao Conselho Federal de 
Medicina (CFM) em 2007 para suspender um pequeno 
trecho da PNAB que tratava das atividades do 
profissional de enfermagem (Portaria nº 648/2006). 
Contudo, tal trecho da PNAB que tratava da atuação dos 
enfermeiros na Estratégia Saúde da Família foi alterado 
antes mesmo do julgamento da ação e com a anuência 
do Conselho Federal de Medicina, tornando assim a 
decisão do agravo de instrumento em questão 
desconstituída de qualquer efeito prático, ainda que a 
mesma fosse vigente. 
 O mais importante, porém, é que a possibilidade de 
solicitação de exames por Enfermeiro, assegurada pela 
legislação profissional quando fundamentada nos 
Programas de Saúde Pública ou em rotinas 
institucionais, mediante Protocolos elaborados pela 
Instituição ou pelo Ministério da Saúde, permanece em 
pleno vigor e, nenhuma decisão judicial declarou 
suspensa ou sem vigência tais dispositivos da Lei 
que regulamentam o exercício da enfermagem.
 Desta forma nos parece de manifesto desconhecimento 
dos preceitos legais e das decisões judiciais que versam 
sobre a matéria, as atitudes de gestores públicos 
visando impedir o pleno exercício das atividades de 
Enfermagem junto aos Programas de Saúde Pública. 
 5. Além disso, o mencionado recursode Agravo de 
Instrumento discutia tão-somente a manutenção de uma 
medida cautelar concedida ao Conselho Federal de 
Medicina (CFM) em 2007 para suspender um pequeno 
trecho da PNAB que tratava das atividades do 
profissional de enfermagem (Portaria nº 648/2006). 
Contudo, tal trecho da PNAB que tratava da atuação dos 
enfermeiros na Estratégia Saúde da Família foi alterado 
antes mesmo do julgamento da ação e com a anuência 
do Conselho Federal de Medicina, tornando assim a 
decisão do agravo de instrumento em questão 
desconstituída de qualquer efeito prático, ainda que a 
mesma fosse vigente. 
 6. Ratificando o exposto, a ação judicial movida pelo 
CFM contra trecho da PNAB e que deu origem ao já 
comentado Agravo de Instrumento acima mencionado já 
foi julgada extinta, sem julgamento do mérito, pelo Juiz 
Federal da 4ª Vara da Seção Judiciária do Distrito 
Federal, em 04/03/2008, tendo tal sentença decisória 
transitado em julgado em 27/08/2008, ou seja, não se 
mostra cabível qualquer recurso em contrário (Processo 
nº 2006.34.00.034.729-1). 
 7. Vale ressaltar que a decisão judicial relativa à 
Resolução nº 272 do COFEN é pertinente a um outro 
processo judicial que não produz qualquer efeito sobre a 
ação movida pelo CFM contra disposições da PNAB, até 
porque esta, como já dito, foi extinta pelo Juiz Federal 
responsável. As ações não são conexas e muito menos 
tramitaram ou tramitam juntos, ou seja, a decisão 
tomada em uma delas não afeta diretamente a outra. 
 8. Tanto a Portaria MS nº 648/2006 (PNAB), quanto o 
texto da Portaria MS 1625/2007, não possuem qualquer 
relação com a Resolução Cofen nº 272, que em 
momento algum estabelece normas acerca de 
diagnóstico clínico, prescrição de medicamentos ou da 
solicitação de exames de modo autônomo por parte dos 
enfermeiros. Aliás, a Resolução nº 272 do COFEN 
sequer trata dos programas ou rotinas aprovadas em 
instituições de saúde. 
 9. Ressalte-se que a PNAB e a Portaria MS 1625/2007: 
a) em momento algum determinam a possibilidade dos 
enfermeiro de realizar diagnóstico; b) não permitem ao 
enfermeiro realizar a solicitação de exames 
complementares ou a prescrição de medicações de 
modo autônomo, já que sempre devem ser observados 
os protocolos ou outras normativas técnicas 
estabelecidas pelo Ministério da Saúde, os gestores 
estaduais, os municipais ou os do Distrito Federal; c) 
não regulamentam as atribuições dos enfermeiros, 
fundando-se apenas nas normas da profissão de 
enfermagem atualmente vigentes e não suspensas por 
decisão judicial, 
 em especial a Lei 7.498, de 25/06/1986 que prevê em 
seu artigo 11, inciso I, alínea "i", a consulta de 
Enfermagem, e alínea "j" a prescrição da assistência de 
Enfermagem como atos privativos do Enfermeiro, e 
ainda prevê em seu artigo 11, inciso II, alínea "c", a 
prescrição de medicamentos estabelecidos em 
programas de saúde pública e em rotina aprovada pela 
instituição de saúde, como atividade do Enfermeiro na 
condição de integrante da equipe de saúde. 
 10. Diante do exposto, o DAB/SAS/MS reitera a todos os 
gestores da atenção básica a inexistência de qualquer 
suspensão ou nulidade judicial das Portarias MS nº 
648/206 e nº 1.625/2007, estando as referidas normas 
bem como todas as disposições alusivas à Estratégia 
Saúde da Família em plena vigência e em estrita 
consonância com a legalidade, não havendo motivos 
para quaisquer mudanças nas diretrizes atualmente 
seguidas na condução da atenção básica dos entes 
federados. 
ASPECTOS LEGAIS DA CONSULTA E 
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
 Desta forma nos parece de manifesto desconhecimento 
dos preceitos legais e das decisões judiciais que versam 
sobre a matéria, as atitudes de gestores públicos 
visando impedir o pleno exercício das atividades de 
Enfermagem junto aos Programas de Saúde Pública. 
VISÃO CARTESIANA X VISÃO 
HOLÍSTICA
 A visão cartesiana estabelece princípios filosóficos que 
valorizam a eficiência técnica e o conhecimento 
científico e negam a possibilidade de um conhecimento 
metafísico, implantando o realismo científico.
 A visão holística pode ser definida como a visão de um 
determinado fenômeno como um todo, ou seja que leve 
em consideração todos os fatores que podem influenciar 
o fenômeno observado.
VISÃO CARTESIANA
 A influência do paradigma cartesiano sobre o 
pensamento médico resultou no chamado modelo 
biomédico, que constitui o alicerce conceitual da 
moderna medicina científica. O corpo humano é 
considerado uma máquina que pode ser analisada em 
termo de suas peças; a doença é vista como um mau 
funcionamento dos mecanismos biológicos, que são 
estudados do ponto de vista da biologia celular e 
molecular; o papel dos médicos é intervir, física ou 
quimicamente para consertar o defeito do 
funcionamento de um específico mecanismo enguiçado. 
VISÃO CARTESIANA
 Três séculos depois de Descartes a medicina muitas 
vezes ainda se baseia como escreveu Engel: “nas 
noções do corpo como uma máquina, da doença 
como conseqüência de uma avaria na máquina, e da 
tarefa do médico como conserto dessa máquina”. Ao 
concentrar-se em partes cada vez menores do corpo, a 
medicina moderna perde freqüentemente de vista “o 
paciente” como ser humano, e, ao reduzir a saúde a um 
funcionamento mecânico, não pode mais ocupar-se com 
o fenômeno da cura.
 
VISÃO CARTESIANA
 O porque disso recai sobre os paradigmas cartesianos 
que levam as pessoas a aceitarem a descrição do 
mundo que lhes é oferecida sem criticar os fundamentos 
íntimos de tal descrição. Qualquer coisa que não seja 
coerente com tal descrição passa despercebida; é vista 
como elemento marginal ou sem importância.
 Os profissionais educados conforme o paradigma 
cartesiano-newtoniano tendem a analisar as doenças 
sob uma ótica essencialmente mecanicista e geralmente 
não consideram aspectos ambientais e emocionais – os 
conflitos e as dificuldades existenciais e de adequação 
social do indivíduo – em seus diagnósticos.
VISÃO CARTESIANA
 O mau funcionamento é visto exclusivamente como 
uma avaria em um mecanismo específico que tem que 
ser reparado por meios físicos o químicos (Medina J. 
P.S. O Brasileiro e seu corpo. 3.ed. Campinas: Papirus, 
1991,135p.)
 O Principal alvo da atenção do profissional da saúde 
começa a ser a doença e cura. Todas as energias sã 
direcionadas no sentido de uma medicina curativa” 
(Martim L. M. A ética e a humanização hospitalar. 
Mundo saúde, 2003, 27:206-218)
DORES SEM ACHADOS NOS 
EXAMES
É nervoso
VISÃO HOLÍSTICA
 Hipócrates há mais de dois mil anos, também já 
demonstrava ser possuidor de um enfoque mais amplo 
do processo saúde-doença, exemplo disso é sua 
afirmação de que não se deve analisar as doenças de 
forma isolada, mas “no homem vítima da enfermidade, 
com toda a natureza que o rodeia, com todas as leis 
universais que a regem e com a qualidade individual 
dele, que se fixa com segura visão.”
VISÃO HOLÍSTICA
 Há dois mil anos atrás a holística já influenciava no trato 
da saúde. A 8ª Conferência Nacional de Saúde, 
realizada em Brasília, em 1986, resgata uma concepção 
ainda mais ampla de saúde assumindo que esta “é a 
resultante das condições alimentares, habitação, 
educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, 
lazer, liberdade, acesso aos serviços de saúde, é assim, 
antes de tudo, o resultado das formas de organização 
social.”
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM 
 O Programa Nacional de Humanização de Assistência 
Hospitalar (PNHAH), lançado em Brasília, em 2001, 
prova que a relação humanitária não é apenas mais 
uma moda, e sim, antes de tudo, uma necessidade ética 
para com os usuários e para com todos os profissionais 
que atuam na área de saúde. 
 Nunca como hoje se faz tão necessário à reflexão 
histórico-filosóficapara que se possa re-humanizar a 
medicina e as ciências da saúde em geral (Gallian D. M. 
C. A (re) humanização da medicina, 2001.) 
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM 
 A influência da visão holística sobra a humanização da 
assistência hospitalar, trata-se do desenvolvimento de 
uma visão do ser humano inserido num contexto 
biopsicossocial, como um ser singular que traz consigo 
uma história de vida impregnada de valores culturais, 
vivenciando um momento em que, normalmente, se 
encontra fragilizado pelo seu problema de saúde e pela 
própria situação imposta pela internação, ou seja, é uma 
fase na qual o indivíduo é retirado de seu cotidiano e 
passa a obedecer às regras institucionais.
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM
 É com esta visão que devem ser dado prosseguimento a 
consulta e prescrição de enfermagem. Deste modo, não 
será só a lei que garantirá aos enfermeiros estas 
práticas, mas a população que clamará por um 
atendimento diferenciado. 
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM 
 Humanizar a assistência seguindo PNHAH (2001) é: 
Aceitar esta necessidade de resgate e articulação dos 
aspectos subjetivos, indissociáveis dos aspectos físicos 
e biológicos. Mais do que isso, humanizar e adotar uma 
prática em que profissionais e usuários consideram o 
conjunto dos aspectos físicos, subjetivos e sociais que 
compõem o atendimento à saúde. Humanizar refere-se 
portanto à possibilidade de assumir uma postura ética 
de respeito ao outro, de acolhimento do desconhecido e 
de reconhecimento dos limites. 
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM 
 Não é fácil trabalhar em condições adversas, onde a 
estrutura física é precária, a falta de material é 
constante, a remuneração é baixa e a carga horária é 
absurda. É preciso, como pediu o Reitor do Centro 
Universitário São Camilo, Prof. Dr. Pe. Christian de Paul 
de Barchifontaine pediu que, ao trabalhar na área da 
saúde, os futuros profissionais colocassem “o coração 
nas mãos”. Explicou que nas mãos temos a técnica, 
mas que para trabalhar com o ser humano a técnica não 
basta, precisamos de coração, que é a sede do amor.
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM
 Diante da realidade da enfermagem na atualidade, da 
sua força, do compromisso dos profissionais e na 
diferença que faz no trato com o ser humano, sobretudo 
os menos favorecidos, vai os parabéns de um 
apaixonado pela enfermagem e pelos que fazem dela 
tão digna.
 Ao tempo que fica o apelo, de mesmo diante de todas 
as adversidades a assistência de enfermagem 
permaneça com o tempero da humanidade e do amor.
A HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM
HUMANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE 
ENFEMAGEM
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VER NO MUNDO (DALAI LAMA).
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