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Direito Ambiental Aula 02 parte 02

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Aula 02 Parte II
Direito Ambiental p/ Delegado Polícia Civil-PE (com videoaulas)
Professor: Rosenval Júnior
Direito Ambiental para Polícia Civil - PE 
(Delegado) 
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AULA 02 parte 2 - A legislação brasileira florestal 
(Leis 11.428/2006, 11.284/2006) 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Lei 11.428/2006 ± Bioma Mata Atlântica 2 
Questões comentadas da Lei 11.428/2006 6 
Lei 11.284/2006 ± Gestão de Florestas Públicas 10 
Questões comentadas da Lei 11.284/2006 27 
Lista de Questões da Lei 11.428/2006 e da Lei 
11.284/2006 + Gabarito 
42 
 
 
 
Olá, pessoal! 
 
Agora continuaremos a nossa aula 02 estudando Lei 11.428/2006 
± Bioma Mata Atlântica e a Lei 11.284/2006 ± Gestão de Florestas 
Públicas. 
 
Bons estudos!!! 
 
Prof. Rosenval 
profrosenval@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lei 11.428/06 ± Bioma Mata Atlântica 
 
A Lei 11.428/06 dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação 
do Bioma Mata Atlântica, patrimônio nacional de acordo com o art.225 da 
Constituição Federal de 1988. 
 Integram o Bioma Mata Atlântica as seguintes formações florestais 
nativas e ecossistemas associados: 
x Floresta Ombrófila Densa; 
x Floresta Ombrófila Mista, (Mata de Araucárias); 
x Floresta Ombrófila Aberta; 
x Floresta Estacional Semidecidual; e 
x Floresta Estacional Decidual, 
x Manguezais, 
x Vegetações de restingas, 
x Campos de altitude, 
x Brejos interioranos e 
x Encraves florestais do Nordeste. 
 
Princípios 
 
 Na proteção e na utilização do Bioma Mata Atlântica, serão 
observados os princípios: 
x Função socioambiental da propriedade, 
x Equidade intergeracional, 
x Prevenção, 
x Precaução, 
x Usuário-pagador, 
x Transparência das informações e atos, 
x Gestão democrática, 
x Celeridade procedimental, 
x Gratuidade dos serviços administrativos prestados ao 
pequeno produtor rural e às populações tradicionais e 
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x Respeito ao direito de propriedade. 
 
Formas de exploração permitidas 
 
 De acordo com o art. 9º da Lei 11.428/06, a exploração 
eventual, sem propósito comercial direto ou indireto, de espécies da 
flora nativa, para consumo nas propriedades ou posses das 
populações tradicionais ou de pequenos produtores rurais, 
independe de autorização dos órgãos competentes, conforme 
regulamento. 
 Além disso, conforme o art. 18 da referida lei, é livre a coleta de 
subprodutos florestais tais como frutos, folhas ou sementes, bem como as 
atividades de uso indireto, desde que não coloquem em risco as 
espécies da fauna e flora, observando-se as limitações legais 
específicas e em particular as relativas ao acesso ao patrimônio genético, 
à proteção e ao acesso ao conhecimento tradicional associado e de 
biossegurança. 
 A lei disciplina alguns usos, que irei esquematizar abaixo: 
 
PROIBIÇÃO ABSOLUTA em vegetação 1ª e 2ª avançada e média, 
quando: 
I - a vegetação: 
a) abrigar espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de 
extinção; 
b) exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e 
controle de erosão; 
c) formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou 
secundária em estágio avançado de regeneração; 
d) proteger o entorno das unidades de conservação; ou 
e) possuir excepcional valor paisagístico; 
II - o proprietário ou posseiro não cumprir os dispositivos da 
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legislação ambiental, em especial as exigências do Código Florestal 
no que respeita às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva 
Legal. 
 
Exploração de Vegetação 1ª 
x Para pesquisas científicas ou práticas preservacionista; 
x Casos de Utilidade Pública. 
 
Exploração de Vegetação 2ª em estágio AVANÇADO de 
regeneração 
x Para pesquisas científicas ou práticas preservacionista; 
x Casos de Utilidade Pública; 
x Áreas urbanas/Regiões Metropolitanas; 
x Mineração. 
 
Exploração de Vegetação 2ª em estágio MÉDIO de regeneração 
x Casos de Utilidade Pública; 
x Pequeno produtor e populações tradicionais; 
x Interesse social; 
x Mineração. 
 
Exploração de Vegetação 2ª em estágio INICIAL de regeneração 
x Com licenciamento. 
 
ATENÇÃO! 
 
No caso de MINERAÇÃO a exploração vai depender: 
x LICENCIAMENTO AMBIENTAL (EIA/RIMA) + Inexistência 
de alternativa técnica e locacional; 
x MEDIDA COMPENSATÓRIA. 
 
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Nos termos da lei 11.428/06 temos: 
Utilidade pública: 
a) atividades de segurança nacional e proteção sanitária; 
b) as obras essenciais de infraestrutura de interesse nacional 
destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento e energia, 
declaradas pelo poder público federal ou dos Estados. 
 
Interesse social: 
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da 
vegetação nativa, tais como: prevenção, combate e controle do fogo, 
controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios 
com espécies nativas, conforme resolução do Conselho Nacional do 
Meio Ambiente - CONAMA; 
b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas 
na pequena propriedade ou posse rural familiar que não 
descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função 
ambiental da área; 
c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em 
resolução do CONAMA. 
 
 
Atenção! A vegetação primária ou a vegetação secundária em qualquer 
estágio de regeneração do Bioma Mata Atlântica não perderão esta 
classificação nos casos de incêndio, desmatamento ou qualquer outro tipo 
de intervenção não autorizada ou não licenciada. 
 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas 
 
1 - (FGV - OAB - Exame 2010.3) 
A supressão de vegetação primária e secundária no estágio 
avançado de regeneração somente poderá ser autorizada em caso 
de utilidade pública, sendo que a vegetação secundária em estágio 
médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de utilidade 
pública e interesse social, em todos os casos devidamente 
caracterizados e motivados em procedimento administrativo 
próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao 
empreendimento proposto, conforme o disposto no art. 14 da Lei 
11.428/2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da 
vegetação nativa do bioma Mata Atlântica. 
A esse respeito, assinale a alternativa correta. 
(A) Um advogado de proprietário de terreno urbano afirma ser 
possível a obtenção de licença ambiental para edificação de 
condomínio residencial com supressão de Mata Atlântica com base 
em utilidade pública. 
(B)A licença ambiental de empreendimento de relevante e 
significativo impacto ambiental localizado em terreno recoberto 
de Mata Atlântica não pode ser concedida em hipótese alguma. 
(C) Um produtor de pequena propriedade ou posse rural entende 
que é possível a obtenção de licença ambiental para atividade 
agroflorestal sustentável, tendo como motivo o interesse social. 
(D) Desde que obtida a autorização de supressão de vegetação de 
Mata Atlântica, com base na Lei 11.428/2006, não é aplicável a 
legislação que exige a licença ambiental, de acordo com a 
CRFB/88, a Lei 6.938/81 e o Decreto 99.274/90. 
 
Gabarito C. 
Comentários das alternativas: 
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A - Errado. A edificação de condomínio residencial não constitui caso de 
utilidade pública. 
Recordando: 
Utilidade pública: 
x atividades de segurança nacional e proteção sanitária; 
x as obras essenciais de infraestrutura de interesse nacional 
destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento 
e energia, declaradas pelo poder público federal ou dos 
Estados. 
B - Errado. De acordo com o art. 15 da Lei 11.428/06, temos que na 
hipótese de obra ou atividade potencialmente causadora de 
significativa degradação do meio ambiente, o órgão competente 
exigirá a elaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, ao qual 
se dará publicidade, assegurada a participação pública. 
C- Certo. É um dos casos de interesse social. 
 Novamente para fixar: 
Interesse social: 
x as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da 
vegetação nativa, tais como: prevenção, combate e controle do 
fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de 
plantios com espécies nativas, conforme resolução do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA; 
x as atividades de manejo agroflorestal sustentável 
praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar 
que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem 
a função ambiental da área; 
x demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em 
resolução do CONAMA. 
D - Errada. Essa não precisava nem conhecer a lei. Sabemos que para 
instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa 
degradação do meio ambiente, será exigido o estudo prévio de impacto 
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ambiental, a que se dará publicidade, conforme art. 225, § 1º, IV da 
CF/88. 
 
2 - (FGV - OAB - VII Exame) 
Como a Mata Atlântica é considerada patrimônio nacional, por 
força do art. 225, §4º, da CRFB, apenas a União possui 
competência para a criação de unidades de conservação que 
incluam tal bioma em seus limites. 
 
Errado. Compete a todos os entes federados a criação de unidades de 
conservação. 
Segundo o art. 225, § 1º da CF/88 - Para assegurar a efetividade desse 
direito, incumbe ao Poder Público: III - definir, em todas as 
unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a 
serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que 
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção. 
Como já estudamos, unidades de conservação são espécies de espaços 
territoriais especialmente protegidos. 
Além disso, segundo o art. 22 da Lei 9.985/00, as unidades de 
conservação são criadas por ato do Poder Público. 
Assim, não há qualquer restrição, sendo uma competência comum a 
criação de unidades de conservação, ainda que sejam em bioma 
considerado patrimônio nacional. 
 
3 ± (Promotor de Justiça ± MPE ± SC ± 2013) 
Conforme a Lei 11.428/2006, a vegetação primária ou a 
vegetação secundária em qualquer estágio de regeneração do 
Bioma Mata Atlântica não perderão esta classificação nos casos de 
incêndio, desmatamento ou qualquer outro tipo de intervenção 
não autorizada ou não licenciada. 
 
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Certo. Art. 5º, da Lei 11.428/006, dispõe que a vegetação primária ou a vegetação 
secundária em qualquer estágio de regeneração do Bioma Mata Atlântica não 
perderão esta classificação nos casos de incêndio, desmatamento ou qualquer outro 
tipo de intervenção não autorizada ou não licenciada. 
 
Gabarito 
 
1C 2E 3C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lei 11.284/06 ± Gestão de Florestas Públicas 
 
A Lei 11.284/06 dispõe sobre a gestão de florestas públicas 
para produção sustentável, institui o Serviço Florestal Brasileiro - 
SFB, e cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF, 
destinado a fomentar o desenvolvimento de atividades sustentáveis de 
base florestal no Brasil e a promover a inovação tecnológica do setor. O 
Decreto n.º 6.063/07 regulamenta, no âmbito federal, dispositivos da 
Lei nº 11.284/06. 
 O SFB é o órgão gestor das florestas públicas e gestor do 
FNDF, e está incluído na estrutura do Ministério do Meio Ambiente 
(MMA). 
 
Veja como caiu em prova! 
(CESPE - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA - 2012) 
Na estrutura básica do Ministério do Meio Ambiente, foi criado o 
Serviço Florestal Brasileiro, para exercer a função de órgão gestor 
das concessões florestais, no âmbito federal, e de órgão gestor do 
Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF). 
*O Gabarito comentado de todas as questões está ao final da exposição 
da teoria. 
Gabarito: c 
 
A gestão de florestas públicas para produção sustentável 
compreende: 
¾ Concessão Florestal; 
¾ Criação de Florestas Nacionais, Estaduais, Distritais e 
Municipais e sua gestão direta pelo Poder Público (Essas são 
unidades de conservação de uso sustentável); e 
¾ Destinação de Florestas Públicas às Comunidades Locais de 
forma não onerosa (I - Criação de Reservas Extrativistas, 
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Reservas de Desenvolvimento Sustentável. II - Concessão de 
uso, por meio de projetos de assentamento florestal, de 
desenvolvimento sustentável, agroextrativistas e outros 
similares). Obs.: As comunidades locais poderão também 
participar das licitações de concessão florestal, por meio de 
associações comunitárias, cooperativas ou outras pessoas 
jurídicas admitidas em lei. 
 
Veja como caiu em prova! 
 
(CESPE - Técnico do Planejamento e Pesquisa - Engenharia 
Florestal - IPEA - 2008) 
A Lei 11.284, Lei de Gestão de Floresta Públicas, que dispõe sobre 
a gestão de florestas públicas para a produção sustentável, 
estabelece três destinações na gestão das áreas florestais 
públicas: (1) unidades de conservação que permitem a produção 
florestal sustentável(e.g., florestas nacionais); (2)uso comunitário 
(como assentamos florestais e reservas extrativistas); (3)concessões florestais pagas, baseadas em processo de licitação 
pública, com a transferência de titularidade das áreas florestais 
sob gestão para agentes privados. 
 
Gabarito: E 
 
 A concessão florestal é a delegação onerosa, formalizada 
mediante contrato, feita pelo poder concedente, do direito de 
praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos 
e serviços numa unidade de manejo, mediante licitação na 
modalidade concorrência e outorgadas a título oneroso, à pessoa 
jurídica, em consórcio ou não, que atenda às exigências do respectivo 
edital de licitação e demonstre capacidade para seu desempenho, por 
sua conta e risco e por prazo determinado. 
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O manejo florestal sustentável é a administração da floresta 
para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, 
respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema 
objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou 
alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, 
de múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros, bem como 
a utilização de outros bens e serviços de natureza florestal. 
A concessão florestal terá como objeto a exploração de produtos e 
serviços florestais, contratualmente especificados, em unidade de 
manejo de floresta pública, com perímetro georreferenciado, registrada 
no respectivo cadastro de florestas públicas e incluída no lote de 
concessão florestal. 
 
Recursos Florestais: 
x Produtos Florestais: produtos madeireiros ou não. 
+ 
x Serviços Florestais: turismo e outras ações ou benefícios não 
caracterizados como produtos florestais 
 
No caso de reflorestamento de áreas degradadas ou convertidas para 
uso alternativo do solo, o direito de comercializar créditos de carbono 
poderá ser incluído no objeto da concessão, nos termos de regulamento. 
 
Veja como caiu na prova! 
(CESPE - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA - 2012) 
No caso de prática de reflorestamento de áreas degradadas ou 
convertidas para uso alternativo do solo, a concessão florestal não 
outorga ao concessionário o direito de incluir no objeto da 
concessão a comercialização de créditos de carbono, nos termos 
de regulamento. 
Gabarito: E 
 
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Os produtos de uso tradicional e de subsistência para as 
comunidades locais serão excluídos do objeto da concessão e 
explicitados no edital, juntamente com a definição das restrições e da 
responsabilidade pelo manejo das espécies das quais derivam esses 
produtos, bem como por eventuais prejuízos ao meio ambiente e ao 
poder concedente. 
 Importante observar que a concessão é feita à pessoa jurídica! 
Muitas questões afirmam que pode haver concessão à pessoa física, o que 
deve ser julgado como errado! É só com pessoa jurídica, em consórcio ou 
não. 
Observem, também, que a concessão florestal depende de licitação, 
na modalidade concorrência. A lei de licitações e contratos traz diversas 
modalidades de licitação (concorrência, tomada de preço, convite, 
concurso, leilão). Além dessas, temos também o pregão, e a consulta. No 
entanto, repito, a modalidade de licitação utilizada na concessão florestal 
é a concorrência! 
Cabe dizer que nas licitações para concessão florestal é vedada a 
declaração de inexigibilidade prevista no art. 25 da Lei no 8.666, de 
21 de junho de 1993. Além disso, é vedada a subconcessão na 
concessão florestal. 
A concessão florestal pode ser feita em florestas públicas ou 
em unidades de manejo de florestas nacionais, distritais ou 
municipais. 
As florestas públicas são florestas, naturais ou plantadas, 
localizadas nos diversos biomas brasileiros, em bens sob o domínio 
da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal ou das 
entidades da administração indireta. 
Já as florestas nacionais, estaduais, distritais ou municipais são 
unidades de conservação de uso sustentável. 
A primeira etapa para a licitação de uma concessão florestal é a 
seleção das florestas que podem ser submetidas a esse processo. As 
áreas passíveis de concessão são reunidas no Plano Anual de Outorga 
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Florestal (PAOF), que contém a descrição de todas as florestas públicas 
a serem submetidas a processos de concessão no ano em que vigorar. 
O PAOF é proposto pelo Serviço Florestal Brasileiro (órgão gestor) e 
definido pelo Ministério do Meio Ambiente. Somente serão incluídas no 
PAOF as florestas públicas devidamente identificadas no Cadastro-Geral 
de Florestas Públicas da União. 
O Cadastro Nacional de Florestas Públicas, interligado ao 
Sistema Nacional de Cadastro Rural, é integrado pelo Cadastro-Geral de 
Florestas Públicas da União; e pelos cadastros de florestas públicas dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
O Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União será gerido pelo 
Serviço Florestal Brasileiro e incluirá: 
I - áreas inseridas no Cadastro de Terras Indígenas; 
II - unidades de conservação federais, com exceção das áreas 
privadas localizadas em categorias de unidades que não exijam a 
desapropriação; e 
III - florestas localizadas em imóveis urbanos ou rurais matriculados 
ou em processo de arrecadação em nome da União, autarquias, 
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. 
As florestas públicas em áreas militares somente serão incluídas no 
Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União mediante autorização do 
Ministério da Defesa. 
O Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União é composto por 
florestas públicas em três estágios: 
I - identificação; 
II - delimitação; e 
III - demarcação. 
O Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União será acessível ao 
público por meio da Internet. 
CUIDADO! NÃO confunda o Cadastro-Geral de Florestas 
Públicas com o Plano Anual de Outorga (PAOF) 
 
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PAOF 
 
O Paof para concessão florestal considerará: 
I - as políticas e o planejamento para o setor florestal, a reforma 
agrária, a regularização fundiária, a agricultura, o meio ambiente, os 
recursos hídricos, o ordenamento territorial e o desenvolvimento 
regional; 
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE nacional e estadual e 
demais instrumentos que disciplinam o uso, a ocupação e a exploração 
dos recursos ambientais; 
III - a exclusão das unidades de conservação de proteção integral, das 
reservas de desenvolvimento sustentável, das reservas extrativistas, das 
reservas de fauna e das áreas de relevante interesse ecológico, salvo 
quanto a atividades expressamente admitidas no plano de manejo da 
unidade de conservação; 
IV - a exclusão das terras indígenas, das áreas ocupadas por 
comunidades locais e das áreas de interesse para a criação de unidades 
de conservação de proteção integral; 
V - as áreas de convergência com as concessões de outros setores, 
conforme regulamento; 
VI - as normas e as diretrizes governamentaisrelativas à faixa de 
fronteira e outras áreas consideradas indispensáveis para a defesa do 
território nacional; 
VII - as políticas públicas dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
Federal. 
 
Veja como caiu em prova! 
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O Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) deverá conter a 
descrição de áreas destinadas à oferta para exploração florestal 
sustentável, considerando a inclusão das terras indígenas, das 
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áreas ocupadas por comunidades locais e das áreas de interesse 
para a criação de unidades de conservação de proteção integral. 
 
Gabarito: E 
 
Além disso, o PAOF da União considerará os PAOF dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal e deverá prever zonas de uso restrito 
destinadas às comunidades locais. 
Antes da realização das licitações para concessões florestais, 
as florestas públicas ocupadas ou utilizadas por comunidades 
locais serão identificadas para a destinação, de forma não onerosa, 
pelos órgãos competentes, por meio de: 
I - criação de reservas extrativistas (ResEx) e reservas de 
desenvolvimento sustentável (RDS); 
II - concessão de uso, por meio de projetos de assentamento florestal, 
de desenvolvimento sustentável, agroextrativistas ou outros similares, 
nos termos do art. 189 da Constituição Federal e das diretrizes do 
Programa Nacional de Reforma Agrária; 
III - outras formas previstas em lei. 
As modalidades de destinação às comunidades locais devem ser 
baseadas no uso sustentável das florestas públicas. 
Essas comunidades locais também poderão participar das licitações de 
concessão, por meio de associações comunitárias, cooperativas ou outras 
pessoas jurídicas admitidas em lei. 
A publicação do edital de licitação de cada lote de concessão 
florestal deverá ser precedida de audiência pública, por região, 
realizada pelo órgão gestor, nos termos do regulamento, sem prejuízo de 
outras formas de consulta pública. 
Somente poderão ser habilitadas nas licitações para concessão 
florestal empresas ou outras pessoas jurídicas constituídas sob as 
leis brasileiras e que tenham sede e administração no País. 
 
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Veja como caiu em prova! 
(FCC - Procurador - TCE/AP - 2010) 
A licitação para a concessão florestal, nos termos da Lei 11. 
284/2006 é aberta à participação de pessoas jurídicas brasileiras 
e estrangeiras. 
Gabarito: E 
 
Critérios de Seleção 
No julgamento da licitação, a melhor proposta será considerada 
em razão da combinação dos seguintes critérios: 
I - o maior preço ofertado como pagamento ao poder concedente pela 
outorga da concessão florestal; 
+ 
II - a melhor técnica, considerando: 
 a) o menor impacto ambiental; 
 b) os maiores benefícios sociais diretos; 
 c) a maior eficiência; 
 d) a maior agregação de valor ao produto ou serviço florestal na 
região da concessão. 
 
O edital de licitação das concessões florestais federais será 
publicado com antecedência mínima de quarenta e cinco dias da 
abertura do processo de julgamento das propostas. Além da publicidade 
prevista na legislação aplicável, o edital será disponibilizado na Internet e 
em locais públicos na região de abrangência do lote de concessão, definidos 
no edital. 
Os editais de licitação federais devem conter a descrição detalhada da 
metodologia para julgamento das propostas, levando-se em consideração 
os seguintes critérios: 
I - maior preço ofertado como pagamento à União pela outorga da 
concessão florestal; 
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II - melhor técnica, considerando: 
a) menor impacto ambiental; 
b) maiores benefícios sociais diretos; 
c) maior eficiência; e 
d) maior agregação de valor ao produto ou serviço florestal na região 
da concessão. 
Considera-se: 
I - menor impacto ambiental: o menor impacto negativo ou o maior 
impacto positivo; 
II - maior eficiência: derivada do uso dos recursos florestais; e 
III - região da concessão: os Municípios abrangidos pelo lote de 
concessão. 
 
Veja como caiu em prova! 
(FCC - Procurador - TCE/AP - 2010) 
A licitação para a concessão florestal, nos termos da Lei 11. 
284/2006 será julgada apenas com base no critério de melhor 
preço oferecido pelo particular. 
 
Gabarito: E 
 
O prazo dos contratos de concessão florestal será estabelecido 
de acordo com o ciclo de colheita ou exploração, considerando o produto 
ou grupo de produtos com ciclo mais longo incluído no objeto da 
concessão, podendo ser fixado prazo equivalente a, no mínimo, um 
ciclo e, no máximo, 40 anos. 
O prazo dos contratos de concessão exclusivos para 
exploração de serviços florestais será de, no mínimo, 5 e, no 
máximo, 20 anos. 
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Fonte: Elaborada pelo autor 
 
É VEDADA a outorga de qualquer dos seguintes direitos no 
âmbito da concessão florestal: 
I - titularidade imobiliária ou preferência em sua aquisição; 
II - acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e 
desenvolvimento, bioprospecção ou constituição de coleções; 
III - uso dos recursos hídricos acima do especificado como insignificante, 
nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997; 
IV - exploração dos recursos minerais; 
V - exploração de recursos pesqueiros ou da fauna silvestre; 
VI - comercialização de créditos decorrentes da emissão evitada de 
carbono em florestas naturais. 
Cabe repetir que no caso de reflorestamento de áreas degradadas ou 
convertidas para uso alternativo do solo, o direito de comercializar 
créditos de carbono poderá ser incluído no objeto da concessão, nos 
termos de regulamento. 
 
Veja como caiu em prova! 
 
Concessão Florestal
Mín.: 1 ciclo de 
colheita ou 
exploração
MÁX.: 40 anos
Concessão exclusiva 
para exploração de 
serviços florestais
Mín.: 5 anos
MÁX.: 20 anos
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(CESPE / UnB ± Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados ± 
2014) 
No âmbito da concessão florestal em apreço, a empresa terá, 
também, o direito de acesso ao patrimônio genético da região 
para fins de pesquisa. 
 
Gabarito: E 
 
Licenciamento Ambiental 
 
 O órgão gestor deverá requerer a licença prévia para o uso 
sustentável da unidade de manejo. Para obtenção dessa licença é exigido 
o relatório ambiental preliminar (RAP), apresentado ao órgão 
ambiental competente integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
SISNAMA. 
Na elaboração do RAP, será observado um termo de referência, 
preparado em conjunto pelo IBAMA e pelo Serviço Florestal Brasileiro, 
com, no mínimo, o seguinte conteúdo: 
I - descrição e localização georreferenciada das unidades de manejo;II - descrição das características de solo, relevo, tipologia vegetal e classe 
de cobertura; 
III - descrição da flora e da fauna, inclusive com a indicação daquelas 
ameaçadas de extinção e endêmicas; 
IV - descrição dos recursos hídricos das unidades de manejo; 
V - resultados do inventário florestal; 
VI - descrição da área do entorno; 
VII - caracterização e descrição das áreas de uso comunitário, unidades 
de conservação, áreas prioritárias para a conservação, terras indígenas e 
áreas quilombolas adjacentes às unidades de manejo; 
VIII - identificação dos potenciais impactos ambientais e sociais e ações 
para prevenção e mitigação dos impactos negativos; e 
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IX - recomendações de condicionantes para execução de atividades de 
manejo florestal. 
Já nos casos potencialmente causadores de significativa 
degradação do meio ambiente será exigido estudo prévio de 
impacto ambiental - EIA para a concessão da licença prévia. 
A potencialidade de causar significativo impacto será mensurada 
considerando, entre outros aspectos, a escala e a intensidade do manejo 
florestal e a peculiaridade dos recursos ambientais. 
O órgão ambiental licenciador poderá optar pela realização de 
relatório ambiental preliminar e EIA que abranjam diferentes unidades de 
manejo integrantes de um mesmo lote de concessão florestal, desde que 
as unidades se situem no mesmo ecossistema e no mesmo Estado. 
Atenção! Não é o Serviço Florestal Brasileiro que faz o licenciamento. 
A competência para licenciar é do órgão ambiental executor integrante do 
SISNAMA. 
Os custos do relatório ambiental preliminar e do EIA serão ressarcidos 
pelo concessionário ganhador da licitação. 
A licença prévia (LP) autoriza a elaboração do PMFS e, no caso 
de unidade de manejo inserida no PAOF, a licitação para a 
concessão florestal. 
O início das atividades florestais na unidade de manejo somente 
poderá ser efetivado com a aprovação do respectivo PMFS pelo órgão 
competente do Sisnama e a consequente obtenção da licença de operação 
(LO) pelo concessionário. 
O processo de licenciamento ambiental para uso sustentável da 
unidade de manejo compreende a licença prévia (LP) e a licença de 
operação (LO), não se lhe aplicando a exigência de licença de 
instalação. 
 
Veja como caiu na prova! 
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O processo de licenciamento ambiental para uso sustentável da 
unidade de manejo florestal compreende a licença prévia e a 
licença de operação, não se lhe aplicando a exigência de licença 
de instalação. 
 
Gabarito: C 
 
Observem que a regra é termos 3 licenças (LP, LI e LO), no entanto 
no processo de licenciamento ambiental da concessão florestal 
temos somente 2 licenças (LP e LO). 
A aprovação do plano de manejo da unidade de conservação referida 
(Floresta Nacional, estadual, distrital ou municipal), substitui a licença 
prévia, sem prejuízo da elaboração de EIA nos casos de significativa 
degradação ambiental e da observância de outros requisitos do 
licenciamento ambiental. 
Os empreendimentos industriais incidentes nas unidades de manejo e 
as obras de infraestrutura não inerentes aos PMFS observarão as normas 
específicas de licenciamento ambiental. 
 
Resumindo: 
Licenciamento Ambiental para o uso sustentável das unidades de 
manejo florestal: 
Ÿ Para a concessão da LP (Licença Prévia) será exigido RAP 
(Relatório Ambiental Preliminar) ou EIA (Estudo de Impactos 
Ambientais). Sendo o EIA exigido nos casos potencialmente 
causadores de significativa degradação ambiental. 
Ÿ Os custos do RAP ou do EIA serão ressarcidos pelo concessionário 
ganhador da licitação. 
Ÿ A LP autoriza a elaboração do PMFS (Plano de Manejo Florestal 
Sustentável) e a licitação para a concessão florestal da unidade 
de manejo inserida no PAOF (Plano Anual de Outorga Florestal). 
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Ÿ As atividades florestais na unidade de manejo só poderão ser 
iniciadas com a aprovação do PMFS pelo órgão competente do 
SISNAMA + a LO (Licença de Operação). 
Ÿ Não é exigida LI no processo de licenciamento ambiental para uso 
sustentável da unidade de manejo. 
Ÿ A aprovação do plano de manejo nas Florestais Nacionais, 
estaduais, distritais e municipais substitui a LP. No entanto, no 
caso de potencial significativo impacto ambiental continua sendo 
exigido o EIA. Lembrando que essas florestas são unidades de 
conservação de uso sustentável. 
 
Reserva Absoluta 
 
O PMFS deverá apresentar área geograficamente delimitada destinada 
à reserva absoluta. Outra possibilidade é o órgão gestor definir a 
reserva absoluta previamente à elaboração do PMFS. 
A reserva absoluta equivalente a, no mínimo, 5% do total da área 
concedida (não computadas as áreas de preservação permanente 
- APP), sendo representativa dos ecossistemas florestais manejados. 
A área de reserva absoluta não poderá ser objeto de qualquer 
tipo de exploração econômica. Possui como objetivo a conservação 
da biodiversidade e avaliação e monitoramento dos impactos do 
manejo florestal. 
 
Veja como caiu em prova! 
 
(CESPE / UnB ± Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados ± 
2014) 
O plano de manejo florestal sustentável da referida empresa deve 
prever uma área de reserva absoluta de, no mínimo, 5% do total 
da área concedida para fins de conservação da biodiversidade da 
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região, na qual não será permitido qualquer tipo de exploração 
econômica. 
 
Gabarito: c 
 
Monitoramento 
 
O monitoramento das florestas públicas federais considerará, no 
mínimo, os seguintes aspectos: 
I - a implementação do PMFS; 
II - a proteção de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção; 
III - a proteção dos corpos d'água; 
IV - a proteção da floresta contra incêndios, desmatamentos e 
explorações ilegais e outras ameaças à integridade das florestas públicas; 
V - a dinâmica de desenvolvimento da floresta; 
VI - as condições de trabalho; 
VII - a existência de conflitos socioambientais; 
VIII - os impactos sociais, ambientais, econômicos e outros que possam 
afetar a segurança pública e a defesa nacional; 
IX - a qualidade da indústria de beneficiamento primário; e 
X - o cumprimento do contrato. 
Todos os sistemas utilizados para o monitoramento da gestão de 
florestas públicas federais deverão conter dispositivos de consulta por 
meio da Internet. 
 
Auditorias Florestais 
 
Sem prejuízo das ações de fiscalização ordinárias, as concessões 
serão submetidas a auditorias florestais, de caráter independente, em 
prazos não superiores a 3 anos, cujos custos serão de 
responsabilidade do concessionário. 
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Em casos excepcionais, previstos no edital de licitação, nos quais a 
escala da atividade florestal torne inviável o pagamento dos custos das 
auditorias florestais pelo concessionário, o órgão gestor adotará formas 
alternativas de realização das auditorias, conforme regulamento. 
As auditorias apresentarão suas conclusões em um dos seguintes 
termos: 
I - constatação de regular cumprimento do contrato de concessão, a 
ser devidamente validada pelo órgão gestor; 
II - constatação de deficiências sanáveis, que condiciona a 
manutenção contratual ao saneamento de todos os vícios e 
irregularidades verificados, no prazo máximo de 6 meses; 
III - constatação de descumprimento, que, devidamente validada, 
implica a aplicação de sanções segundo sua gravidade, incluindo a 
rescisão contratual. 
 
Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF 
 
O Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF, de natureza 
contábil, é gerido pelo órgão gestor federal, destinado a fomentar o 
desenvolvimento de atividades sustentáveis de base florestal no Brasil e a 
promover a inovação tecnológica do setor. 
Os recursos do FNDF serão aplicados prioritariamente em projetos nas 
seguintes áreas: 
I - pesquisa e desenvolvimento tecnológico em manejo florestal; 
II - assistência técnica e extensão florestal; 
III - recuperação de áreas degradadas com espécies nativas; 
IV - aproveitamento econômico racional e sustentável dos recursos 
florestais; 
V - controle e monitoramento das atividades florestais e desmatamentos; 
VI - capacitação em manejo florestal e formação de agentes 
multiplicadores em atividades florestais; 
VII - educação ambiental; 
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VIII - proteção ao meio ambiente e conservação dos recursos naturais. 
O FNDF contará com um conselho consultivo, com participação dos 
entes federativos e da sociedade civil, com a função de opinar sobre a 
distribuição dos seus recursos e a avaliação de sua aplicação. 
Os recursos do FNDF somente poderão ser destinados a projetos de 
órgãos e entidades públicas, ou de entidades privadas sem fins lucrativos. 
 
Para finalizar temos um esquema do SFB, que ilustra todo o 
processo de concessão florestal. 
 
 
Fonte: http://www.florestal.gov.br/ 
*Lembrando que no caso de significativo impacto ambiental será exigido 
EIA. 
 
 
 
 
 
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Questões Comentadas 
 
1 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA 
- 2012) 
Na estrutura básica do Ministério do Meio Ambiente, foi criado o 
Serviço Florestal Brasileiro, para exercer a função de órgão gestor 
das concessões florestais, no âmbito federal, e de órgão gestor do 
Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF). 
 
Certo. Art. 41 e art. 54 e 55 da Lei 11.284/ 2006. 
 
2 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - 
BASA - 2012) 
O processo de licenciamento ambiental para uso sustentável da 
unidade de manejo florestal compreende a licença prévia e a 
licença de operação, não se lhe aplicando a exigência de licença 
de instalação. 
 
Certo. Art. 18, §6º da Lei 11.284/ 2006. 
 
3 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA 
- 2012) 
O Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) deverá conter a 
descrição de áreas destinadas à oferta para exploração florestal 
sustentável, considerando a inclusão das terras indígenas, das 
áreas ocupadas por comunidades locais e das áreas de interesse 
para a criação de unidades de conservação de proteção integral. 
 
Errado. Segundo o art. 11, IV da Lei 11.284/ 2006, o PAOF para 
concessão florestal considerará a exclusão das terras indígenas, das 
áreas ocupadas por comunidades locais e das áreas de interesse para a 
criação de unidades de conservação de proteção integral. 
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4 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - 
BASA - 2012) 
No caso de prática de reflorestamento de áreas degradadas ou 
convertidas para uso alternativo do solo, a concessão florestal não 
outorga ao concessionário o direito de incluir no objeto da 
concessão a comercialização de créditos de carbono, nos termos 
de regulamento. 
 
Errado. Aqui nós temos uma exceção. 
 
No art. 16, § 1º, VI da Lei 11.284/2006, temos que a concessão 
florestal confere ao concessionário somente os direitos expressamente 
previstos no contrato de concessão, sendo vedada a outorga do direito 
de comercialização de créditos decorrentes da emissão evitada de 
carbono em florestas naturais. 
No entanto no mesmo artigo no § 2º temos uma ressalva: 
No caso de reflorestamento de áreas degradadas ou convertidas 
para uso alternativo do solo, o direito de comercializar créditos de 
carbono poderá ser incluído no objeto da concessão, nos termos 
de regulamento. 
Logo, o item está errado. 
 
5 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - 
BASA - 2012) 
Na Floresta Nacional do Jamari, localizada no estado do Pará, em 
uma das áreas de baixa pressão para a prática do desmatamento, 
foi lançado o primeiro lote de concessão florestal pelo Serviço 
Florestal Brasileiro. 
 
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Errado. De fato a Floresta Nacional (Flona) do Jamari foi a primeira 
concessão florestal no país, entretanto ela está localizada no estado de 
Rondônia e não no Pará, como afirma a questão. 
 Além disso, outro erro é dizer que as áreas no Pará são de baixa 
pressão para a prática do desmatamento. Ora, os maiores índices de 
desmatamento estão concentrados nos estados do Pará, Mato Grosso e 
Rondônia. 
 Por fim, apenas para acrescentar conhecimento, cabe dizer que na 
Flona do Jamari podem ser explorados, além de madeira, os seguintes 
produtos: material lenhoso residual de exploração, produtos não-
madeireiros (folhas, raízes, cascas, frutos, sementes, óleos, látex e 
resinas) e serviços de hospedagem, esportes de aventura e visita e 
observação da natureza. 
 
6 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA 
- 2012) 
Concessão florestal é o processo pelo qual o Estado concede o 
direito sobre a colheita de produtos florestais madeireiros e não 
madeireiros de florestas públicas a empresas privadas, ONGs ou 
associações comunitárias, mediante licitação pública. 
 
Certo. Art. 3º, VII e art. 6º, § 2º da Lei 11.284/2006. 
 
7 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA 
- 2012) 
A área total com concessões florestais da União não poderá 
ultrapassar 35% do total de área de suas florestas públicas 
disponíveis para concessão depois de dez anos contados a partir 
da data de publicação da lei que institui o Serviço Florestal 
Brasileiro e dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a 
produção sustentável, a fim de minimizar a concentração de áreas 
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públicas nas mãos dos concessionários individuais ou 
consorciados. 
 
Errado. Aqui uma questão chatinha que cobrou decoreba dos artigos 76 e 
77 da Lei 11.284/2006. Irei reproduzir aqui para vocês terem ideia do 
nível de cobrança das provas do Cespe. 
 Em 10 anos contados da data de publicação desta Lei, a área total 
com concessões florestais da União não poderá ultrapassar 20% do 
total de área de suas florestas públicas disponíveis para a concessão, com 
exceção das unidades de manejo localizadas em florestas nacionais 
criadas nos termos do art. 17 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. 
 Ao final dos 10 primeiros anos contados da data de publicação desta 
Lei, cada concessionário, individualmente ou em consórcio, não poderá 
concentrar mais de 10% do total da área das florestas públicas 
disponíveis para a concessão em cada esfera de governo. 
 
8 - (CESPE / UnB - Técnico do Planejamento e Pesquisa - 
Engenharia Florestal - IPEA - 2008) 
A Lei 11.284, Lei de Gestão de Floresta Públicas, que dispõe sobre 
a gestão de florestas públicas para a produção sustentável, 
estabelece três destinações na gestão das áreas florestais 
públicas:(1)unidades de conservação que permitem a produção 
florestal sustentável(e.g. florestas nacionais); (2) uso comunitário 
(como assentamos florestais e reservas extrativistas); (3) 
concessões florestais pagas, baseadas em processo de licitação 
pública, com a transferência de titularidade das áreas florestais 
sob gestão para agentes privadas. 
 
Errado. Não tem transferência de titularidade! Segundo o Art. 16, §1º, I 
da Lei 11.284/ 2006, a concessão florestal confere ao 
concessionário somente os direitos expressamente previstos no 
contrato de concessão, sendo vedada a outorga de titularidade 
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imobiliária ou preferência em sua aquisição. 
 
9- (FCC - Procurador do Município - PGM Recife - 2008) 
O instituto da concessão florestal aplica-se a florestas públicas ou 
privadas, desde que sejam incluídas, previamente, aquelas no 
cadastro Nacional de Florestas Públicas e estas no Plano Anual de 
Outorga Florestal. 
 
Errado. Aplica-se somente às florestas públicas. 
 
10 - (FCC - Procurador - TCE/AP - 2010) 
A licitação para a concessão florestal, nos termos da Lei 11. 
284/2006 é aberta à participação de pessoas jurídicas brasileiras 
e estrangeiras. 
 
Errado. Segundo o art. 19 § 1º da Lei 11.284/ 2006, somente poderão 
ser habilitadas nas licitações para concessão florestal empresas ou 
outras pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que 
tenham sede e administração no País. 
 
11 - (FCC - Procurador - TCE/AP - 2010) 
A licitação para a concessão florestal, nos termos da Lei 11. 
284/2006 será julgada apenas com base no critério de melhor 
preço oferecido pelo particular. 
 
Errado. 
Critérios de Seleção 
No julgamento da licitação, a melhor proposta será considerada 
em razão da combinação dos seguintes critérios: 
I - o maior preço ofertado como pagamento ao poder concedente pela 
outorga da concessão florestal; 
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II - a melhor técnica, considerando: 
 a) o menor impacto ambiental; 
 b) os maiores benefícios sociais diretos; 
 c) a maior eficiência; 
 d) a maior agregação de valor ao produto ou serviço florestal na 
região da concessão. 
 
12 - (FCC - Procurador do Município - PGM Recife - 2008) 
O instituto da concessão florestal aplica-se a florestas privadas 
apenas, necessariamente localizadas na região da Amazônia 
Legal. 
 
Errado. Aqui temos 2 erros, pois concessão florestal aplica-se somente às 
florestas públicas e não há exigência de ser na Amazônia Legal. A 
concessão florestal pode ser instituída em qualquer bioma desde que a 
floresta esteja inserida no Cadastro Nacional de Florestas Públicas e 
incluída no PAOF. 
 
13 - (Engenheiro Florestal ± UFPA ± 2013) 
De acordo com o Artigo 3º da Lei 11.284 de 2 de março de 2006, 
que dispõe sobre a Gestão de Florestas Públicas, considera-se 
Ciclo, o período decorrido entre 
(A) duas florações das árvores a serem colhidas em uma área de 
manejo florestal sustentável. 
(B) a concessão florestal de dois conjuntos de unidades de 
manejo a serem licitadas. 
(C) dois momentos de colheita de produtos florestais numa 
mesma área. 
(D) a colheita de produtos madeireiros e a colheita de produtos 
não madeireiros na área de manejo florestal. 
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(E) o desbaste de um povoamento florestal e o corte raso desse 
povoamento. 
Gabarito letra C. Ciclo: período decorrido entre 2 (dois) momentos de 
colheita de produtos florestais numa mesma área. 
 
14 - (Engenheiro Florestal ± UFPA ± 2013) 
De acordo com o Artigo 3º da Lei 11.284, de 2 de março de 2006, 
que dispõe sobre a Gestão de Florestas Públicas, consideram-se 
Serviços Florestais: 
(A) gestão de florestas, manejo ou administração florestal, 
atividades extrativistas e outras ações exercidas por comunidades 
tradicionais. 
(B) produtos madeireiros e não madeireiros gerados pelo manejo 
florestal sustentável. 
(C) atividades desempenhadas por empresas madeireiras, como 
exploração florestal e outras ações exercidas por terceiros ou 
moradores da floresta. 
(D) elementos ou características de determinada floresta, 
potencial ou efetivamente geradores de produtos florestais 
(E) turismo e outras ações ou benefícios decorrentes do manejo e 
da conservação da floresta, não caracterizados como produtos 
florestais. 
 
Gabarito letra E. 
Recursos florestais: elementos ou características de determinada 
floresta, potencial ou efetivamente geradores de produtos ou serviços 
florestais; 
Produtos florestais: produtos madeireiros e não madeireiros gerados 
pelo manejo florestal sustentável; 
Serviços florestais: turismo e outras ações ou benefícios decorrentes do 
manejo e conservação da floresta, não caracterizados como produtos 
florestais. 
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15 - (CESPE / UnB ± Analista Pericial ± Engenharia Florestal ± 
2013) 
O regime econômico e financeiro da concessão florestal 
compreende o pagamento do preço, não inferior ao mínimo 
definido no edital da licitação para a concessão, calculado em 
função da quantidade de produto ou serviço auferido do objeto da 
concessão ou do faturamento liquido ou bruto. 
 
Certo. 
Art. 36. O regime econômico e financeiro da concessão 
florestal, conforme estabelecido no respectivo contrato, compreende: 
I - o pagamento de preço calculado sobre os custos de realização do 
edital de licitação da concessão florestal da unidade de manejo; 
II - o pagamento de preço, não inferior ao mínimo definido no 
edital de licitação, calculadoem função da quantidade de produto 
ou serviço auferido do objeto da concessão ou do faturamento 
líquido ou bruto; 
III - a responsabilidade do concessionário de realizar outros 
investimentos previstos no edital e no contrato; 
IV - a indisponibilidade, pelo concessionário, salvo disposição 
contratual, dos bens considerados reversíveis. 
§ 1o O preço referido no inciso I do caput deste artigo será definido no 
edital de licitação e poderá ser parcelado em até 1 (um) ano, com base 
em critérios técnicos e levando-se em consideração as peculiaridades 
locais. 
§ 2o A definição do preço mínimo no edital deverá considerar: 
I - o estímulo à competição e à concorrência; 
II - a garantia de condições de competição do manejo em terras 
privadas; 
III - a cobertura dos custos do sistema de outorga; 
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IV - a geração de benefícios para a sociedade, aferidos inclusive pela 
renda gerada; 
V - o estímulo ao uso múltiplo da floresta; 
VI - a manutenção e a ampliação da competitividade da atividade de 
base florestal; 
VII - as referências internacionais aplicáveis. 
 
Se a concessão ocorrer FORA de Florestas Nacionais: 
Os recursos financeiros oriundos dos preços da concessão florestal de 
unidades localizadas em áreas de domínio da União serão distribuídos da 
seguinte forma: 
I - Será fixado, nos termos de regulamento, valor mínimo a ser exigido 
anualmente do concessionário (correspondente a até 30% do valor 
total), independentemente da produção ou dos valores por ele auferidos 
com a exploração do objeto da concessão. 
a) 70% (setenta por cento) ao órgão gestor para a execução de suas 
atividades; 
b) 30% (trinta por cento) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, para utilização restrita em 
atividades de controle e fiscalização ambiental de atividades florestais, de 
unidades de conservação e do desmatamento; 
 
II - Do valor restante pago anualmente pelo concessionário 
(correspondente a no mínimo 70% do valor total): 
a) Estados: 30% (trinta por cento), destinados proporcionalmente à 
distribuição da floresta pública outorgada em suas respectivas jurisdições, 
para o apoio e promoção da utilização sustentável dos recursos florestais, 
sempre que o ente beneficiário cumprir com a finalidade deste aporte; 
b) Municípios: 30% (trinta por cento), destinados proporcionalmente à 
distribuição da floresta pública outorgada em suas respectivas jurisdições, 
para o apoio e promoção da utilização sustentável dos recursos florestais, 
sempre que o ente beneficiário cumprir com a finalidade deste aporte; 
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c) Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal - FNDF: 40% (quarenta 
por cento). 
 
b) Se a concessão ocorrer DENTRO de Florestas Nacionais: 
Quando os recursos financeiros forem oriundos dos preços da concessão 
florestal de unidades localizadas em florestas nacionais criadas pela União 
nos termos do art. 17 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, serão 
distribuídos da seguinte forma: 
I - O valor mínimo pago anualmente pelo concessionário 
(correspondente a 30% do valor total) será destinado ao Serviço 
Florestal Brasileiro para execução de suas atividades; 
II - o preço pago, excluído o valor mencionado no inciso I, terá a seguinte 
destinação: 
a) Instituto Chico Mendes: 40% (quarenta por cento), para utilização 
restrita na gestão das unidades de conservação de uso sustentável; 
b) Estados: 20% (vinte por cento), destinados proporcionalmente à 
distribuição da floresta pública outorgada em suas respectivas jurisdições, 
para o apoio e promoção da utilização sustentável dos recursos florestais, 
sempre que o ente beneficiário cumprir com a finalidade deste aporte; 
c) Municípios: 20% (vinte por cento), destinados proporcionalmente à 
distribuição da floresta pública outorgada em suas respectivas jurisdições, 
para o apoio e promoção da utilização sustentável dos recursos florestais, 
sempre que o ente beneficiário cumprir com a finalidade deste aporte; 
d) FNDF: 20% (vinte por cento). 
 
16 - (CESPE / UnB ± Analista Pericial ± Engenharia Florestal ± 
2013) 
Uma empresa contratada para a concessão florestal poderá 
explorar o ecoturismo na área concedida, incluindo-se a 
hospedagem, desde que esteja especificado no contrato de 
gestão. 
 
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Certo. Seria um exemplo de exploração de serviços florestais. 
 
17 - (CESPE / UnB ± Analista Pericial ± Engenharia Florestal ± 
2013) 
A empresa fica autorizada a comercializar créditos decorrentes da 
emissão evitada de carbono em florestas naturais. 
 
Errado. 
Art. 14, § 1o É vedada a outorga de qualquer dos seguintes direitos 
no âmbito da concessão florestal: VI - comercialização de créditos 
decorrentes da emissão evitada de carbono em florestas naturais. 
§ 2o No caso de reflorestamento de áreas degradadas ou convertidas 
para uso alternativo do solo, o direito de comercializar créditos de 
carbono poderá ser incluído no objeto da concessão, nos termos de 
regulamento. 
 
18 - (CESPE / UnB ±Especialista em Meio Ambiente ± SEMA - 
2012) 
As licitações para concessão florestal serão realizadas na 
modalidade tomada de preço especial e outorgadas a título 
desoneroso. 
 
Errado. Concessão florestal: delegação onerosa, feita pelo poder 
concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentável para 
exploração de produtos e serviços numa unidade de manejo, mediante 
licitação, à pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda às 
exigências do respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para 
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. 
As licitações para concessão florestal serão realizadas na 
modalidade concorrência e outorgadas a título oneroso. 
 
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19 - (CESPE / UnB ±Especialista em Meio Ambiente ± SEMA - 
2012) 
As licitações para concessão florestal serão realizadas na 
modalidade carta-convite e outorgadas a título oneroso. 
 
Errado. Concessão florestal: delegação onerosa, feita pelo poder 
concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentável para 
exploração de produtos e serviços numa unidade de manejo, mediante 
licitação, à pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda às 
exigências do respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para 
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. 
As licitações para concessão florestal serão realizadas na 
modalidade concorrência e outorgadas a título oneroso. 
 
20 - (CESPE /UnB - Promotor de Justiça - MPE-AC - 2014) 
A gestão de florestas públicas para produção sustentável 
compreende três modalidades: a concessão florestal, a destinação 
de florestas públicas às comunidades locais e a criação e gestão 
direta de florestas públicas nacionais, estaduais e municipais 
definidas como unidades de conservação da natureza.Certo. 
A gestão de florestas públicas para produção sustentável compreende: 
I - a criação de florestas nacionais, estaduais e municipais, nos termos 
do art. 17 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e sua gestão direta; 
II - a destinação de florestas públicas às comunidades locais; 
III - a concessão florestal. 
 
21 - (CESPE / UnB ± Consultor Legislativo da Câmara dos 
Deputados ± 2014) 
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No âmbito da concessão florestal em apreço, a empresa terá, 
também, o direito de acesso ao patrimônio genético da região 
para fins de pesquisa. 
 
Errado. 
Consoante dispõe o art. 16 da Lei de Gestão de Florestas Públicas, a 
concessão florestal confere ao concessionário somente os direitos 
expressamente previstos no contrato de concessão. É vedada a outorga 
de qualquer dos seguintes direitos no âmbito da concessão florestal: 
I - titularidade imobiliária ou preferência em sua aquisição; 
II - acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e 
desenvolvimento, bioprospecção ou constituição de coleções; 
III - uso dos recursos hídricos acima do especificado como 
insignificante, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997; 
IV - exploração dos recursos minerais; 
V - exploração de recursos pesqueiros ou da fauna silvestre; 
VI - comercialização de créditos decorrentes da emissão evitada de 
carbono em florestas naturais. 
 
22 - (CESPE / UnB ± Consultor Legislativo da Câmara dos 
Deputados ± 2014) 
O plano de manejo florestal sustentável da referida empresa deve 
prever uma área de reserva absoluta de, no mínimo, 5% do total 
da área concedida para fins de conservação da biodiversidade da 
região, na qual não será permitido qualquer tipo de exploração 
econômica. 
 
Certo. 
O art. 32 da Lei 11.284/06 dispõe que o PMFS deverá apresentar 
área geograficamente delimitada destinada à reserva absoluta, 
representativa dos ecossistemas florestais manejados, equivalente a, no 
mínimo, 5% (cinco por cento) do total da área concedida, para 
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conservação da biodiversidade e avaliação e monitoramento dos impactos 
do manejo florestal. 
Para efeito do cálculo do percentual mínimo de 5%, não serão 
computadas as áreas de preservação permanente. 
A área de reserva absoluta não poderá ser objeto de qualquer tipo 
de exploração econômica. 
A área de reserva absoluta poderá ser definida pelo órgão gestor 
previamente à elaboração do PMFS. 
 
23 - (CESPE / UnB ± Advogado da União ± AGU ± 2015) 
As três modalidades de gestão de florestas públicas nacionais 
para produção sustentável são a concessão florestal ao setor 
privado, a destinação de florestas públicas às comunidades locais, 
além da gestão direta governamental pelo órgão competente 
integrante do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. 
 
Certo. 
A Lei n.º 11.284/2006, no art. 4º, prevê as três modalidades de 
gestão de florestas públicas nacionais para produção sustentável: 
I) a criação de florestas nacionais, estaduais e municipais, nos 
termos do art. 17 da Lei n.º 9.985/2000, e sua gestão direta; 
II) a destinação de florestas públicas às comunidades locais; e 
III) a concessão florestal. 
 
24 - (CESPE / UnB ± Advogado da União ± AGU ± 2015) 
O Serviço Florestal Brasileiro, órgão gestor da concessão de 
florestas públicas nacionais, vinculado ao Ministério do Meio 
Ambiente, deve emitir a licença ambiental prévia antes da 
publicação de edital de licitação para a concessão florestal. 
 
Errado. 
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A Lei n.º 11.284/06, no art. 54, institui o Serviço Florestal Brasileiro 
± SFB, órgão gestor da concessão de florestas públicas nacionais, 
integrante da estrutura básica do Ministério do Meio Ambiente. 
 
 
De acordo com o art. 53, III, da Lei 11.284/06, caberá aos órgãos 
gestores federal, estaduais e municipais, no âmbito de suas competências 
solicitar ao órgão ambiental competente a licença prévia prevista no art. 
18 da mesma lei. 
Ainda conforme dispõe o art. 18, caput, a licença prévia para uso 
sustentável da unidade de manejo será requerida pelo órgão gestor, 
mediante a apresentação de relatório ambiental preliminar ao órgão 
ambiental competente integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente 
± SISNAMA. 
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) não tem competência para 
emitir a licença prévia, mas apenas a competência para solicitar ao órgão 
ambiental competente a sua emissão. 
O art. 50 dispõe que caberá aos órgãos do Sisnama 
responsáveis pelo controle e fiscalização ambiental das atividades 
florestais em suas respectivas jurisdições: expedir a licença prévia para 
uso sustentável da unidade de manejo das respectivas florestas públicas e 
outras licenças de sua competência. Lembrando que o IBAMA é órgão 
federal executor integrante do SISNAMA com atribuição para expedir 
licenças ambientais. 
Diante disso, o erro está em se afirmar que o SFB ³GHYH�HPLWLU� D�
licença ambiental prévia´� 
 
Gabarito 
1C 2C 3E 4E 5E 6C 7E 8E 9E 10E 11E 12E 
13C 14E 15C 16C 17E 18E 19E 20C 21E 22C 23C 24E 
 
 
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Lista de Questões + Gabarito 
 
Lei 11.428/2006 ± Bioma Mata Atlântica 
 
1 - (FGV - OAB - Exame 2010.3) 
A supressão de vegetação primária e secundária no estágio 
avançado de regeneração somente poderá ser autorizada em caso 
de utilidade pública, sendo que a vegetação secundária em estágio 
médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de utilidade 
pública e interesse social, em todos os casos devidamente 
caracterizados e motivados em procedimento administrativo 
próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao 
empreendimento proposto, conforme o disposto no art. 14 da Lei 
11.428/2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da 
vegetação nativa do bioma Mata Atlântica. 
A esse respeito, assinale a alternativa correta. 
(A) Um advogado de proprietário de terreno urbano afirma ser 
possível a obtenção de licença ambiental para edificação de 
condomínio residencial com supressão de Mata Atlântica com base 
em utilidade pública. 
(B) A licença ambiental de empreendimento de relevante e 
significativo impacto ambiental localizado em terreno recoberto 
de Mata Atlântica não pode ser concedida em hipótese alguma. 
(C) Um produtor de pequena propriedade ou posse rural entende 
que é possível a obtenção de licença ambiental para atividade 
agroflorestal sustentável, tendo como motivo o interesse social. 
(D) Desde que obtida a autorização de supressão de vegetação de 
Mata Atlântica, com base na Lei 11.428/2006, não é aplicável a 
legislação que exige a licença ambiental, de acordo com a 
CRFB/88, a Lei 6.938/81 e o Decreto 99.274/90. 
 
2 - (FGV - OAB - VII Exame) 
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Como a Mata Atlântica é considerada patrimônio nacional, por 
força do art. 225, §4º, da CRFB, apenas a União possui 
competência para a criação de unidades de conservação que 
incluam tal bioma em seus limites. 
 
3 ± (Promotor de Justiça ± MPE ± SC ± 2013) 
Conforme a Lei 11.428/2006, a vegetação primária ou a 
vegetação secundária em qualquer estágio de regeneração do 
Bioma Mata Atlântica não perderão esta classificação nos casos de 
incêndio, desmatamento ou qualquer outro tipo de intervenção 
não autorizada ou não licenciada. 
 
 
Gabarito 
 
1C 2E 3E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lei 11.284/2006 ± Gestão de Florestas Públicas 
 
1 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA 
- 2012) 
Na estrutura básica do Ministério do Meio Ambiente, foi criado o 
Serviço Florestal Brasileiro, para exercer a função de órgão gestor 
das concessões florestais, no âmbito federal, e de órgão gestor do 
Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF). 
 
2 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - 
BASA - 2012) 
O processo de licenciamento ambiental para uso sustentável da 
unidade de manejo florestal compreende a licença prévia e a 
licença de operação, não se lhe aplicando a exigência de licença 
de instalação. 
 
3 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA 
- 2012) 
O Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) deverá conter a 
descrição de áreas destinadas à oferta para exploração florestal 
sustentável, considerando a inclusão das terras indígenas, das 
áreas ocupadas por comunidades locais e das áreas de interesse 
para a criação de unidades de conservação de proteção integral. 
 
4 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - 
BASA - 2012) 
No caso de prática de reflorestamento de áreas degradadas ou 
convertidas para uso alternativo do solo, a concessão florestal não 
outorga ao concessionário o direito de incluir no objeto da 
concessão a comercialização de créditos de carbono, nos termos 
de regulamento. 
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5 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - 
BASA - 2012) 
Na Floresta Nacional do Jamari, localizada no estado do Pará, em 
uma das áreas de baixa pressão para a prática do desmatamento, 
foi lançado o primeiro lote de concessão florestal pelo Serviço 
Florestal Brasileiro. 
 
6 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA 
- 2012) 
Concessão florestal é o processo pelo qual o Estado concede o 
direito sobre a colheita de produtos florestais madeireiros e não 
madeireiros de florestas públicas a empresas privadas, ONGs ou 
associações comunitárias, mediante licitação pública. 
 
7 - (CESPE / UnB - Técnico Científico - Engenharia Florestal - BASA 
- 2012) 
A área total com concessões florestais da União não poderá 
ultrapassar 35% do total de área de suas florestas públicas 
disponíveis para concessão depois de dez anos contados a partir 
da data de publicação da lei que institui o Serviço Florestal 
Brasileiro e dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a 
produção sustentável, a fim de minimizar a concentração de áreas 
públicas nas mãos dos concessionários individuais ou 
consorciados. 
 
8 - (CESPE / UnB - Técnico do Planejamento e Pesquisa - 
Engenharia Florestal - IPEA - 2008) 
A Lei 11.284, Lei de Gestão de Floresta Públicas, que dispõe sobre 
a gestão de florestas públicas para a produção sustentável, 
estabelece três destinações na gestão das áreas florestais 
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públicas:(1)unidades de conservação que permitem a produção 
florestal sustentável(e.g. florestas nacionais); (2) uso comunitário 
(como assentamos florestais e reservas extrativistas); (3) 
concessões florestais pagas, baseadas em processo de licitação 
pública, com a transferência de titularidade das áreas florestais 
sob gestão para agentes privadas. 
 
9- (FCC - Procurador do Município - PGM Recife - 2008) 
O instituto da concessão florestal aplica-se a florestas públicas ou 
privadas, desde que sejam incluídas, previamente, aquelas no 
cadastro Nacional de Florestas Públicas e estas no Plano Anual de 
Outorga Florestal. 
 
10 - (FCC - Procurador - TCE/AP - 2010) 
A licitação para a concessão florestal, nos termos da Lei 11. 
284/2006 é aberta à participação de pessoas jurídicas brasileiras 
e estrangeiras. 
 
11 - (FCC - Procurador - TCE/AP - 2010) 
A licitação para a concessão florestal, nos termos da Lei 11. 
284/2006 será julgada apenas com base no critério de melhor 
preço oferecido pelo particular. 
 
12 - (FCC - Procurador do Município - PGM Recife - 2008) 
O instituto da concessão florestal aplica-se a florestas privadas 
apenas, necessariamente localizadas na região da Amazônia 
Legal. 
 
13 - (Engenheiro Florestal ± UFPA ± 2013) 
De acordo com o Artigo 3º da Lei 11.284 de 2 de março de 2006, 
que dispõe sobre a Gestão de Florestas Públicas, considera-se 
Ciclo, o período decorrido entre 
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(A) duas florações das árvores a serem colhidas em uma área de 
manejo florestal sustentável. 
(B) a concessão florestal de dois conjuntos de unidades de 
manejo a serem licitadas. 
(C) dois momentos de colheita de produtos florestais numa 
mesma área. 
(D) a colheita de produtos madeireiros e a colheita de produtos 
não madeireiros na área de manejo florestal. 
(E) o desbaste de um povoamento florestal e o corte raso desse 
povoamento. 
 
14 - (Engenheiro Florestal ± UFPA ± 2013) 
De acordo com o Artigo 3º da Lei 11.284, de 2 de março de 2006, 
que dispõe sobre a Gestão de Florestas Públicas, consideram-se 
Serviços Florestais: 
(A) gestão de florestas, manejo ou administração florestal, 
atividades extrativistas e outras ações exercidas por comunidades 
tradicionais. 
(B) produtos madeireiros e não madeireiros gerados pelo manejo 
florestal sustentável. 
(C) atividades desempenhadas por empresas madeireiras, como 
exploração florestal e outras ações exercidas por terceiros ou 
moradores da floresta. 
(D) elementos ou características de determinada floresta, 
potencial ou efetivamente geradores de produtos florestais 
(E) turismo e outras ações ou benefícios decorrentes do manejo e 
da conservação da floresta, não caracterizados como produtos 
florestais. 
 
15 - (CESPE / UnB ± Analista Pericial ± Engenharia Florestal ± 
2013) 
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O regime econômico e financeiro da concessão florestal 
compreende o pagamento do preço, não inferior ao mínimo 
definido no edital da licitação para a concessão,

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