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Diversidade e Identidade sem Diferenças

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Universidade Estadual de Goiás
Campus Faculdade do Esporte - ESEFFEGO 
Goiânia, 18 de Março de 2019 1º Período – Fisioterapia
Disciplina: Diversidade, Cidadania e Diretos
Professora: Cristina Bonetti 
Alunos: Fernanda de Souza, Layra Alves, Lucca Maia, Karolyne Rodrigues
Trabalho de Diversidade: Identidade e diversidade sem diferenças.
A diversidade mestiça e a criação da nacionalidade. 
 A questão da identidade nacional é assunto recorrente e incisivo na história do Brasil. Dois motivos destacam-se quando analisada a questão: o tamanho do Brasil e o processo de miscigenação. Por ser um país de dimensões continentais, o Brasil se desenvolveu por muito tempo isoladamente em diversos lugares, o que gerou a dificuldade de unificação cultural. A mistura de povos vindos para o Brasil no decorrer da história, criou o que somos hoje, porém durante muito tempo este foi um fator que dividiu a população em classes, sendo um obstáculo para a criação de uma identidade nacional.
 As primeiras políticas públicas no Brasil, começaram quando D. João VI fez um investimento artístico e intelectual no país, houve a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Museu Nacional, e a Academia Imperial de Belas Artes.
 Somente após a “Revolução de 1930” houve uma intervenção sistemática do Estado na cultura brasileira. No Período Getulista ocorreu o surgimento de diversas instituições culturais na área da cinematografia, jornalismo e a formulação de Universidades Públicas como as que existem atualmente. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), foi um grande auxiliador no processo de manipulação da identidade brasileira, Vargas tinha uma visão populista e trabalhista e queria repassar essas características a população. 
A diversidade na unidade e a integração nacional. 
 O regime militar instaurado no Brasil em 1964 também foi um momento histórico onde o Estado interferiu na cultura. Já que a unidade continental do país é extensa, a preocupação dos militares era manter sua integração com a ajuda da cultura.
 O lema “Proteger e integrar a nação” foi trabalhado pela elite brasileira, afim de determinar uma visão que retratasse uma população unificada. Outra media tomada foi a criação do Conselho Federal de Cultura (CFC), com profissionais renomados e conservadores para elaborarem a política cultural. Sendo a reverência ao passado e o conservadorismo o viés norteador da política do CFC.
 O ápice do uso da cultura para fins políticos aconteceu no governo Geisel (1974/1978).  O primeiro plano de ação governamental, Política Nacional de Cultura (PNC), procurou definir e situar a cultura brasileira e suas peculiaridades, principalmente as nossas bases culturais (indígena, européia e negra).
 De acordo com a Política Nacional de Cultura (1975): “A sobrevivência de uma nação se enraíza na continuidade cultural e compreende a capacidade de integrar e absorver suas próprias alterações. A cultura, com tal sentido e alcance, é o meio indispensável para fortalecer e consolidar a nacionalidade”. Com isso, fica claro a pretensão governamental relacionada a cultura.
 Ainda sobre a discussão, foram promovidos encontros nacionais de culturas com representantes de todos os estados da federação. Contudo, o tom de unidade cultural e, portanto, nacional permaneceu em destaque quanto ao assunto.
 3. A mercadoria da diversidade e o Estado-Nação Neoliberal.
 O processo de redemocratização do país, através da eleição de Fernando Collor, não significou o estabelecimento de uma política cultural no Brasil. Na verdade, o presidente quase de imediato extinguiu o recém-criado “Ministério da Cultura (MinC)”, junto com outras instituições como a Embrafilme e o SPHAN.
 Apesar disso, seu governo dá continuidade à política de incentivo fiscal para a cultura iniciada no governo Sarney com a lei de 1986. Esse formato propõe que o poder público abdique parte dos impostos devidos do setor privado, para que este possa investir seus próprios recursos em um determinado produto cultural.
 Entretanto, o pouco controle do poder público foi o que fez a lei não ser bem-sucedida, pois não se distinguia entre os produtos culturais, aqueles que eram viáveis e aqueles que necessitavam de apoio público.
 No governo de Collor, foi criada a Lei Rouanet e o Fundo de Investimento Cultural e Artístico (FICART), que funcionava como carteiras de crédito disciplinadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
 Em 1993, no mandato de Itamar Franco, foi criada a Lei do Audiovisual, específica para projetos de audiovisual nas áreas de produção, exibição, distribuição e infraestrutura.
Fernando Henrique Cardoso recria o MinC, colocando o cientista político Francisco Weffort à frente do ministério. Para ele, a visão de Estado mínimo acompanhada pela política de incentivo fiscal reforça a submissão da cultura à lógica do mercado.
 Em 1995, Weffort modificou a Lei Rouanet, introduzindo o captador de recursos. Dessa forma “a nova versão da lei reforçou o movimento de transferência para o mercado de uma parcela crescente da responsabilidade sobre a política cultural do país. Por um lado, o Estado abdica de determinar onde investir o dinheiro, o que deveria ocorrer dentro de um planejamento em longo prazo. Por outro, a escolha de qual projeto cultural deva receber o mecenato custeado pelo dinheiro público fica nas mãos dos empresários” (BARBALHO, A. III enecult. 2007. p. 10)
 A Lei Rouanet, provocou uma certa exigência para que houvesse uma maior profissionalização entre os artistas e uma equipe profissional de apoio, criando assim uma desigualdade, visto que muitos criadores não possuíam dinheiro para obter tal assessoria.
 Uma crítica comum dos artistas e produtores era que as empresas só se interessavam por projetos com sucesso na mídia ou entre o povo. Então muitos dos novos criadores eram deixados de lado.
 Wefford defendia que uma das maiores riquezas do Brasil era sua diversidade cultural e sua identidade ainda em construção. Na avaliação dele, os brasileiros deveriam continuar a produzir projetos culturais para que não precisasse “importar” culturas de outro país, e começasse a “exportar” para o mundo, a cultura brasileira.
A diversidade e as identidades nacionais.
 No primeiro governo Lula, diferentemente dos outros períodos já citados, quando se fala em Ministério da Cultura a diferenciação de uma pessoa ou grupo é pluralizada.
 Gilberto Gil a fim de revelar os brasis, trabalhar com as várias manifestações culturais nas suas matrizes religiosas, regionais, étnicas e de gêneros, não se limita apenas ao Ministério da Cultura, como também o Ministério da Educação e o Ministério do Meio Ambiente.
 Especificamente no Ministério da Cultura uma Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural é criada, a mesma tem três desafios centrais:
1- Participar de debates internacionais sobre a diversidade cultural;
2- Fazer com que o conceito de diversidade cultural brasileira seja entendido;
3- Dialogar com grupos culturais representativos ainda excluídos da política pública;
De acordo com Juca Ferreira, o MinC tem uma nova visão com a tendência antropológica, valorizando os modos de expressão. Logo, ai está a necessidade desse ministério alcançar as culturas populares, etnias, grupos etários, trabalhadores, dando a real importância e essas expressões. Essa preocupação motivou a criação do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania- Cultura Viva, que abrange os brasileiros que não tem acesso a direitos básicos, incluindo a cultura. Tal programa permite o acesso aos meios de formação, criação, difusão e oportunidade à cultura. A principal ação é apoiar projetos culturais, para promover o fluxo de informação, conhecimento e experiência.
E as diferenças... 
 Conclui-se que a questão da identidade nacional é recorrente em todos os períodos analisados, a resposta para este assunto sempre passa pela questão da diversidade cultural. Atualmente, busca-seuma “harmonia” para incorporar as diferenças e não apenas promover a unicidade, tendo como principal valor a humanidade.

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