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Prova11 Assistente Social CETRO 2006 (2)

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Prefeitura Municipal de Cruzeiro – 145 – Assistente Social/10 2 
 
 
 
PORTUGUÊS 
 
O texto a seguir refere-se às questões 1, 2, 3 e 4. 
 
“Eda dos Santos vivia reclamando às vizinhas das agressões 
que sofria do segundo marido. E a dureza dessa vida, os tapas, 
e também os beijos, tudo virava versos nas mãos dessa mulher 
simples, uma dona de casa, que gostava de fazer poesia nas 
poucas horas vagas. Além de cuidar da casa e dos três filhos, 
ela vendia produtos da Avon de porta em porta. Foi assassinada 
num dia de outubro de 1997. O marido, bêbado e tomado por 
um violento ataque de ciúmes, matou-a com quatro tiros de 
revólver.” 
 
(Lima, Paulo Pereira. “Atenção, mulheres em perigo”. Revista Caros 
Amigos. São Paulo, Ed. Casa Amarela, 12/2000, p.20.) 
 
 
Nas questões 1, 2, 3 e 4 assinale a alternativa correta. 
 
1. A crase presente no primeiro período do texto explica-se 
porque 
 
(A) os artigos femininos, mesmo quando no plural, são 
acentuados com crase antes de palavras no 
feminino, como no caso da palavra “vizinha”. 
(B) há contração entre a preposição relacionada à 
palavra “reclamando” e o artigo relacionado ao 
substantivo “vizinhas”. 
(C) a palavra “reclamando” tem sentido incompleto, o 
que exige complemento introduzido por preposição 
acentuada por crase. 
(D) sempre que houver encontro entre preposição e 
artigo definido haverá crase, assinalada 
graficamente pelo acento grave. 
(E) trata-se da preposição que introduz o complemento 
do verbo viver, e, como esse complemento é 
feminino (“vizinhas”), a crase é obrigatória. 
 
 
2. No mesmo texto em destaque, o trecho “os tapas, e 
também os beijos, tudo virava versos nas mãos dessa mulher 
simples” trata-se de 
 
(A) uma metáfora. 
(B) uma hipérbole. 
(C) uma metonímia. 
(D) uma enumeração. 
(E) uma gradação. 
 
 
3. Assinale a alternativa que registra uma oração subordinada 
adjetiva presente no texto. 
 
(A) “ela vendia produtos da Avon de porta em porta”. 
(B) “matou-a com quatro tiros de revólver”. 
(C) “que gostava de fazer poesia nas poucas horas 
vagas”. 
(D) “tudo virava versos nas mãos dessa mulher 
simples”. 
(E) “Eda dos Santos vivia reclamando às vizinhas das 
agressões”. 
 
4. Sobre as expressões a seguir, presentes no texto, pode-se 
afirmar que 
 
I. “nas mãos dessa mulher” 
II. “nas poucas horas vagas”; 
III. “de porta em porta”; 
IV. “num dia de outubro de 1997”. 
 
(A) Todas exercem funções de advérbios nas orações 
em que estão inseridas. 
(B) Nenhuma exerce função de advérbio nas orações 
em que estão inseridas. 
(C) Apenas as orações “I” e “IV” são locuções adverbiais 
das orações em que estão inseridas. 
(D) Apenas as orações “II” e “III” são locuções 
adverbiais das orações em que estão inseridas. 
(E) Apenas a oração “III” tem função de advérbio na 
oração em que está inserida. 
 
 
 O texto a seguir refere-se às questões 5, 6 e 7. 
 
Símios processam operações matemáticas 
 
O cérebro dos símios pode trabalhar com quantidades 
numéricas e seria capaz de realizar pequenas operações 
matemáticas, segundo um estudo da Universidade de Tübingen 
(Alemanha) apresentado ontem na Áustria. Eles teriam sido 
capazes de distinguir número de pontos em uma tela, de acordo 
com Andreas Nieder, diretor do Instituto para o Estudo Clínico 
Cerebral da Universidade. Durante o experimento, os cientistas 
acompanharam a atividade neuronial através de eletrodos 
cerebrais e identificaram quais células eram as que mostravam 
mais atividade e as que eram responsáveis por processar a 
informação numérica. 
 
(O Estado de S. Paulo. 11/07/06, p. A 15) 
 
 
 
5. Assinale a alternativa em que o uso do verbo revela 
distanciamento do autor da notícia em relação aos 
resultados da experiência realizada: 
 
(A) “eram responsáveis por processar a informação 
numérica”. 
(B) “identificaram quais células eram as que mostravam 
mais atividade”. 
(C) “os cientistas acompanharam a atividade neuronial 
através de eletrodos”. 
(D) “O cérebro dos símios pode trabalhar com 
quantidades numéricas”. 
(E) “Eles teriam sido capazes de distinguir número de 
pontos em uma tela”. 
 
 
 
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6. Sobre as expressões a seguir, presentes no texto, é 
correto afirmar que 
 
I. “capazes de distinguir”. 
II. “responsáveis por processar”. 
 
(A) No item “I”, a palavra “capazes” não necessita de 
complemento à sua significação; por isso, o termo 
que a sucede é um adjunto adnominal. Já no item 
“II”, a palavra “responsáveis” necessita de 
complemento à sua significação; portanto, o termo 
que a sucede é um complemento nominal. 
(B) No item “I”, a palavra “capazes” necessita de 
complemento à sua significação; por isso, o termo 
que a sucede é um complemento nominal. Já no 
item “II”, a palavra “responsáveis” não necessita de 
complemento à sua significação, em razão do que o 
termo que a sucede é um adjunto nominal. 
(C) No item “I”, a palavra “capazes” não necessita de 
complemento à sua significação; por isso, o termo 
que a sucede é um adjunto adnominal, assim como 
no item “II”, em que a palavra “responsáveis” é 
sucedida por um adjunto nominal. 
(D) No item “I”, a palavra “capazes” não necessita de 
complemento à sua significação; por isso, o termo 
que a sucede é um adjunto adverbial, assim como 
no item “II”, em que a palavra “responsáveis” é 
sucedida por um adjunto adverbial. 
(E) Tanto no item “I” quanto no item “II”, os termos que 
sucedem respectivamente as palavras “capazes” e 
“responsáveis” são complementos nominais por 
completarem sintaticamente palavras que os 
prevêem em sua significação. 
 
 
7. Assinale a alternativa em que uma expressão, um termo 
ou uma palavra presente no texto apresente a mesma 
função sintática da conjunção subordinativa conformativa 
“segundo”, também presente nele. 
(A) “e seria capaz de realizar pequenas operações 
matemáticas”. 
(B) “de acordo com Andreas Nieder”. 
(C) Durante o experimento”. 
(D) “por processar a informação numérica”. 
(E) “para o Estudo Clínico Cerebral da Universidade”. 
 
 
8. Assinale a alternativa que apresenta o uso correto do 
pronome. 
(A) Logo ao chegar, cumprimentou-lhe pela vitória. 
(B) Forçou a visão, mas não avistou-o mais. 
(C) Nunca lhe ocorrera uma sorte tão grande. 
(D) Me comunicaram a chegada do navio ontem. 
(E) Você venha logo, que te conto o que ocorreu. 
 
 
 
O texto a seguir refere-se às questões 9, 10, e 11. 
 
 
Consolação 
 
Se não tivesse o amor 
Se não tivesse essa dor 
E se não tivesse o sofrer 
E se não tivesse o chorar 
Melhor era tudo se acabar. 
 
Eu amei 
Amei demais 
O que eu sofri 
Por causa do amor 
Ninguém sofreu. 
 
Eu chorei 
Perdi a paz 
Mas o que eu sei 
É que ninguém 
Nunca teve mais 
Mais do que eu. 
 
 (Moraes, Vinicius de. Songbook. Petrópolis. Lumiar 
Ed. 1993, p.54). 
 
Nas questões 9, 10, e 11 assinale a alternativa 
adequada. 
 
9. Do ponto de vista semântico, predominam no texto de 
Vinicius de Moraes 
 
(A) palavras que expressam experiências individuais 
negativas. 
(B) palavras que expressam experiências individuais 
positivas 
(C) palavras sem carga semântica em que o poeta 
deposita sentidos negativos. 
(D) palavras cujas cargas semânticas são subvertidas 
pelo poeta. 
(E) palavras cujas cargas semânticas positivas são 
subvertidas. 
 
 
10. No texto, o poeta emprega o verbo ter: 
 
(A) com sentido de posse; por isso concorda com os 
sujeitos ocultos, na terceira pessoa do singular, das 
orações em que ele ocorre. 
(B) na função de verbo de ligação,visto que os termos 
que o sucedem nas orações são predicativos do 
sujeito, com os quais concorda. 
(C) como verbo bitransitivo com sujeitos ocultos e os 
objetos “amor”, “dor”, “sofrer” e “chorar”. 
(D) em lugar do verbo haver, com sentido de existir; por 
isso assume o caráter impessoal desse verbo 
quando estiver na 3a. pessoa do singular. 
(E) na função de verbo transitivo indireto, visto que os 
termos que o sucedem nas orações são objetos 
indiretos, com os quais concorda. 
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11. Em relação às palavras “sofrer”, “chorar” e “acabar” pode-
se dizer que 
 
(A) todas são verbos no infinitivo pessoal e funcionam 
como verbos nas orações em que estão inseridas. 
(B) todas são verbos no infinitivo, mas a primeira e a 
segunda estão substantivadas, enquanto a terceira 
cumpre função de verbo. 
(C) todas são verbos no presente do indicativo e 
funcionam como verbos nas orações em que estão 
inseridas. 
(D) todas são verbos no presente do indicativo, mas a 
primeira e a segunda estão adjetivadas, enquanto a 
terceira cumpre função de verbo. 
(E) todas são verbos no infinitivo pessoal, mas nenhuma 
funciona como verbo nas orações em que estão 
inseridas. 
 
 
12. No texto a seguir, as preposições em destaque indicam 
respectivamente: 
 
“Fomos de São Paulo a Recife de avião com nossos 
amigos” 
 
(A) origem, destino, meio, companhia. 
(B) lugar, meio, posse, companhia. 
(C) meio, lugar, companhia, posse. 
(D) origem, meio, companhia, posse. 
(E) destino, origem, posse, companhia. 
 
 
13. Apenas uma das alternativas a seguir registra acentuação 
correta: 
 
(A) estaram (futuro), estáram (passado), ficarão 
(passado); 
(B) orgão-organismo, orfão-orfandade; 
(C) tem (verbo ter, singular), têm (verbo ter, plural); 
(D) veêm (verbo ver, plural); têem (verbo ter, plural) 
(E) iris, juíz, matríz, juizo. 
 
 
14. Assinale a alternativa em que a ortografia está correta. 
 
(A) pagem, forrajem, estalajem. 
(B) paraguassu (do tupi), champu, Chingu (do tupi). 
(C) giló; gericó, jeringonça (do espanhol). 
(D) viajem (verbo), viaje (verbo) viagem (substantivo). 
(E) cantão (verbo), cançam (verbo) cantam 
(substantivo). 
 
 
 
 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
 
15. O projeto Ético-político-profissional, legitimado pelos 
assistentes sociais e que vem se expressando nas duas 
últimas e mais recentes formulações dos códigos de ética, 
traduzem uma tomada de posição dos assistentes sociais 
na recusa dos processos de desigualdades contra todas 
as formas de exclusão social. A categoria vem assumindo 
uma posição ético-política pela ampliação da democracia 
e afirmação da cidadania. Os códigos explicitam princípios 
da liberdade e da justiça social, entre outros. A posição 
acima está explícita nos códigos de: 
 
(A) 1980 e 1993 
(B) 1887 e 1992 
(C) 1985 e 1986 
(D) 1986 e 1993 
(E) 1992 e 1995 
 
 
16. Você trabalha em uma empresa e atende os funcionários 
em plantões sociais reservados,individuais e sigilosos. Um 
funcionário que você acompanha há muito tempo, é 
chamado para prestar depoimento à justiça por ter 
cometido uma infração em sua carreira profissional. Qual 
atitude que você deve tomar mediante seu dever na 
relação com os usuários presente no código de ética 
profissional? 
 
(A) Você não comparece à justiça e diz que não pode 
quebrar o sigilo profissional. 
(B) Sua chefia comparece à justiça. 
(C) Você comparece à justiça e diz que está obrigado(a) 
guardar sigilo profissional. 
(D) Seu advogado comparece à justiça . 
(E) Você comparece à justiça e entrega o prontuário do 
funcionário. 
 
 
17. O código de ética do profissional Assistente Social é 
constituído por direitos e deveres , acarretando 
penalidades aos profissionais que cometem infração ao 
código. No Título IV – Da Observância, Penalidades, 
Aplicação e Cumprimento – do código, constam como 
penalidades desde a multa até a cassação do registro 
profissional. O artigo 25 alega que “A pena de suspensão 
acarreta ao assistente social a interdição do exercício 
profissional em todo território nacional pelo prazo de : 
 
(A) 30 dias a 1 ano.” 
(B) 30 dias a 6 meses.” 
(C) 30 dias a 2 anos.” 
(D) 30 dias a 3 anos.” 
(E) 30 dias a 9 meses.” 
 
 
 
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18. A lei federal 8069, que criou o Estatuto da Criança e do 
Adolescente , está vigorando no Brasil desde 1990 para 
toda essa população. Antes do ECA, existia o Código de 
Menores que deixava tudo nas mãos dos juízes das 
FEBEM´s e não oferecia possibilidades de participação da 
sociedade. Fruto da luta da sociedade pelos direitos 
infanto-juvenis, o ECA garante que todas as crianças e 
adolescentes sejam tratados com atenção, proteção e 
cuidados especiais. O Título e Capítulo do ECA que 
aborda as medidas de proteção são 
 
(A) Título II – Capítulo II. 
(B) Título II – Capítulo III. 
(C) Título III – Capítulo I. 
(D) Título III – Capítulo III. 
(E) Título IV – Capítulo II. 
 
 
19. O ECA garante direitos e exige deveres da criança e do 
adolescente. Exatamente como os adultos, não se pode 
praticar nada daquilo que a lei brasileira considere crime. 
Os atos de desrespeito à lei cometidos por crianças e 
adolescentes são chamados de atos infracionais. Assim 
como os adultos, a crinaça/adolescente àqueles responde 
perante o juiz. Aqueles que tiverem menos de 16 anos 
serão rerpesentados e aqueles que tiverem entre 16 e 
menos de 21 serão assistidos 
 
(A) somente pelos pais. 
(B) seus pais, tutores ou curadores. 
(C) somente por outros responsáveis. 
(D) seus pais e responsáveis. 
(E) pelos tutores. 
 
 
20. O desconhecimento da sociedade sobre o ECA ainda é 
grande. Apesar de construído com o apoio da sociedade 
civil organizada, ele ainda não faz parte do cotidiano da 
maior parte da população brasileira. Os dirigentes de 
estabelecimento de ensino fundamental deverão 
comunicar maus tratos envolvendo seus alunos. A quem 
deverão fazer essa comunicação : 
 
(A) ao conselho tutelar. 
(B) à justiça. 
(C) aos responsáveis. 
(D) ao Poder Público. 
(E) ao técnico de ensino 
 
21. A Constituição de 1998 consagrou a concepção de 
Seguridade Social enquanto Política Pública de Proteção 
Social, política de direitos, universal e de responsabilidade 
estatal, composta pelo tripé Saúde, Previdência e 
Assistência Social. Nessa direção, a Lei Orgânica da 
Assistência (LOAS) afirma novos paradigmas para a 
política de Assistência Social. Alguns deles são: 
 
(A) justiça e liberdade. 
(B) planos e projetos. 
(C) prestação de serviços e assistência. 
(D) garantia de cidadania e proteção sociais. 
(E) saúde pública e privada. 
22. O Sistema Único de Assistência (SUAS), cujo modelo de 
gestão é descentralizado e participativo, constitui-se na 
regulação e organização em todo território nacional das 
ações socioassistenciais no SUAS segundo as seguintes 
referências: 
 
(A) defesa social, familiar e individual. 
(B) vigilância social, proteção social e defesa social e 
institucional. 
(C) universalização e territorialização. 
(D) normatização e proteção social. 
(E) defesa institucional. 
 
23. O Benefício de Prestação Continuada (BCP) refere-se a 
um benefício garantido pela LOAS e consiste no 
pagamento mensal de 1 salário mínimo ao idoso com no 
mínimo 65 anos e à pessoa portadora de deficiência que 
comprovem não possuir meios de prover sua própria 
manutenção e nem de tê-la provida por sua família, 
conforme dispõe na lei. O benefício é concedido apenas 
se o indivíduo ou suafamília demonstrar 
 
(A) renda per capita inferior a 1/4 s.m. 
(B) renda per capita inferior a 1/5 s.m. 
(C) renda per capita inferior a 1/3 s.m. 
(D) renda per capita inferior a 1/6 s.m. 
(E) renda per capita inferior a 1 s.m. 
 
 
24. O Sistema Único de Saúde (SUS) de que trata a lei 8080, 
de 19/09/90 contará, em cada esfera de governo, sem 
prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as 
seguintes instâncias colegiadas: 
 
(A) colegiado e conselho de saúde. 
(B) unidades de saúde e conselho. 
(C) conselho e diretórios de saúde. 
(D) conferência e colegiado de saúde. 
(E) conferência e conselho de saúde. 
 
 
25. Um conselho de saúde é uma instância colegiada de 
caráter permanente e deliberativo, em cada esfera de 
governo, integrante da estrutura básica da Secretaria de 
Saúde com composição, organização e competência 
fixadas em lei. O conselho consubstancia a participação 
da sociedade organizada. A administração do Sistema de 
Saúde propicia o controle social desse sistema. É uma 
instância privilegiada na discussão política da saúde. O 
conselho de saúde deverá ser composto por: 
 
(A) representação paritária do governo federal e 
usuários da saúde 
(B) representantes dos sindicatos. 
(C) usuários eleitos nas unidades de saúde. 
(D) profissionais da saúde e do governo. 
(E) representantes do governo, de profissionais da 
saúde, de prestadores de serviços da saúde e 
usuários. 
 
 
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26. A lei nº 36/98 de Saúde Mental estabelece os princípios da 
política de saúde mental e regula o internamento 
compulsivo dos portadores de anomalia psíquica, 
designadamente das pessoas com doença mental. Um 
dos princípios garantidos na lei é que o regime de 
internação dos doentes mentais ocorra, tendencialmente 
em 
 
(A) hospitais psiquiátricos. 
(B) clínicas especiais. 
(C) hospitais gerais. 
(D) clínicas psiquiátricas. 
(E) unidades básicas de saúde. 
 
 
27. O Conselho Nacional de saúde mental é o órgão de 
consulta do governo em matéria de política de saúde 
mental, nele estando representadas as entidades 
interessadas no funcionamento do sistema de saúde 
mental, os profissionais da saúde, etc. Os usuários desse 
serviço têm o direito, em uma internação psico-cirurgica, 
 
(A) a 2 médicos clínicos gerais. 
(B) a 2 médicos psiquiatras designados pelo conselho 
nacional de saúde mental. 
(C) a 2 médicos e psicólogos no acompanhamento 
(D) a 2 médicos das U.B.S`s (unidades básicas de 
saúde). 
(E) a 2 médicos designados pelo conselho de saúde. 
 
 
28. Cada cônjuge traz consigo os modelos de suas famílias de 
origem. Conservam o registro de como seus pais o 
educaram, os valores, as crenças, os mitos e a prática da 
arte de educar naquela família. Dependendo do grau de 
maturidade dos cônjuges, da forma como elaboraram a 
saída da casa paterna e das regras que foram construídas 
pelo casal, os modelos antigos podem ser revistos, 
transformados e adaptados para atenderem às 
necessidades da família atual. Quando isso não é 
possível, padrões rigidamente repetidos podem dar origem 
a: 
 
(A) cooperação e solidariedade entre o casal. 
(B) crises e cooperação entre o casal e os filhos. 
(C) conflitos e crise entre o casal e as famílias de 
origem. 
(D) crises e conflitos entre o casal. 
(E) amizade e amor entre os cônjuges. 
 
 
29. Em relação ao tema “família”, vários mitos surgem. 
Entende-se por mito a “imagem que se faz de si mesma”. 
Um dos mitos mais problemático é o de] 
 
(A) família unida e desarmoniosa. 
(B) família como reprodução dos filhos. 
(C) família desunida e causadora dos males da 
humanidade. 
(D) família unida e harmoniosa. 
(E) família harmoniosa e cooperativa. 
 
30. As tensões advindas de mundo moderno trouxeram 
alterações no núcleo familiar. O que antes era aglutinado 
na família, hoje pulveriza-se nas várias instituições. Os 
papéis e as relações hierárquicas na família alteram-se 
principalmente pela participação da mulher no mercado de 
trabalho. Assim, a família acaba sendo: 
 
(A) o “microcosmo da sociedade atual”, com todas as 
suas possibilidades e dificuldades. 
(B) o “microcosmo da sociedade atual”, com todas as 
suas possibilidades. 
(C) o retrato da sociedade anterior, pois as mudanças 
demoram a se incorporar no cotidiano familiar. 
(D) o reflexo das famílias anteriores, pois as alterações 
na sociedade não alteram a dinâmica familiar. 
(E) o microcosmo da dinâmica familiar, com todas as 
suas possibilidades e dificuldades. 
 
 
31. Quando se discute o grupo, um dos aspectos centrais é a 
sua identidade, entendida como respostas às seguintes 
indagações: que grupo é esse, quem são seus 
participantes, porque participam, como surgiu, qual é a 
sua história, como está estruturado, quais são os seus 
objetivos e quais as suas atividades. Assim, os aspectos 
que conformam a identidade do grupo são: 
 
(A) sua formalização desorganizativa, suas relações 
com a comunidade e a consciência de pertencerem 
a outros grupos. 
(B) sua formalização organizativa, suas relações com 
outros grupos e a consciência de pertencimento de 
seus membros. 
(C) suas relações com outros grupos, a consciência de 
pertencimento de seus membros e a sua 
formalização organizativa, burocrática, sistêmica e 
analítica. 
(D) o pertencimento de seus membros, sua formalização 
organizacional e suas relações individuais. 
(E) o interesse individual em detrimento do coletivo, o 
pertencimento de seus membros e suas relações 
com a sociedade. 
 
 
32. Na Constituição Brasileira de 1988, considerada a 
“Constituição Cidadã”, o item “Da Família, da Criança, do 
Adolescente e do Idoso” reconhece que a família é a base 
da sociedade e deve ter especial proteção do Estado. 
Para tanto, define a família como: 
 
(A) a comunidade formada pelos pais e seus 
descendentes, suprimindo a figura materna. 
(B) a comunidade formada pelos pais ou por um dos 
pais e seus descendentes, reforçando a expressão 
“constituída pelo casamento”. 
(C) a comunidade formada pelos pais ou por um dos 
pais e seus descendentes, suprimindo a expressão 
“constituída pelo casamento”. 
(D) nuclear, formada juridicamente pelos pais e filhos. 
(E) monoparental, como única possibilidade de chefia 
masculina. 
 
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33. Um sentimento talvez seja a variável de grupo que mais 
caracterize a diferença entre um processo individual e 
grupal. Esse sentimento é o reflexo da necessidade real 
de se ajudar o outro, de se criar um elo dentro do grupo, 
ou seja, a busca da integração e da coesão grupal. Isso 
provém da necessidade de ter e criar realmente, dentro do 
grupo, um sentimento de se “pertencer a”. A esse 
sentimento chamamos de: 
 
(A) amizade. 
(B) competição. 
(C) fraternidade. 
(D) reciprocidade. 
(E) apoio. 
 
34. Com muita freqüência, no início, o grupo requer bastante 
estruturação, pois comumente o individualismo, sendo 
mais forte que o coletivo grupal, impossibilita trocas mais 
abertas, espontâneas e efetivas. Assim, cabe ao 
coordenador/facilitador: 
 
(A) respeitar o momento do grupo. 
(B) desempenhar o papel de “salvador” do grupo. 
(C) colocar à disposição do grupo um arsenal de 
técnicas. 
(D) evitar o conflito e a cooperação no interior do grupo. 
(E) respeitar a ansiedade individual. 
 
35. Há grupos cuja identidade se estrutura e se organiza a 
partir da divisão essencial que ocorre na sociedade, em 
decorrência da oposição entre os segmentos que têm a 
propriedade sobre os meios de produção e os segmentos 
que têm a posseúnica da própria força de trabalho. As 
relações que se estabelecem entre segmentos contribuem 
para a criação das classes sociais, das estruturas e das 
instituições básicas dentro da sociedade. Esses grupos 
são denominados 
 
(A) funcionais. 
(B) primários. 
(C) secundários. 
(D) estruturais. 
(E) universais. 
 
36. O (A) Assistente Social hoje deve ser um profissional culto 
e atento às possibilidades descortinadas pelo mundo 
contemporâneo, capaz de formular, avaliar e recriar 
propostas em relação às políticas sociais e à organização 
das forças da sociedade civil. Isso requer: 
 
(A) um profissional preocupado com o seu sustento e 
que resolva as problemáticas sociais que lhe são 
apresentadas. 
(B) um profissional informado, crítico e propositivo, que 
aposte no protagonismo da sua categoria 
profissional. 
(C) um profissional informado, crítico e propositivo, que 
aposte no protagonismo dos sujeitos sociais. 
(D) um profissional comprometido com as 
transformações da sociedade, a partir dos interesses 
individualistas. 
(E) um profissional comprometido com as mudanças, a 
partir de seus valores éticos, políticos e ideológicos. 
37. No seio da sociedade brasileira, encontra-se um 
fenômeno que foi construído historicamente durante os 
diversos séculos da sua existência. A questão social e 
suas várias expressões, como a ausência de moradia, 
saúde, educação, trabalho, assistência, dentre outras, são 
agravadas diante desse fenômeno denominado 
 
(A) conflito social. 
(B) desigualdade social. 
(C) mobilidade social. 
(D) igualdade social. 
(E) competição social. 
 
38. No cotidiano das pessoas existe uma dicotomia, quando 
se reflete sobre a família. Assim, existe a família, que 
muitos consideram como a certa, boa e desejável e outra 
que se refere aos modos de agir habituais dos seus 
membros. As famílias pensam o modelo transmitido pela 
ideologia dominante e no seu cotidiano vivem o tipo de 
família que foi possível construir no seu processo de vida, 
levando em conta seus valores, suas carências 
emocionais, sociais e econômicas. A esse processo 
denominamos 
 
(A) família pensada e família vivida. 
(B) família concreta e família vivida. 
(C) família concreta e família pensada. 
(D) família concreta e família vivida. 
(E) família nuclear e família vivida. 
 
39. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) concebe a 
criança e o adolescente como sujeitos de direitos, 
assumindo seu valor como ser humano. Essa é uma 
condição essencial para um desenvolvimento pleno: ser 
considerado e tratado como um ser de valor, de igual valor 
em relação aos outros. Assim, a família pode (e deve) 
favorecer essa situação. No entanto, muitas vezes a 
família não tem condições de garantir esses direitos. É 
nesse momento que entra o Poder Público, ajudando a 
família no cumprimento dos seus deveres perante as 
crianças e os adolescentes. Na ausência das condições 
materiais, as crianças e adolescentes 
 
(A) devem ser afastadas do convívio familiar, e incluídas 
em programas de auxílios sociais. 
(B) devem ser afastadas de suas famílias, que deverão 
ser destituídas de suas responsabilidades. 
(C) não devem ser afastadas do convívio familiar, e a 
família será a culpada por essa situação. 
(D) não devem ser afastadas do convívio familiar; 
porém, o Estado deve assumir integralmente a 
manutenção dos menores. 
(E) não devem ser afastadas do convívio familiar, e sim 
incluídas em programas de auxílio social. 
 
40. O Estatuto da Criança e do Adolescente é um importante 
instrumento jurídico de defesa das crianças e 
adolescentes brasileiros. No entanto, nos seus 16 anos de 
existência tem encontrado resistência por uma parte 
significativa da sociedade. Uns o criticam alegando a sua 
permissividade no trato de nossas crianças e nossos 
adolescentes. Além disso, análises recentes apontam que, 
apesar da sua importância e de necessidade de defendê-
lo, o seu teor contém medidas repressivas como a L.A. e a 
P.S.C., sendo assim caudatário: 
 
(A) da Lei Orgânica da Assistência Social. 
(B) da Constituição Brasileira de 1988. 
(C) da Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
(D) do Estatuto do Idoso. 
(E) do Código de Menores. 
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