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Prefeitura Municipal de Mairinque – 143 – Assistente Social 2 PORTUGUÊS O texto a seguir refere-se às questões 1, 2, 3 e 4. “Um ataque da artilharia israelense matou ontem na Faixa de Gaza 7 pessoas de uma mesma família que faziam piquenique numa praia e deixou outras 40 feridas, incluindo muitas crianças. Os mortos eram uma mulher e dois filhos, de 1 e 3 anos, dois adolescentes, um homem e outra mulher, segundo médicos. Outros três palestinos, militantes de um grupo extremista que lança foguetes contra Israel, morreram horas antes num bombardeio com mísseis. Esse é o maior número de mortos palestinos em ataques de Israel num só dia desde 2004. Pedaços de corpos e roupas ensangüentadas se espalharam pela praia de Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza. Ontem era o dia semanal de descanso para os muçulmanos, por isso a praia estava lotada. A matança dos civis causou indignação na Faixa de Gaza, onde a tensão já era grande por causa do ataque israelense que na quinta-feira matou o líder do grupo Comitês de Resistência Popular, Jamal Abu Samhadana. Ele era responsável pela maioria dos ataques de foguetes contra Israel e desde maio chefiava as forças de segurança do grupo Hamas no Ministério do Interior. Samhadana foi o primeiro membro do governo do Hamas morto por Israel.” (O Estado de S. Paulo, 10/06/06, p. A 25.) Nas questões 1, 2, 3 e 4, assinale a alternativa correta. 1. O texto em questão é uma (A) notícia, e sua estrutura é descritiva. (B) notícia, e sua estrutura é dissertativa. (C) notícia, e sua estrutura é narrativa. (D) reportagem, e sua estrutura é descritiva. (E) reportagem, e sua estrutura é dissertativa. 2. No primeiro parágrafo do texto publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o texto (A) esclarece com exatidão o local em as pessoas em questão foram vitimadas pelos ataques de Israel. (B) não esclarece com exatidão o local em as pessoas em questão foram vitimadas pelos ataques de Israel. (C) deixa claro o exato local em que tanto as pessoas de uma mesma família quanto os militantes extremistas foram vitimados pelo ataque de Israel. (D) não deixa claro o exato local em que as pessoas de uma mesma foram vitimadas pelo ataque de Israel. (E) deixa claro o exato local em que militantes de um grupo extremista foram vitimadas pelo ataque de Israel. 3. No mesmo texto publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo a palavra extremista (A) tem conotação negativa e, pela ótica adotada pelo autor, não pode ser aplicada às forças de Israel, embora o texto trate dos ataques praticados por elas. (B) tem conotação negativa e, pela ótica adotada pelo autor, pode ser aplicada às forças de Israel, porque o texto trata dos ataques praticados por elas. (C) não tem conotação negativa e, pela ótica adotada pelo autor, não pode ser aplicada às forças de Israel, embora o texto trate dos ataques praticados por elas. (D) não tem conotação negativa e, pela ótica adotada pelo autor, pode ser aplicada às forças de Israel, embora o texto trate dos ataques praticados por elas. (E) tem conotação negativa e, pela ótica adotada pelo autor, deve ser aplicada às forças de Israel, pois o texto trata dos ataques praticados por elas. 4. No terceiro parágrafo do texto, a palavra ataque aparece em duas circunstâncias: I. “a tensão já era grande por causa do ataque israelense”. II. “Ele era responsável pela maioria dos ataques de foguetes contra Israel”. (A) As palavras em destaque nos itens I e II, no contexto em que se encontram, podem ser consideradas sinônimos. (B) As palavras em destaque nos itens I e II, no contexto em que se encontram, não podem ser consideradas sinônimos. (C) As palavras em destaque nos itens I e II, no contexto em que se encontram, podem ser consideradas antônimos. (D) As palavras em destaque nos itens I e II, no contexto em que se encontram, não podem ser consideradas homógrafas. (E) As palavras em destaque nos itens I e II, no contexto em que se encontram, podem ser consideradas homônimos. O texto a seguir refere-se às questões 5, 6, 7 e 8. “Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade — daremos ao mundo o "homem cordial". A lhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano, informados no meio rural e patriarcal. Seria engano supor que essas virtudes possam www.pciconcursos.com.br 3 Prefeitura Municipal de Mairinque – 143 – Assistente Social significar "boas maneiras", civilidade. São antes de tudo expressões legítimas de um fundo emotivo extremamente rico e transbordante. Na civilidade há qualquer coisa de coercitivo — ela pode exprimir-se em mandamentos e em sentenças. Entre os japoneses, onde, como se sabe, a polidez envolve os aspectos mais ordinários do convívio social, chega a ponto de confundir-se, por vezes, com a reverência religiosa. Já houve quem notasse este fato significativo, de que as formas exteriores de veneração à divindade, no cerimonial xintoísta, não diferem essencialmente das maneiras sociais de demonstrar respeito. Nenhum povo está mais distante dessa noção ritualista da vida do que o brasileiro. Nossa forma ordinária de convívio social é, no fundo, justamente o contrário da polidez. Ela pode iludir na aparência — e isso se explica pelo fato de a atitude polida consistir precisamente em uma espécie de mímica deliberada de manifestações que são espontâneas no "homem cordial": é a forma natural e viva que se converteu em fórmula. Além disso a polidez é, de algum modo, organização de defesa ante a sociedade. Detém-se na parte exterior, epidérmica do indivíduo, podendo mesmo servir, quando necessário, de peça de resistência. Equivale a um disfarce que permitira a cada qual preservar intactas sua sensibilidade e suas emoções. Por meio de semelhante padronização das formas exteriores da cordialidade, que não precisam ser legítimas para se manifestarem, revela-se um decisivo triunfo do espírito sobre a vida. Armado dessa máscara, o indivíduo consegue manter sua supremacia ante o social. E, efetivamente, a polidez implica uma presença contínua e soberana do indivíduo.” (Holanda, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Intérpretes do Brasil. Rio de Janeiro. Nova Aguilar, 2000. p. 1051) Nas questões 5, 6, 7 e 8 assinale a alternativa correta. 5. No primeiro parágrafo do texto, Sérgio Buarque de Holanda emprega uma seqüência de verbos e formas verbais típicas do gênero (A) descritivo ficcional. (B) narrativo ficcional. (C) narrativo informativo. (D) dissertativo ficcional. (E) dissertativo argumentativo. 6. Pode-se dizer sobre as expressões presentes no texto de Sérgio Buarque de Holanda, e destacadas nos itens I e II, a seguir: I. “numa expressão feliz”, “com efeito”, “no fundo”, “na parte exterior”. II. “extremamente”, “essencialmente”, “justamente”, “precisamente”. (A) Os termos dos itens I e II têm sentidos e funções sintáticas diferentes. (B) Os termos dos itens I e II têm os mesmos sentidos funções sintáticas diferentes. (C) Os termos dos itens I e II não têm o mesmo sentido, mas cumprem a mesma função sintática. (D) Apenas os primeiros termos dos itens I e II têm os mesmos sentidos e funções sintáticas. (E) Apenas os dois últimos termos dos itens I e II têm os mesmos sentidos e funções sintáticas. 7. No trecho do texto de Sérgio Buarque de Holanda a seguir: “Entre os japoneses, onde, como se sabe, a polidez envolve os aspectos mais ordinários do convívio social,chega a ponto de confundir-se, por vezes, com a reverência religiosa.” São conectivos, na ordem em que aprecem: (A) “os”, “se”, “a”, “os”, “mais”, “se”, “a”. (B) “japoneses”, “polidez”, “aspectos”, “convívio”, “ponto”, “reverência”. (C) “ordinários”, “social”, “religiosa”. (D) “sabe”, “envolve”, “chega”, “confundir”. (E) “Entre”, “onde”, como” “do”, “a”, “de”, “por”, “com”. 8. Sérgio Buarque de Holanda emprega em seu texto os termos cordial e cordialidade. Sobre eles pode-se dizer: (A) São ambos derivações do mesmo radical da palavra “cortesia”, cuja raiz etimológica é a mesma de “coração”; (B) São ambos flexões da palavra “cortesia”, cuja raiz etimológica é a mesma de “cortar”. (C) São ambos derivações do mesmo radical da palavra “cortar”, cuja raiz etimológica é a mesma de “corda”. (D) São ambos derivações do mesmo radical da palavra “corda”, cuja raiz etimológica é a mesma de “cortar”. (E) São ambos combinações do mesmo radical da palavra “cortar”, cuja raiz etimológica é a mesma de “corda”. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Mairinque – 143 – Assistente Social 4 9. Assinale a alternativa que apresenta incorreção ortográfica: (A) Daqui há pouco inicia-se o segundo semestre. (B) Espera-se há muito uma solução para a questão agrária. (C) Há várias maneiras de se atingir um mesmo objetivo. (D) A lutar pela casa própria, há uma multidão. (E) Há oito crianças brincando no parque. 10. A alternativa que melhor explica o uso da pontuação é: (A) A pontuação tem por função representar fielmente as pausas, acentuações e entonações na língua oral. (B) A pontuação tem por função ordenar lógica e sintaticamente os termos da língua escrita, e representar elementos da língua oral. (C) A pontuação tem por função anotar graficamente e fielmente a língua oral em suas diversas manifestações. (D) A pontuação tem por função disciplinar graficamente a língua oral para que a comunicação entre os falantes seja eficaz. (E) A pontuação tem por função disciplinar o usuário da língua para que ele não cometa erros de português. 11. Assinale a alternativa que atende satisfatoriamente às prescrições a seguir: “Assinalem-se com acento agudo os vocábulos oxítonos que terminam em “a” aberto, “e” e “o” semi- abertos, e com acento circunflexo os que acabam em “e” e “o” semifechado, seguidos, ou não, de “s”. (...) Põe-se acento agudo no “i” e no “u” tônicos que não formam ditongo com a vogal anterior”. (Cunha, Celso; Cintra, Luís Filipe Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2a ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2000. pp. 69, 71.) (A) Paraná, contêr, compôr, Carandiru. (B) aí (interjeição), fograréu; juíz, Mooca. (C) comprá-lo, aí (advérbio de lugar), juízo, Tambaú. (D) vêem (verbo vir), pôr (preposição), compôr, sagüi. (E) à (preposição+artigo), contituír, construir, partí-lo. 12. Compare os textos dos itens “I” e “II”, a seguir, e assinale a alternativa correta: I. “crase. s.f. cra-se. União de duas vogais iguais em uma só (a+a). Há crase quando, numa frase, a preposição “a” se encontra com o artigo “a”. Por exemplo: “Vamos à igreja”. (Biderman, Maria Tereza Camargo. Dicionário Ditático de Português. 2a ed. São Paulo, Ática, 1998, p. 249.) II. Entregou-se a premiação àqueles que melhor se houveram nas provas. (A) A descrição do verbete, no item I, é satisfatória, e a crase, presente no item II está incorreta. (B) A descrição do verbete, no item I, é satisfatória, e a acentuação, no item II, embora correta, não é uma crase. (C) A descrição do verbete, no item I, é insatisfatória, e a crase, presente no item II, está incorreta. (D) A descrição do verbete, no item I, é insatisfatória, e a acentuação, no item II, embora correta, não é uma crase. (E) A descrição do verbete, no item I é incompleta e não abrange a crase presente no item II, que está correta. 13. Compare os textos dos itens “I” e “II”, a seguir, e assinale a alternativa correta: I. “Se o sujeito for simples e singular, o verbo irá para o singular, ainda que seja coletivo”. (Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1989, p. 303.) II. A gente, éramos uns oito, corríamos, corríamos, e nunca que chegávamos ao fim da trilha. (A) A prescrição, apontada no item I, satisfaz a norma culta, assim como a concordância presente no item II. (B) A prescrição, apontada no item I, satisfaz a norma culta, e a concordância presente no item II a contraria. (C) A prescrição, apontada no item I, não satisfaz a norma culta, assim como a concordância presente no item II. (D) A prescrição, apontada no item I, não satisfaz a norma culta, e a concordância presente no item II a contraria. (E) A prescrição, apontada no item I, satisfaz a norma culta, mas não pode ser aplicada à concordância presente no item II. 14. Assinale a alternativa em que as palavras atendam ao conteúdo do texto a seguir: “Em sentido restrito, e mais habitual, regência é a subordinação especial de complementos às palavras que os prevêem na sua significação (...). Regência, em sentido restrito, é, pois, a necessidade ou desnecessidade de complementação implicada pela significação de nomes (substantivos, adjetivos, advérbios) e verbos”. (Luft, Celso Pedro. Dicionário prático de regência verbal. São Paulo, Ática, 2000, p.5) (A) faltar- falta, gostar-gosto, necessitar-necessidade. (B) cair-queda, descer-descida, subir-subida. (C) chover-chuva, garoar-garoa, ventar-vento. (D) ágil-agilmente, lento-lentamente,rápido-rapidamente. (E) ser-ente, estar-estante, ficar-ficante. www.pciconcursos.com.br 5 Prefeitura Municipal de Mairinque – 143 – Assistente Social CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 15. O Estado brasileiro tem enfrentado politicamente a questão da saúde através de intervenções marcadas pela compreensão histórica do processo saúde–doença. Tem privilegiado em suas políticas o modelo médico–clínico com medidas puramente assistenciais, que se constituem na resposta coerente à concepção biológico-curativa das doenças de massa. Esta concepção tem se feito presente na forma de dar resposta às demandas por atenção à saúde. Na década de 70 acentua-se essa tendência e, a ela se agregam ou se evidenciam novas características que compõem o perfil das políticas de saúde predominantes até os anos 80 , a saber: (A) A assistência aos trabalhadores com vínculo empregatício formal; tratamento desigual das várias categorias de usuários; desperdício de recursos e baixa qualidade dos serviços; fortalecimento do setor privado. (B) A organização dos serviços do SUS; descentralização dos serviços de saúde. (C) Nenhuma oferta de serviços em algumas regiões do país; criação do INAMPS; fortalecimento da saúde no setor público (D) Integração dos serviços de saúde; caráter verticalizante; hierarquização do atendimento. (E) Centralização dos serviços no SUS; combate à mercantilização da saúde. 16. A luta pela Reforma Sanitária influenciou a aprovação do capítulo da saúde na Constituição Federal, na qual se introduz um conceito ampliado de saúde garantido por Políticas Sociais Econômicas e contemplam os princípios defendidos na VII Conferência de Saúde, para a construção do SUS, regionalizado e hierarquizado com acesso universal igualitário, com as seguintes diretrizes: (A) Modelo assistencial em cada esfera de governo; atendimento descentralizado. (B) Prioridade para atividades sócio-educativas; serviços assistenciais . (C) Descentralização com direção única de governo; atendimento integral; participação da sociedade. (D) Abrangência no atendimento; atendimento à promoção da saúde. (E) Fortalecimento do atendimento públicoe privado;centralização. 17. Nos últimos anos o campo da saúde mental tem sido fortemente marcado pelo debate em torno do que se tem denominado de Reforma Psiquiátrica. Vale dizer que desde o surgimento da psiquiatria, enquanto disciplina especifica, se pensa e se fala em reforma da psiquiatria. O marco teórico principal que orienta o movimento reformista é o da (A) Psiquiatria Terapêutica. (B) Psiquiatria Preventiva. (C) Psiquiatria Social. (D) Psiquiatria Mental. (E) Psiquiatria Hospitalar. 18. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelas leis nº 8080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e nº 8142/90, com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência da população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto. Do SUS fazem parte: (A) hospitais e laboratórios em geral. (B) somente o instituto de pesquisa FIOCRUZ e os centros de saúde e os postos de saúde. (C) vigilância epidemiológica; sanitária e afins. (D) centros; postos de saúde e hospitais públicos. (E) centros e postos de saúde; hospitais; hospitais universitários; laboratórios; hemocentros; fundações e institutos de pesquisa. 19. Análises críticas das experiências realizadas nas instituições psiquiátricas de modelos clássicos produziram novos ares nos movimentos de saúde mental. Surge assim o elemento fundamental de "desinstitucionalização" psiquiátrica em vários países. No Brasil, nos anos 2000, o Ministério da Saúde financia os serviços chamados “residenciais” . Estes se propõem a serem serviços (A) residenciais terapêuticos. (B) residenciais sociais. (C) residenciais sócio-educacionais. (D) residenciais psicossociais. (E) residenciais técnico- operativos. 20. O código vigente de Ética Profissional do Assistente Social, atribui maior amplitude política à atuação deste profissional , através de valores éticos fundamentados no compromisso com o "sujeito" atendido pelos serviços profissionais; preservando-se os direitos e deveres do Assistente Social, a qualidade dos serviços e a responsabilidade diante deste “sujeito”. A este “sujeito”, no código de Ética, adota-se o conceito de (A) cliente. (B) munícipe. (C) paciente. (D) usuário. (E) parceiro. 21. Você trabalha em um Centro de Doenças Sexualmente Transmissíveis – D.S.T/ AIDS. Alguns freqüentadores deste Centro são homossexuais com companheiros não portadores do vírus H.I.V. Você tenta em vão que eles assumam junto a seus parceiros que são portadores do vírus. Assim, você (A) quebra o sigilo pois o caso é de tal gravidade que traz prejuízo a terceiros. (B) garante o sigilo profissional. (C) só revela para alguns técnicos. (D) revela para toda a equipe multiprofissional. (E) revela somente para a justiça. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Mairinque – 143 – Assistente Social 6 22. Nos anos 80 e 90, o Serviço Social desenvolve uma teoria e prática que exige um profissional comprometido teórica e politicamente. Constrói-se um projeto profissional vinculado a um projeto social radicalmente democrático. O amadurecimento deste projeto exigiu uma revisão e maior explicitação do código de ética de 1986, reafirmando seus valores fundantes. Este projeto profissional consiste em valores éticos, que são: (A) O código de ética e a regulamentação da profissão. (B) Solidariedade; vivência de novos valores; objetividade. (C) Processo de formação; definição de trabalho social; projeto profissional; princípios. (D) A liberdade; a defesa dos direitos humanos; a competência profissional; a qualidade dos serviços prestados. (E) Reflexão da ética; unidade profissional; processo histórico. 23. Uma das estratégias para a consolidação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) entendida como uma inovação no status da Assistência enquanto política pública, garante um novo tratamento às questões da Assistência. Cabe a esta política social a (A) garantia da dignidade a todos. (B) responsabilidade pela provisão de mínimos sociais. (C) garantia de inclusão de todos nas políticas sociais. (D) sensibilização da sociedade aos excluídos. (E) participação social no conselho de direitos. 24. Passados 13 anos de regulamentação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) como política pública, ainda há que ultrapassar resistências na forma de gestão da assistência social sob auspícios da concepção/prática assistencialista, historicamente predominante nesta área. Assim devemos consolidar as diretrizes da LOAS, que são: (A) Centralizar a assistência no atendimento regional; responsabilizar o município. (B) Responsabilidade do Estado e do cidadão com controle da União. (C) Descentralização administrativa e controle do município sem participação social. (D) Centralização estadual e descentralização orgânica. (E) Descentralização político administrativa; participação e controle social da sociedade; responsabilidade do Estado. 25. Ações da política de Assistência a partir da LOAS devem ser organizadas no Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social; porém, várias são as razões que vêm dificultando e/ou impedindo a implantação deste Sistema, inviabilizando-o na sua totalidade. São estas as razões : (A) A falta de participação, a falta de poder de decisão e a questão econômica. (B) A falta de organização dos municípios e dos governos. (C) A não existência de órgão público municipal para assumir o controle. (D) A burocracia e a falta de democracia. (E) As raízes históricas da Assistência Social, a falta de comando único das ações e a redução da descentralização no repasse de recursos. 26. Passados 16 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ainda há muita discussão sobre sua eficácia e aplicabilidade. Sabemos que há muito por fazer, mas sabemos também que suas diretrizes garantem a democratização dos direitos da Criança e do Adolescente. Dentre seus mais de 260 artigos que dizem sobre a proteção da Criança e do Adolescente, o artigo 225º dispõe sobre crimes praticados contra estes e o artigo 244º fala das penalidades aos que submetem a criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual. Estas penas são de (A) reclusão de 4 a 10 anos e multa. (B) reclusão de 2 anos e multa . (C) reclusão de 10 anos. (D) reclusão de 7 anos. (E) reclusão de 3 a 8 anos e multa 27. Criada em 13 de julho de 1990, a lei federal nº 8069 reconhece oficialmente os direitos da Criança e do Adolescente no Brasil. Todos têm responsabilidade sobre a população infantil e sobre seu desenvolvimento físico, mental, espiritual e social. O artigo 232 diz que: Submeter a Criança e/ou o Adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento estão sujeitos à penalidade. Este artigo está constante no seguinte capítulo: (A) Dos Impedimentos. (B) Dos Crimes. (C) Da Justiça. (D) Da Prevenção. (E) Dos Direito à Defesa. www.pciconcursos.com.br 7 Prefeitura Municipal de Mairinque – 143 – Assistente Social 28. Na intervenção grupal, alguns elementos emergem, com um protagonismo para a identificação dos problemas e a percepção de que não se encontram sós. Essa identificação facilita aos participantes enxergar no outro o reflexo de sua própria realidade, sem abrir mão da sua singularidade. Para que isso se concretize é necessário (A) o acolhimento individualista. (B) a participação e a competição sadia. (C) a construção de vínculos seguros. (D) a visão unilateral da problemática. (E) a cooperação passiva. 29. Na atualidade, a instituição família passa por inúmeras transformações,com novos arranjos, onde o casamento indissolúvel parece estar em franca decadência. Assim, se encontra uma heterogeneidade de modalidades familiares, tornando-se mais flexível, construindo e reconstruindo seus limites. Diante disso, cabe ao profissional Assistente Social, no seu exercício profissional, (A) culpabilizar a família pelos seus transtornos. (B) (des)responsabilizar a família de seus compromissos. (C) estimular experiências e práticas para buscar outras maneiras de compreender e viver a vida. (D) inseri-la no contexto societário, dando ênfase aos aspectos individuais. (E) realizar um trabalho efetivo e consciente de seus direitos e deveres. 30. As ações básicas destinadas ao grupo familiar, no âmbito da Política de Assistência Social, são: (A) Serviços de plantão; serviços comunitários de caráter psicossocial; complementação de renda familiar e programas de geração de emprego e renda. (B) Serviços de pronto atendimento assistencial; serviços comunitários de apoio psicossocial; cultural e advocatício; complementação de renda familiar e programas de geração de emprego e renda. (C) Serviços grupais; atendimento psicológico e psiquiátrico; atenção à comunidade; programas assistenciais e previdenciários e serviços de atendimento individuais. (D) Serviços de atendimentos individuais; plantão social; grupos operativos e temáticos e distribuição de cestas básicas. (E) Grupos de acolhimento; atendimentos grupais; complementação de renda familiar e encaminhamentos à rede social. 31. A família é uma instituição social historicamente condicionada e dialeticamente articulada com a sociedade na qual está inserida. Isso pressupõe compreender as diferentes formas de famílias em diferentes espaços de tempo, em diferentes lugares, além de percebê-las como diferentes dentro de um mesmo espaço social e num mesmo espaço de tempo. Esta percepção leva a pensar as famílias numa perspectiva de (A) manutenção dos valores tradicionais da moral e da ética. (B) mudança, porém procurando resguardar as possibilidades de êxito que a família nuclear oferece. (C) mudança, dentro da qual se descarta a idéia dos modelos cristalizados para se refletir as possibilidades em relação ao futuro. (D) continuidade das rupturas que o mundo contemporâneo apresenta, focalizando na harmonização das relações familiares. (E) transformação do modelo conservador e tradicional, responsável pela totalidade dos desarranjos psicossociais. 32. Ao se trabalhar com famílias, torna-se necessário articular análises teóricas com procedimentos metodológicos que apontem para a seguinte constatação: (A) Os membros familiares não assumem as responsabilidades pertinentes às suas funções, gerando famílias desajustadas e desregradas, propiciando um terreno fértil à realidade violente a que vivenciamos. (B) Na sociedade brasileira não há políticas públicas direcionadas a esse segmento, levando a totalidade das famílias a processos desagregadores de seus membros. (C) A importância de planejar e concretizar ações públicas, visando o restabelecimento do padrão normativo contido no modelo da família nuclear tradicional. (D) No contexto brasileiro, umas das principais fontes de estresse familiar advém do meio extra-familiar, ou seja, das políticas econômicas que expõem, cada vez mais, as famílias ao desemprego, às migrações e ao empobrecimento. (E) A análise marxista pressupõe a família como espelho da sociedade em que está inserida, apontando para a culpabilização do indivíduo nos seus conflitos familiares. www.pciconcursos.com.br Prefeitura Municipal de Mairinque – 143 – Assistente Social 8 33. Entende-se grupo como: (A) Um conjunto de pessoas movidas por interesses comuns, que funcionalmente se articulam na defesa de suas reivindicações, articulando ações políticas e públicas. (B) Resultado da dialética entre a história do grupo e a história dos indivíduos com seus anseios coletivos, suas vidas projectivas e as transferências, desvinculadas da história da sociedade em que estão inseridos. (C) Um amontoado de necessidades e desejos individuais, que se compõem e recompõem, visando exclusivamente à satisfação de suas necessidades coletivas. (D) Um conjunto de pessoas que se unem e a partir dessa decisão, experimentam conflitos e competições, desempenhando papéis diferenciados e homogêneos, tendo em vista a satisfação das necessidades individuais. (E) Resultado da dialética entre a história do grupo (movimento horizontal) e a história dos indivíduos com seus mundos internos, suas projeções e transferências (movimento vertical) no suceder da história da sociedade em que estão inseridos. 34. Há vários séculos tem sido construída historicamente no Brasil a desigualdade social. No seu projeto profissional, o Serviço Social se ampara em alguns pressupostos para o enfrentamento dessa expressão da questão social. São eles: (A) A favor da justiça, a universalização do acesso aos bens e serviços; a ampliação da cidadania e a garantia dos direitos sociais das diferentes classes sociais. (B) A favor da igualdade social entendida como o usufruto dos bens e serviços construídos coletivamente, a partir da luta travada pelos movimentos sociais, que nas últimas décadas conquistaram inúmeros direitos sociais, econômicos e políticos. (C) A favor da equidade e da justiça social; a universalização do acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais; ampliação e consolidação da cidadania como condição para a garantia dos direitos civis, políticos e sociais da classe trabalhadora. (D) A favor do atendimento das carências individuais, grupais e da comunidade, tendo por base a as proposta metodológica inscrita na lei que regulamenta a profissão. (E) A favor das diferentes formas de igualdade, visto que a desigualdade também é resultado da ação dos seres individuais, pois a sua inserção diferenciada no mundo do trabalho acarreta vários modos de vivenciar o cotidiano. 35. O papel do mediador/facilitador de um grupo é (A) devolver o conteúdo de forma “mastigada” e condensada. (B) realizar aconselhamentos sobre a problemática. (C) fazer mediações de acordo com os conhecimentos e aconselhar. (D) fazer mediações com o objeto a conhecer. (E) devolver de forma planejada, o problema para o grupo resolver. 36. No Brasil, os movimentos sociais se mobilizaram no sentido de conquistar direitos historicamente negados. Da carência dos serviços à reivindicação dos direitos, diversos segmentos foram às ruas, a partir das históricas lutas sindicais e populares iniciadas em meados da década de 70. Foi um amplo processo organizativo que culminou em termos legais e jurídicos no(a): (A) Constituição Brasileira de 1988. (B) Consolidação das Leis do Trabalho. (C) Lei Orgânica da Assistência Social. (D) Estatuto da Criança e do Adolescente. (E) Lei regulamentadora da profissão do Assistente Social. 37. O projeto profissional do Assistente Social vincula-se a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero. Tal projeto se afirma no valor central da (A) autonomia. (B) cooperação. (C) competição. (D) solidariedade. (E) liberdade. 38. Nossas crianças têm sido vítimas de vários tipos de violências domésticas, como: física, sexual, negligência, etc. Diante disso, impõe-se ao profissional três compromissos fundamentais: (A) Acreditar na palavra do agressor; proteger a vida da criança; se não puder assegurar ao mesmo tempo a salvaguarda da criança e a reestruturação da família, deve escolher a última. (B) Acreditar na palavra devítima; proteger a vida dela; se não puder assegurar ao mesmo tempo a salvaguarda da criança e a reestruturação da família, deve escolher a família. (C) Acreditar na palavra da vítima; proteger a vida dela; se não puder assegurar ao mesmo tempo a salvaguarda da criança e a reestruturação da família, deve escolher a criança. (D) Acreditar na palavra dos parentes próximos; encaminhar a criança a esses parentes; proteger a vida de ambos. (E) Proteger a dinâmica familiar, acreditar na palavra da criança; encaminhá-la ao Juizado de Menores. www.pciconcursos.com.br 9 Prefeitura Municipal de Mairinque – 143 – Assistente Social 39. Uma situação de privação coletiva, que inclui pobreza, discriminação, subalternidade, a não-eqüidade, a não acessibilidade, a desigualdade, dá-se o nome de: (A) Marginalização social. (B) Desrespeito aos direitos humanos e físicos. (C) Assistência social. (D) Exclusão social. (E) Mobilização social. 40. Apesar dos avanços contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, a problemática da criança e do adolescente tem passado por vários percalços nas últimas décadas. Diante disso, alguns estudiosos começam a refletir sobre as continuidades e descontinuidades presentes nesse importante marco legal, chegando a afirmar que o ECA é caudatário do(a): (A) Código de Menores. (B) Código Penal Brasileiro. (C) Constituição do Brasil. (D) Sistema Único da Assistência Social. (E) Sistema Único da Saúde. www.pciconcursos.com.br
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