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Tratamento de Água e Ciclo Hidrológico

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1
Água 
 
Introdução 
 
 Trata o presente trabalho esclarecer e dar-nos conhecimento à respeito dos processos de 
saneamento desenvolvidos no tratamento da água, para que possamos ficar cientes dos problemas 
causados pela contaminação da água, do solo, esgotos e dos processos de tratamento. trabalhos 
desenvolvidos pelas companhias de saneamento para nos trazer a água saudável e sem 
contaminação. E os problemas enfrentados pelo GDF á respeito do saneamento básico nos 
condomínios irregulares no DF. 
 Pode-se admitir que a quantidade total de água existente na Terra, nas suas três fases, sólida, 
líquida e gasosa, se tem mantido constante, desde o aparecimento do Homem. A água da Terra - 
que constitui a hidrosfera - distribui-se por três reservatórios principais, os oceanos, os 
continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação perpétua - ciclo da água ou ciclo 
hidrológico. O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia radiante de 
origem solar e pela atração gravítica. 
 
 
 
Ciclo da água: 
 
A contínua circulação da água na natureza constitui o chamado ciclo da água, que se relaciona ao 
conjunto das mudanças de lugar e de estado físico da água ao longo do tempo. Considerando-
se todo o planeta, descrevemos resumidamente as etapas desse ciclo: 
1. Sob a ação dos ventos e dos raios solares, a água dos rios, lagos e oceanos 
evapora. O vapor de água sobe e, ao encontrar as camadas mais frias da atmosfera, 
condensa-se e forma nuvens. As nuvens são compostas de uma grande quantidade 
de gotículas de água; 
2. A água presente nas nuvens precipita-se sobre a superfície na forma de chuva, 
neve ou granizo (chuva de pedras); 
3. Parte da água que cai no solo torna a evaporar. Outra parte escorre pela 
superfície, atingindo rios e mares. Uma certa quantidade de água se infiltra na 
terra e forma os lençóis de água subterrâneos. Estes, por sua vez, acabam 
abastecendo rios, mares, lagos e fontes, fechando assim o ciclo. 
Os seres vivos também participam do ciclo da água, pois os vegetais e os animais absorvem 
continuamente água do ambiente e a devolvem ao meio de diversas maneiras. Os vegetais a 
devolvem pela transpiração; os animais, também pela transpiração, pelas fezes e principalmente 
pela urina. Na transpiração a água é perdida sob a forma de vapor. 
 
Tratamento de águas 
 
 2
 
Os sistemas de tratamento de água são processos realizados na água bruta, visando obter 
um produto potável, química e bacteriologicamente seguro para consumo humano. 
Para tanto, é necessário remover ou destruir quaisquer microorganismos nocivos, 
substâncias químicas prejudiciais, bem como materiais, sejam em suspensão ou em 
solução, prejudiciais à aparência ou ao aspecto estético da água. 
Os processos adotados no tratamento convencional completo são os seguintes: 
1 - Aplicação de cal e coagulante e mistura rápida: na chegada à estação de tratamento, 
a água bruta recebe, quando necessário, a aplicação de cal para a correção do pH. Aplica-
se o coagulante ( Sulfato de alumínio) ao passar na calha parshall, que provoca a mistura 
rápida do coagulante à água, e faz-se a medição da água que está entrando na ETA( 
Estação de Tratamento de Água ). 
2 - Floculação: após a mistura rápida ou a coagulação, a água segue para os floculadores 
que podem ser mecânicos ou hidráulicos (Chicanas), onde, sob efeito do coagulante, por 
agitação, as partículas juntam-se, formando os flocos. 
3 - Decantação: depois de passar pelos floculadores, a água floculada entra nos 
decantadores através de cortinas de distribuição, que regulam sua velocidade de entrada. 
Nos decantadores ( Tanques de Decantação ), os flocos, sendo mais pesados que a água, 
depositam-se no fundo formando uma camada de lodo, que periodicamente é removida 
através de lavagens ou descargas; 
4 - Filtração: após a decantação, a água passa pelos filtros onde as partículas e 
microorganismos que não sedimentaram no decantador ficarão retidos no leito filtrante, 
que é constituído por camadas de areia que fazem a filtragem da água, apoiadas por uma 
camada de pedregulhos e cascalhos com tamanhos variados ( camada suporte ). A água 
passa por gravidade pelo leito filtrante e é recolhida em um canal de água filtrada. 
Periodicamente os filtros são lavados para remover as partículas retidas no leito filtrante, 
invertendo-se o fluxo da água; 
5 - Cloração: uma vez filtrada a água, a desinfecção é realizada pela ação do cloro que 
elimina os microorganismos remanescentes do tratamento, sendo mantido um teor 
residual de cloro de acordo com a legislação, suficiente para garantir a potabilidade da 
água em toda a extensão da rede de distribuição; 
6 - Correção de pH ( Potencial Hidrogeniônico): o pH da água sofre alterações em 
conseqüência do tratamento executado. A correção do pH objetiva neutralizar a acidez da 
água e proteger as tubulações contra a corrosão. Esta correção é realizada com adição de 
cal; 
7 - Fluoretação: consiste na aplicação de dosagens adequadas de um composto de flúor ( 
ácido fluorssilícico com teor de flúor de 0,7 mg/l ) nas águas a serem distribuídas. A 
fluoretação previne e reduz a incidência da cárie dentária, especialmente no período de 
formação dos dentes, que vai da gestação até a faixa dos 14 anos de idade. 
Além desse completo tratamento convencional, São adotados outros tipos de tratamento 
mais simples, utilizados de acordo com a qualidade da água bruta. São eles: 
1 - ETA Compacta: possui os processos de floculação, decantação e filtração em uma 
unidade compacta, geralmente fechada e metálica. A aplicação dos produtos químicos e a 
mistura rápida são feitas na tubulação de entrada da ETA. 
2 - Filtro Russo: para água bruta de turbidez baixa, é realizada somente uma filtragem, 
mas em sentido ascensional ( de baixo para cima), sendo a água filtrada recolhida em uma 
calha. 
 
 3
3 - Filtro Rápido: utilizado também para água bruta de baixa turbidez, somente uma 
filtragem é feita, de cima para baixo, como na ETA convencional. 
4 - Dupla Filtração: para baixa turbidez, a água bruta sofre duas filtragens, inicialmente 
ascensional e após descencional, sendo que existe entre os dois filtros uma calha para 
recolher a água de lavagem dos mesmos. 
5 - Floco-Decantador: o tratamento é realizado em um cone: a água bruta entra por 
baixo, na parte mais estreita do cone, onde se processa a mistura rápida do coagulante, 
que é aplicado na tubulação de entrada, realizando-se a floculação à medida que a água 
vai subindo no cone. A decantação ocorre na parte superior do cone, mais larga, sendo 
que os flocos se sedimentam para dentro de um outro cone menor, instalado dentro do 
maior, sendo dado periodicamente uma descarga do cone menor, para limpeza do excesso 
de lodo. A água decantada é recolhida em calhas instaladas na parte superior do cone. 
Após este tratamento, se necessário, é feita a filtragem da água. Este tratamento é usado 
para água bruta com alta turbidez. 
6 - Cloração: para água bruta de qualidade muito boa, geralmente de poços artesianos, é feita 
somente a cloração da água, garantindo a desinfecção no sistema de distribuição. 
Laboratório 
Cada ETA possui um laboratório que processa análises e exames físico-químicos e 
bacteriológicos destinados à avaliação da qualidade da água desde o manancial até o sistema de 
distribuição. Além disso, existe um laboratório central que faz a aferição de todos os sistemas e 
também realiza exames especiais como: identificação de resíduos de pesticidas, metais pesados 
e plancton. Esses exames são feitos na água bruta, durante o tratamento e em pontos da rede de 
distribuição, de acordo com o que estabelece a legislação em vigor. 
Bombeamento 
Concluindo o tratamento, a água é armazenada em reservatórios quando então, através de 
canalizações, segue até as residênciasTratamento de esgotos 
 
A remoção de sólidos grosseiros e de areia são processos denominados de Tratamento Preliminar 
e de modo geral, devem preceder qualquer tratamento de esgotos propriamente dito. 
São considerados grosseiros os resíduos contidos nos esgotos sanitários de fácil retenção e 
remoção, através de operações físicas de gradeamento ou peneiramento. Este material é 
procedente do uso inadequado das instalações prediais e dos coletores públicos, com o 
lançamento de resíduos diversos, os quais deveriam ser dispostos nos recipientes de lixo. 
 
 4
A remoção da areia contida nos esgotos é importante para evitar abrasão nos equipamentos e 
tubulações, bem como reduzir a possibilidade de obstruções de canalizações, tanques, elevatórias, 
calhas, etc. Basicamente, o processo de desarenação dos esgotos é obtido com a utilização de 
dispositivos que induzam a uma queda da velocidade dos efluentes, permitindo uma deposição de 
partículas pesadas como a areia. 
 
 
 
 
O destino dos esgotos 
 
O destino dos esgotos pode ser o solo ou os corpos d'água. 
 
 
Estações de tratamento 
Tipos de tratamento: 
 
1.Casa de Química com desinfecção 
Ocorre apenas adição de cloro na água. 
Utilizado para águas que possuem naturalmente boas características de qualidade, 
em geral, água de poços. 
2.Filtração Lenta 
A água captada passa por unidade filtrante lentamente e após recebe o cloro. 
Este tipo de tratamento é adequado para águas superficiais com boas 
características de qualidade. 
3.Estação Convencional 
 
 5
Tipo de ETA que realiza o tratamento completo da água composto de : coagulação 
- floculação - decantação - filtração - desinfecção - fluoretação - correção de pH. 
4.ETA Compacta Metálica Fechada 
Realiza também tratamento completo, sendo que estas unidades funcionam sob 
pressão. 
São adquiridas prontas com capacidades de tratamento estabelecidas pelo 
fabricante. 
Em geral são utilizadas em cidades de pequeno porte. 
5.ETA Compacta Metálica Aberta 
A mesma descrição de ETA compacta metálica fechada, com a diferença de que 
são abertas, ou seja, não funcionam sob pressão. 
6.Filtração Direta Ascendente 
As águas apropriadas para este tipo de tratamento possuem características de 
qualidade que exigem tratamento completo, mas sem a necessidade de passagem 
por unidades específicas para floculação e decantação. 
Neste tipo de ETA a filtração se dá em fluxo inverso, ou seja, de baixo para cima. 
7.Filtração Direta Descendente 
A mesma descrição de filtração direta ascendente, com a diferença de que neste 
tipo de tratamento o sentido do fluxo é descendente. 
8.ETA CEPIS/SANEPAR 
Realiza tratamento completo da água, possuindo unidades de floculação, 
decantação e filtração. 
A concepção é modular com vazões pré-estabelecidas, podendo ser construídas até 
três unidades em série. 
Apropriadas para cidades de pequeno e médio portes. 
9.Oxidação e Filtração 
Tratamento adequado para controle de elementos inconvenientes na água, em 
especial, ferro e manganês, que a partir de determinados teores deterioram a 
qualidade estética da água. 
 
 6
Este tratamento é aplicado em geral em águas de poços. 
 
Como funciona uma estação de tratamento 
 
As lagoas AEROLAK - OMS constituem um sistema integral para o tratamento de águas 
residuais, o qual conjuga as vantagens da lagunagem com a eficácia demonstrada dos tratamentos 
convencionais por lamas ativadas, reunindo as principais características de ambas: redução da 
superfície ocupada, quando comparado com a lagunagem natural; alta eficiência de tratamento; 
segurança na absorção de cargas pontuais; economia de consumo energético; mínima produção e 
manipulação de lamas; remoção de patogênicos.. 
 
Basicamente o sistema é formado por duas lagoas arejadas, a muito baixa carga volúmica, às 
quais se segue uma lagoa de decantação e uma de maturação. Sempre que seja necessário, 
procede-se à recirculação de lamas na primeira lagoa arejada, de forma a manter em suspensão os 
microorganismos necessários ao tratamento e aumentando assim notavelmente a capacidade da 
estação. 
O oxigênio necessário para o tratamento biológico é fornecido por arejamento de bolha fina, 
através de difusores de ar suspensos por elementos flutuantes. A união dos difusores necessários 
é feita através de um tubo pneumático flexível, o qual permite um movimento pendular dos 
difusores e uma oscilação laterais das cadeias de arejamento. Consegue-se deste modo não só um 
arejamento uniforme mas também uma circulação intensiva do conteúdo total da lagoa, 
mantendo-se a lama ativada em suspensão. 
O movimento das cadeias e a circulação de massa líquida permite a nitrificação e desnitrificação 
das águas residuais, pelo que as necessidades em termos de oxigênio são notavelmente menores. 
Processos de Tratamento 
 
Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto e tratar cada uma delas 
separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser 
dispostas adequadamente, sem prejuízo ao meio ambiente. 
Imitando a natureza: as Estações de Tratamento de Esgoto reproduzem, num menor 
espaço e tempo, a capacidade que os cursos d’água têm naturalmente de decompor a 
matéria orgânica. 
Agentes de tratamento: são as bactérias aeróbias ou anaeróbias que se reproduzem em 
grande quantidade, degradando a matéria orgânica presente nos esgotos, quando 
encontram condições favoráveis. 
 
 7
Condições para o tratamento: os níveis e a maneira de se tratar os esgotos dependem: 
· Da carga orgânica presente 
· Da classificação das águas do rio que receberá o efluente tratado 
· Da capacidade de autodepuração do rio que receberá o efluente tratado 
· Da disponibilidade de área e energia elétrica 
Níveis de tratamento 
 
Tratamento Preliminar: São retirados do esgoto os sólidos grosseiros, como lixo e 
areia. 
Processo: Utiliza processos físicos, como gradeamento, peneiramento e a sedimentação. 
Tratamento Primário: Reduz parte da matéria orgânica presente nos esgotos 
removendo os sólidos em suspensão sedimentáveis e sólidos flutuantes. 
Processo: O esgoto ainda contém sólidos em suspensão, não grosseiros, que são mais 
pesados que a parte líquida. Esses sólidos se sedimentam, indo para o fundo dos 
decantadores, formando o lodo primário bruto. Esse lodo é retirado do fundo do 
decantador, através de raspadores mecanizados, tubulações ou bombas. 
Processo Anaeróbio: Ocorre através da fermentação, na ausência de oxigênio. 
Tipos mais comuns: 
Sistema fossa séptica – filtro anaeróbio – Muito usado no Brasil, no meio rural e em 
comunidades de pequeno porte. Os sólidos em suspensão se sedimentam no fundo da 
fossa séptica e formam o lodo onde ocorre a digestão anaeróbia. O líquido se 
encaminha para o filtro anaeróbio que possui bactérias que crescem aderidas a uma 
camada suporte formando a biomassa,que reduz a carga orgânica dos esgotos. 
Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB) – A biomassa cresce dispersa no meio e 
não aderida como nos filtros. Esta biomassa, ao crescer, forma pequenos grânulos, que 
por sua vez, tendem a servir de meio suporte para outras bactérias. O fluxo do líquido é 
ascendente e são formados gases – metano e gás carbônico, resultantes do processo de 
fermentação anaeróbia. 
Tratamento Secundário: Remove a matéria orgânica e os sólidos em suspensão. 
Processo: Através de processos biológicos, utilizando reações bioquímicas, através de 
microorganismos – bactérias aeróbias,facultativas, protozoários e fungos. 
No processo aeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da 
matéria orgânica ali também presente, convertendo-a em gás carbônico, água e material 
celular. Esta decomposição biológica domaterial orgânico requer a presença de 
oxigênio e outras condições ambientais adequadas como temperatura, pH , tempo de 
contato etc. 
 
 8
Tipos mais comuns de tratamento secundário: 
Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação) e suas variantes 
São lagoas construídas de forma simples, onde os esgotos entram em uma extremidade 
e saem na oposta. A matéria orgânica, na forma de sólidos em suspensão, fica no fundo 
da lagoa, formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado. O processo se 
baseia nos princípios da respiração e da fotossíntese: As algas existentes no esgoto, na 
presença de luz, produzem oxigênio que é liberado através da fotossíntese. Esse 
oxigênio dissolvido (OD) é utilizado pelas bactérias aeróbias (respiração) para se 
alimentarem da matéria orgânica em suspensão e dissolvida presente no esgoto. O 
resultado é a produção de sais minerais – alimento das algas - e de gás carbônico 
(CO2). 
Lodos ativados e suas variantes 
É composto, essencialmente, por um tanque de aeração (reator biológico), um tanque de 
decantação (decantador secundário) e uma bomba de recirculação do lodo. O princípio 
do sistema é a recirculação do lodo do fundo de uma unidade de decantação para uma 
de aeração. Em decorrência da recirculação contínua de lodo do decantador e da adição 
contínua da matéria orgânica, ocorre o aumento da biomassa de bactérias, cujo excesso 
é descartado periodicamente. 
Tratamento aeróbio com biofilme 
Os esgotos são aplicados sobre um leito de material grosseiro, como pedras e ripas ou 
material plástico, e percola em direção a drenos no fundo. Este fluxo do esgoto permite 
o crescimento de bactérias na superfície do leito, formando uma película de 
microorganismos. O ar circula nos espaços vazios entre as pedras ou ripas, fornecendo 
oxigênio para os microorganismos decomporem a matéria orgânica. 
Tratamento Terciário: Remove poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), 
além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e secundário. Este 
tratamento é utilizado quando se deseja obter um tratamento de qualidade superior para 
os esgotos. Neste tratamento remove-se compostos como nitrogênio e fósforo, além da 
remoção completa da matéria orgânica. 
Processo: 
Através de processos por radiação ultravioleta, químicos e outros. 
Tratamento do lodo 
Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em subprodutos: o material 
gradeado, areia, escuma, lodo primário e lodo secundário, que devem ser tratados para 
serem lançados no meio ambiente. 
Lodo estabilizado 
Disposição do lodo em aterros sanitários ou aplicando como fertilizante na agricultura, 
após tratamento adequado. 
Lodo não estabilizado 
· Adensamento, para remoção da umidade 
 
 9
· Estabilização para remoção da matéria orgânica 
· Condicionamento para preparar para a desidratação 
· Desidratação para remover a umidade, com redução do volume, em leitos de 
secagem, lagoas de lodo e equipamentos mecânicos 
· Disposição final em aterros sanitários, aplicação no solo etc. 
 
 
 
Purificação caseira da água 
 
Para a purificação caseira das águas, pode-se utilizar a fervura, seguida de aeração. A água pode 
ser filtrada ou purificada por raios ultravioleta. É ainda possível o emprego de meios químicos: a 
tintura de iodo (15 gotas por litro); o hipoclorito de sódio (água de Javel: 3 gotas por 10 litros, 
usando-se um filtro de carvão para eliminar o excesso de cloro); e oxidantes, como o ozônio e o 
clássico permanganato de potássio. 
 
 
 
Doenças de veiculação hídrica 
 
A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 
 A água é um dos elementos fundamentais para a existência do homem. Grande parte das 
atividades humanas necessita de água para se realizarem. Essa água, depois de utilizada para 
vários fins, é devolvida para o meio ambiente parcialmente ou totalmente poluída (carregada de 
substâncias tóxicas, materiais orgânicos ou microrganismos patogênicos), de tal forma a 
comprometer a qualidade dos recursos hídricos disponíveis na natureza aumentando o risco de 
doenças de transmissão hídrica e de origem hídrica. 
Doenças de Transmissão Hídrica: São aquelas em que a água atua como veículo de 
agentes infeccioso. Os microrganismos patogênicos atingem a água através de excretas de 
pessoas ou animais infectados, causando problemas principalmente no aparelho intestinal do 
homem. Essas doenças podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus, protozoários e helmintos. 
Doenças de origem Hídrica: São aquelas causadas por determinadas substâncias químicas, 
orgânicas ou inorgânicas, presentes na água em concentrações inadequadas, em geral superiores 
as especificadas nos padrões para águas de consumo humano. Essas substâncias podem existir 
naturalmente no manancial ou resultarem da poluição. São exemplos de doenças de origem 
 
 10
hídrica: o saturnismo provocado por excesso de chumbo na água - a metemoglobinemia em 
crianças - decorrente da ingestão de concentrações excessivas de nitrato, e outras doenças de 
efeito a curto e longo prazo. 
 A seguir, tem-se uma breve descrição dos sintomas, agente etiológico, modo de 
transmissão e período de incubação das principais doenças de veiculação hídrica. 
 Febre tifóide 
Doença infecciosa, se caracteriza por febre contínua, mal-estar, manchas rosadas no 
tronco, tosse seca, prisão de ventre mais freqüente do que diarréia e comprometimento dos 
tecidos Linfóides. 
 Agente Etiológico: Salmonella Typhi, bactéria gram negativa. 
 Modo de Transmissão: doença de veiculação hídrica, cuja transmissão se dá através da 
ingestão de água e moluscos, assim como do leite e derivados, principais alimentos responsáveis 
pela sua transmissão. Outros alimentos, quando manipulados por portadores, podem veicular a S. 
typhi, inclusive sucos de frutas. 
 Prazo de Incubação: Em média, 2 semanas. 
 Febre paratifóide 
Infecção bacteriana que se caracteriza por febre contínua, eventual aparecimento de 
manchas róseas no tronco e comumente diarréia. Embora semelhante à Febre Tifóide, sua 
letalidade é muito mais baixa. 
Shigeloses 
Infecção bacteriana aguda, principalmente no intestino grosso caracterizada por febre, 
náuseas e as vezes vômitos, cólicas e tenesmo (sensação dolorosa na bexiga ou na região anal). 
Nos casos graves as fezes contém sangue, muco e pus. 
 Sinonímia: Disenteria Bacilar 
 Agente Etiológico: bactérias gram negativas do gênero Shigella, constituidos por quatro 
espécies S. dysenteriae (grupo A), S. flexnere (grupo B), S. boydii (grupo C) e S. sonnei (grupo 
D) 
 Modo de Transmissão: a infecção é adquirida pela ingestão de água contaminada ou de 
alimentos preparados por água contaminada. Também foi demonstrado que as Shigelas podem 
ser transmitidas por contato pessoal. 
 Período de Incubação: varia de 12 á 48 horas. 
 
 11
Colera 
Doença intestinal bacteriana aguda, caracteriza-se por diarréia aquosa abundante, vômitos 
ocasionais, rápida desidratação, acidose, câimbras musculares e colapso respiratório, podendo 
levar o paciente a morte num período de 4 à 48 horas (casos não tratados). 
 Agente Etiológico: Vibrio cholerae. 
 Modo de Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos 
de doentes ou portador. A contaminação pessoa a pessoa é menos importante na cadeia 
epidemiológica. 
Período de Incubação: de horas a 5 dias. Na maioria dos casos varia de 2 a 3 d 
Hepatite A 
Início geralmente súbito com febre, mal-estar geral, falta de apetite, náuseas, sintomas 
abdominais seguido de icterícia. A convalescença em geral é prolongada e a gravidade aumenta 
com a idade, porém há recuperação total sem seqüelas. 
 A distribuição do vírus da Hepatite A é mundial; porém em locais onde o saneamento é 
deficiente, a infecçãoé comum e ocorre em crianças de pouca idade. 
 Agente Etiológico: Vírus da hepatite tipo A, hepatovirus RNA, família Picornavirideo. 
 Modo de Transmissão: fecal-oral, água contaminada, alimentos contaminados. 
 Periodo de Incubação: de 15 a 45 dias, média de 30 dias. 
Amebiase 
Infecção causada por um protozoário parasita que está presente em duas formas: como 
cisto infeccioso, resistente e como trofozoíto, mais frágil e potencialmente invasor. O parasita 
pode atuar de forma comensal ou invadir os tecidos, originando infecções intestinais ou extra-
intestinal. As enfermidades intestinais variam desde uma disenteria aguda e fuminante, com febre 
e calafrios e diarréia sanguinolenta ou mucóide (disenteria amebiana), até um mal-estar 
abdominal leve e diarréia com sangue e muco alternando com períodos de estremecimento ou 
remissão. 
 Agente Etiológico: Entamoeba hystolytica. 
 Modo de Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados por dejetos, contendo 
cistos amebianos. Ocorre mais raramente na transmissão sexual devido a contato oral-anal. 
 Periodo de Incubação: entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos. 
Giardise 
 
 12
Freqüentemente assintomática, pode também está associada a uma diversidade de 
sintomas intestinais: diarréia crônica, esteatorréia, cólicas abdominais, eliminação de fezes 
esbranquiçadas gordurosas e fétidas, fadiga e perda de peso. Em casos de giardíase grave, podem 
ocorrer lesões e alterações inflamatórias das células de mucosa do duodeno e jejuno. 
Sinonímia: Enterite por giárdia. 
Agente Etiológico:' Giardia lamblia protozoário flagelado que existe sob as formas de 
cistos e trofozoito. A primeira é a forma infectante. 
Modo de Transmissão: direta, pela contaminação das mãos e conseqüente ingestão de 
cistos existente em dejetos de pessoa infectada; ou indireta, através de ingestão de água ou 
alimento contaminado. 
Período de Incubação: de 1 a 4 semanas, com média de 7 a 10 dias. 
Esquitossomose 
A sintomatologia depende da localização do parasita. Os efeitos patológicos mais 
importante são as complicações derivadas da infecção crônica: fibrose hepática e hipertensão 
portal. 
Agente Etiológico: Schistosoma mansoni, família Schistosomatidae. 
Modo de Transmissão: os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro 
infectado (homem). Na água, eclodem, liberando uma larva ciliada denominada miracídio, a qual 
infecta o caramujo. Após a 4 ou 6 semanas, abandonam o caramujo, na forma de cercária, ficando 
livres nas águas naturais. O contato humano com as águas infectadas pelas cercárias é a maneira 
pela qual o indivíduo adquire a esquistossomose. 
Período de Incubação: em média, 2 a 6 semanas após a infecção. 
Ascaridíase 
O primeiro sinal da infestação freqüente é a presença de vermes vivos nas fezes ou 
ressurgidos. Sinais pulmonares inclui a síndrome de Coeffer, caracterizada por respiração 
irregular, espasmos de tosse, febre e pronunciada eosinofilia no sangue. A alta densidade de 
parasita pode causar distúrbios digestivos e nutricionais, dor abdominal, vômitos, inquietação e 
perturbação do sono. Complicações graves não raro fatais, incluem obstrução intestinal e 
migração de vermes adultos para o fígado, pâncreas, apêndice, cavidade peritoneal e trado 
respiratório superior. 
Sinonímia: Infecção por Ascaris. 
Agente Etiológico: Ascaris lumbricoides, ou lombriga. 
Modo de Transmissão: ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, 
água ou alimentos contaminados com fezes humanas. 
 
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Período de Incubação: de 4 a 8 dias, tempo necessário para completar o ciclo vital do 
parasita. 
 
O tratamento da água e esgotos no DF 
 
 
A universalização do atendimento em saneamento da população do DF, isto é, levar 100% de 
água potável, coleta e tratamento de esgotos, é a meta estabelecida e curto e médio prazos pela 
Companhia de Saneamento do Distrito Federal. Para alcançar esse objetivo, a Caesb vem 
implementando, basicamente, dois grandes programas: o Programa de Saneamento do Distrito 
Federal, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID), onde serão 
aplicados investimentos globais de cerca de R$ 200 milhões até 2004 e o Programa Água Nossa, 
com a aplicação de mais R$ 90 milhões, em serviços de abastecimento de água e esgotamento 
sanitário. 
Atualmente, a empresa detém na área de esgotamento sanitário os maiores índices do país em 
coleta (88%) e tratamento de esgotos (66%), representando cerca de 1,8 milhões de habitantes. 
No tocante ao abastecimento de água potável esse índice alcança os 92% da população do DF, 
cerca de 1,92 milhões de clientes. 
O Programa "Água Nossa" já está sendo implantado pela Caesb e atendera ao final cerca de 253 
mil novos clientes da empresa, preferencialmente às populações de baixa renda, que passarão a 
ter serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Estão sendo investidos 
aproximadamente R$ 90 milhões para instalação de 400 km de redes de água e esgotos em novas 
áreas residenciais e Áreas de Desenvolvimento Econômico(ADE'S), representando quase 70 mil 
ligações. Quando o programa estiver concluído haverá um incremento de 21% na receita 
operacional da empresa. 
 
 
O DF está em primeiro lugar no ranking das unidades da federação em coleta de esgoto. De 
acordo com o Atlas de Saneamento, lançado pelo IBGE, há rede sanitária em 87,5% das casas do 
DF. 
A Caesb já iniciou as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgotos do Melchior e de 
um Interceptor e Emissário, além da Estação de Tratamento de Esgotos do Gama, que serão 
responsáveis, respectivamente, pelo esgotamento sanitário, a nível terciário ( o mais eficiente), de 
1 milhão de moradores de Taguatinga, Ceilândia e Expansão de Samambaia e de outros 200 mil 
no Gama. 
Serão aplicados ainda recursos na transformação das Estações de Tratamento de Esgotos de Santa 
Maria, Recanto das Emas e Samambaia, de secundárias em terciárias. Os investimentos da Caesb, 
nestes projetos na área de esgotos, serão da ordem de R$ 86,69 milhões, em parceria com o BID. 
Em 2001, os investimentos foram de R$ 7,03 milhões. O BID financiará ainda a ampliação de 
 
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redes de esgotos no Lago Norte e no Lago Sul e implantação de redes de esgotos no Condomínio 
Mestre d'Armas. 
A construção das duas estações de tratamento de esgotos(Melchior e Gama) será fundamental 
para garantir a qualidade da água do lago que será formado pela barragem de Corumbá IV, que já 
teve as suas obras iniciadas, próxima à Luziânia e que possibilitará o abastecimento de água para 
o Distrito Federal por cerca de 90 anos, aumentando a atual capacidade de produção de água de 
12 mil litros por segundo para 120 mil. 
Essas ações na área de esgotos, resgatam uma dívida ambiental do DF para com a região do 
Entorno de Brasília e Goiás. O DF sempre foi acusado de exportador de esgotos para os corpos 
d'água goianos. 
Tratamento de Água 
O tratamento da água pode ser realizado para atender diversas finalidades: 
Higiênicas - remoção de bactérias, protozoários, vírus e outros microorganismos, de substâncias 
nocivas, redução do excesso de impurezas e dos teores elevados de compostos orgânicos; 
Estéticas - correção da cor, sabor e odor; 
Econômicas - redução de corrosividade, cor, turbidez, ferro , manganês, sabor, odor. 
 
Os serviços públicos de abastecimento devem fornecer água sempre saudável e de boa qualidade. 
Portanto, o seu tratamento apenas deverá ser adotado e realizado depois de demonstrada sua 
necessidade e, sempre que for aplicado, deverá compreender apenas os processos imprescindíveis 
à obtenção da qualidade da água que se deseja . 
 
A necessidade de tratamento e os processos exigidos deverão então ser determinados com base 
em inspeções sanitárias e nos resultadosde análises ( fisico-químicas da bacteriológicas) 
representativas do manancial a ser utilizado como fonte de abastecimento. 
 
Para fins didáticos esclarecemos aqui as etapas utilizadas em uma Estação de Tratamento de 
Água (ETA), tipo convencional, que engloba todas as fases necessárias para um tratamento 
completo. 
Dependendo da qualidade da água a ser tratada, algumas destas etapas poderão não ser 
necessárias para a devida potabilização da água a ser distribuída. 
 
A própria CAESB, hoje, dependendo das características da água a ser tratada, adota diversos 
tipos de tratamento que vão desde um tratamento completo (ETA convencional) até tratamento 
mais simplificado com cloração e fluoretação, apenas. 
 
São as seguintes etapas de um tratamento convencional: 
 
1- Coagulação e Floculação 
 
Nestas etapas, as impurezas presentes na água são agrupadas pela ação do coagulante, em 
partículas maiores ( flocos) que possam ser removidas pelo processo de decantação. Os reagentes 
utilizados são denominados de coagulantes , que normalmente são o Sulfato de Alumínio e o 
 
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Cloreto Férrico. 
 
Nesta etapa também poderá ser necessária a utilização de um alcalinizante ( Cal Hidratada ou Cal 
Virgem) que fará a necessária correção de pH para uma atuação mais efetiva do coagulante. 
 
Na coagulação ocorre o fenômeno de agrupamento das impurezas presentes na água e , na 
floculação, a produção efetiva de flocos. 
 
2- Decantação 
 
Os flocos formados são separados da água pela ação da gravidade em tanques normalmente de 
formato retangular. 
 
3- Filtraçao 
 
A água decantada é encaminhada às unidades filtrantes onde é efetuado o processo de filtração. 
Um filtro é constituído de um meio poroso granular, normalmente areia, de uma ou mais 
camadas, instalado sobre um sistema de drenagem, capaz de reter e remover as impurezas ainda 
presentes na água. 
 
4- Desinfecção 
 
Para efetuar a desinfecção de águas de abastecimento utiliza-se de um agente físico ou químico ( 
desinfetante ) cuja finalidade é a destruição de microrganismo patogênicos que possam transmitir 
doenças através das mesmas. 
 
Normalmente são utilizados em abastecimento público os seguintes agentes desinfectantes em 
ordem de freqüência : Cloro, Ozona , luz ultra- violeta e ions de prata. 
 
A Caesb utiliza, como agente desinfectante , o cloro na sua forma gasosa que é dosado na água 
através de equipamentos que permitem um controle sistemático de sua aplicação. 
 
5- Fluoretação 
 
A fluoretação da água de abastecimento público é efetuada através de compostos à base de fluor. 
A aplicação destes compostos na água de abastecimento público contribui para a redução da 
incidência de cárie dentária em até 60% , se as crianças ingerirem desde o seu nascimento, 
quantidades adequadas de ion fluoreto. 
 
 
A Caesb utiliza como agentes fluoretantes em suas unidades de tratamento o fluossilicato de 
sódio e o ácido fluossilicico. A dosagem média utilizada de ion fluoreto é de 0,8 mg /l ( 
miligramas por litro) de acordo com a temperatura local. 
Pesquisa a Ligações Clandestinas de Esgotos 
O sistema de esgotamento sanitário é composto por partes distintas: 
 
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- coleta dos esgotos; 
- tratamento; 
- lançamento no corpo receptor (rios/lagos); 
 
O tratamento de águas e esgotos nos condomínios irregulares do DF 
 
Outro ponto que norteou a definição do Programa "Água Nossa", refere-se a implantação de 
sistemas especiais de abastecimento de água, em áreas não regularizadas e com grande densidade 
ocupacional, tais como as invasões da Estrutural e do Varjão. Serão aplicados no programa cerca 
de R$ 90 milhões, sendo a maior parte dos recursos do GDF e da Terracap. A Caesb investirá, 
também, recursos próprios, além de negociações, já em andamento, para que alguns 
empreendimentos possam ser parcialmente financiados pelo BNDES e Caixa Econômica Federal. 
Os prazos para a conclusão das redes de água esgotos variam de 3 e 4 meses, nos casos da 
Expansão da Vila Varjão e da Invasão da Estrutural e Expansão das Vila São José, 
respectivamente e vão até 24 meses nos casos de alguns condomínios.. 
O pior índice de tratamento de esgoto do DF é o Paranoá. Apenas 31% das casas dessa cidade 
tem coleta de esgoto. Depois, Santa Maria, com 43%, e Lago Norte, com 49,5%. 
Só o Convênio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) de 2003, garantiu US$ 80 
milhões para sanear o DF. Segundo o governo local, o DF será o primeiro a oferecer a toda a 
população água de qualidade, esgoto tratado e coletado, drenagem e coleta de lixo até o fim de 
2006. 
 
A poluição do solo e das águas por metais pesados e seus efeitos sobre sistemas 
vivos 
 
Acredita-se que os metais talvez sejam os agentes tóxicos mais conhecidos pelo homem. Há 
aproximadamente 2.000 anos a.C., grandes quantidades de chumbo eram obtidas de minérios, 
como subproduto da fusão da prata e isso provavelmente tenha sido o início da utilização desse 
metal pelo homem. 
 O elevado desenvolvimento industrial ocorrido nas últimas décadas, tem sido um dos 
principais responsáveis pela contaminação de nossas águas e solos, seja pela negligência no seu 
tratamento antes de despejá-las nos rios ou por acidentes e descuidos cada vez mais freqüentes, 
que propiciam o lançamento de muitos poluentes nos ambientes aquáticos. 
 Dentre estes poluentes podemos citar os metais pesados, outro grande problema para a saúde 
humana. Metais pesados são elementos químicos metálicos, de peso atômico relativamente alto, 
que em concentrações elevadas são muito tóxicos á vida. As atividades industriais, têm 
 
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introduzido metais pesados nas águas numa quantidade muito maior do que aquela que seria 
natural, causando grandes poluições. Para se ter uma idéia disso, basta lembrar que os metais 
pesados fazem parte dos despejos de grandes indústrias, em todos os países do mundo. A ação 
dos metais pesados na saúde humana é muito diversificada e profunda. Entre os mais perigosos 
estão o mercúrio, o cádmio (encontrado em baterias de celulares), cromo e o chumbo. Os metais 
pesados diferem de outros agentes tóxicos porque não são sintetizados nem destruídos pelo 
homem. A atividade industrial diminui significativamente a permanência desses metais nos 
minérios, bem como a produção de novos compostos, além de alterar a distribuição desses 
elementos no planeta. 
 A presença de metais muitas vezes está associada à localização de regiões agrícolas e 
industriais; proibindo a produção de alimentos em solos contaminados com metais pesados. 
Todas as formas de vida são afetadas pela presença de metais dependendo da dose e da forma 
química. Muitos metais são essenciais para o crescimento de todos os tipos de organismos, desde 
as bactéérias até mesmo o ser humano, mas eles são requeridos em baixas concentrações e podem 
danificar sistemas biológicos. 
 
Ocorrência dos metais pesados 
Metal Fontes Principais 
Chumbo 
- indústria de baterias automotivas, chapas de metal semi-acabado, canos de 
metal, cable sheating, aditivos em gasolina, munição. 
- indústria de reciclagem de sucata de baterias automotivas para reutilização 
de chumbo. 
Cádmio 
- fundição e refinação de metais como zinco, chumbo e cobre 
- derivados de cádmio são utilizados em pigmentos e pinturas, baterias, 
processos de galvanoplastia, solda, acumuladores, estabilizadores de PVC, 
reatores nucleares. 
Mercúrio - mineração e o uso de derivados na indústria e na agricultura 
- células de eletrólise do sal para produção de cloro. 
Cromo - curtição de couros, galvanoplastias. 
Zinco -metalurgia (fundição e refinação), indústrias recicladoras de chumbo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos dos metais pesados 
Metal Chumbo (Pb) Mercúrio (Hg) Cádmio (Cd) 
 
 18Efeito na saúde 
Provoca alterações no 
sangue e na urina, 
ocasionando doenças 
graves e em alguns 
casos, invalidez total e 
irreversível. Ocasiona 
problemas respiratórios. 
Provoca alterações 
renais e neurológicas. 
As principais alterações 
são no desenvolvimento 
cerebral das crianças, 
podendo provocar o 
idiotismo. 
Apesar de menos 
agressivo na água do 
que no ar, depositado 
nos ossos, musculaturas, 
nervos e rins, provoca 
estado de agitação, 
epilepsia, tremores, 
perda da capacidade 
intelectual e anemia. 
Afeta o sistema 
nervoso central, 
provocando lesões no 
córtex e na capa 
granular do cérebro. 
Alterações em órgãos 
do sistema 
cardiovascular. 
 Acumula-se no 
sistema nervoso, 
principalmente no 
cérebro, medula e rins. 
Provoca perda de 
coordenação dos 
movimentos, 
dificuldade no falar, 
comer e ouvir, além 
de atrofia e lesões 
renais, urogenital e 
endócrino. 
Provoca alterações 
no sistema nervoso 
central e no sistema 
respiratório. 
Compromete ossos e 
rins. 
Ocasiona edema 
pulmonar, câncer 
pulmonar e irritação no 
trato respiratório. 
Analogamente ao 
mercúrio afeta o sistema 
nervoso e os rins. 
Provoca perda de olfato, 
formação de um anel 
amarelo no colo dos 
dentes, redução na 
produção de glóbulos 
vermelhos e remoção de 
cálcio dos ossos. 
 
 
 
Efeito no meio 
ambiente 
 
Polui o solo, a água e o 
ar e desta forma 
contamina os 
organismos vivos, 
devido a seu efeito 
bioacumulativo, 
em toda a cadeia 
alimentar (trófica). 
É absorvido pelos 
organismos vivos e 
vai-se acumulando de 
forma contínua 
durante toda a vida. 
Pela contaminação da 
água ou do solo, entra 
com facilidade na 
cadeia alimentar, 
representando um 
perigo para o homem 
que se alimenta de 
peixes ou aves dessas 
áreas. 
 
Contamina o solo, o ar, 
a água e o lençol 
freático. 
É bioacumulativo em 
toda a cadeia alimentar 
(trófica), provocando 
intoxicação nos seres 
humanos quando 
ingerirem peixes 
contaminados com 
cádmio. 
 
 Os efeitos tóxicos dos metais sempre foram considerados como eventos de curto prazo, agudos 
e evidentes, como anúria e diarréia sanguinolenta, decorrentes da ingestão de mercúrio. 
Atualmente, ocorrências a médio e longo prazo são observadas e as relações causa-efeito são 
pouco evidentes e quase sempre subclínicas. Geralmente esses efeitos são difíceis de serem 
distinguidos e perdem em especificidade, pois podem ser provocados por outras substâncias 
 
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tóxicas ou por interações entre esses agentes químicos. 
 A manifestação dos efeitos tóxicos está associada á dose e pode distribuir-se por todo o 
organismo, afetando vários órgãos, alterando os processos bioquímicos, organelas e membranas 
celulares. 
 Acredita-se que pessoas idosas e crianç as sejam mais susceptíveis às substâncias tóxicas. As 
principais fontes de exposição aos metais tóxicos são os alimentos, observando-se um elevado 
índice de absorção gastro-intestinal. 
 A mídia escrita e falada tem noticiado a contaminação de adultos, crianças, lotes e vivendas 
residenciais, com metais pesados, principalmente por chumbo e mercúrio. Contudo, a maioria da 
população não tem informações precisas sobre os riscos e as conseqüências da contaminação por 
esses metais para a saúde humana.

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