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Aula 06 Raciocínio-Lógico Matemático p/ EBSERH - 2016 (todos os cargos) Professor: Marcos Piñon AULA 06: Raciocínio lógico-matemático: argumentos válidos Observação importante : este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras prov idências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, viol am a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) SUMÁRIO PÁGINA 1. Lógica da Argumentação 1 2. Exercícios comentados nesta aula 100 3. Gabarito 114 1 – Lógica da Argumentação Considere a proposição: FHC foi um bom presidente. Você saberia me dizer se essa proposição é verdadei ra ou falsa? Bom, para isso, teríamos que definir o que vem a ser um bom presidente. Podemos avaliar as conquistas na área econômica, as melhorias na área social, os prêmios internacionais, a quantidade de escândalos de corru pção, etc. Veja que cada um desses itens pode ter um peso maior ou menor a depender de quem avalia, pois o conceito de “bom presidente” é um conceito subjetivo. Para um grupo de pessoas, essa afirmação é considerada verdadeira, já para ou tro grupo de pessoas, esta afirmação é considerada falsa. “Mas onde você quer chegar, professor?” Bom, o que eu quero dizer é que o objetivo da Lógica da Argumentação não é a avaliação do conteúdo em si, mas a forma com que as informações são apresentadas, se determinado raciocínio foi ou não bem construído, se podemos chegar a alguma conclusão baseada no raciocínio apr esentado, independentemente dos valores subjetivos dos conceitos. Vejamos um exemplo: Marcos é um uma pessoa legal. Será que podemos avaliar se essa proposição é verda deira ou falsa? Mais uma vez seria muito subjetivo, além de não sabermos de que Marcos estamos falando. Agora, se eu falo “Marcos é uma pessoa legal, pois ele é baiano e todo baiano é Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 114 legal”. Nesse caso, estamos diante de uma conclusão baseada em alguns fatos que foram apresentados. Assim, independentemente do Marcos que estou me referindo, sabendo que todo baiano é legal e que Marcos é baiano, eu posso afirmar sem nenhuma dúvida que ele é legal. No estudo da Lógica da Argumentação, nos baseamos em regras de inferência lógica. A argumentação centra-se essencialmente em alcançar conclusões por meio do raciocínio lógico, isto é, fatos baseados em premissas. O argumento é uma sequência determinada (finita) de proposições ( premissas) que leva a uma proposição final, uma conclusão do argumento. Observe esse argumento: Todo baiano é legal (premissa) Marcos é baiano (premissa) Marcos é uma pessoa legal (conclusão) Nesse argumento as duas premissas podem ser chamadas de antecedentes e dão suporte à conclusão, que pode ser chamada de co nsequente. Podemos utilizar um diagrama para mostrar que este argumento é válido. Vejamos: Pessoas Legais Baianos Marcos Observando o diagrama, podemos perceber que Marcos está dentro do conjunto dos baianos (elipse amarela), pois ele é baiano, e o conjunto dos baianos está dentro do conjunto das pessoas legais (elipse verde), pois todo baiano é legal. Veja que você pode até discordar e dizer que nem to do baiano é legal. Tudo bem, mas, baseado nas informações de que “todo baiano é legal” é uma premissa verdadeira e que “Marcos é baiano” também é uma premissa verdadeira, podemos afirmar que “Marcos é legal” é uma conclusão verdadeira baseada nessas duas premissas. Um argumento é constituído de proposições P1, P2, P3, ..., Pn, chamadas de premissas, que servem de base para afirmar que uma outra proposição C é verdadeira, chamada de conclusão. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 114 Quando temos apenas duas premissas e uma conclusão, estamos diante de um Silogismo. Assim, o silogismo nada mais é do que uma argumentação com duas premissas e uma conclusão. No estudo da Lógica da Argumentação o que nos interessa são os “Argumentos Válidos”. Dizemos que um argumento é válido(legítimo), quando a sua conclusão é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas. Assim, não é possível saber se a conclusão do argumento é verdadeira se nós não considerarmos todas as premissas como verdadeiras. Dizemos que um argumento é inválido (ilegítimo, falacioso, sofisma) quando, mesmo considerando suas premissas como verdadeiras, ainda assim, não é possível garantir a verdade da conclusão, ou seja, a conclusão não é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas. Resumindo o que já falamos até aqui, não estamos in teressados em saber se cada proposição de um argumento é verdadeira ou falsa, mas sim, se o argumento é válido, ou seja, se a conclusão é uma consequênci a obrigatória das premissas, considerando que as premissas sejam verdadeiras simultaneamente. Assim, o argumento é classificado em válido ou inválido e nã o em verdadeiro ou falso (as proposições é que são classificadas em verdadeiras ou falsas). Vejamos dois exemplos: Ex. 1: P1: Todos os baianos são nordestinos P2: Pedro é baiano C: Pedro é nordestino Nordestinos Baianos Pedro Ex. 2: P1: Todos os baianos são alemães P2: Pedro é baiano C: Pedro é alemão Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 114 Alemães Baianos Pedro Percebam que os dois argumentos são válidos, pois c onsiderando as premissas verdadeiras, as conclusões são consequência obrigat ória das premissas, independentemente do conteúdo das premissas. Perceb am que no primeiro exemplo, o conteúdo também é verdadeiro, já que tod o baiano realmente é nordestino e se uma pessoa é baiana, com certeza ela também será nordestina. Já o segundo exemplo, possui um conteúdo falso, poi s dizer que todo baiano é alemão não é verdade. Mas o que interessa é que os dois argumentos são vá lidos, já que as conclusões são consequência obrigatória das premissas, conside rando estas verdadeiras. Além desses casos, podemos ter argumentos inválidos com conteúdo verdadeiro e argumentos inválidos com conteúdo falso. Vejamos ma is dois exemplos: Ex. 3: P1: Todos os baianos são nordestinos P2: Existem nordestinos que são ricos C: Existem baianos que são ricos Nordestinos Ricos Baianos Vejam que nesse exemplo, mesmo sabendo que existem baianos que são ricos, essa conclusão não é consequência obrigatória das p remissas, que também são verdadeiras. Assim, temos um argumento falacioso com conteúdo verdadeiro. Ex. 4: P1: Todos os baianos são ricos P2: Pedro é rico C: Pedro é baiano Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 114 Ricos Baianos Pedro Vejam que nesse exemplo, mesmo considerando as premissas verdadeiras, a conclusão não é consequência obrigatória das premis sas. Nesse caso também o conteúdo das premissas não é verdadeiro, já que nem todos os baianos são ricos. Assim, temos um argumento falacioso com conteúdo fa lso. Tipos de argumentos Basicamente, existem dois tipos de argumentos: Argumentos Categóricos e ArgumentosHipotéticos. Não é necessário saber esta classificação, mas sim como resolver as questões que envolvem cada um desses do is tipos. Comecemos com os argumentos categóricos. Os argumentos categóricos são aqueles que apresentam premissas representadas por enunciados simples, contendo um quantificador, um sujeito, um verbo de ligação e um predicado. Não, isso não é aula de português! Vejamos alguns exemplos: Todo baiano é nordestino todo: Quantificador baiano: Sujeito é: Verbo de ligação nordestino: Predicado Existe baiano que é rico existe: Quantificador baiano: Sujeito é: Verbo de ligação rico: Predicado Nenhum carioca é baiano nenhum: Quantificador carioca: Sujeito é: Verbo de ligação Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 114 baiano: Predicado Alguns nordestinos não são baianos alguns: Quantificador nordestinos: Sujeito não: Partícula de negação são: Verbo de ligação baianos: Predicado Representamos acima os quatro tipos de proposições com quantificadores: Todo A é B (universal afirmativo), Nenhum A é B (universal negativo), Algum A é B (particular afirmativo) e Algum A não é B (particular negativo). Vamos explicar as conclusões que podem ser tiradas a partir desses qu antificadores: Todo A é B A B A partir dessa informação podemos ter certeza que a área pintada de vermelho não possui nenhum elemento e que a área pintada de azul possui algum elemento. Todos os elementos do conjunto A estarão localizados dentro do conjunto B. Pode existir algum elemento de B que nã o seja de A (área branca), mas isso nós não temos como saber apenas com a afirmação de que “Todo A é B”. A negação desse quantificador é dizer que existe elemento de A na área vermelha, ou seja, dizer que “Algum A não é B”. ~(Todo A é B) = Algum A não é B Nenhum A é B A B A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de vermelho não possui nenhum elemento e que a área azul possui algum elemento. Todos os elementos do conjunto A estarão localizados fora do conjunto B. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 114 A negação desse quantificador é dizer que existe elemento de A na área vermelha, ou seja, dizer que “Algum A é B”. ~(Nenhum A é B) = Algum A é B Algum A é B A B A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de azul possui algum elemento. Ou seja, podemos concluir que A e B possuem pelo menos um elemento em comum. Pode existir algum elemento de B que não seja de A, e algum elemento de A que não seja de B, mas isso nós não temos como saber apenas com a afirmação de que “Algum A é B”. A negação desse quantificador é dizer que não exist e elemento de A na área azul, ou seja, dizer que “Nenhum A é B”. ~(Algum A é B) = Nenhum A é B Algum A não é B A B A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de azul possui algum elemento. Podemos concluir que A possui algum elemento que não pertence a B. Pode existir algum elemento de A que seja de B, mas isso nós não temos como saber apenas com a afirmação de que “Algum A não é B”. A negação desse quantificador é dizer que não exist e elemento de A na área azul, ou seja, dizer que “Todo A é B”. ~(Algum A não é B) = Todo A é B Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 114 Existe uma relação entre esses quatro tipos de proposições com quantificadores, que pode ser representada por um “Quadrado das Oposições”. Vejamos: Todo A é B Nenhum A é B A B Contrário A B Subalterno Contraditório Subalterno A B A B Subcontrár io Algum A é B Algum A não é B Proposições contrárias (Todo A é B x Nenhum A é B): Duas proposições contrárias não podem ser ambas verdadeiras ao mesmo tempo. Proposições contraditórias (Todo A é B x Algum A não é B; Nenhum A é B x Algum A é B): Duas proposições contraditórias não podem ser nem verdadeiras nem falsas ao mesmo tempo. Se uma é verdadeira, a outra é falsa. Proposições subcontrárias (Algum A é B x Algum A não é B): Duas proposições subcontrárias não podem ser ambas falsas ao mesmo t empo. Proposições subalternas (Todo A é B x Algum A é B; Nenhum A é B x Algum A não é B): Se a proposição universal é verdadeira, sua subalterna também será verdadeira. Essas regras não são cobradas explicitamente nos co ncursos, mas podem nos ajudar na resolução das questões. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 114 Agora, vamos aprender a resolver as questões de con curso que apresentam esses quantificadores nas premissas. Para isso, vamos aprender a representá-los por meio de diagramas, que nos ajudarão a visualiza r a solução. Comecemos com o quantificador universal afirmativo (Todo): Todo baiano é nordestino Nordestinos Baianos Esse quantificador nos diz que o conjunto dos baianos está contido no conjunto dos nordestinos, ou seja, todos os elementos do conjunto dos baianos também pertencem ao conjunto dos nordestinos. A representação utilizada acima é a mais usual, mas não é a única. Podemos representar esse quantificador de outra maneira. Vejamos: Todo baiano é nordestino Nordestinos Baianos Nessa representação, o conjunto dos baianos coincide com o conjunto dos nordestinos. Assim, continua valendo o que eu disse acima, todos os elementos do conjunto dos baianos também pertencem ao conjunto dos nordestinos. Agora, observe o seguinte: Na primeira representação, havia elementos do conjunto dos nordestinos que não eram elementos do conjunto dos baianos (área verde do diagrama). Essa informação difere do que vimos na segunda representação, onde não há elementos do conjunto do s nordestinos que não sejam também elementos do conjunto dos baianos (os conjuntos são coincidentes). Assim, com a informação de que “Todo baiano é nordestino”, não podemos garantir se há ou não nordestinos que não s ejam baianos. O que podemos garantir é que não há baianos que não sejam nordestinos. Assim, dizendo que “Todo A é B”, podemos concluir que “não existe A que não seja B”. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 114 O próximo quantificador é o universal negativo (Nenhum). Vejamos: Nenhum carioca é baiano Baianos Cariocas Esse quantificador só possui essa maneira de ser representado, pois os conjuntos dos baianos e o conjunto dos cariocas não possuem n enhum elemento em comum. Com isso, podemos concluir que não existe a possibilidade de alguém ser carioca e baiano ao mesmo tempo. Agora, vamos aos quantificadores particulares. Comecemos com o afirmativo: Existe baiano que é rico (é o mesmo que “algum baiano é rico”) Baianos Ricos Essa é a maneira mais usual de representar esse quantificador. Mas também, não é a única. Porém, a informação mais importante é que o conjunto dos baianos e o conjunto dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum, ou seja, eles não são disjuntos. Olhando o diagrama, podemos diz er com certeza que a área azul possui pelo menos um elemento, mas as áreas am arela e verde podem possuir elemento ou não. Vamos ver outras represent ações paraesse quantificador: Existe baiano que é rico (é o mesmo que “algum baiano é rico”) Ricos Baianos Veja que continua valendo o que eu disse: “o conjunto dos baianos e o conjunto dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum” (representada pela área azul). Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 114 Existe baiano que é rico (é o mesmo que “algum baiano é rico”) Baianos Ricos Mais uma vez, continua valendo o que eu disse: “o conjunto dos baianos e o conjunto dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum” (representada pela área azul). Existe baiano que é rico (é o mesmo que “algum baiano é rico”) Baianos Ricos Nessa última representação, com os conjuntos dos ba ianos e dos ricos coincidindo, continua valendo o que eu disse: “o conjunto dos baianos e o conjunto dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum”. Para terminar, vejamos o quantificador particular negativo: Alguns nordestinos não são baianos (é o mesmo que “existem nordestinos que não são baianos”) Baianos Nordestinos Como o quantificador é o mesmo, só mudando a existência do “não”, a maneira mais usual de representar esse quantificador é a mesma do item anterior. Ocorre que, agora, o que podemos concluir com certeza, é que a área verde possui pelo menos um elemento, ou seja, ela não está vazia. As áreas amarela e azul podem ou não possui elementos. Podemos afirmar que não é todo nordestino que é baiano. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 114 Mais uma vez, essa não é a única maneira de represe ntar esta proposição. Vejamos as outras: Alguns nordestinos não são baianos Nordestinos Baianos Veja que continua valendo o que eu disse acima: “Nã o é todo nordestino que é baiano” (área verde do diagrama). Alguns nordestinos não são baianos Nordestinos Baianos Por fim, mais uma representação e continua valendo o que eu disse acima: “Não é todo nordestino que é baiano” (área verde do diagra ma). Bom, vimos todas as maneiras de representar as proposições com quantificadores por meio dos diagramas. Para fechar esse assunto, vamos ver como resolver as questões. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 01 - (EBSERH – UFMG – 2014 / AOCP) A negação de “Todos os filmes são de terror” é: (A) apenas um filme é de terror. (B) pelo menos um filme é de terror. (C) existem filmes que são de terror. (D) existem filmes que não são de terror. (E) nenhum filme é de terror. Solução: Nessa questão, temos uma proposição do tipo “Todo A é B”. Vimos acima que a negação de uma proposição deste tipo é “Algum A não é B”. Assim, temos: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 114 p: Todas os filmes são de terror ~p: Algum filme não é de terror Perceba que não temos nenhuma alternativa exatament e igual a “Algum filme não é de terror”. Porém, temos algo que diz a mesma coisa: ~p: existem filmes que não são de terror. Resposta letra D. 02 - (EBSERH – UFMS – 2014 / AOCP) A negação de “Todos os brasileiros gostam de futebol” é (A) “Apenas um brasileiro gosta de futebol.” (B) “Pelo menos um brasileiro gosta de futebol.” (C) “Existem brasileiros que gostam de futebol.” (D) “Existem brasileiros que não gostam de futebol. ” (E) “Nenhum brasileiro gosta de futebol.” Solução: Essa questão é bem parecida com a anterior. Temos novamente uma proposição do tipo “Todo A é B”. Sabemos que sua negação “Algum A não é B”, ou então, “Existe A que não é B”. Assim, temos: p: Todos os brasileiros gostam de futebol ~p: Algum brasileiro não gosta de futebol Mais uma vez, podemos reescrever a negação da seguinte forma: ~p: Existem brasileiros que não gostam de futebol. Resposta letra D. 03 - (EBSERH – UFGD – 2014 / AOCP) Assinale a alternativa que apresenta a negação de “Todos os pães são recheados”. (A) Existem pães que não são recheados. (B) Nenhum pão é recheado. (C) Apenas um pão é recheado. (D) Pelo menos um pão é recheado. (E) Nenhuma das alternativas. Solução: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 114 Mais uma questão bem parecida com as anteriores. Te mos novamente uma proposição do tipo “Todo A é B”. Sabemos que sua negação “Algum A não é B”, ou então, “Existe A que não é B”. Assim, temos: p: Todos os pães são recheados ~p: Algum pão não é recheado Mais uma vez, podemos reescrever a negação da seguinte forma: ~p: Existem pães que não são recheados. Resposta letra A. 04 - (EBSERH – UFGD – 2014 / AOCP) Qual é a negação de “Todos os alunos gostam de matemática”? (A) Nenhum aluno gosta de matemática. (B) Existem alunos que gostam de matemática. (C) Existem alunos que não gostam de matemática. (D) Pelo menos um aluno gosta de matemática. (E) Apenas um aluno não gosta de matemática. Solução: Outra questão parecidíssima. Mais uma vez nós temos uma proposição do tipo “Todo A é B”. Sabemos que sua negação “Algum A não é B”, ou então, “Existe A que não é B”. Assim, temos: p: Todos os alunos gostam de matemática ~p: Algum aluno não gosta de matemática Novamente, podemos reescrever a negação da seguinte forma: ~p: Existem alunos que não gostam de matemática. Resposta letra C. 05 - (COFEN – 2011 / Consulplan) Qual é a negação da sentença: todas as canecas estão quentes? (A) Todas as canecas estão frias. (B) Alguma caneca está fria. (C) Nenhuma caneca está fria. (D) Alguma caneca está quente. (E) Nenhuma caneca está quente. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 114 Solução: Nessa questão, temos uma proposição do tipo “Todo A é B”. Vimos acima que a negação de uma proposição deste tipo é “Algum A não é B”. Assim, temos: p: Todas as canecas estão quentes ~p: Alguma caneca não está quente Perceba que não temos nenhuma alternativa exatament e igual a “Alguma caneca não está quente”. Porém devemos perceber que dizer que algo não está quente é o mesmo que dizer que algo está frio. Assim: ~p: Alguma caneca está fria Resposta letra B. 06 - (TRT 9ª Região – 2004 / FCC) A correta negação da proposição “todos os cargos deste concurso são de analista judiciário” é: (A) alguns cargos deste concurso são de analista ju diciário. (B) existem cargos deste concurso que não são de an alista judiciário. (C) existem cargos deste concurso que são de analis ta judiciário. (D) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista judiciário. (E) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judiciário. Solução: Bom, temos uma proposição do tipo “Todo A é B”. Vimos que a negação de uma proposição deste tipo é “Algum A não é B”. Assim: p: “todos os cargos deste concurso são de analista judiciário” ~p: “Algum cargo deste concurso não é de analista judiciário”. Ou então: ~p: “existem cargos deste concurso que não são de analista judiciário”. Resposta letra B. 07 - (TRF 3ª Região – 2007 / FCC) Considerando "todo livro é instrutivo" uma proposição verdadeira, é correto inferir que (A) "nenhum livro é instrutivo" é uma proposição necessariamente verdadeira. (B) "algum livro nãoé instrutivo" é uma proposição verdadeira ou falsa. (C) "algum livro é instrutivo" é uma proposição verdadeira ou falsa. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 114 (D) "algum livro é instrutivo" é uma proposição necessariamente verdadeira. (E) "algum livro não é instrutivo" é uma proposição necessariamente verdadeira. Solução: Com a informação de que “todo livro é instrutivo”, podemos concluir que não há livro que não seja instrutivo, ou seja, dizer que “ algum livro não é instrutivo” é necessariamente uma proposição falsa. Assim, vamos analisar cada alternativa: (A) "nenhum livro é instrutivo" é uma proposição necessariamente verdadeira. Esse item está errado, pois, como vimos, não há liv ro que não seja instrutivo. Assim, “nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente falsa. Item errado. (B) "algum livro não é instrutivo" é uma proposição verdadeira ou falsa. Esse item está errado, pois, como vimos, não há liv ro que não seja instrutivo. Assim, "algum livro não é instrutivo" é uma proposição necessariamente falsa. Item errado. (C) "algum livro é instrutivo" é uma proposição verdadeira ou falsa. Esse item está errado, pois, como vimos, não há liv ro que não seja instrutivo. Assim, "algum livro é instrutivo" é uma proposição necessariamente verdadeira (se a universal é verdadeira, sua subalterna também será). Item errado. (D) "algum livro é instrutivo" é uma proposição necessariamente verdadeira. Esse item está correto, pois se “todo livro é instr utivo”, dizer que “algum livro é instrutivo” também é necessariamente verdadeiro (se a universal é verdadeira, sua subalterna também será). Item correto. (E) "algum livro não é instrutivo" é uma proposição necessariamente verdadeira. Esse item está errado, pois, como vimos, não há liv ro que não seja instrutivo. Assim, "algum livro não é instrutivo" é uma proposição necessariamente falsa. Item errado. Resposta letra D. 08 - (IPT/SP – 2008 / Instituto Cidades) Considerando “todo político é ético” como uma proposição verdadeira, é CORRETO inferir q ue: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 114 (A) “Nenhum político é ético” é uma proposição nece ssariamente verdadeira. (B) “Algum político é ético” é uma proposição neces sariamente verdadeira. (C) “Algum político não é ético” é uma proposição v erdadeira ou falsa. (D) “Algum político é ético” é uma proposição verda deira ou falsa. Solução: Essa questão é bem parecida com a anterior. Com a informação de que “todo político é ético”, podemos concluir que não há polí tico que não seja ético, ou seja, dizer que “algum político não é ético” é necessariamente uma proposição falsa. Assim, vamos analisar cada alternativa: (A) “Nenhum político é ético” é uma proposição nece ssariamente verdadeira. Esse item está errado, pois, como vimos, não há pol ítico que não seja ético. Assim, “nenhum político é ético” é uma proposição necessariamente falsa. Item errado. (B) “Algum político é ético” é uma proposição neces sariamente verdadeira. Esse item está correto, pois se “todo político é ético”, dizer que “algum político é ético” também é necessariamente verdadeiro (se a universal é verdadeira, sua subalterna também será). Item correto. (C) “Algum político não é ético” é uma proposição v erdadeira ou falsa. Esse item está errado, pois, como vimos, não há pol ítico que não seja ético. Assim, "algum político não é ético" é uma proposição necessariamente falsa. Item errado. (D) “Algum político é ético” é uma proposição verda deira ou falsa. Esse item está errado, pois, como vimos, não há pol ítico que não seja ético. Assim, "algum político é ético" é uma proposição necessariamente verdadeira (se a universal é verdadeira, sua subalterna também será). Item errado. Resposta letra B. 09 - (Pref. de Campinas – 2012 / Cetro) Dada a proposição: “Todo administrador é feliz” e considerando-a como uma proposição verdadeira, é correto inferir que (A) “Algum administrador é feliz” é uma proposição necessariamente verdadeira. (B) “Algum administrador é feliz” é uma proposição verdadeira ou falsa. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 114 (C) “Algum administrador não é feliz” é uma proposi ção necessariamente verdadeira. (D) “Algum administrador não é feliz” é uma proposi ção verdadeira ou falsa. Solução: Mais uma questão parecida. Vimos que quando a propo sição universal é verdadeira, sua subalterna também será verdadeira. Assim, se "Todo A é B" é uma proposição verdadeira, com certeza a proposição "Algum A é B" também será verdadeira. Com isso, podemos concluir que se a proposição "Todo administrador é feliz" é uma proposição verdadeira, com certeza a proposição "Algum administrador é feliz" também será verdadeira. Resposta letra A. 10 - (TRF 3ª Região – 2007 / FCC) Algum A é B. Todo A é C. Logo (A) algum D é A. (B) todo B é C. (C) todo C é A. (D) todo B é A. (E) algum B é C. Solução: Nessa questão, devemos entender que são apresentada s duas premissas “Algum A é B” e “Todo A é C”, e a partir delas devemos verificar qual das alternativas é uma conclusão válida para esse argumento. Utilizare mos as representações mais usuais mostradas acima. Vamos começar representando as premissas: Algum A é B (área azul) A B Essa premissa nos dá a certeza da existência de pel o menos um elemento na área azul. Todo A é C (área amarela) Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 114 C A Essa premissa nos dá a certeza de que não existe ne nhum elemento de A que não seja de C. Sobrepondo as duas figuras, temos: C B A Por fim, sabemos que a área azul possui pelo menos um elemento e que não há nenhum elemento de A que não seja elemento de C. Agora, nos baseando nessa figura, vamos analisar cada alternativa: (A) algum D é A. Não temos nenhuma informação a respeito de D, logo não podemos concluir nada sobre a relação entre A e D. Item errado. (B) todo B é C. Podemos perceber que este item está errado, pois po de haver algum B que não seja C, conforme mostrado na figura pela área verde . Item errado. (C) todo C é A. Podemos perceber que este item também está errado, que não seja A, conforme mostrado na figura pelas á errado. (D) todo B é A. Podemos perceber que este item também está errado, que não seja A, conforme mostrado na figura pelas á errado. pois pode haver algum C reas laranja e cinza. Item pois pode haver algum B reas verde e cinza. Item (E) algum B é C. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 114 Só restou essa, que é a resposta da questão. Veja que temos certeza que a área azul da figura possui algum elemento, que os elementos dessa área azul pertencem aos conjuntos A e B simultaneamente, e que não há nenhum elemento de A que não seja elemento de C. Assim, podemos con cluir com certeza que pelo menos um elemento de B (representado pela área azul ) pertence a C. Item correto. Resposta letra E. 11 - (EMBRAPA – 2007 / Consulplan) Em uma banda, todos guitarristas são bateristas. Alguns vocalistas são guitarristas, ent ão podemos afirmar que: (A) Todos vocalistas são bateristas. (B) Todos bateristas são vocalistas.(C) Alguns vocalistas não são bateristas. (D) Todos vocalistas que não são guitarristas são ba teristas. (E) Alguns guitarristas são vocalistas. Solução: Percebam que essa questão é muito parecida com a úl tima que resolvemos. Vamos começar desenhando os diagramas (vou utilizar os mesmos da última questão): Todos guitarristas são bateristas Bateristas Guitarristas Essa premissa nos dá a certeza de que não existe ne nhum guitarrista que não seja baterista. Alguns vocalistas são guitarristas Guitarristas Vocalistas Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 114 Essa premissa nos dá a certeza da existência de alg uns elementos na área azul. Unindo as duas figuras, temos: Bateristas Guitarristas Vocalistas Por fim, sabemos que a área azul possui alguns elem entos e que não há nenhum guitarrista que não seja baterista. Agora, nos baseando nessa figura, vamos analisar cada alternativa: (A) Todos vocalistas são bateristas. Isso nós não podemos afirmar, pois pode existir vocalista na área verde do diagrama, e esses vocalistas não são bateristas. Item errado. (B) Todos bateristas são vocalistas. Isso nós não podemos afirmar, pois pode existir baterista nas áreas amarela e laranja do diagrama, e esses bateristas não são voc alistas. Item errado. (C) Alguns vocalistas não são bateristas. Isso nós também não podemos afirmar, pode ser que a área verde esteja vazia, já que nossa única certeza é que a área azul possui al guns elementos e que não há guitarrista que não seja baterista. Item errado. (D) Todos vocalistas que não são guitarristas são ba teristas. Isso nós não podemos afirmar, pois pode existir vocalista na área verde do diagrama, e esses vocalistas não são bateristas. Item errado. (E) Alguns guitarristas são vocalistas. Isso é verdade, pois com certeza a área azul do dia grama possui alguns elementos, e assim, alguns guitarristas são vocalis tas. Item correto. Resposta letra E. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 114 12 - (IPT/SP – 2008 / Instituto Cidades) Se todo motorista é nervoso e existem políticos que são motoristas, pode-se concluir que: (A) Existem políticos que são nervosos. (B) Todo político é nervoso. (C) Todo político é motorista. (D) Todo motorista é político. Solução: Mais uma questão semelhante. Vamos começar desenhando os diagramas: Todo motorista é nervoso Nervosos Motoristas Essa premissa nos dá a certeza de que não existe ne nhum motorista que não seja nervoso. Existem políticos que são motoristas Motoristas Políticos Essa premissa nos dá a certeza da existência de alg uns elementos na área azul. Unindo as duas figuras, temos: Nervosos Motoristas Políticos Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 114 Por fim, sabemos que a área azul possui alguns elem entos e que não há nenhum motorista que não seja nervoso. Agora, nos baseando nessa figura, vamos analisar cada alternativa: (A) Existem políticos que são nervosos. Isso é verdade, pois com certeza a área azul do dia grama possui alguns elementos, e assim, alguns políticos são nervosos. Item correto. (B) Todo político é nervoso. Isso nós não podemos afirmar, pois pode existir político na área verde do diagrama, e esses políticos não são nervosos. Item errado. (C) Todo político é motorista. Isso nós não podemos afirmar, pois pode existir político na área verde do diagrama, e esses políticos não são motoristas. Item errado. (D) Todo motorista é político. Isso nós não podemos afirmar, pois pode existir motorista na área amarela do diagrama, e esses motoristas não são políticos. Item errado. Resposta letra A. 13 - (IBGE – 2011 / Consulplan) Dos carros produzidos em uma fábrica sabe- se que: nenhum modelo de quatro portas é conversível e que alguns modelos esportivos são conversíveis. Então, pode-se concluir que (A) nenhum modelo de 4 portas é esportivo. (B) todo modelo conversível é esportivo. (C) nenhum modelo esportivo tem 4 portas. (D) alguns modelos esportivos não têm 4 portas. (E) alguns modelos esportivos têm 4 portas. Solução: Vamos começar desenhando os diagramas: Nenhum modelo de quatro portas é conversível Conversíveis 4 portas Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 114 Com essa afirmação podemos concluir que não há carr o que seja ao mesmo tempo 4 portas e conversível, ou seja, os conjuntos acima não possuem nenhum elemento em comum. Alguns modelos esportivos são conversíveis Esportivos Conversíveis Essa premissa nos dá a certeza da existência de alg uns modelos na área azul. Unindo as duas figuras: Esportivos Conversíveis 4 portas Veja que eu coloquei os modelos 4 portas e esportivos bem colados, pois não tenho como saber se existe algum modelo que seja 4 portas e esportivo ao mesmo tempo. Agora vamos analisar cada alternativa: (A) nenhum modelo de 4 portas é esportivo. Vimos que não é possível saber se existe ou se não existe algum modelo que seja 4 portas e esportivo ao mesmo tempo. Item errado. (B) todo modelo conversível é esportivo. Isso nós não podemos afirmar, pois pode existir conversível na área verde do diagrama, e esses conversíveis não são esportivos. Item errado. (C) nenhum modelo esportivo tem 4 portas. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 114 Vimos que não é possível saber se existe ou se não existe algum modelo que seja 4 portas e esportivo ao mesmo tempo. Item errado. (D) alguns modelos esportivos não têm 4 portas. Isso nós podemos afirmar com certeza, já que a área azul possui alguns elementos e nenhum modelo 4 portas é também conversível. Item correto. (E) alguns modelos esportivos têm 4 portas. Vimos que não é possível saber se existe ou se não existe algum modelo que seja 4 portas e esportivo ao mesmo tempo. Item errado. Resposta letra D. 14 - (IPT/SP – 2008 / Instituto Cidades) Se é verdade que "Alguns cachorros são valentes" e que "Nenhum gato é valente", então, também é necessariamente verdade que: (A) Nenhum gato é cachorro. (B) Algum cachorro é gato. (C) Algum gato é cachorro. (D) Algum cachorro não é gato. Solução: Vamos construir os diagramas: Alguns cachorros são valentes Cachorros Valentes Essa premissa nos dá a certeza da existência de alg um elemento na área azul. Nenhum gato é valente Valentes Gatos Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 114 Com essa afirmação podemos concluir que não há gato que seja também valente, ou seja, os conjuntos acima não possuem nenhum elem ento em comum. Unindo as duas figuras: Cachorros Valentes Gatos Veja que eu coloquei os gatos e os cachorros bem próximos, pois não temos como saber se existe algum gato que seja cachorro. Agora vamos analisar cada alternativa: (A) Nenhumgato é cachorro. Vimos que, nos baseando nas premissas, não podemos garantir se existe ou não um gato que seja cachorro. Item errado. (B) Algum cachorro é gato. Vimos que, nos baseando nas premissas, não podemos garantir se existe ou não um cachorro que seja gato. Item errado. (C) Algum gato é cachorro. Vimos que, nos baseando nas premissas, não podemos garantir se existe ou não um gato que seja cachorro. Item errado. (D) Algum cachorro não é gato. Isso nós podemos garantir, pois existe pelo menos um cachorro que é valente e com certeza não é gato (área azul). Item correto. Resposta letra D. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 114 15 - (IBGE – 2011 / Consulplan) Na rua das Acácias todas as casas amarelas com janela de vidro têm interfone. Sabe-se que nemtodas as casas amarelas têm interfone. Das casas dessa rua, pode-se concluir que (A) algumas não são amarelas e têm janela de vidro. (B) pelo menos uma não é amarela e tem interfone e janela de vidro. (C) pelo menos uma é amarela e não tem janela de vidro. (D) nenhuma tem interfone. (E) algumas não são amarelas e têm interfone. Solução: Antes de partirmos para os diagramas, vamos analisar a segunda afirmação: Nem todas as casas amarelas têm interfone Percebam que falar “nem todas” é o mesmo que “negar o todo”, ou seja, é o mesmo que dizer que “alguma não é”. Agora, vamos de senhar os diagramas: Todas as casas amarelas com janela de vidro têm interfone Casas com interfone Casas amarelas com janela de vidro A partir dessa premissa, podemos concluir que se a casa é amarela e tem janela de vidro, com certeza ela terá interfone. Ou seja, não há casa amarela com janela de vidro que não tenha interfone. Nem todas as casas amarelas têm interfone Casas Amarelas Casas com interfone Essa premissa nos diz que a área amarela do diagram a possui pelo menos um elemento. Sobrepondo os diagramas, temos: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 114 Casas Amarelas Casas com interfone com janela de vidro Percebam que o grupo de casas amarelas com janela de vidro está incluído no grupo de casas amarelas. Nesse diagrama nós podemos afirmar com certeza que existem elementos nas áreas amarela e verde. Nas ou tras áreas nós não podemos afirmar nada. Agora, vamos analisar cada alternativa: (A) algumas não são amarelas e têm janela de vidro. Não sabemos nada sobre casas que não são amarelas. Não sabemos nem se existe na rua alguma casa que não é amarela. Item errado. (B) pelo menos uma não é amarela e tem interfone e janela de vidro. Não sabemos nada sobre casas que não são amarelas. Não sabemos nem se existe na rua alguma casa que não é amarela. Item errado. (C) pelo menos uma é amarela e não tem janela de vidro. Isso nós podemos afirmar com certeza, pois vimos que a área amarela do diagrama possui pelo menos um elemento e que todas as casas amarelas com janela de vidro estão na área verde. Item correto. (D) nenhuma tem interfone. Essa afirmação é falsa, pois as casas amarelas com janela de vidro possuem interfone. Item errado. (E) algumas não são amarelas e têm interfone. Não sabemos nada sobre casas que não são amarelas. Não sabemos nem se existe na rua alguma casa que não é amarela. Item errado. Resposta letra C. 16 - (Pref. de Itabaiana – 2010 / Consulplan) Numa determinada escola de idiomas, todos os alunos estudam alemão ou italiano . Sabe-se que aqueles que estudam inglês estudam espanhol e os que estudam alemão não estudam nem inglês nem espanhol, conforme indicadono diagrama a seguir. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 114 Italiano Alemão Espanhol Inglês Pode-se concluir que: (A) Todos os alunos que estudam espanhol estudam inglês. (B) Todos os alunos que estudam italiano estudam inglês. (C) Alguns alunos que estudam espanhol não estudam italiano. (D) Alguns alunos que estudam italiano não estudam inglês. (E) Alguns alunos que estudam alemão estudam italia no. Solução: Bom, essa questão facilitou o nosso trabalho, já qu e ela já nos apresentou o diagrama. Agora é só analisar cada alternativa: (A) Todos os alunos que estudam espanhol estudam inglês. Percebam que é o conjunto dos que estudam inglês qu e está dentro do conjunto dos que estudam espanhol. Assim, pode haver algum estudante de espanhol que não estuda inglês. Item errado. (B) Todos os alunos que estudam italiano estudam inglês. Da mesma forma que o item anterior, percebam que é o conjunto dos que estudam inglês que está dentro do conjunto dos que estudam italiano. Assim, pode haver algum estudante de italiano que não estu da inglês. Item errado. (C) Alguns alunos que estudam espanhol não estudam italiano. Podemos perceber no diagrama que todos os que estudam espanhol também estudam italiano. Item errado. (D) Alguns alunos que estudam italiano não estudam inglês. Percebam que é o conjunto dos que estudam inglês qu e está dentro do conjunto dos que estudam italiano. Mas, no diagrama, existem alunos que estudam italiano que não estudam inglês. Item correto. (E) Alguns alunos que estudam alemão estudam italia no. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 114 Percebam que os conjuntos dos que estudam italiano e o conjunto dos que estudam alemão são disjuntos, ou seja, não possuem nenhum elemento em comum. Assim, não existe aluno que estude alemão e italiano. Item errado. Resposta letra D. 17 - (TRF 3ª Região – 2007 / FCC) Se "Alguns poetas são nefelibatas" e "Todos os nefelibatas são melancólicos", então, nec essariamente: (A) Todo melancólico é nefelibata. (B) Todo nefelibata é poeta. (C) Algum poeta é melancólico. (D) Nenhum melancólico é poeta. (E) Nenhum poeta não é melancólico. Solução: Nessa questão, devemos entender que são apresentada s duas premissas “Alguns poetas são nefelibatas” e “Todos os nefelibatas são melancólicos”, e a partir delas devemos verificar qual das alternativas é uma conclusão válida para esse argumento. Vamos começar representando as premissas: Alguns poetas são nefelibatas (área azul) Poetas Nefelibatas Essa premissa nos dá a certeza da existência de pel o menos um elemento na área azul. Todos os nefelibatas são melancólicos (área verde) Melancólicos Nefelibatas Essa premissa nos dá a certeza de que não existe ne nhum nefelibata que não seja melancólico. Sobrepondo as duas figuras, temos: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 114 Melancólicos Poetas Nefelibatas Por fim, sabemos que a área azul possui pelo menos um elemento e que não há nenhum nefelibata que não seja melancólico. Agora, nos baseando nessa figura, vamos analisar cada alternativa: (A) Todo melancólico é nefelibata. Essa afirmação nós não podemos fazer, pois sabemos que todo nefelibata é melancólico, mas não sabemos se existe algum melancólico que não é nefelibata (áreas laranja e cinza). Item errado. (B) Todo nefelibata é poeta. Essa afirmação nós não podemos fazer, pois sabemos que alguns poetas são nefelibatas, mas não sabemos se existe algum nefeli bata que não é poeta (área verde). Itemerrado. (C) Algum poeta é melancólico. Essa afirmação é verdadeira, pois vimos que existe pelo menos um elemento na área azul do diagrama, sendo este elemento poeta, n efelibata e melancólico. Portanto, pelo menos um poeta é melancólico. Item correto. (D) Nenhum melancólico é poeta. Essa afirmação é falsa, pois existe pelo menos um melancólico que também é poeta (área azul). Item errado. (E) Nenhum poeta não é melancólico. Essa afirmação é falsa, pois é o mesmo que dizer que “todos os poetas são melancólicos” e pode existir pelo menos um poeta que não melancólico (área amarela). Item errado. Resposta letra C. 18 - (TRF 3ª Região – 2007 / FCC) Se todos os jaguadartes são momorrengos e todos os momorrengos são cronópios então pode-se concluir que: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 114 (A) É possível existir um jaguadarte que não seja m omorrengo. (B) É possível existir um momorrengo que não seja j aguadarte. (C) Todos os momorrengos são jaguadartes. (D) É possível existir um jaguadarte que não seja c ronópio. (E) Todos os cronópios são jaguadartes. Solução: Nessa questão, devemos entender que são apresentada s duas premissas “todos os jaguadartes são momorrengos” e “todos os momorre ngos são cronópios”, e a partir delas devemos verificar qual das alternativas é uma conclusão válida para esse argumento. Vamos começar representando as premissas: Todos os jaguadartes são momorrengos Momorrengos Jaguadartes Todos os momorrengos são cronópios Cronópios Momorrengos Jaguadartes Podemos perceber que não há jaguadarte que não seja momorrengo e que não há momorrengo que não seja cronópio. Agora, vamos analisar cada alternativa: (A) É possível existir um jaguadarte que não seja m omorrengo. Essa afirmação é falsa, pois, como vimos, não há ja guadarte que não seja momorrengo. Item errado. (B) É possível existir um momorrengo que não seja j aguadarte. Essa afirmação é verdadeira, pois sabemos que não e xiste jaguadarte que não seja momorrengo, mas não sabemos se todo momorrengo é jaguadarte. Portanto, Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 114 é possível existir momorrengo que não seja jaguadarte (área laranja). Item correto. (C) Todos os momorrengos são jaguadartes. Essa afirmação nós não podemos fazer, pois sabemos que todos os jaguadartes são momorrengos, mas não sabemos se existe algum mo morrengo que não seja jaguadarte (área laranja). Item errado. (D) É possível existir um jaguadarte que não seja c ronópio. Essa afirmação é falsa, pois, como vimos, não há ja guadarte que não seja momorrengo e não há momorrengo que não seja cronópi o. Item errado. (E) Todos os cronópios são jaguadartes. Essa afirmação nós não podemos fazer, pois sabemos que todos os jaguadartes são momorrengos e que todos os momorrengos são cron ópios, mas não sabemos se existe algum cronópio que não seja jaguadarte (á reas azul e laranja). Item errado. Resposta letra B. 19 - (IPT/SP – 2008 / Instituto Cidades) Suponha que todos os professores tenham mestrado e que todos os mestres sejam cantores. Pode-se concluir que, se: (A) Thiago é cantor, Thiago tem mestrado. (B) Pedro tem mestrado, Pedro é professor. (C) Joaquim é cantor, Joaquim é professor. (D) Cláudio não é cantor, Cláudio não tem mestrado. Solução: Vamos construir os diagramas: Todos os professores têm mestrado Mestres Professores Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 114 Todos os mestres são cantores Cantores Mestres Professores Podemos perceber que não há professor que não seja mestre e que não há mestre que não seja cantor. Agora, vamos analisar c ada alternativa: (A) Thiago é cantor, Thiago tem mestrado. Isso não é verdade, pois Tiago pode estar localizado na área azul do diagrama. Item errado. (B) Pedro tem mestrado, Pedro é professor. Isso não é verdade, pois Pedro pode estar localizado na área laranja do diagrama. Item errado. (C) Joaquim é cantor, Joaquim é professor. Isso não é verdade, pois Joaquim pode estar localizado nas áreas azul ou laranja do diagrama. Item errado. (D) Cláudio não é cantor, Cláudio não tem mestrado. Isso é verdade, pois caso Cláudio não seja cantor, ele estará fora do diagrama azul e não será nem professor nem mestre. Item correto. Resposta letra D. 20 - (TRT 9ª Região – 2004 / FCC) Observe a construção de um argumento: Premissas: Todos os cachorros têm asas. Todos os animais de asas são aquáticos. Existem gatos que são cachorros. Conclusão: Existem gatos que são aquáticos. Sobre o argumento A, as premissas P e a conclusão C , é correto dizer que Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 114 (A) A não é válido, P é falso e C é verdadeiro. (B) A não é válido, P e C são falsos. (C) A é válido, P e C são falsos. (D) A é válido, P ou C são verdadeiros. (E) A é válido se P é verdadeiro e C é falso. Solução: Vamos começar representando cada premissa com os diagramas correspondentes: Todos os cachorros têm asas. Animais com asas Cachorros Com essa premissa, concluímos que não há cachorro q ue não tenha asa. Todos os animais de asas são aquáticos. Animais aquáticos Animais com asas Com essa premissa, concluímos que não há animal com asa que não seja aquático. Existem gatos que são cachorros. Cachorros Gatos Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 114 Com essa premissa, concluímos que a área cinza poss ui pelo menos um elemento. Agora, vamos sobrepor os diagramas e verificar se a conclusão é válida. Animais aquáticos Animais com asas Cachorros Gatos Existem gatos que são aquáticos. Podemos concluir que essa conclusão é válida, pois temos certeza que a área cinza possui pelo menos um elemento e que todos os elementos dessa área são aquáticos. Portanto, o Argumento é válido. Agora, f alta verificar se as premissas e a conclusão são falsas ou verdadeiras. Todos os cachorros têm asas. Premissa falsa, pois existem cachorros que não poss uem asas. Todos os animais de asas são aquáticos. Premissa falsa, pois existem animais de asas que nã o são aquáticos. Existem gatos que são cachorros. Premissa falsa, pois não existe gato que seja cacho rro. Existem gatos que são aquáticos Premissa falsa, pois não existe gato que seja aquát ico. Assim, podemos concluir que tanto as premissas quanto as conclusões são falsas. Resposta letra C. 21 - (IPT/SP – 2008 / Instituto Cidades) Observe a construção de um argumento: Premissas: Todos os homens têm asas. Todas as espécies de asas são aquáticas. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 114 Existem cavalos que são homens. Conclusão: Existem cavalos que são aquáticos. Sobre o argumento A, as premissas P e a conclusão C , é CORRETO dizer que: (A) A não é válido, P é falso e C é verdadeiro. (B) A não é válido, P e C são falsos. (C) A é válido, P e C são falsos.(D) A é válido, P ou C são verdadeiros. Solução: Vamos começar representando cada premissa com os diagramas correspondentes: Todos os homens têm asas. Espécies de asas Homens Com essa premissa, concluímos que não há homem que não tenha asa. Todas as espécies de asas são aquáticas. Espécies aquáticas Espécies de asas Com essa premissa, concluímos que não há espécie de asa que não seja aquática. Existem cavalos que são homens. Homens Cavalos Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 114 Com essa premissa, concluímos que a área cinza poss ui pelo menos um elemento. Agora, vamos sobrepor os diagramas e verificar se a conclusão é válida. Espécies aquáticas Espécies de asas Homens Cavalos Existem cavalos que são aquáticos. Podemos concluir que essa conclusão é válida, pois temos certeza que a área cinza possui pelo menos um elemento e que todos os elementos dessa área são aquáticos. Portanto, o Argumento é válido. Agora, f alta verificar se as premissas e a conclusão são falsas ou verdadeiras. Todos os homens têm asas. Premissa falsa, pois existem homens que não possuem asas. Todas as espécies de asas são aquáticas. Premissa falsa, pois existem espécies de asas que não são aquáticas. Existem cavalos que são homens. Premissa falsa, pois não existe cavalo que seja hom em. Existem cavalos que são aquáticos Premissa falsa, pois não existe cavalo que seja aqu ático. Assim, podemos concluir que tanto as premissas quanto as conclusões são falsas. Resposta letra C. 22 - (TRT 9ª Região – 2004 / FCC) Sabe-se que existem pessoas desonestas e que existem corruptos. Admitindo-se verdadeira a frase “Todos os corruptos são desonestos”, é correto concluir que Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 114 (A) quem não é corrupto é honesto. (B) existem corruptos honestos. (C) alguns honestos podem ser corruptos. (D) existem mais corruptos do que desonestos. (E) existem desonestos que são corruptos. Solução: Nessa questão, temos apenas uma informação: Todos o s corruptos são desonestos. Desenhando o diagrama: Desonestos Corruptos Com essa informação, concluímos que não há corrupto que não seja desonesto. Agora, vamos analisar as alternativas: (A) quem não é corrupto é honesto. Veja que não podemos fazer esta afirmação, pois pod e existir algum desonesto na área laranja do diagrama, o que fará com que exista desonesto que não é corrupto. Item errado. (B) existem corruptos honestos. Veja que não podemos fazer esta afirmação, pois não há corrupto que não seja desonesto. Assim, não há nenhum honesto corrupto. Item errado. (C) alguns honestos podem ser corruptos. Da mesma forma que o item anterior, não podemos faz er esta afirmação, pois não há corrupto que não seja desonesto. Assim, não há n enhum honesto corrupto. Item errado. (D) existem mais corruptos do que desonestos. Isso não é verdade, pois todos os corruptos são tam bém desonestos. Item errado. (E) existem desonestos que são corruptos. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 114 Isso nós podemos concluir com certeza, pois sabemos que existem elementos na área azul do diagrama, que representam pessoas que são corruptas e desonestas. Item correto. Resposta letra E. 23 - (ANA – 2012 / Cetro) Em um pote de doces, sabe-se que existe pelo menos um chiclete que é de hortelã. Sabe-se, também, que todos os doces do pote que são de sabor hortelã são verdes. Segue- se, portanto, necessariamente que (A) todo doce verde é de hortelã. (B) todo doce verde é chiclete. (C) nada que não seja verde é chiclete. (D) algum chiclete é verde (E) algum chiclete não é verde Solução: Nessa questão, temos: "existe pelo menos um chiclete que é de hortelã" chicletes hortelã Essa premissa nos dá a certeza da existência de pel o menos um elemento na área azul. "todos os doces do pote que são de sabor hortelã sã o verdes" verdes hortelã Essa premissa nos dá a certeza de que não existe ne nhum doce de hortelã que não seja verde. Sobrepondo as duas figuras, temos: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 114 verdes chicletes hortelã Por fim, sabemos que a área azul possui pelo menos um elemento e que não há nenhum doce de hortelã que não seja verde. Agora, nos baseando nessa figura, vamos analisar cada alternativa: (A) todo doce verde é de hortelã. Isso nós não podemos garantir, pois pode haver algum elemento na área laranja, que será verde e não será de hortelã. Item errado. (B) todo doce verde é chiclete. Novamente, Isso nós não podemos garantir, pois pode haver algum elemento na área laranja, que será verde e não será chiclete. Item errado. (C) nada que não seja verde é chiclete. Isso nós também não podemos garantir, pois pode haver algum elemento na área amarela, que não será verde e será chiclete. Item errado. (D) algum chiclete é verde Essa é a resposta, pois temos certeza que a área az ul possui algum elemento que será chiclete e verde. Item correto. (E) algum chiclete não é verde Isso nós não podemos afirmar, pois é possível que a área amarela esteja vazia, e, assim todos os chicletes serão verdes. Item errado. Resposta letra D. 24 - (EBSERH – UFSCAR – 2015 / AOCP) Considere as proposições: “Tudo que tem asa voa” “Todo bule tem asa” então, uma conclusão logicamente válida a partir das proposições citadas é Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 114 (A) todo bule voa. (B) nenhum bule voa. (C) todo avião é bule. (D) bule não voa. (E) nenhum avião voa. Solução: Vamos começar representando as premissas com os diagramas correspondentes: “Tudo que tem asa voa” Quem voa Quem tem asa Com essa premissa, concluímos que não há quem tenha asa e que não voe. “Todo bule tem asa” Quem tem asa Bules Com essa premissa, concluímos que não há bule que n ão tenha asa. Agora, vamos sobrepor os diagramas e verificar qual é a conclusão válida. Quem voa Quem tem asa Bules Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 114 (A) todo bule voa. Isso mesmo, se todo bule tem asa e tudo que tem asa voa, podemos concluir que todo bule voa. Conclusão válida. (B) nenhum bule voa. Isso está errado, pois todo bule tem asa e tudo que tem asa voa. Por isso, todo bule voa. Conclusão inválida. (C) todo avião é bule. Nada foi dito sobre os aviões. Logo, não podemos co ncluir nada sobre eles. Conclusão inválida. (D) bule não voa. Isso está errado, pois todo bule tem asa e tudo que tem asa voa. Por isso, todo bule voa. Conclusão inválida. (E) nenhum avião voa. Nada foi dito sobre os aviões. Logo, não podemos co ncluir nada sobre eles. Conclusão inválida. Resposta letra A. 25 - (EBSERH – UFPE – 2015 / IDECAN) Considereas seguintes afirmações: Todo gato gosta de passear à noite; e, Existem gatos brancos. Dessa forma, é correto afirmar que (A) todo gato branco não gosta de passear à noite. (B) algum gato branco não gosta de passear à noite. (C) todo gato que gosta de passear à noite é branco. (D) todo gato que não é branco gosta de passear à n oite. (E) algum gato que não é branco não gosta de passea r à noite. Solução: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 114 Nessa questão, temos: Todo gato gosta de passear à noite Quem gosta de passear à noite Gatos Essa premissa nos dá a certeza de que não existe ne nhum gato que não goste de passear à noite. "existe pelo menos um chiclete que é de hortelã" Quem é branco Gatos Essa premissa nos dá a certeza da existência de pel o menos um elemento na área azul. Sobrepondo as duas figuras, temos: Quem gosta de passear à noite Quem é Gatos branco Por fim, sabemos que a área azul possui pelo menos um elemento e que não há nenhum gato que não goste de passear à noite. Agora, nos baseando nessa figura, vamos analisar cada alternativa: (A) todo gato branco não gosta de passear à noite. Isso não é verdade, pois todo gato gosta de passear à noite, seja de que cor ele for. Item errado. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 114 (B) algum gato branco não gosta de passear à noite. Isso não é verdade, pois todo gato gosta de passear à noite, seja de que cor ele for. Item errado. (C) todo gato que gosta de passear à noite é branco. Isso não é verdade, pois pode haver gato de outra cor, e certamente esse gato gosta de passear à noite. Item errado. (D) todo gato que não é branco gosta de passear à n oite. Certamente, pois todo gato gosta de passear à noite, seja de que cor ele for. Item correto. (E) algum gato que não é branco não gosta de passea r à noite. Isso não é verdade, pois todo gato gosta de passear à noite, seja de que cor ele for. Item errado. Resposta letra D. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Voltando à teoria, vamos conhecer agora os Argumentos Hipotéticos. Os argumentos hipotéticos são aqueles que possuem proposições compostas conjuntivas, disjuntivas, condicionais ou bicondicionais. Podem apresentar proposições simples e proposições compostas que uti lizam os conectores “e”, “mas”, “ou”, “se...então...”, “...se e somente se.. .”, etc. Vejamos um exemplo: Premissa 1: Se chover, então não vou à praia Premissa 2: Chove Conclusão: Não vou à praia Veja que na premissa 1 temos uma proposição composta condicional (se... então...). Intuitivamente podemos perceber que esta mos diante de um argumento válido (não se costuma ir à praia quando está chove ndo). Mas nem sempre será apresentado de maneira simples. Vamos aprender algumas técnicas para a resolução dos exercícios. Utilizando a tabela-verdade Vimos que um argumento é válido quando a conclusão é uma consequência obrigatória das premissas. Assim, quando o argumento é válido, a conjunção das Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 114 premissas verdadeiras implica logicamente numa conclusão verdadeira. Simbolicamente, podemos representar o que eu disse acima da seguinte forma: (P1 P2 P3 … Pn) C Ora, uma implicação é verdadeira, quando a sua condicional correspondente é uma tautologia. Assim, para saber se um argumento é válido, construímos a tabela-verdade da condicional que o representa e verificamos se é uma tautologia. Um argumento é válido se (P1 P2 P3 … Pn)C é uma tautologia Essa primeira técnica é infalível, mas pode demandar muito tempo na hora da prova. De qualquer forma, vamos começar com ela. Voltemos ao nosso exemplo: Premissa 1: Se chover, então não vou à praia Premissa 2: Chove Conclusão: Não vou à praia Para checar se o argumento é válido, passamos as pr oposições para a linguagem simbólica e depois montamos a tabela-verdade. Vejamos: p: Chover q: Ir à praia P1: p ~q P2: p C: ~q P2 C P1 Premissas Argumento p q ~q p ~q (p ~q) (p) [(p ~q) (p)] (~q) V V F F F V V F V V V V F V F V F V F F V V F V Podemos perceber que o argumento é válido, pois a c ondicional que o representa é uma tautologia. Vejamos outro exemplo: Premissa 1: Se chover, então não vou à praia Premissa 2: Não vou à praia Conclusão: Chove Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 114 E agora, será que você consegue me dizer se esse ar gumento é válido ou não? Vamos mais uma vez utilizar a tabela-verdade para verificar isso. p: Chover q: Ir à praia P1: p ~q P2: ~q C: p C P2 P1 Premissas Argumento p q ~q p ~q (p ~q) (~q) [(p ~q) (~q)] (p) V V F F F V V F V V V V F V F V F V F F V V V F Perceba que a condicional que representa o argumento não é uma tautologia. Logo, o argumento é inválido. Utilizando a tabela-verdade reduzida Uma observação importante sobre o método demonstrado acima é que sempre que alguma premissa é falsa, a condicional que o representa possui valor lógico verdadeiro. Isso se deve ao fato de que numa condicional, sempre que “o termo antes da seta” (antecedente) é falso, a condicional é verdadeira. Como o antecedente é uma conjunção formada por todas as premissas, basta que uma das premissas seja falsa para que a conjunção seja falsa. Com isso, o que eu quero mostrar é que, na análise das tabelas, só nos interessa aquelas linhas em que todas as premissas são verdadeiras. Se nessas l inhas a conclusão tiver algum valor falso, a condicional que representa o argumento será falsa, pois teremos o antecedente verdadeiro e o “termo após a seta” (consequente) falso, que numa condicional possui valor lógico falso (V F, que possui valor lógico falso). Vamos ver um exemplo: P1: Se o avião cair, então o piloto morrerá P2: O avião caiu C: O piloto morreu Vamos passar as proposições para a linguagem simbólica e montar a tabela- verdade. Vejamos: p: O avião cair q: O piloto morrer P1: p q Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 114 P2: p C: q P2 C P1 p q p q V V V V F F F V V F F V Para um melhor entendimento, vamos reorganizar a ordem das colunas (P1, P2 e C): P1 P2 C p q p q V V V F V F V F V V F F Vimos que um argumento é válido quando a conclusão é uma consequência obrigatória do conjunto das premissas, considerando as premissas verdadeiras. Assim, só nos interessa o valor lógico da conclusão para os casos em que todas as premissas são verdadeiras simultaneamente. Olhan do para a tabela acima, podemos perceber que apenas a primeira linha apresenta valor lógico verdadeiro para as duas premissas simultaneamente. Assim, devemos verificar qual o valor lógico da conclusão apenas na primeira linha. P1 P2 C p q p q V V V F V F V F V V F F P1 é falso, não serve. P2 é falso, não serve. P2 é falso, não serve. Eliminando as linhas onde as premissas são falsas, temos: P1 P2 Cp q p q V V V Veja que na única linha em que as premissas são ver dadeiras simultaneamente, a conclusão também é verdadeira. Com isso, podemos concluir que a conclusão é uma consequência obrigatória das premissas, ou seja, podemos concluir que o argumento é válido. Vejamos outro exemplo: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 114 P1: Se o avião cair, então o piloto morrerá P2: O piloto morreu C: O avião caiu E agora, será que você consegue me dizer se esse ar gumento é válido ou não? Vamos mais uma vez utilizar a tabela-verdade para verificar isso. p: O avião cair q: O piloto morrer P1: p q P2: q C: p C P2 P1 p q p q V V V V F F F V V F F V Organizando a ordem das colunas, temos: P1 P2 C p q q p V V V F F V V V F V F F Eliminando a segunda e a quarta linhas, temos: P1 P2 C p q q p V V V V V F Veja que nas duas linhas em que as premissas são ve rdadeiras simultaneamente, a conclusão pode ser verdadeira ou falsa. Ou seja, considerando as premissas verdadeiras, não temos como afirmar se a conclusão é verdadeira ou falsa. Assim, concluímos que este argumento é falacioso. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 114 Análise sem tabela-verdade É possível, também, verificar se um argumento é válido ou não sem a utilização da tabela-verdade. Para isso, devemos conhecer muito bem as regras lógicas dos operadores vistos anteriormente. Vamos mostrar esse método por meio de exemplos. Ex1: Se não chover, vou à praia. Se for à praia, tomar ei uma cerveja gelada. Se tomar uma cerveja gelada, ficarei bêbado. Não fiquei bêbado. Logo, choveu. E então, parece difícil? Você verá que não tem nada de difícil nessa questão, o difícil é ficar pensando em praia e cerveja, e ter que continuar estudando! Vimos que podemos representar um argumento por meio de uma condicional, com a sequência de premissas unidas pela conjunção “e”, implicando uma conclusão. Assim, vamos começar organizando as informações e passando tudo para a linguagem simbólica: p: Chover q: Ir à praia r: Tomar uma cerveja gelada s: Ficar bêbado P1: Se não chover, vou à praia P2: Se for à praia, tomarei uma cerveja gelada P3: Se tomar uma cerveja gelada, ficarei bêbado P4: Não fiquei bêbado C: Choveu. P1: ~p q P2: q r P3: r s P4: ~s C: p Argumento: (P1 P2 P3 P4) C Argumento: [(~p q) (q r) (r s) (~s)] p Devemos lembrar que nos interessa na análise do arg umento o comportamento da conclusão quando todas as premissas são verdadeiras simultaneamente. Assim: (~p q) (q r) (r s) (~s) deverá ser necessariamente verdadeira. Lembrando do operador “e” (conjunção), o resultado só será verdadeiro se todos os termos forem verdadeiros. Assim: (~p q) deverá ser necessariamente verdadeira. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 114 (q r) deverá ser necessariamente verdadeira. (r s) deverá ser necessariamente verdadeira. (~s) deverá ser necessariamente verdadeira. Veja que eu destaquei a quarta premissa, pois é a partir dela que analisaremos todo o argumento. Para que essa premissa seja verdadeira, “~s” deverá ser verdadeira, ou seja, “s” deverá ser falsa. Pronto, já chegamos à primeira certeza: Não fiquei bêbado. A partir desta constatação, vamos substituir o valor lógico de “s” nas outras premissas: (r s) deverá ser necessariamente verdadeira. (r F) deverá ser necessariamente verdadeira. Bom, temos uma condicional (r F). Numa condicional, sempre que o segundo termo é falso, seu valor lógico só será verdadeiro se o primeiro termo também for falso. Assim, concluímos que o “r” deverá ser falso para que essa premissa seja verdadeira. Com isso, podemos concluir que: Não tomei uma cerveja gelada . Continuando, (q r) deverá ser necessariamente verdadeira. (q F) deverá ser necessariamente verdadeira. Igual ao que fizemos com o “r”, chegamos à conclusã o que o “q” deverá ser falso para que essa premissa seja verdadeira. Assim: Não fui à praia . Continuando, (~p q) deverá ser necessariamente verdadeira. (~p F) deverá ser necessariamente verdadeira. Semelhante ao que fizemos com o “r” e com o “q”, ch egamos à conclusão que o “~p” deverá ser falso para que essa premissa seja v erdadeira, ou seja, “p” deverá ser verdadeiro. Assim: Choveu. Com isso, vimos que a conclusão (p) possui valor lógico V, pois efetivamente choveu. Logo, concluímos que o argumento é válido. Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 114 Essa questão nos deu uma premissa com apenas uma pr oposição simples (P4), o que facilitou nosso raciocínio, pois partimos dela para concluirmos o valor lógico das outras proposições. Podemos, também, tentar identificar se alguma premissa é uma conjunção, pois numa conjunção, todas as proposições devem ser verdadeiras para que a conjunção seja verdadeira. Ocorre que nem sempre teremos uma proposição simples ou uma conjunção entre as premissas. Vejamos um exemplo: Ex2: Se não corro, não canso. Se ando, não corro. Se n ão paro, canso. Se penso, não paro. Logo, se ando, não penso. Da mesma forma que fizemos no exemplo 1, vamos organizar as premissas e a conclusão por meio da linguagem simbólica: p: Corro q: Canso r: Ando s: Paro t: Penso P1: Se não corro, não canso P2: Se ando, não corro P3: Se não paro, canso P4: Se penso, não paro C: Se ando, não penso P1: ~p ~q P2: r ~p P3: ~s q P4: t ~s C: r ~t Bom, de início parece bastante complicado, mas vamos aprender a resolver esse tipo de questão com bastante facilidade. Lembrando que podemos escrever o argumento como uma sequência de premissas unidas pe lo “e”, implicando numa conclusão: Argumento: (P1 P2 P3 P4) C Argumento: [(~p ~q) (r ~p) (~s q) (t ~s)] (r ~t) Agora, devemos lembrar de duas coisas: p q é equivalente a ~q ~p (contrapositiva) (p q) (q r) implica em p r (propriedade transitiva) Agora, utilizaremos essas regrinhas para reorganizar as premissas de forma que o resultado seja a igual à conclusão. Vejamos: Prof. Marcos Piñon www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 114 (~p ~q) (r ~p) Podemos simplesmente inverter a ordem dos termos de uma conjunção: (r ~p) (~p ~q) que implica em r ~q Assim, Argumento: [(r ~q) (~s q) (t ~s)] (r ~t) Substituindo P3 e P4 pelas suas contrapositivas, temos: (~s q) = (~q s) e (t ~s) = (s ~t) Assim, Argumento: [(r ~q) (~q s) (s ~t)] (r ~t) Utilizando a transitiva, temos: Argumento: [(r ~q) (~q s) (s ~t)] (r ~t) Argumento: [(r s) (s ~t)] (r ~t) Argumento: (r ~t) (r ~t) Assim, como as premissas são verdadeiras, podemos c oncluir que a conclusão também é verdadeira e o argumento é válido. Análise no método da tentativa e erro Uma última forma de resolver as questões é testando possíveis valores para as proposições simples e verificando o comportamento das premissas. Vejamos mais um exemplo: Ex: João não é jovem ou Renato é rico. Ivan é alto ou Renato não é rico. Renato não é rico ou Ivan não é alto. Se Ivan não é alto, então João é jovem. Logo, João não
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