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PAP OliveiraAlessandra Kelly de PAP 355 2014

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Proposta de uma Ficha de Avaliação Fisioterapêutica para 
Pacientes com Osteoartrite de Quadril 
 
 
 
 
 
 Alessandra Kelly de Oliveira 
Orientadora: Larissa Martins Garcia 
 
 
 
 
 
RIBEIRÃO PRETO 
2014 
 
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO 
PROFISSIONAL 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS 
FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO – 
FUNDAP 
 
 
 
 
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO 
PROFISSIONAL 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS 
FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO – 
FUNDAP 
 
 
Alessandra Kelly de Oliveira 
 
Proposta de uma Ficha de Avaliação Fisioterapêutica para 
Pacientes com Osteoartrite de Quadril 
 
Monografia apresentada ao Programa de 
Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP e 
FUNDAP, elaborada no Hospital das Clínicas da 
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da 
Universidade de São Paulo – USP/ Departamento do 
Centro de Reabilitação – CER. 
 Área: Programa de Aprimoramento Profissional 
 em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia do 
 HCFMRP-USP 
Orientador(a): Larissa Martins Garcia 
Co–orientadores: Prof. Dr. Rinaldo Roberto de 
Jesus Guirro e Amira Mohamed Hussein. 
 Supervisor(a) Titular: Prof. Dra. Marisa 
 de Cássia Registro Fonseca 
 
 
RIBEIRÃO PRETO 
2014 
 
 
 
Sumário 
 
Resumo .................................................................................................................................................. 3 
1. Introdução ...................................................................................................................................... 4 
2. Objetivo .......................................................................................................................................... 6 
3. Materiais e métodos ..................................................................................................................... 7 
3.1. Levantamento de dados ...................................................................................................... 7 
3.2. Ficha de avaliação................................................................................................................ 7 
3.2.1. Escala visual analógica ............................................................................................... 7 
3.2.2. Testes funcionais .......................................................................................................... 7 
3.2.3. Avaliação da força ........................................................................................................ 8 
3.2.4. Análise da marcha e do equilíbrio .............................................................................. 9 
3.2.5. Questionários .............................................................................................................. 11 
4. Resultados ................................................................................................................................... 13 
Ficha de Avaliação de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia ................................... 13 
para Osteoartrite de Quadril ..................................................................................................... 13 
5. Discussão .................................................................................................................................... 16 
6. Conclusão .................................................................................................................................... 19 
7. Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 20 
8. Anexos ......................................................................................................................................... 24 
Anexo1. Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis ..................................... 24 
Anexo 2. Harris Hip Score (Modificado) ...................................................................................... 27 
3 
 
 
 
Resumo 
 Osteoartrite (OA) do quadril é uma doença musculoesquelética quem vem 
aumentando estatisticamente entre a população idosa e, que traz como 
consequências a redução de força muscular de membros inferiores, alterações de 
marcha, limitação para atividades de vida diária e déficit da qualidade de vida. A 
fisioterapia vem atuando na reabilitação destes pacientes, apresentando como 
principais objetivos controlar a dor e melhorar a função. 
 Para uma reabilitação adequada se faz necessário uma avaliação criteriosa, 
entretanto, apesar da literatura atual sugerir vários métodos para avaliação de OA 
de quadril, não há nenhuma padronização na forma de avaliar e reavaliar estes 
pacientes. O que se tem usado amplamente são testes funcionais e os questionários 
que possibilitam a avaliação da dor e da função, tais como o Western Ontario and 
McMaster Universities (WOMAC) e o Harris Hip Score (HHS). O objetivo do presente 
estudo foi elaborar uma ficha de avaliação fisioterapêutica para pessoas com OA de 
quadril a fim de padronizar as variáveis a serem avaliadas nesses indivíduos. Para 
isso, realizou-se um levantamento de dados nas bases de dados Scielo, PEdro e 
PubMed sobre publicações dentro da área de fisioterapia que sugerissem métodos 
para avaliar pacientes com tal doença. Foram considerados estudos que 
apresentavam questionários que permitem análise da qualidade e vida e função em 
pessoas com OA, testes funcionais, análise de marcha e força muscular. O resultado 
final foi a elaboração de uma ficha para avaliar de forma criteriosa estes pacientes. 
Acreditamos que a aplicação desta criteriosa ficha de avaliação irá permitir a 
detecção de pequenas alterações musculo esqueléticas, o que possibilita a 
realização de uma intervenção fisioterapêutica mais direcionada às necessidades do 
paciente. Sugere-se a realização de estudos adicionais que apliquem a ficha de 
avaliação elaborada no presente estudo a fim de que haja uma padronização no 
método de avaliação dos pacientes com OA de quadril. 
 
Palavras-chave: osteoartrite, quadril, reabilitação, fisioterapia e avaliação. 
4 
 
 
 
1. Introdução 
 Osteoartrite (OA) do quadril é uma doença musculoesquelética caracterizada 
pela degeneração e perda progressiva da cartilagem articular, estreitamento do 
espaço articular, esclerose do osso subcondral, formação de osteófitos e contratura 
da cápsula articular (Bennell et al, 2011; Hoeksma et al, 2004). Estudos demonstram 
que cerca de 36% da população americana com idade superior a 45 anos 
apresentam sintomas e destes, 28% exames radiográficos compatíveis com OA 
(Krauss et al, 2011). 
 Como consequência às alterações da articulação, estão presentes o déficit de 
força muscular, a diminuição na velocidade da marcha e marcha assimétrica 
(Arokoski et al 2004; Arokoski et al, 2002) que podem resultar em dor, limitação 
funcional para atividades de vida diária (AVD’s) e redução na qualidade de vida 
(Jigami et al, 2012; Iversen, 2012; French, Brrennan e Cusack, 2011). 
 A fisioterapia tem um importante papel na reabilitação de pacientes com OA 
de quadril e visa, sobretudo, controlar a dor e melhorar a função (Peter et al, 2012, 
Iversen, 2012; French, Brennan e Cusack, 2011; Bennell et al, 2011). Atualmente 
existem diversos métodos de tratamento conservador para OA de quadril que 
incluem técnicas de alongamento, exercícios de fortalecimento muscular, sensório-
motores e areróbicos (Aboott et al, 2013; Bennell et al 2012; Hoeksma et al, 2004). 
 Para uma reabilitação adequada é necessária uma avaliação criteriosa. A 
literatura atual sugere vários métodos para avaliação de OA de quadril,porém não 
há nenhuma padronização na forma de avaliar e reavaliar estes pacientes. Grande 
parte dos estudos envolvendo OA de quadril, que apresentam entre seus objetivos 
acompanhar a progressão dos sintomas, traz como método de avaliação o uso de 
questionários que permitam a análise da qualidade de vida e função destes 
pacientes, tais como o Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis 
(WOMAC) (Anexo I) e Harris Hip Score (HHS) (Anexo II) (Paans et al, 2013; Abbott 
et al, 2013; Brantingham et al, 2012; Eitzen et al, 2012; Tak et al, 2005). Em relação 
a dor, um método amplamente utilizado é a Escala Visual Analógica (EVA) ( Pollard 
et al, 2008 Hoeksman et al, 2004; Tucker et al, 2003). Para os testes funcionais, 
observa-se o uso frequente do teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e Timed Up 
5 
 
 
 
and Go (TUG) (Paans et al, 2013; Abbott et al, 2013; Jigami et al, 2012). Por fim, 
análise cinemática e da força muscular também são realizadas (Eitzen et al, 2012; 
Krauss et al, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
2. Objetivo 
O objetivo desse trabalho foi elaborar uma ficha de avaliação fisioterapêutica 
para indivíduos com OA de quadril a fim de padronizar as variáveis a serem 
avaliadas nesses indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
3. Materiais e métodos 
3.1. Levantamento de dados 
 Para o levantamento de dados foram utilizadas as bases Scielo, PEdro e 
PubMed. Como critério, estabeleceu-se a busca por estudos que realizaram 
avaliação, intervenção e reavaliação de pacientes com OA de joelho e/ou de quadril 
ou publicações dentro da área de fisioterapia que sugerissem métodos para avaliar 
pacientes com tal doença. O levantamento desses dados ocorreu no período de 
Maio/2013 à Janeiro/2014. 
 Foram considerados estudos que apresentavam questionários que permitem 
análise da qualidade e vida e função em pessoas com OA, análise de marcha e 
força muscular. Os descritores escolhidos foram: osteoartrite, quadril, reabilitação, 
fisioterapia e avaliação. 
3.2. Ficha de avaliação 
A ficha desenvolvida foi dividida em etapas que constituem anamnese, exame 
físico e aplicação de questionários. 
 
3.2.1. Escala visual analógica 
Fez parte da ficha de avaliação a Escala Visual Analógica (EVA), que é 
utilizada para avaliar a intensidade de dor relatado pelos participantes, sendo 
graduada de zero a 10, onde zero significa ausência de dor e 10 a pior dor 
imaginável (SOUZA e SILVA, 2004). 
3.2.2. Testes funcionais 
 Estabeleceu-se como testes funcionais para os participantes com OA de 
quadril o teste Timed Up and Go (TUG) e o teste de caminhada de 6 minutos 
(TC6M). 
 O teste TUG foi desenvolvido em 1991 por Podsiadlo e Richardson, sendo 
uma modificação do teste “Get-Up and Go Test” proposto por Mathias et al, 1986. 
Os autores descrevem o teste como o tempo necessário em segundos para que um 
sujeito percorra um trajeto, partindo de uma cadeira padrão, caminhe 3 metros de 
8 
 
 
 
distância por uma linha reta e volte, sentando novamente na cadeira (Bohannon et 
al, 2006). 
 O TC6M é um teste de capacidade aeróbica submáxima que tem por objetivo 
mensurar a distância máxima que uma pessoa pode caminhar em 6 minutos. É 
considerado um teste de fácil administração, sendo executado em um percurso de 
30 metros de distância. Para o cálculo da distância prevista são considerados o 
sexo, o peso, a idade e a altura do indivíduo que está realizando o teste (Steffen et 
al, 2002). 
 Por se tratar de um instrumento de avaliação do esforço submáximo, reproduz 
a carga de trabalho necessária para realização de atividades de vida diária, 
correlacionando-se então com a qualidade de vida do indivíduo avaliado (Moreira 
Júnior et al. 2007). Sua avaliação é multissistêmica englobando os sistemas 
cardiovascular, pulmonar e muscular periférico de forma integrada (Britto et al., 
2009). Redelmeier et al. (1997) definiram que um acréscimo médio de 54 m do TC6, 
após intervenção clínica, estava associado à melhora do quadro do indivíduo 
avaliado. 
Para avaliar a dispnéia e fadiga, antes e após o teste de caminhada, tem sido 
empregada a escala de Borg modificada (Singh et al., 1992; Rosa et al., 2006). Este 
é um instrumento que gradua a intensidade da sensação subjetiva de desconforto 
respiratório e fadiga do indivíduo. É uma escala vertical quantificada de 0 a 10, onde 
0 representa nenhum sintoma e 10 representa sintoma máximo. (Burnetto; Paulin; 
Yamaguti, 2002). Mesmo sendo dados subjetivos podem trazer informações 
adicionais para avaliação do paciente (Hommerding, 2008). 
 
3.2.3. Avaliação da força 
 Para avaliação de força muscular optou-se pela análise dos movimentos do 
quadril (flexão, extensão, adução e abdução), que serão realizadas de forma 
isométrica e mensuradas com auxílio de um dinamômetro isocinético (System 4 Pro 
- Biodex®). Antes do teste de força, foi estabelecido um aquecimento de 5 minutos 
em bicicleta ergométrica (50-100Watts). 
9 
 
 
 
 O eixo mecânico de rotação do dinamômetro será alinhado com o trocânter 
maior do fêmur (Frost et al, 2006; Casartelli et al, 2011). A alavanca do dinamômetro 
será colocada 5 cm acima da interlinha articular do joelho do membro avaliado. Para 
adução e abdução, o quadril avaliado será colocado superiormente e com 
alinhamento neutro em todos os 3 planos (Nakagawa et al, 2012). 
 Para cada grupo muscular, os indivíduos completarão uma familiarização 
submáxima seguida de 3 repetições máximas com duração de 5 segundos cada 
contra o braço de alavanca fixo do dinamômetro, com intervalo de 60 segundos 
entre uma repetição e outra (Frost et al, 2006; Casartelli et al, 2011). Comando 
verbal padronizado será oferecido pelos investigadores durante a realização do teste 
(Casartelli et al, 2011). 
 Para o teste de flexão do quadril, o paciente será posicionado em supino com 
o quadril a 20° de flexão; para o teste de extensão do quadril, o paciente será 
posicionado em supino, porém o quadril permanecerá a 40° de flexão; para o teste 
de adução do quadril, o paciente será posicionado em decúbito lateral e o quadril a 
10° de abdução; para o teste de abdução do quadril, o paciente será posicionado em 
decúbito lateral e o quadril a 0° de abdução. (Steinhilber et al 2011). Para os testes 
de adução e abdução o joelho permanecerá a 0° de flexão (Baldon et al, 2009) e 
para os testes de flexão e extensão o joelho permanecerá a 90° (Pinho et al, 2005). 
 A pelve e o tronco serão fixados à cadeira do dinamômetro por meio de cintos 
(Casartelli et al, 2011). 
 
3.2.4. Análise da marcha e do equilíbrio 
 A análise da marcha será feita no Laboratório de Análise do Movimento (LAM) 
do Centro de Reabilitação (CER) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina 
de Ribeirão Preto. O laboratório conta com um sistema de oito câmeras de emissão 
infravermelha da marca Qualisys modelo Oqus 300 posicionadas e fixadas a 
aproximadamente 2,6 m do chão para captura do movimento do corpo a partir da 
colocação de marcadores refletivos na pele e duas plataforma de força da marca 
Bertec, modelo FP 4060-08, medindo 60cm x 40cm, sincronizadas com o sistema de 
câmeras, trabalhando com frequência de aquisição de 100Hz, fornecendo o CoP (X 
e Y), Força (X, Y e Z) e Momento (X, Y e Z). 
10 
 
 
 
 Para a captura do movimento, o sistema faz uso de dois tipos de marcadores: 
os marcadores de referência ou anatômicos e os marcadores de rastreamento. Os 
marcadores de referência são necessários para a construção do modelo 
biomecânico a partir da identificação do comprimento dos segmentos e a localização 
dos eixos articulares. Desta forma, é atribuído ao modelo um sistema decoordenadas para cada segmento, de maneira coerente com a definição de planos e 
eixos anatômicos. Os marcadores de referência são esféricos, com 19 mm de 
diâmetro. Os segmentos construídos serão pelve, coxa, perna e pé bilateralmente. 
As referências anatômicas para a colocação dos marcadores são identificados por 
meio da palpação e incluem os seguintes pontos: cabeça do quinto metatarso, 
cabeça do primeiro metatarso, maléolo lateral, maléolo medial, calcâneo, cabeça da 
fíbula, epicôndilo lateral do fêmur, trocânter maior do fêmur, espinha ilíaca ântero-
superior, ponto médio entre as espinhas ilíacas póstero-superiores (sacro). 
 Os marcadores de rastreamento têm como objetivo rastrear a trajetória de 
cada segmento durante o movimento por meio de no mínimo três marcadores por 
segmento, posicionados de forma não-colinear. Nos segmentos coxa, perna e pé 
serão usados os marcadores de rastreamento fixados lateralmente no ponto médio 
de coxa e perna. Para a coleta dos dados cinemáticos, os participantes serão 
orientados com relação a utilizar roupas de banho, permitindo a visualização do 
membro inferior. A colocação dos marcadores será realizada pelo examinador 
(Collins et al, 2009). 
 Primeiramente, será obtida a posição de referência, necessária para a 
identificação dos segmentos pelo sistema. Para isso, os participantes serão 
instruídos a permanecer em posição ortostática, com os pés alinhados, no centro da 
passarela. A captação desse dado será realizada por cinco segundos. Após esta 
coleta, os marcadores de referência serão retirados, permanecendo apenas os 
marcadores de rastreamento. Em seguida, os participantes serão instruídos a 
caminharem descalços, em uma velocidade confortável, ao longo da passarela 
emborrachada em que as plataformas de força estão incorporadas. Antes de ser 
iniciada a coleta, o voluntário realizará várias caminhadas para familiarização com o 
teste. O pesquisador então dará o comando verbal “pode ir” ao mesmo tempo em 
11 
 
 
 
que acionará o computador do Qualisys. Como o sistema é integrado, o 
acionamento do computador disparará a coleta das câmeras de infravermelho. 
 Serão coletadas três voltas de cada participante em toda a extensão da 
passarela, realizando entre oito e 12 passadas em cada volta, de acordo com o 
tamanho do seu passo. Além disso, o voluntário permanecerá em apoio bipodal 
durante 30 segundos por três vezes sobre as plataformas de força com os braços ao 
longo do corpo e o olhar fixo em um ponto dermarcado. Após cada volta, sempre no 
mesmo sentido, a qualidade dos dados será verificada e os mesmos armazenados 
para posterior análise. 
 O ângulo da pelve será computado usando como referência as coordenadas 
globais do laboratório. Os ângulos do quadril e joelho serão obtidos usando-se como 
segmento referência a pelve e a coxa, respectivamente. 
Para o ângulo do tornozelo será primeiramente construído um segmento do pé 
denominado segmento virtual. O objetivo do segmento virtual do pé é alinhar o pé 
com o segmento perna, de forma que os dois segmentos tenham a mesma 
orientação na posição de referência com zero graus de rotação. O ângulo do 
tornozelo será computado usando como segmento o pé virtual e como segmento 
referência a perna. 
Em seguida, será aplicado um filtro passa baixa de quarta ordem, com a 
frequência de corte estabelecida em 6 HZ às trajetórias dos marcadores, para 
diminuir possíveis artefatos. 
3.2.5. Questionários 
 Para análise da qualidade de vida e função, encontramos como questionários 
amplamente utilizados nos estudos com OA de quadril os questionários WOMAC e 
HHS. 
 O HHS foi desenvolvido em 1969 com o objetivo de avaliar os resultados da 
artroplastia de quadril e atualmente vem sendo frequentemente utilizado para avaliar 
programas de intervenção fisioterapêutica em indivíduos com OA de quadril. 
Apresenta uma escala com pontuação máxima de 100 pontos e sua avaliação inclui: 
dor, função, deformidade e mobilidade. A pontuação máxima é de 100 pontos e os 
resultados são classificados da seguinte forma: 90-100, excelente; 80-89, bom; 70-
12 
 
 
 
79, razoável e < 70, ruim (Guimarães et al, 2010; Jigami et al, 2012; Brantingham et 
al, 2012; Brantingham et al, 2010; Hoeksma et al, 2004). 
 Desenvolvido em 1988 por Bellamy, o WOMAC se tornou uma ferramenta 
para avaliação específica da OA, sendo identificados 41 sintomas relacionados à 
doença. Estes sintomas foram agrupados em domínios que constituem o 
questionário, sendo estes: dor, rigidez articular, atividade física, atividade social e 
estado emocional (Fernandes 2003; Bortoluzzi, 2008). Apesar de não ser uma 
medida válida e confiável para OA de quadril, o WOMAC vem sendo amplamente 
utilizado em indivíduos com esse acometimento e isso consequentemente facilita a 
comparação com outros estudos (Brantingham et al, 2010). É validado para a língua 
portuguesa e escores mais baixos indicam melhor condição naquele domínio 
(Brantingham et al, 2012; Fernandes, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
4. Resultados 
Ficha de Avaliação de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia 
para Osteoartrite de Quadril 
 
I – DADOS PESSOAIS 
Data de nascimento: ___________ Idade: ________Sexo: M( ) F( ) 
Peso:______Altura:______IMC:______kg/m² Classificação: __________ 
Estado civil:__________________Naturalidade:____________________ 
Nacionalidade:___________________Raça:______________________ 
Ocupação atual:_______________Ocupação anterior: ______________ 
Diag. médico: ________________Médico responsável: _____________ 
Data da avaliação: _________________Avaliador: _________________ 
 
II – ANAMNESE 
QP: 
HD: 
HMA: 
Medicamento em uso: 
Estado funcional: 
 
 
 
 
 
III – ESCALA VISUAL ANALÓGICA (EVA) 
14 
 
 
 
IV – AMPLITUDES DE MOVIMENTO (quadril) 
 D E 
Flexão 
Extensão 
Abdução 
Adução 
Rotação externa 
Rotação interna 
 
V – COMPRIMENTO DOS MEMBROS (cm) 
Direito Esquerdo 
 *EIAS até maléolo medial 
V - TESTE DE CAMINHA DE 6 MINUTOS (TC6’) 
TC6’:______m PAi:________mmHg PAf:________mmHg BORGi/f____ 
*Valores de referência: Enright e Sherril 
Homens: distância TC6 (m) = (7,57 x altura cm) - (5,02 x idade) - (1,76 x peso kg) - 309m 
Mulheres: distância TC6 (m) = (2,11 x altura cm) - (2,29 x peso kg) - (5,78 x idade) +667m 
 
VI – TIME UP AND GO TEST (TUG) 
1º ______seg 2º______seg 3º______seg média:_______seg 
*Valores de referência TUG: adultos < 10s / idosos < 20s 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
VII – WOMAC 
Dor 
Rigidez 
Funcionalidade 
Pontuação 
 * Cálculo WOMAC: (dor + rigidez + funcionalidade / 24); 0 = melhor função / 100 = pior função 
 
VIII – FORÇA MUSCULAR (dinamômetro isocinético – valores em Nm) 
 Média de pico 
torque 
extensão 
 
Déficit em 
% 
Média de pico 
torque flexão 
 
Déficit em 
% 
Membro lesado 
Membro não lesado 
 Média de pico 
torque 
abdução 
 
Déficit em 
% 
Média de pico 
torque adução 
 
Déficit em 
% 
Membro lesado 
Membro não lesado 
* Flexão - supino com o quadril a 20° de flexão; Extensão – supino com o quadril a 40° de flexão; Adução - decúbito lateral e o 
quadril a 10° de abdução; Abdução - decúbito lateral e o quadril a 0° de abdução. Para os testes de adução e abdução o joelho 
permanecerá a 0° de flexão e para os testes de flexão e extensão o joelho permanecerá a 90°. 
 
IX – Marcha 
 O resultado será anexado à ficha de avaliação após a realização da análise 
no Laboratório de Análise do Movimento. 
 
16 
 
 
 
5. Discussão 
 Para a elaboração desta ficha de avaliação foram consideradas as alterações 
mais evidentes na população com OAde quadril, sendo a dor, a dificuldade em 
realizar atividades de vida diária, o déficit de força muscular e de amplitude de 
movimento, algumas das principais queixas desta população acima de 65 anos, o 
que pode ser explicado pela perda progressiva da cartilagem articular, redução do 
espaço articular e formação de osteófitos, que afetam de forma mais comumente o 
quadril e o joelho (Stanos, 2013; Arnold et al, 2007). 
 Em sua revisão sistemática, French et al. (2011), compararam a influência da 
terapia manual na OA de joelho e quadril, apresentando o estudo de Hoeksma et al. 
(2004), que avaliou pacientes com OA de quadril antes e após a aplicação de um 
protocolo de intervenção e que utilizou como ferramentas de avaliação para a dor a 
Escala Visual Analógica (EVA) analisando a dor em repouso e durante a caminhada 
e o questionário HHS para avaliar dor e função. Outro estudo evidenciado em sua 
revisão foi o de Perlman et al. (2006), que trouxe o questionário WOMAC para a 
avaliação da dor e da função em uma população com OA de joelho também antes e 
após um programa de intervenção e uso da EVA. Assim, podemos observar a 
importância de uma avaliação pré e pós-intervenção, de forma a evidenciar os 
resultados obtidos com a proposta de cada autor. 
 No que se refere aos questionários, observamos o seu amplo uso como meio 
de quantificar o impacto que as alterações relacionadas à capacidade funcional, dor 
e qualidade de vida causam na vida de um indivíduo com OA, muitas vezes 
apresentados como forma de avaliação pré e pós-intervenção fisioterapêutica. 
Abbott et al. (2013) evidenciaram o uso do WOMAC para avaliar indivíduos com OA 
de joelho ou quadril; neste estudo o questionário foi aplicado pré, pós e em um 
follow up de um ano pós intervenção. Hoeksma et al. (2004) e Jigami et al. (2012) 
trazem o HHS como método para avaliar dor e função em indivíduos inseridos em 
protocolos de intervenção. Com base nesses estudos, podemos notificar a 
importância dos questionários como método para uma avaliação mais criteriosa. 
 Rydevik et al. (2010) relataram que o maior déficit de força muscular ocorre 
em flexores de quadril e extensores de joelho nos pacientes com OA de quadril de 
grau leve a moderado. A literatura atual defende que alterações da função do 
17 
 
 
 
membro inferior acometido podem ser resultantes do déficit de força muscular 
(Jigami et al, 2012; Iversen, 2012; French, Brrennan e Cusack, 2011; Bennell et al, 
2011). 
 Casartelli et al. (2011) publicaram um estudo sobre a análise de força 
muscular em indivíduos que apresentavam como diagnóstico impacto 
femoroacetabular, uma das disfunções que pode levar ao desenvolvimento precoce 
da OA de quadril. Esse estudo evidenciou a ausência na literatura de pesquisas 
envolvendo a análise da força muscular nessa população, e apontou outros estudos 
que trouxeram o déficit de força muscular de flexão de quadril em indivíduos com OA 
de quadril. Em sua pesquisa, foram realizadas as análises da força de abdução, 
adução, rotação externa e interna de quadril com o dinamômetro de mão (Lafayette). 
No presente estudo, sugerimos a análise de abdução, adução, flexão e extensão de 
quadril a serem realizadas com o dinamômetro isocinético (System 4 Pro - Biodex®) 
que é um instrumento padrão ouro da avaliação de força e que irá proporcionar a 
avaliação de parâmetros como a função muscular, força, potência e resistência 
(Pinho et al. 2005). 
 Ao analisarmos o déficit de força muscular associado a alterações que 
ocorrem na articulação do quadril em pessoas com OA, não podemos deixar de citar 
as alterações que podem ocorrer no padrão da marcha e que, em muitos casos, se 
torna uma marcha assimétrica e lenta (Krauss et al, 2011). Entretanto, não há uma 
padronização em relação à colocação de marcadores para a análise de marcha de 
indivíduos com AO de quadril. Com base nessa informação, podemos citar aqui o 
estudo realizado por Collins et al. (2008), que realizaram análise da marcha em 
indivíduos saudáveis e sugeriram o uso dos mesmos marcadores propostos neste 
trabalho para a análise da marcha da população com OA de quadril. 
 Ao avaliarmos pacientes com OA, é comum encontrarmos dismetria entre os 
membros inferiores. Gofton (1971) defende a diferença de comprimento como um 
fator etiológico para desenvolvimento da OA; Nahoda (1977) defendeu a 
necessidade da correção da dismetria como forma de prevenção para OA. Outros 
estudos apontam a necessidade de investigar a dismetria como possível 
consequência da OA, uma vez que ocorrem alterações no contato entre a cabeça do 
fêmur e o acetábulo (Cibulka et al. 2009). Portanto, consideramos importante 
18 
 
 
 
acessar a diferença de comprimento de membros para possível intervenção quando 
necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
6. Conclusão 
 Após o levantamento de estudos envolvendo avaliação de OA, nota-se o 
amplo uso de questionários e testes funcionais para avaliar esta doença, sem 
entretanto haver uma padronização do método que proporcione aos pesquisadores 
maior confiabilidade ao reproduzir tais estudos. Além disso, acreditamos que a 
aplicação desta criteriosa ficha de avaliação irá permitir a detecção de pequenas 
alterações musculo esqueléticas, o que possibilita a realização de uma intervenção 
fisioterapêutica mais direcionada às necessidades do paciente. 
Sugere-se a realização de estudos adicionais no Centro de Reabilitação 
(CER) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 
(HCFMRP) que apliquem a ficha de avaliação elaborada no presente estudo a fim de 
que haja uma padronização no método de avaliação dos pacientes com OA de 
quadril. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
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24 
 
 
 
8. Anexos 
Anexo1. Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis 
WOMAC 
Instruções para os indivíduos 
 
As perguntas a seguir se referem à intensidade da dor que você sentiu nos últimos 
três dias (72 horas). Por favor, marque apenas uma alternativa com um “X”. 
1. Caminhando em um lugar plano. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
2. Subindo ou descendo escadas. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
3. A noite deitado na cama. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
4. Sentando-se ou deitando-se. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
5. Ficando em pé. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
 
As perguntas a seguir se referem à intensidade de rigidez (não dor) que você sentiu 
nos últimos três dias (72 horas). Entenda por rigidez a sensação de restrição ou 
dificuldade para movimentar suas juntas. Por favor, marque apenas uma alternativa 
com um “X”. 
1. Qual é a intensidade de sua rigidez após acordar de manhã? 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
 
25 
 
 
 
2. Qual é a intensidade de sua rigidez após se sentar, se deitar ou repousar 
no decorrer do dia? 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
 
As perguntas a seguir se refere à sua atividade física. Entenda por atividade física 
sua capacidade de se movimentar e cuidar de você mesmo(a). Para cada uma das 
atividades a seguir, por favor, indique o grau de dificuldade que você teve nos 
últimos três dias (72 horas). Por favor, marque apenas uma alternativa com um “X”. 
1. Descer escadas. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
2. Subir escadas. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
3. Levantar-se estando sentada. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
4. Ficar em pé. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
5. Abaixar-se para pegar algo. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
6. Andar no plano. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
7. Entrar e sair do carro. 
 Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
 
26 
 
 
 
8. Ir fazer compras. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
9. Colocar meias. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
10. Levantar-se da cama. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
11. Tirar as meias. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
12. Ficar deitado na cama. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
13. Entrar e sair do carro. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
14. Se sentar. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
15. Sentar e levantar do vaso sanitário. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
16. Fazer tarefas domésticas pesadas. 
Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
17. Fazer tarefas domésticas leves. 
 Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito 
intensa [ ] 
27 
 
 
 
Anexo 2. Harris Hip Score (Modificado) 
NOME: HARRIS TOTAL 
 
DOR 
Não tem, ou é ignorada 44 
Discreta, ocasional (sem comprometer a atividade física) 40 
Ligeira (não compromete atividade física normal, só a mais intensa) 30 
Moderada, tolerável (mas com limitação clara da atividade) 20 
Marcada (limitação séria da atividade física) 10 
Incapacitante (dor em repouso, imobilizado na cama) 0 
Total dor 
 
FUNÇÃ0 
Claudicação 
Não tem 11 
Ligeira 8 
Moderada 5 
Severa ou com incapacidade de marcha 0 
Marcha (auxílio) 
Não tem 11 
1 Bengala em caminhadas longas 7 
1 Bengala a maior a parte do tempo 5 
1 Muleta canadense 3 
2 Bengalas 2 
2 Muletas canadenses ou Incapacidade de marcha 0 
Distância percorrida 
Ilimitado 11 
1000 metros 8 
250-500 metros 5 
Deambula só em casa 2 
Só cama e cadeira 0 
Atividade Funcional 
Escadas 
Normalmente, sem corrimão 4 
Normalmente, mas apoiado no corrimão 3 
Com grande dificuldade 1 
Incapaz de usar escadas 0 
Calçar sapatos/ meias 
 
Facilmente 4 
Com dificuldade 2 
Incapaz 0 
Transportes Públicos/ Veículo próprio 
Consegue utilizar 1 
Não consegue utilizar 0 
Total função 
 
 
 
28 
 
 
 
MOBILIDADE 
 Observada Cálculo (Se somatório) 
Flexão (0–140) ≥ 210 5 
Abdução (0-50) ≥ 160 e < 190 4 
Adução (0-50) ≥ 100 e < 159 3 
Rot. Externa (0-
50) 
 ≥ 60 e < 99 2 
Rot. Interna (0-
50) 
 ≥ 30 e < 59 1 
Somatório ≥ 0 e <29 0 
Total 
Mobilidade 
 
 
DEFORMIDADE 
Contratura em flexão < 30º ou ausente Sim Não 
Contratura em adução < 10° ou 
ausente 
Sim Não 
Contratura em rot. Interna (em 
extensão) < 10° ou ausente 
Sim Não 
Dismetria < 3 cm ou ausente Sim não 
Se 4x Sim = 4, qualquer outra combinação = 0 
 Assinale um só valor para casa questão. 
 Faça o somatório dos valores totais de DOR e FUNÇÃO. 
 Em MOBILIDADE, faça o somatório das mobilidades e assinale a pontuação no intervalo correspondente. 
 Em DEFORMIDADE marque sim ou não. 
 Assinale o Total de 4 só se houver 4 respostas Sim, ou assinale 0 em todas as outras combinações. 
Calcule o SCORE de HARRIS Total, com a soma dos valores Totais de DOR, FUNÇÃO, MOBILIDADE E 
DEFORMIDADE.

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