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Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa ANÁLISE DA RESISTÊNICA A TRAÇÃO DO CONCRETO COM FIBRA DE POLITEREFTALATO DE ETILENO RECICLADO (1) Diego Marisco Perez (2), Pedro Henrique de Omena Jucá (3), Eduardo Cesar Pachla(4), Wang Chong(5) (1)Trabalho executado com recursos do Edital 05/2014 – Programa Institucional de Iniciação Científica FAPERGS/UNIPAMPA (2)Estudante de Engenharia Civil; Universidade Federal do Pampa; Alegrete, Rio Grande do Sul; diegoperez.ec@gmail.com; (3)Bolsista FAPERGS; Estudante de Engenharia Civil; Universidade Federal do Pampa; Alegrete, Rio Grande do Sul; pedrohojuca@gmail.com; (4)Estudante de Engenharia Civil; Universidade Federal do Pampa; Alegrete, Rio Grande do Sul; eduardo.pachla@gmail.com; (5) Orientador; Universidade Federal do Pampa - Campus Alegrete; RESUMO: Este artigo tem como objetivo analisar a resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos de concreto com adição da fibra de politereftalato de etileno (PET) reciclado, a qual sofre tratamento mecânico superficial após o processo de corte da garrafa PET. A pesquisa foi divididas em fases: Produção da Fibra; Caracterização dos materiais utilizados; Produção do concreto fibroso; e Rompimento aos 7 e 14 dias de idade. A produção dos corpos de prova com adição em massa foi realizada em duas dosagens com 0,4% e 0,6% de fibra, com resultados comparados com os corpos de prova sem adição (referência). O grande diferencial da pesquisa se refere a fibra utilizada que garante a estrutura em que for implementada uma maior segurança aos usuários devido a seu aumento de tenacidade nos elementos estruturais e a não diminuição da resistência a tração. Palavras-Chave: Concreto Fibroso, Compressão diametral, Fibra de PET, Resistência à tração. INTRODUÇÃO A adição de materiais ao concreto com a finalidade de melhorar as propriedades mecânica do produto final torna-se a cada ano mais habitual e com uma maior gama de opções, como o politereftalato de etileno, conhecido por PET, vem sendo adicionado como fibra ao concreto para a melhoria da resistência mecânica e como solução para a diminuição de garrafas dispostas no meio ambiente. Com o intuito de melhorar a difusão da fibra de PET no mercado da construção civil foi realizado a elaboração de uma fibra tratada superficialmente através de um processo mecânico que aumenta a rugosidade e forma dentes, com a função de otimizar o contato matriz-fibra pela melhor ancoragem e pela maior área de contato e que detém dimensões: 50mm de comprimento; 5mm de largura; e 0,25mm de espessura. Para verificar quais as melhorias que a fibra traz ao concreto foi realizada o ensaio de tração por compressão diametral das três amostrar e determinado as resistências de cada respectiva dosagem. O propósito da pesquisa é verificar a melhoria nas propriedades mecânicas do concreto com adição da fibra mecanicamente tratada com diferentes dosagens de adição em massa. . METODOLOGIA A produção da fibra é dividida em etapas: arrecadação de garrafas PET; Higienização; Retirada do rótulo e do fundo da garrafa; Corte no filetador; Passagem do filete dentre as engrenagens para o ataque superficial; e corte a cada 50mm do filete. O armazenamento deve ser em local limpo para que não haja contato nenhum com algum óleo, que pode prejudicar seriamente sua função. Após a fabricação das fibras foram caracterizados os agregados (brita e areia) e o aglomerante (Cimento) e calculado o traço do concreto de 1:1,36:2,22:0,415 (cimento, areia, brita, relação água/cimento respectivamente). Com o mesmo traço foram concretadas dosagens com diferentes teores de fibra, o traço referência sem adição, o segundo traço com 0,4% em massa da mistura de fibra, e o terceiro com a adição de 0,6%. Num total de dezoito corpos de prova de dimensão: 100mm de diâmetro; 200mm de altura; sendo nove deles para a idade de sete dias e os outros nove para a idade de quatorze dias, rompidos na prensa EMIC 200KN com a velocidade de movimentação de 1mm/min. Durante o rompimento foram analisadas a fissuração no rompimento, a deformação total do corpos de prova e a resistência à tração. RESULTADOS E DISCUSSÃO Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa As resistências à tração por compressão diametral aos sete dias estão descritas na tabela 1, e aos quatorze dias na tabela 2. Tabela 1 - Resistência à tração aos sete dias de idades Tensão de Rompimento 7 d ia s CP Referência(MPa) 0,4% (MPa) 0,6% (MPa) 1 2,944 2,585 2,413 2 2,652 2,254 2,295 3 2,763 2,228 2,317 Média 2,786 2,355 2,342 Fonte: Acervo próprio Tabela 2 - Resistência à tração aos quatorze dias de idades Tensão de Rompimento 1 4 d ia s CP Referência(MPa) 0,4% (MPa) 0,6% (MPa) 1 2,585 2,406 2,671 2 2,734 2,655 2,792 3 2,661 2,483 2,734 Média 2,660 2,515 2,732 Fonte: Acervo próprio As resistências na idade de sete dias o concreto com adição não mostrou nenhuma superioridade na capacidade de carga de rompimento, ao contrário foi cerca de 15,9% menor que o referência, porém o concreto com adição da fibra obteve na deformação e no rompimento comportamento totalmente adverso quando comparado ao sem adição. O rompimento do referência ocorre de forma abrupta e com a separação total do cilindro, já os com pequenas porcentagens de fibra ocorre com uma pequena fissura e não há a separação do corpo de prova. Na idade de quatorze dias a dosagem de 0,6% supera na média a resistência a tração do concreto puro cerca de 2,6% e descreve um comportamento ainda melhor quando rompido, pois a fissuração é menor, pois as fibras com o tratamento mecânico tem uma ótima ancoragem no concreto. CONCLUSÕES Seguramente o concreto com a fibra de PET possui um comportamento mais seguro para as edificações mesmo sem o aumento significativo da resistência à tração, pois a o aumento da capacidade de deformação sem a ruptura total do elemento, diminui também a abertura de fissuras e consequentemente melhora a durabilidade da estrutura, principalmente se for o caso de concreto armado, evitando a corrosão da armadura. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248: Agregados – Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 52: Agregado miúdo – Determinação da massa específica e massa específica aparente. Rio de Janeiro, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 23: Cimento portland e outros materiais em pó - Determinação da massa específica. Rio de Janeiro, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 2015. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 53 Agregado graúdo - Determinação da massa específica, massa específica aparente e absorção de água. Rio de Janeiro, 2003.
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