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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * MTM 17 – CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS PROF. CARLOS DE MOURA NETO * * * MTM 17 – CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS Horários de aulas: 2ªs 08:00 às 08:50 09:00 às 09:50 3ªs 08:00 às 09:50 Atendimento a alunos: Sala 1051 do Departamento de Tecnologia – Ramal: 5877 Email: mneto@ita.br * * * TÓPICOS A SEREM ABORDADOS 1 - Materiais: por que estudá-los? 2 - Estrutura atômica e ligações interatômicas. Cristais: conceitos fundamentais. Materiais cristalinos e policristalinos. 3 - Imperfeições em sólidos: defeitos de ponto, de linha, de superfície e de volume. Exames microscópicos. * * * TÓPICOS A SEREM ABORDADOS 4 - Difusão: mecanismos. Fatores que influenciam a difusão. 5 - Propriedades mecânicas dos materiais. Ensaios dos materiais: dureza, tração, compressão, cisalhamento. Deformação elástica e deformação plástica. Fatores de projeto. 6 - Discordâncias e mecanismos de aumento de resistência. Recuperação, recristalização e crescimento de grão. * * * TÓPICOS A SEREM ABORDADOS 7 - Falha, fadiga e fluência. 8 - Diagramas de equilíbrio de fases: regra das fases e regra da alavanca. Principais reações. Diagramas de fases em condições de equilíbrio. O sistema ferro-carbono. Características dos diferentes tipos de aços e ferros fundidos empregados na indústria. * * * TÓPICOS A SEREM ABORDADOS 9 - Transformações de fases em metais. Desenvolvimento da microestrutura e alteração das propriedades mecânicas. 10 -Processamento térmico de metais e ligas metálicas: recozimento, têmpera e revenimento. Endurecibilidade dos aços. Ensaios Jominy e Grossmann. Endurecimento por precipitação: mecanismos. * * * TÓPICOS A SEREM ABORDADOS 11- Ligas metálicas: processos de fabricação para ligas ferrosas e não-ferrosas. Ensaios de fabricação: embutimento, estampagem, dobramento. 12 - Estruturas e propriedades dos materiais cerâmicos. Propriedades mecânicas. Processamento e aplicações. 13 - Estruturas poliméricas: o que é isto ? Características mecânicas e termomecânicas. Processamento e aplicações. * * * TÓPICOS A SEREM ABORDADOS 14- Compósitos: reforçados com fibras, reforçados com partículas e estruturais. Aplicações. 15 - Propriedades elétricas, magnéticas, térmicas e ópticas dos materiais. Principais materiais e aplicações. 16- Corrosão e degradação dos materiais. Mecanismos de corrosão. A importância dos fenômenos da corrosão nos processos industriais. * * * BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Callister, W.D. Jr, Ciência e Engenharia de Materiais, Livros Técnicos e Científicos, 5 ed., 2002. Callister, W.D. Jr, Materials Science and Engineering - An Introduction, John Wiley & Sons, 5 ed., 2000. Shackelford, J.F., Introduction to Materials Science for Engineers, MacMillan Publ.Co., 3 ed., 1992. * * * CAPÍTULO 1 Materiais: por que estudá-los? Objetivos: 1) Conhecer as diferentes classificações dos materiais que determinam a sua aplicabilidade; 2) Conhecer os componentes que estão envolvidos no projeto, produção e utilização de materiais; e 3) Conhecer as principais características dos diferentes materiais, algumas aplicações e critérios de seleção. * * * MATERIAIS São substâncias cujas propriedades as tornam utilizáveis em estruturas, máquinas, dispositivos, equipamentos, produtos consumíveis, etc. Os materiais sólidos têm sido grupados em três classificações básicas: metais, cerâmicos e polímeros e acham-se baseadas na composição química e na estrutura atômica. Adicionalmente, existem três outros grupos de materiais: compósitos, semicondutores e biomateriais. * * * Evolução Histórica * * * MATERIAIS – CONCEITOS GERAIS s Inter-relacionamento linear dos componentes da CM e da EM. Ciência e entendimento básico Necessidades e experiências sociais Estrutura Propriedades Desempenho Processamento Conhecimento científico Conhecimento empírico * * * MATERIAIS – CONCEITOS GERAIS CIÊNCIA DOS MATERIAIS Possui base nas correlações estrutura-propriedades, de modo a se poder projetar a estrutura de um dado material, para produzir um determinado conjunto de propriedades. Envolve as relações entre as estruturas e as propriedades dos materiais. ENGENHARIA DOS MATERIAIS * * * MATERIAIS – CONCEITOS GERAIS ESTRUTURA PROPRIEDADES: Relações estímulo-resposta elétricas ópticas magnéticas mecânicas químicas térmicas ambientais físicas * * * MATERIAIS – CONCEITOS GERAIS MATERIAIS AVANÇADOS X MATERIAIS MODERNOS Necessidades nucleares transporte fontes alternativas de energia qualidade ambiental * * * Covalente Semicondutores Polímeros Secundária Metálica Metais Cerâmicas e vidros Iônica Tetraedro que representa a contribuição relativa de diferentes tipos de ligação para as quatro categorias dos materiais de engenharia (os três tipos estruturais mais os semicondutores). Fonte: Shackelford. * * * Seleção final Custo Ductilidade Resistência Metais Cerâmicas Polímeros Semicondutores Compósitos Seqüência de escolha para a seleção de material para o tipo apropriado de material de construção de cilindro comercial para armazenamento de gases. Fonte: Shackelford. * * * Grupos ou Classes de Materiais * * * Resumo das Oportunidades de Negócios * * * MATERIAIS – CONCEITOS GERAIS METAIS aço estrutural: Fe-C ligas metálicas PROPRIEDADES ESPECÍFICAS resistência mecânica (aplicações estruturais); conformabilidade (ductilidade / resiliência / tenacidade); carregamentos variados; condutividades térmica / elétrica; e opacidade. * * * MATERIAIS – CONCEITOS GERAIS CERÂMICAS (VIDROS) Alumina ( Al2O3 ) ponto de fusão do alumínio = 660° C; ponto de fusão da alumina = 2200° C; estabilidade à corrosão; materiais refratários; e características de fragilidade. Nitreto de silício (Si3N4): resistência a temperaturas elevadas – ferramentas de corte. Óxido de magnésio (MgO): isolantes. Sílica (SiO2): indústria de vidros. Carboneto de boro (B4C): controle em reatores nucleares. CERÂMICAS COMERCIAIS: Metais + C, P, N, O, S * * * Alumina padrão Microestrutura porosa em alumina policristalina. Fonte: Shackelford. Material translúcido a b d c * * * Lâmpada de vapor de sódio em temperatura elevada. Emprego de alumina translúcida para contenção do vapor de sódio. Fonte: Shackelford. * * * Cerâmicas comuns para aplicações tradicionais em engenharia, com características de resistência ao dano em temperaturas elevadas e em meios corrosivos. Por exemplo: fornos para TT ou para fusão e em sistemas de processamento químico. Fonte: Shackelford. * * * Vidros comuns à base de silício para aplicações em engenharia. Esses materiais combinam qualidades de transmissão visual de imagens e são resistentes em meios quimicamente agressivos. Fonte: Shackelford. * * * MATERIAIS – CONCEITOS GERAIS POLÍMEROS: PLÁSTICOS E BORRACHAS POLIETILENO (-CH4n) sendo 100 < n < 1000 baixo ponto de fusão; elevada resistência química; desvantagem: material não-degradável; e baixa massa específica. acrílicos (oxigênio) nylon (nitrogênio) fluoroplásticos (flúor) silicones (silício) * * * COMPÓSITOS (COMPOSTOS, AGREGADOS) SEMICONDUTORES: propriedades intermediárias entre as apresentadas pelos isolantes e os condutores elétricos. fiberglass: resistência do vidro / flexibilidade do polímero); compósito natural: madeira; compósito agregado: concreto. arseneto de gálio (AsGa) - retificadores (temperaturas elevadas); - lasers. sulfeto de cádmio (CdS) - células solares óxido de zinco ( ZnO ) - televisão metais (Ge e Si) MATERIAIS – CONCEITOS GERAIS * * * Exemplo de um compósito de fibra de vidro, composto de fibras microscópicas, em matriz polimérica. Observação por Microscopia Eletrônica de Varredura - MEV ( Scanning Electron Microscopy – SEM). Fonte: Shackelford. * * * Aplicações de materiais metálicos em estruturas de aeronaves Al - 2024 -T3 Al - 2024 -T3511 Al - 2524 -T3 Al - 7050 -T7451 Al - 7050 -T7452 Al - 7050 -T7454 Al - 7050 -T76511 Al - 7175 -T74 Al - 7475 -T7351 Al - 7475 -T761 Ti - 6Al - 4V Inox 321 Inox 440C Inox 15-5 PH Inox 13-8 Mo Inconel 718 Inconel 625 Tungstênio * * * Materiais Metálicos – Aplicação Não - Estrutural em Aeronaves Al 2024 -T3 Al 2024 – O Al 6061 – O Al 6061 – T6 Al 5052 – O Al 5052 – H Cobre – Latão Cobre – Bronze Cobre – Berílio Aço 4130 Inox 321 Inox 21-6-9 Inox 15.5 PH Inconel 625 Titânio Puro Ti 6 Al 4V * * * Principais Partes de uma Aeronave cabine do piloto cabine dos passageiros leme trem-de-pouso trem-de-pouso estabilizador vertical profundor estabilizador horizontal bordo de ataque motor - turbina flap nacele semi-asa radome semi-asa pilone aileron * * * Wing 1.Skin Upper : Al-7050-T7451 2.Skin Lower : Al-7475-T7351 3.Spar I : Al-7475-T7351 4.Spar II (Outbd) : Al-7475-T7351 5.Spar II (Inbd) : Al-7050-T7452 6.Spar III : Al-7050-T7452 7.Spar 3rd Cap : Ti-6Al-4V Sht Center Fuselage III 1.Skin : Al-2524-T3 2.Stringer : Al-7050-T76511 3.Frame Sht. : Al-7475-T761 4.Frame Plt. : Al-7475-T7351 5.Fitting : Ti-6Al-4V; Al-7050-T7451 6.Window Frame : Al-7175-T74 Rear Fuselage 1.Skin : Al-2024-T3 2.Stringer : Al-7050-T76511 3.Frame Sht. : Al-7475-T761 4.Frame Plt. : Al-7475-T7351 Vertical Stabilazer 1.Skin : Al-2024-T3 2.Stringer : Al-7050-T76511 3.Spar Fwd. : Al-7050-T7451 4.Spar Mid. : Al-7475-T7351 5.Spar Rear : Al-7475-T7351 6.Fittings : Ti-6Al-4V Horizontal Stabilizer 1.Skin : Al-2024-T3 2.Stringer : Al-7050-T76511 3.Spar Fwd. : Al-7050-T7451 4.Spar Mid. : Al-7475-T7351 5.Spar Rear : Al-7475-T7351 6.Fittings : Ti-6Al-4V 7.Boomerang : Al-7050-T7452 Center Fuselage II 1.Skin : Al-2524-T3 2.Stringer : Al-7050-T76511 3.Frame Sht. : Al-7475-T761 4.Frame Plt. : Al-7475-T7351 5.Fitting : Ti-6Al-4V; Al-7050-T7451 6.Window Frame : Al-7175-T74 Center Fuselage I 1.Skin : Al-2524-T3 2.Stringer : Al-7050-T76511 3.Frame Sht. : Al-7475-T761 4.Frame Plt. : Al-7475-T7351 5.Fitting : Ti-6Al-4V; Al-7050-T7451 6.Window Frame : Al-7175-T74 Forward Fuselage 1.Skin : Al-2524-T3 2.Stringer : Al-7050-T76511 3.Frame Sht. : Al-7475-T761 4.Frame Plt. : Al-7475-T7351 5.Fitting : Ti-6Al-4V Plt 6.Window Frm : Al-7050-T7454 * * * Wing > Asa, - Skin Upper > Revestimento Superior, - Skin Lower > Revestimento Inferior, - Spar > Longarina, - Forward Fuselage > Fuselagem Dianteira, - Skin > Revestimento (da fuselagem). - Stringer > Reforçador, - Frame Sht (Sheet) > Caverna Conformada (Em chapa de alumínio), - Frame Plt (Plate) > Caverna Usinada (Em placa de alumínio), - Fitting > Conexão, - Window Frm (Frame) > Moldura da Janela, - Center Fuselage > Fuselagem Central, - Rear Fuselage > Fuselagem Traseira, - Vertical Stabilizer > Estabilizador Vertical, - Horizontal Stabilizer > Estabilizador Horizontal, - Al (Aluminum) > Alumínio, - Ti (Titanium) > Titânio * * * Principais Tecnologias Aplicáveis em Aeronaves Estampagem Estiramento Dobramento de tubos Forjados Forjados de precisão Fundidos em areia Fundidos de precisão Soldagem por fusão Soldagem por laser Soldagem por atrito Soldagem por costura Soldagem por pontos Shot peening Peen forming Usinagem Extrusão Tratamento de superfícies: Cd, Ni, anodização Termoquímicos: C, N * * * Consumo de Material (%p) em uma Aeronave Atual Consumo de matéria-prima (BUY) Matéria-prima no avião (FLY) * * * Aplicações de Materiais (%p) em Aeronaves * * * * * * * * * * * * * * * EXEMPLOS DE FRATURA EM MATERIAIS METÁLICOS EFEITO DE TEMPERATURA * * * * * * * * * * * * OUTROS EXEMPLOS DE FRATURAS * * * OUTROS EXEMPLOS DE FRATURAS * * * Exemplos de corrosão em solda Corrosão longe da solda para um aço SAE 4140 (Aço AFNOR 15CDV) * * * Corrosão em solda – Aço 4130 * * * Corrosão em solda – Aço 4130 * * * EXEMPLOS DE MICROESTRUTURAS * * * Estrutura bainítica transformada a 348º C * * * Microestrutura bainítica transformada a 460º C * * * Microestrutura martensítica Martensita em uma liga Kovar – Fonte:Nishyiama * * * Microestrutura martensítica Liga Ti-6Al-4V contendo agulhas de martensita formadas em temperaturas elevadas (>840°C) ou 1540°F). Ataque: 100 mL H2O; 4 mL HCl; 3 g NH4HF2. Luz polarizada. Aumento: 100X. * * * Microestrutura martensítica Placas como resultado de transformação estrutural em liga Au-Mn * * * Microestrutura martensítica * * * Microestrutura da perlita * * * Micrografia de tipos de perlita GROSSEIRA FINA * * * LIGAS DE TITÂNIO * * * Evolução microestrutural de amostras da liga Ti-35Zr-10Nb sinterizadas entre 900 e 1500 C por 2 horas. * * * Canhão do século XVII - Forte de São João Batista do Morro dos Dois Irmãos. Fernando de Noronha * * * Canhão do século XVII - Forte de São João Batista do Morro dos Dois Irmãos - Fernando de Noronha * * * Canhão do século XVII – Forte de Nossa Senhora dos Remédios - Fernando de Noronha * * * APLICAÇÕES DE LIGAS COM EMF * * * Dispositivo de liberação de painéis de satélites. Atuador elétrico * * * Resultados Liga Cu-15Al-15Ni 8 7 6 5 4 3 2 1 100 mm Análise microscópica Amostras rompidas após laminação. Transformação martensítica induzida por tensão. Tabela 1 - Análise por EDS (pontos da figura 4). Ponto Cu (% peso) Al (% peso) Ni (% peso) 1 69,70 15,30 15,07 2 69,30 14,70 15,30 3 69,68 15,32 14,90 4 69.99 15,01 15,20 5 70,49 14,51 14,78 6 70,25 15,75 15,03 7 69,51 15,49 15,25 8 70,21 14,79 15,30 * * * Liga Cu-20Al-5Zn Liga Cu-30Al-25Zn As amostras não apresentaram o efeito memória de forma. Dificuldade no estabelecimento da temperatura de transformação ideal. As amostras apresentaram eficiente efeito memória de forma. Recuperação de forma da ordem de 90%. A adição de Al permitiu o estabelecimento de temperatura de transformação adequada. * * * Considerações Finais * * * FOTO 11 – Entrada Principal do CTA Um Reencontro Histórico na Portaria Principal do CTA Por ser antiga, esta foto deixa de mostrar a materialização de um encontro histórico, na evocação justaposta à memória de duas personalidades marcantes - Oficiais Generais e companheiros de jornada que foram na gloriosa Força Aérea Brasileira. Ao lado da portaria ora se eleva uma estátua do Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho – ofertada em reconhecimento pelos engenheiros iteanos na comemoração do centenário de nascimento do idealizador e agente maior na criação do ITA. Logo bem à frente, uma Praça homônima há tempo homenageia e perpetua a memória de um outro grande patriota, a quem o Brasil também muito deve: o legendário Marechal-do-Ar Eduardo Gomes.
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