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1525066 Defeitos Cristalinos 1

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Prof. Dr. Diego Pinheiro Aun
Curso de Engenharia Mecânica
Ciências Tecnologia dos Materiais
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Imperfeições em 
arranjos atômicos 
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• Defeitos Planares (2-D)
 Interfaces e contorno de grãos
• Defeitos Volumétricos (3-D)
 Vazios, fraturas, inclusões e outras fases.
• Defeitos Lineares (1-D)
 discordâncias ou deslocações (dislocations)
• Defeitos Pontuais (0-D)
 Vacâncias ou Lacunas
 Impurezas Intersticiais e substitucionais
Defeitos cristalinos
 São irregularidades na rede cristalina com
dimensões da ordem do diâmetro atômico.
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Defeitos pontuais – 0D
•Vacâncias ou lacunas: sítios atômicos vagos na 
estrutura cristalina
Número de Lacunas (Nv)
Nv = Ne-Q/kT
N = número de posições atômicas na estrutura cristalina
Q = energia para formação de uma lacuna
T = temperatura absoluta (K)
k = 1,38x10-23J/átomo-K = 8,62x10-5 eV/átomo-K = 1,987 cal/mol-K (constante de
Boltzmann)
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Calcule a concentração de vacâncias no cobre a 25oC. A que temperatura será
necessário aquecer este metal para que a concentração de vacâncias
produzidas seja 1000 vezes maior que a quantidade existente a 25oC? Assuma
que a energia para a formação de lacunas seja 20000 cal/mol e o parâmetro de
rede para o cobre CFC é 0,36151 nm.
Solução:
O número de átomos ou posições na rede cristalina, por unidade de volume,
do cobre é
para que Nv seja 1000 vezes maior,
Exemplo - Número de Lacunas 
N= = 8,47x1022 átomos Cu/cm34 átomos/célula(3,6151x10-8cm)3
Nv = 8,47x1022 e-20000/(1,987 x 298) = 1,81x108 lacunas / cm3
1,81x1011 = 8,47x1022e-20000/(1,987 T) 374,60 k T = 102 °C
a 25°C (T=298K):
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Defeitos pontuais – 0D
Defeitos substitucionais = quando um átomo
da rede cristalina é substituído por outro de
tamanho diferente.
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Defeitos pontuais – 0D
•Intersticiais: átomos extras ocupando posições entre os sítios 
atômicos
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• Adição de átomos de impureza na rede cristalina cria uma 
solução sólida e/ou segunda fase
Soluções sólidas
Solução sólida 
substitucional. Ex: CuNi
Solução sólida intersticial. 
Ex: aço - FeC
Não é solução sólida
2ª fase
• Maioria dos metais são utilizados como solução sólida (ligas 
metálicas).
• Impurezas modificam as propriedades da matriz (mecânica, 
química, elétrica, ...).
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Soluções sólidas
Regras para formação de solução substitucional:
 Fator tamanho  diferença entre raio atômico do soluto e solvente ≤ 
15%.
 Estrutura cristalina  soluto e solvente devem ter a mesma estrutura 
cristalina.
 Eletronegatividade: soluto e solvente devem ter eletronegatividades 
próximas (diferenças formam compostos iônicos – segunda fase).
 Valências: Sendo igual os demais fatores, um metal terá maior 
facilidade em se dissolver em uma matriz composta de outro metal 
com maior valência.
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• Composição da solução:
Soluções sólidas
Porcentagem em peso (massa)
Porcentagem atômica
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Exercício
Elemento Raio(nm) Estrutura Eletronegatividade Valência Massa atômica 
(g/mol)
Ni 0,1246 CFC 1,8 +2 58,69
Pd 0,1376 CFC 2,2 +2 106,42
Pt 0,1387 CFC 2,2 +2 195,08
1. O Ni, Pd e Pt podem formar uma solução sólida em qualquer proporção? 
Por que?
2. Qual a concentração em massa de Ni numa solução contendo 1,2 g de Ni, 
197,5 g de Pd e 212,0 g de Pt?
3. Qual a concentração atômica de Ni da solução proposta no exercício 2?
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Defeito Frenkel Defeito Schottky
Defeitos pontuais – 0D
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Defeitos lineares – 1D
•Discordância ou deslocações: plano atômico extra inserido na rede 
cristalina.
Discordância 
em aresta Discordâncias vistas através de
microscopia eletrônica de
transmissão (liga de titânio).
Discordância em Aresta
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Discordância de Aresta
é um defeito provocado
pela adição de um
semiplano extra de
átomos.
Compressão
Expansão
Semiplano
adicional
Defeitos lineares – 1D
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Deslizamento ou deformação plástica é o processo que ocorre quando uma
força causa o deslocamento de uma discordância.
Tensão
Defeitos lineares – 1D
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Defeitos lineares – 1D
Discordância Espiral ocorre quando uma região do cristal é
deslocada de uma posição atômica.
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Discordância Espiral ocorre quando uma região do cristal é
deslocada de uma posição atômica.
Defeitos Lineares
Linha 
de Discordância
Vetor de Burgers
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Discordância Mista é o tipo mais provável de discordância e
corresponde à mistura de discordâncias de aresta e espiral.
Defeitos lineares – 1D
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Defeitos superficiais – 2D
São contornos que separam regiões dos materiais com diferentes 
estruturas cristalinas ou orientações cristalográficas.
Superfície externa: final da estrutura cristalina, átomos com maiores energias
Contornos de grãos: fronteira entre cristais com diferentes orientações.
Contornos de macla: fronteira entre cristais com diferentes orientações 
apresentando simetria (imagem especuar).
Falha de empilhamento: Erro na sequência de 
empilhamento dos planos atômicos: ABCABCABCACBABC
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• Superfícies Externas:
 Átomos na superfície não têm todas suas ligações satisfeitas e possuem maior
energia livre que os átomos sob a superfícies;
 Área da superfície tende a minimizar;
 A superfície dos sólidos podem se “reconstruir” para satisfazer as ligações
atômicas dos seus átomos.
Átomos 
insaturados
Superfície com 
energia livre
Material 
cristalino
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• Regiões entre cristais
• Transição entre diferentes estruturas 
cristalinas
• Ligeiramente desordenados
• Baixa densidade de contorno de grãos: 
– Alta mobilidade das deslocações.
Contorno de grãos 
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• Contornos de Grão:
 Materiais policristalinos são formados por muitos cristais ou grãos, que têm diferentes
direções cristalográficas;
 Nas regiões onde estes grãos se encontram ocorre um desordenamento atômico. Elas são
chamadas de contorno de grão;
 Os átomos próximos à fronteira dos 3 grãos não têm
um espaçamento uniforme ou ordenamento. Microestrutura do Pd (100x)
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Contornos de Grão
• Ângulos de desalinhamento:
 Em função do
desalinhamento dos planos
atômicos entre os grãos
adjacentes, pode-se distinguir
os contornos de grão de baixo e
alto ângulo.
Ângulo de 
desalinhamento
Ângulo de 
desalinhamento
Alto ângulo
Baixo ângulo
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Contorno de Macla
São contornos de grão com simetria especular da rede cristalina.
Plano da Macla
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• Maclas podem ser causadas por deformações do material, causadas por tensões
térmicas ou mecânicas;
• Ligas com memória de forma:
 Esse defeito é observado em materiais com memória de forma, que podem recuperar sua
forma original quando expostos a uma fonte de calor;
 As maclas desaparecem quando estes materiais são deformados e ressurgem quando
são aquecidos a altas temperaturas, recuperando sua forma original.
Microscopia de maclas em grão de bronze
(a)
(b)
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Defeitos Interfaciais: Falha de Empilhamento
 Corresponde a interrupção de uma seqüência regular de empacotamento de planos
em uma rede cristalina
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Defeitos em Volume
Poros: podem modificar substancialmente as propriedades ópticas, mecânicas e térmicas de um
material;
Fraturas: podem afetar as propriedades mecânicas do material;
Inclusões: podem modificar substancialmente as propriedades elétricas, mecânicas e ópticas de
um material;
Fases secundárias
Inclusões
poros
Heterogeneidade
(materiais multifásicos)
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Defeitos volumétricos– 3D
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