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Processo Seletivo para Professor de Língua Portuguesa

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Prévia do material em texto

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Processo seletivo simPlificado – docentes
020. Prova objetiva
Professor de educação Básica ii – língua Portuguesa
  Você recebeu sua folha de respostas e este caderno 
contendo 80 questões objetivas.
  Conira seu nome e número de inscrição impressos 
na capa deste caderno.
  Quando for permitido abrir o caderno, veriique se está 
completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja 
algum problema, informe ao iscal da sala.
  Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a 
resposta que você considera correta.
  Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta 
azul ou preta, a letra correspondente à alternativa 
que você escolheu.
  A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo 
para o preenchimento da folha de respostas.
  Só será permitida a saída deinitiva da sala e do 
prédio após transcorridos 75% do tempo de duração 
da prova.
  Ao sair, você entregará ao iscal a folha de respostas 
e este caderno, podendo levar apenas o rascunho 
de gabarito, localizado em sua carteira, para futura 
conferência.
  Até que você saia do prédio, todas as proibições e 
orientações continuam válidas.
aguarde a ordem do fiscal Para aBrir este caderno de questões.
11.11.2012
manhã
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www.pciconcursos.com.br
3 SEED1201/020-PEB-II-LíngPort-manhã
04. Em relação à escola segundo os paradigmas do consenso e 
do conflito, analise as seguintes afirmações.
I. Na escola, existem e coexistem duas estruturas: formal 
e informal. Um exemplo da estrutura formal encontra-
-se em situações em que um professor, em virtude de 
seu amplo e profundo conhecimento das relações in-
formais da escola, torna-se mais importante que um 
administrador.
II. O paradigma do conflito enfatiza as tensões e oposi-
ções entre professores e estudantes. A escola é vista 
como uma instituição que impõe certos valores e pa-
drões culturais ao aluno.
III. O paradigma do consenso enfatiza os valores comuns 
e a cooperação entre professores e alunos, de modo 
que a escola funcione como elemento de integração e 
continuidade entre gerações.
De acordo com Gomes, está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
05. Saviani afirma que o “lema ‘aprender a aprender’, tão di-
fundido na atualidade, remete ao núcleo das ideias peda-
gógicas escolanovistas.”. Segundo esse autor, o “aprender 
a aprender”,
(A) no âmbito do escolanovismo, ligava-se à necessidade 
de constante atualização exigida pela necessidade de 
ampliar a esfera da empregabilidade.
(B) atualmente, no processo de ensino e aprendizagem, 
provoca um deslocamento do eixo: o professor passa 
a ser aquele que ensina e deixa de ser o auxiliar do 
aluno em seu próprio processo de aprendizagem.
(C) no contexto atual, é ressignificado, já não significa 
adquirir a capacidade de buscar conhecimentos por 
si mesmo, ocupar um lugar e cumprir um papel de-
terminado em uma sociedade entendida como um 
organismo.
(D) na atualidade, significa assimilar determinados co-
nhecimentos, isto é, o mais importante é ensinar e 
aprender os conteúdos curriculares previstos pelos 
programas de cada sistema de ensino.
(E) no contexto atual, refere-se à valorização dos proces-
sos de convivência entre as crianças e os adultos e da 
adaptação do indivíduo à sociedade vista como um 
organismo em que cada um tem um lugar e um papel 
definido a cumprir.
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
01. Com relação à formação contínua de professores, analise 
as seguintes afirmações.
I. Formar-se é fazer cursos de forma ativa, sem, neces-
sariamente, ter de repensar as práticas profissionais.
II. Entre os procedimentos pessoais e coletivos de auto-
formação, podem-se mencionar, entre outros, a leitura, 
a experimentação, a inovação e o trabalho em equipe.
III. A prática reflexiva diz respeito a uma vontade de 
aprender metodicamente com a experiência e de trans-
formar sua prática a cada ano.
De acordo com Perrenoud, está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
02. Segundo Perrenoud, “[...] sob as aparências da continuidade, 
as práticas pedagógicas mudam lenta, mas profundamente. 
Ao longo das décadas, elas:
(A) exigem uma disciplina cada vez mais estrita, deixando 
pouca liberdade aos alunos”.
(B) vinculam-se mais à adaptação do aluno à sociedade, 
um pouco menos ao desenvolvimento da pessoa”.
(C) concebem progressivamente o ensino como uma 
sucessão de lições, desconsiderando a organização 
de situações de aprendizagem”.
(D) direcionam-se a um planejamento didático mais rí-
gido, sem negociação com os alunos, e desconside-
rando ocasiões e aportes imprevisíveis”.
(E) visam cada vez mais frequentemente a construir compe-
tências, para além dos conhecimentos que mobilizam”.
03. Em A educação em novas perspectivas sociológicas, Go-
mes retoma algumas ideias de um importante autor. Gomes 
menciona que, segundo esse autor, “[...] A educação pode 
ajudar o homem a ser sujeito. Não qualquer tipo de educa-
ção, mas uma educação crítica e dirigida à tomada de deci-
sões e à responsabilidade social e política. Uma educação 
baseada no diálogo e não no monólogo.”
Nesse trecho, Gomes está fazendo menção a
(A) Paulo Freire.
(B) Jean Piaget.
(C) Cipriano Luckesi.
(D) Henri Wallon.
(E) L. S. Vygotsky.
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4SEED1201/020-PEB-II-LíngPort-manhã
08. Com relação ao projeto pedagógico-curricular, de acordo 
com o que afirmam Libâneo et alii, assinale a alternativa 
correta.
(A) O projeto é construído individualmente, ou seja, cada 
professor, voltando-se para sua especialidade, cons-
trói o projeto de forma autônoma.
(B) Para garantir a autonomia da equipe, é preciso des-
considerar o já instituído (currículos, conteúdos, mé-
todos etc.).
(C) A característica instituinte do projeto significa que 
ele institui, estabelece, cria objetivos, procedimentos, 
instrumentos, modos de agir, formas de ação, estrutu-
ras, hábitos, valores.
(D) Elaborado para evitar mudanças institucionais, do 
comportamento e das práticas dos professores ao lon-
go do ano letivo, o projeto é um documento acabado, 
concluído e definitivo.
(E) A formulação do projeto pedagógico-curricular não 
é prática educativa, mas contribui no processo de 
aprendizagem efetiva dos alunos.
09. Segundo Libâneo et alii, o currículo real refere-se
(A) ao que é estabelecido pelos sistemas de ensino, ex-
presso em diretrizes curriculares, nos objetivos e nos 
conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo.
(B) àquilo que, de fato, acontece na sala de aula, em de-
corrência de um projeto pedagógico e dos planos de 
ensino.
(C) àquelas influências que afetam a aprendizagem dos 
alunos e o trabalho dos professores e são provenientes 
da experiência cultural, dos valores etc.
(D) aos conteúdos estabelecidos pelo Conselho Nacional 
de Educação e concretizados pela elaboração da Pro-
posta Curricular do Estado de São Paulo.
(E) aos conceitos, às definições e às metodologias de-
senvolvidos ou validados pelos diferentes órgãos de 
fomento científico.
06. Na ação docente, de acordo com Rios, construir a felicida-
dania, entre outras coisas, é:
I. reconhecer o outro, o qual, para o professor, na relação 
docente, é o aluno. É preciso considerar o aluno na 
perspectiva da igualdade na diferença, que é o espaço 
da justiça e da solidariedade;
II. traçar e desenvolver um projeto individual de traba-
lho. Um projeto de escola é a soma de projetos indivi-
duais, os quais, em última análise, têm por finalidade a 
superação de dificuldades de aprendizagem;
III. lutar pela criação e pelo aperfeiçoamento de condições 
viabilizadorasdo trabalho de boa qualidade. Essas 
condições encontram-se unicamente no docente, não 
dizem respeito à infraestrutura do local de trabalho.
Está correto o contido em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
07. Considerando-se as sete categorias básicas de construção 
do conhecimento, na perspectiva dialética, analise as in-
formações a seguir.
•   É o amplo e complexo processo de estabelecimento de 
relações entre o objeto de conhecimento e as representa-
ções mentais prévias e as necessidades do sujeito.
•   É a exigência, no processo de conhecimento, da ativi-
dade do aluno para ser sujeito do próprio conhecimento 
(agir para conhecer), e da articulação do objeto com a 
prática social mais ampla (objeto-realidade).
•   É a postura do professor no sentido de, ao invés de dar 
pronto, levar o aluno a pensar, a partir do questionamento 
de suas percepções, representações e práticas.
De acordo com Vasconcellos, as informações, correta e 
respectivamente, referem-se à
(A) Criticidade; à Historicidade; à Práxis.
(B) Significação; à Práxis; à Problematização.
(C) Historicidade; à Criticidade; à Significação.
(D) Problematização; à Práxis; à Significação.
(E) Significação; à Criticidade; à Continuidade-Ruptura.
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12. De acordo com o Parecer CEB n.º 15/1998, é correto afir-
mar que a preparação básica para o trabalho, prevista no 
artigo 35 da LDB,
(A) destina-se exclusivamente àqueles que já estão no 
mercado de trabalho ou que nele ingressarão a curto 
prazo.
(B) será preparação para o exercício de profissões espe-
cíficas ou para ocupação de postos de trabalho deter-
minados.
(C) está vinculada a alguns componentes curriculares em 
particular, não a todos, pois o “trabalho” é obrigação 
de conteúdos determinados.
(D) destina-se aos alunos matriculados em escolas de 
ensino técnico profissional, portanto, direcionada 
a um grupo que já está ingressando no mercado de 
trabalho.
(E) destacará a relação da teoria com a prática e a com-
preensão dos processos produtivos enquanto aplica-
ções das ciências, em todos os conteúdos curriculares.
13. A Proposta Curricular do Estado de São Paulo aponta para 
a necessidade de se trabalhar com um currículo que pro-
mova competências. De acordo com esse documento, esse 
currículo
(A) acarreta, necessariamente, a dissociação entre a atua-
ção do professor, os conteúdos, as metodologias dis-
ciplinares e a aprendizagem requerida do aluno.
(B) promove os conhecimentos próprios de cada discipli-
na sem a necessidade de articulá-los às competências 
e às habilidades dos alunos.
(C) tem de levar em conta o fato de que as competências 
e as habilidades devem ser consideradas, exclusiva-
mente, no que têm de específico com as disciplinas e 
tarefas escolares.
(D) parte da premissa de que a educação escolar é refe-
renciada no ensino – o plano de trabalho da escola 
indica o que será ensinado ao aluno.
(E) tem o compromisso de articular as disciplinas e as 
atividades escolares com aquilo que se espera que os 
alunos aprendam ao longo dos anos.
10. Em relação às ações da escola no campo da avaliação edu-
cacional, voltadas para a formação continuada no contexto 
de trabalho, analise as afirmações a seguir.
•   É uma função primordial do sistema de organização e de 
gestão dos sistemas escolares, podendo abranger tam-
bém as escolas, individualmente.
•   Visa à produção de informações sobre os resultados da 
aprendizagem escolar em função do acompanhamento e 
da revisão das políticas educacionais, do sistema escolar 
e das escolas, com a intenção de formular indicadores de 
qualidade dos resultados do ensino.
•   Tem  por  objetivo  aferir  a  qualidade  de  ensino  e  da 
aprendizagem dos alunos; para isso, busca-se perceber 
a relação entre a qualidade da oferta dos serviços de en-
sino e os resultados do rendimento escolar dos alunos.
De acordo com Libâneo et alii, essas informações, correta 
e respectivamente, referem-se à avaliação
(A) acadêmica; à avaliação institucional; à avaliação da 
escola.
(B) da escola; à avaliação diagnóstica; à avaliação científica.
(C) formativa; à avaliação institucional; à avaliação aca-
dêmica.
(D) diagnóstica; à avaliação do sistema escolar; à avalia-
ção institucional.
(E) institucional; à avaliação acadêmica; à avaliação da 
escola.
11. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo lançou, 
em 2008, o Programa de Qualidade da Escola (PQE), com o 
objetivo de promover a melhoria da qualidade e a equidade 
do sistema de ensino na rede estadual paulista. De acordo 
com esse programa, Nota Técnica (2009), o IDESP (Índice 
de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) 
é um indicador que avalia a qualidade da escola. Nesta ava-
liação, considera-se que uma boa escola é aquela
(A) em que a maior parte dos alunos apreende as compe-
tências e habilidades requeridas para a sua série, num 
período de tempo ideal – o ano letivo.
(B) que possui condições de infraestrutura suficientes 
para a efetivação do trabalho docente, inclusive com 
laboratórios de informática e de química.
(C) em que a gestão democrática efetiva-se mediante a 
participação real de alunos, pais e profissionais da 
educação, sobretudo na construção de um projeto 
político-pedagógico.
(D) que tem por referência o bem coletivo, cujos alunos 
voltam-se para demandas concretas da sociedade, por 
meio de projetos trans e interdisciplinares.
(E) em que se instala, na prática educativa, uma instância 
de comunicação construtiva, espaço para a palavra do 
professor e do aluno, para o exercício da argumenta-
ção e da crítica.
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6SEED1201/020-PEB-II-LíngPort-manhã
15. Com relação à aprendizagem do que ensinar e de como 
ensinar, Delors et alii afirmam que, para o professor,
(A) diferentemente do que ocorre com os membros das 
outras profissões, a sua formação inicial lhe basta 
para o resto da vida.
(B) a competência na disciplina ensinada é imprescindí-
vel, mas a competência pedagógica, mesmo sendo 
desnecessária, deve ser cuidadosamente respeitada.
(C) sua formação deve inculcar-lhe uma concepção de 
pedagogia que se limite ao utilitário, caso contrário, 
ela perderá sua função educativa.
(D) sua formação deveria incluir um forte componente de 
formação para a pesquisa e deveriam estreitar-se as 
relações entre os institutos de formação pedagógica 
e a universidade.
(E) sua formação tem de ser uma formação à parte que o 
isole das outras profissões, pois é prejudicial à edu-
cação que os professores exerçam outras profissões.
16. Em relação à frequência e à compensação de ausências, 
analise as afirmações a seguir.
I. As atividades de compensação de ausências serão pro-
gramadas, orientadas e registradas pelo coordenador 
pedagógico, com a finalidade de sanar as dificuldades 
de aprendizagem provocadas por frequência irregular 
às aulas.
II. A compensação de ausências não exime a escola de 
adotar as medidas previstas no Estatuto da Criança e 
do Adolescente, e nem a família e o próprio aluno de 
justificar suas faltas.
III. O controle de frequência será efetuado sobre o total 
de horas letivas, exigida a frequência mínima de 75% 
para promoção.
De acordo com o Parecer CEE n.º 67/1998, artigos 77 e 78, 
está correto o que se afirma em
(A) II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
14. Analise a figura a seguir, constante na obra Matrizes de 
Referência para a Avaliação: documento básico (2009), 
que apresenta uma síntese das competências cognitivas 
avaliadas no SARESP.
COMPETÊNCIAS
Grupo III
Esquemas Operatórios
Grupo II
Esquemas
Procedimentais
Grupo I
Esquemas
PresentativosCompreender
Observar
Realizar
Com relação a esses grupos, analise as seguintes infor-
mações.
Coluna a Coluna B
Grupo I
Grupo II
Grupo III
a) Competências para compreender: as com-
petências relativas a esse grupo referem-
-se a operações mentais mais complexas, que 
envolvem pensamento proposicional ou com-
binatório, graças ao qual o raciocínio pode ser 
agora hipotético-dedutivo.
b) Competências para observar: graças aos 
esquemas relativos a esse grupo, os alunos 
podem ler a prova, em sua dupla condição: 
registrar perceptivamente o que está propos-
to nos textos, imagens, tabelas ou quadros e 
interpretar este registro como informação que 
torna possível assimilar a questão e decidir sobre 
a alternativa que julgam mais correta.
c) Competências para realizar: as habilidades 
relativas às competências desse grupo caracteri-
zam-se pelas capacidades de o aluno realizar os 
procedimentos necessários às suas tomadas de 
decisão em relação às questões ou tarefas pro-
postas na prova.
De acordo com a obra Matrizes de Referência para a Ava-
liação: documento básico (2009), assinale a alternativa que 
apresenta a correta associação entre as colunas A e B.
(A) Grupo I – a; Grupo II – b; Grupo III – c.
(B) Grupo I – b; Grupo II – c; Grupo III – a.
(C) Grupo I – c; Grupo II – b; Grupo III – a.
(D) Grupo I – c; Grupo II – a; Grupo III – b.
(E) Grupo I – b; Grupo II – a; Grupo III – c.
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7 SEED1201/020-PEB-II-LíngPort-manhã
19. De acordo com a obra Gestão do Currículo na Escola: 
Caderno do Gestor, 2009, vol. 3, os conselhos de classe 
e série
(A) caracterizam-se como o colegiado responsável na es-
cola pelo acompanhamento pedagógico do processo de 
ensino-aprendizagem e de avaliação.
(B) têm status próprio, mas não têm o poder decisório de in-
terferir na Proposta Pedagógica da escola. Esse tipo de 
interferência é de uso exclusivo das instâncias superiores.
(C) são, obrigatoriamente, presididos pelo professor-coor-
denador e integrados pelos professores e supervisores 
de ensino. Os alunos não têm direito assegurado de par-
ticipação.
(D) têm por objetivo “julgar” os alunos com problemas de 
aprendizagem ou de disciplina, podendo, inclusive, re-
provar um aluno como forma de punição por sua indis-
ciplina.
(E) têm, no regime de progressão continuada – que pode ser 
considerado sinônimo de “promoção automática” –, a 
incumbência de organizar o processo de recuperação.
20. Em relação à Organização da Educação Nacional, analise 
as colunas a seguir.
Coluna a Coluna B
 I. União
 II. Estados
III. Municípios
a) Oferecer a educação infantil em creches 
e pré-escolas, e, com prioridade, o ensi-
no fundamental, permitida a atuação em 
outros níveis de ensino somente quando 
estiverem atendidas plenamente as ne-
cessidades de sua área de competência 
e com recursos acima dos percentuais 
mínimos vinculados pela Constituição 
Federal à manutenção e desenvolvi-
mento do ensino.
b) Baixar normas gerais sobre cursos de 
graduação e pós-graduação.
c) Assegurar o ensino fundamental e ofe-
recer, com prioridade, o ensino médio a 
todos que o demandarem, respeitado o 
disposto no art. 38 desta Lei.
No que diz respeito à incumbência da União, dos Estados 
e dos Municípios, estabeleça, de acordo com os artigos 9, 
10 e 11 da Lei n.º 9.394/1996, a correta relação entre as 
colunas A e B.
(A) I – b; II – a; III – c.
(B) I – a; II – c; III – b.
(C) I – b; II – c; III – a.
(D) I – a; II – b; III – c.
(E) I – c; II – b; III – a.
17. Rodrigo e Sérgio, dois adolescentes regularmente matri-
culados no ensino fundamental, são educandos com ne-
cessidades especiais. Rodrigo, em virtude de suas defici-
ências, não pode atingir o nível exigido para a conclusão 
do ensino fundamental. Sérgio é superdotado, está sempre 
à frente de seus colegas de sala e resolve com extrema 
facilidade as situações de aprendizagem propostas.
De acordo com o artigo 59 da Lei n.o 9.394/1996 (Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional), o sistema de 
ensino, do qual faz parte a unidade escolar onde estudam 
esses dois educandos, deve assegurar a
(A) Rodrigo a terminalidade específica de seus estudos, já 
que ele não pode atingir o nível exigido para concluir 
o ensino fundamental.
(B) Rodrigo e Sérgio a aceleração de estudos para que 
concluam em menor tempo o programa escolar.
(C) Rodrigo estudos de recuperação, de preferência pa-
ralelos ao período letivo, a serem disciplinados pelas 
instituições de ensino em seu regimento.
(D) Sérgio bolsa de estudos, a fim de que possa matri-
cular-se em uma escola mais bem preparada para 
atendê-lo.
(E) Rodrigo e Sérgio a transferência para uma instituição 
privada especializada e com atuação exclusiva em 
educação especial.
18. Com relação ao regime de progressão continuada, analise 
as afirmações a seguir.
I. A avaliação contínua em processo é o eixo que sus-
tenta a eficácia da progressão continuada nas escolas.
II. No regime de progressão continuada, a avaliação dei-
xa de ser um procedimento decisório quanto à aprova-
ção ou à reprovação do aluno.
III. Com a adoção do regime de progressão continuada, 
torna-se imprescindível procurar os culpados da não 
aprendizagem, sejam eles alunos, membros da família 
ou professores. Define-se, portanto, uma via de solu-
ção que seja a via pessoal.
De acordo com a Indicação CEE n.º 8/1997, está correto 
o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, II e III.
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8SEED1201/020-PEB-II-LíngPort-manhã
22. Do comentário do autor quanto à linguagem de falantes 
em geral, deduz-se que
(A) níveis de linguagem diversos tornam-se contraprodu-
centes em falantes que dispõem das marcas da moda-
lidade culta.
(B) o alçamento de “es” átonos e a queda dos “erres” de 
infinitivos denotam problemas de falantes quanto à 
articulação dos sons da língua.
(C) a fala e a escrita são modalidades distintas da língua, 
mas ocupam lugares hierarquizados e opostos na 
comu nidade de falantes.
(D) as diferenças entre fala e escrita são legítimas, con-
siderando-se as práticas sociais de produção textual.
(E) falantes que operam em áreas mais intelectualizadas 
são detentores de uma comunicação mais eficiente.
23. A retextualização da frase de Chico Bento – “A gente num 
intendi muito das coisa da lei mais intendi das nossa neces-
sidade”./ Nós não entendemos muito os aspectos legais, 
mas conhecemos as nossas necessidades. – permite concluir 
que o processo de retextualização da frase envolve
(A) eliminação de marcas interacionais e criação de 
pausas.
(B) inserção de vocabulário técnico e introdução de para-
grafação.
(C) reestruturação morfossintática e novas opções léxicas.
(D) acréscimo de argumentos e condensação de ideias.
(E) eliminação de redundâncias e preservação da orali-
dade.
24. O fato de que falantes cultos se utilizam também dos tra-
ços da fala popular revela que
(A) a língua não é um sistema único e abstrato e se realiza 
como heterogeneidade e variação.
(B) os registros oralizados apresentam pertinência comu-
nicativa se forem aplicados a contextos formais.
(C) a modalidade oral do sistema linguístico, embora 
com menos prestígio social, norteia a comunicação de 
falantes cultos.
(D) o domínio da modalidade-padrão se define pelos 
empréstimos tomados aos padrões da oralidade.
(E) o sistema linguístico é construído na dicotomia entre 
o padrão culto e o popular, com predomínio do pri-
meiro sobre o segundo.
FORMAÇÃO ESPECÍFICA
Leia o texto para responder às questões de números 21 a 26.
A propósito da votação do novo Código Florestal, Maurício 
de Sousa pôs na boca da personagem Chico Bento um apelo: “A 
gente num intendi muitodas coisa da lei mais intendi das nossa 
necessidade! I nóis percisa das mata, dos rio, dos pexe. E tá todo 
mundo achando que isso vai sê mexido pra pior!”
Não vou discutir a questão ambiental, mas a representa-
ção dessa fala. Construções como das mata, dos rio, das coisa 
são traços sintáticos da fala popular. Mas não só Chico Bento 
fala assim, praticamente todos falamos assim. O alçamento de 
“es” átonos é comum, e a queda dos “erres” de infinitivos e 
das semivogais (pexe) é quase categórica – na fala. A tradição 
literária representou em itálico certas marcas de falas regionais 
(tá, dotô). Muitas marcas da fala de Chico Bento são comuns a 
todos, mesmo aos cultos.
Se o leitor duvida, ouça programas cultos (Roda Viva, 
Painel, Entre Aspas, e mesmo julgamentos do Supremo, com 
especial atenção para os apartes). Nos jornais das TVs, desco-
brirá que, lendo, os apresentadores dizem vai ver, conhecer, se 
entregou, ajudou, pegou, a seguir, etc. Mas, falando entre si ou 
com repórteres, dizem chegô (chegou), pidi (pedir), é te (é ter), 
pras pessoas (para as pessoas), se te (se ter), pra que o (para 
que o). O que é normal.
(Sírio Possenti, O Estado de S. Paulo, 22.05.2012. Adaptado)
21. Se um professor de língua materna comentar a fala de Chico 
Bento com os alunos, deverá dizer-lhes que
(A) a personagem não dispõe de uma articulação linguís-
tica correta, além de ser inadequada para expressar 
tema tão relevante.
(B) um discurso em que se observam tantas marcas con-
trárias à norma culta é um obstáculo a uma comuni-
cação eficiente.
(C) a linguagem popular da personagem apresenta estru-
tura sintática que não comporta o desenvolvimento de 
ideias complexas.
(D) a correção da fala da personagem deve ser feita por-
que não se pode nivelar por baixo o ensino da língua 
portuguesa.
(E) o critério de análise da fala de Chico Bento deve levar 
em conta o efeito de sentido pretendido pelo locutor.
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27. O poema de Oswald de Andrade, poeta do Modernismo, 
ilustra algumas das premissas presentes no Manifesto da 
poesia Pau-Brasil, a saber:
(A) a ênfase romântica ao mundo interior do eu-lírico e 
a denúncia social como um dos fundamentos da lite-
ratura.
(B) a concepção de que a poesia está nos fatos e a utili-
zação de uma linguagem desprovida de arcaísmos e 
erudição.
(C) a poesia como lugar privilegiado de experi men tações 
estéticas, a partir dos pressupostos científicos da arte.
(D) a valorização da prosa como o discurso que melhor 
representa a realidade e a negação de toda a influência 
do ideário artístico europeu.
(E) o cultivo da linguagem culta e a defesa do academi-
cismo não só na poesia como em todas as manifesta-
ções artísticas.
28. Rachel de Queiroz, no romance O Quinze, criou uma per-
sonagem a que também chamou de Chico Bento. Numa 
aula de literatura, ao se comentar o diálogo entre a perso-
nagem e os vaqueiros:
Encostando-se ao tronco, Chico Bento se dirigiu aos 
esfoladores:
– De que morreu essa novilha, se não é da minha conta?
– De mal-dos-chifres. Nós já achamos ela doente. E 
vamos aproveitar, mode não dar para os urubus.
Chico Bento cuspiu longe, enojado:
– E vosmecês têm coragem de comer isso? Me ripuna 
só de olhar.
é correto afirmar:
(A) a realidade do campo foi e continua sendo um dos 
temas preferidos dos escritores brasileiros como meio 
de representar as oligarquias rurais.
(B) a literatura realista e engajada da década de 30 produ-
ziu obras de caráter regionalista que pudessem retra-
tar os traços peculiares da realidade brasileira.
(C) os escritores preocupavam-se em criar cenários con-
trastantes entre a crescente urbanização das cidades e 
o esvaziamento acelerado das zonas rurais.
(D) a tendência da prosa dos anos 30 e 40 consistia em 
apresentar personagens multifacetadas, submersas 
em conflitos e em angústias existenciais.
(E) cessados os arroubos nacionalistas dos anos 20, os 
escritores retomaram os modelos estéticos vigentes 
na tradição clássica.
25. Do confronto entre: A – I nóis percisa das mata, dos rio, 
dos pexe. – com B – E nós precisamos das matas, dos rios 
e dos peixes. –, conclui-se que
(A) o locutor em A explicita com mais clareza o conteúdo 
da mensagem.
(B) a estratégia do locutor em A compromete a eficácia 
comunicativa.
(C) as unidades linguísticas tanto em A como em B estão 
coerentemente estruturadas.
(D) as formas linguísticas em B são legitimadas social-
mente, o que não ocorre em A.
(E) a mensagem em A não é decodificada porque as for-
mas são agramaticais.
26. Ao relacionar a linguagem de Chico Bento com a do poema 
de Oswald de Andrade:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
o professor deverá
(A) analisar a presença de elementos da fala popular no 
poema e concluir que eles não se prestam à estetici-
dade do discurso poético.
(B) reconhecer que o texto literário autoriza a exploração 
das virtualidades do sistema linguístico, provenientes 
de fonte erudita ou popular.
(C) identificar nos dois textos as características estético-
-literárias das mensagens, para apontar a finalidade a 
que se destinam.
(D) descrever a linguagem dos dois textos, para concluir 
que o texto literário, construído com termos popula-
res, perde a eficácia comunicativa.
(E) refletir sobre a importância dos registros da fala 
popu lar, mas informar que são produtivos apenas nos 
textos do universo digital.
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30. Os trechos, extraídos do caderno Sabático, publicado em 
O Estado de S. Paulo, de 01.09.2012, foram adaptados. 
Assinale o que é condizente com a norma culta.
(A) Ler as cartas trocadas entre Fernando Pessoa e sua 
namorada é como se tivéssemos um romance a mão, 
em que os dois protagonistas, combinam encontros, 
lamentam os desencontros, e manifesta, sem pudor, 
a saudade.
(B) A obra de Fernando Pessoa é tão diversificada e de 
tanta qualidade que poderia-se prescindir sua bio-
grafia. Mas, por isso mesmo, que é quase inevitável 
conhecê-lo inteiramente.
(C) Ele, Fernando, tradutor discreto de correspondên-
cia comercial, 32 anos; ela uma graciosa menina de 
19 anos, com ousadia bastantes para se candidatarem 
à uma função fora de casa.
(D) Enquanto Pessoa foi vivo Ofélia foi fiel a memó-
ria desse namoro juvenil, a tal ponto que, em 1929, 
a nostalgia reúne-lhes, uma vez mais, mas já sem a 
chama de dez anos antes.
(E) A correspondência entre Fernando Pessoa e a única 
namorada que se lhe conhece é surpreendente, mesmo 
para quem julga saber tudo sobre o autor mais múltiplo 
que a Lusofonia conheceu.
Considere o trecho para responder às questões de números 
29 e 30.
Quanto ao papel da norma culta da língua, o gramático 
Evanildo Bechara assim se expressa: “Não resta dúvida de que 
ela é um componente determinante de ascensão social. Qual-
quer pessoa dotada de mínima inteligência sabe que precisa 
aprender a norma culta para almejar melhores oportunidades. 
Privar cidadãos disso é o mesmo que lhes negar a chance de 
progredir na vida.” (Veja. 01.06.2011)
29. Quanto ao trecho de Evanildo Bechara, é correto afirmar 
que
(A) o sistema linguístico concretiza-se mediante um 
amplo leque de variações geográficas, sociais e his-
tóricas e há contextos em que as condições de pro-
dução e recepção demandam o uso do padrão culto 
da língua.
(B) uma língua é um organismo vivo, dinâmico, sujeito a 
alterações decorrentes dos usos praticados por falantes 
cultos e escolarizados, em todos os componentes do sis-
tema linguístico: fonética, léxico, morfologia e sintaxe.
(C) a norma culta é um instrumento regulador da comu-
nicação, instituidor de regrasconsensuais, capaz de 
moldar todas as variações possíveis previstas no sis-
tema linguístico.
(D) a comparação entre os diversos níveis de linguagem 
permite concluir que as modalidades formais de 
expressão sobrepõem-se às demais, já que obras lite-
rárias são criadas, de acordo com suas regras.
(E) a identificação das marcas de variação linguística 
pressupõe a definição do que se deve ou não falar na 
comunidade de falantes, tomando como parâmetro o 
que a escola determina como norma.
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Para responder às questões de números 32 a 35, leia os textos 
I, II e III.
TexTo I
O escritor não é apenas o indivíduo capaz de exprimir a 
sua originalidade (que o delimita e especifica entre todos), mas 
alguém desempenhando um papel social e assumindo posição 
em face dos problemas. Disso resulta uma literatura empenha-
da, em que o autor tem convicções éticas, políticas, religiosas, 
ou parte de certa visão da realidade e a manifesta com tonali-
dade crítica. (Antonio Candido. Adaptado)
TexTo II
Poderíamos dizer que a literatura é um discurso não prag-
mático, ao contrário dos manuais de biologia e recados dei-
xados para o leiteiro; ela não tem nenhuma finalidade prática 
e imediata, referindo-se apenas a um estado geral de coisas. 
(Terry Eagleton)
TexTo III
A especificidade da linguagem literária, aquilo que a dis-
tingue de outras formas de discurso, é o fato de ela “deformar” 
a linguagem comum de várias maneiras por meio dos artifícios 
literários, que incluem som, imagens, ritmo, sintaxe, métrica, 
rima, técnicas narrativas. (Terry Eagleton)
32. Os versos de Gregório de Matos
Que falta nesta cidade? ........................ Verdade.
Que mais por sua desonra? .................. Honra.
Falta mais que se lhe ponha? ................. Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.
são condizentes com o texto I porque revelam
(A) o poeta como um interventor social, com afinado 
espírito crítico.
(B) o emprego de vocabulário erudito, adequado a uma 
crítica social.
(C) a explosão emocional do poeta, tomado por angústia 
existencial.
(D) a intenção do poeta em investir-se das funções de um 
moralizador.
(E) a atitude de quem pretende expor os desajustes inte-
riores.
Para responder à questão de número 31, leia o trecho de Graci-
liano Ramos e observe o quadro de Portinari, em que o artista 
retrata trabalhadores em uma lavoura de café.
Olhou a caatinga:que o poente avermelhara. Se a seca che-
gasse, não ficaria planta verde.(...) Coçou o queixo cabe-
ludo, parou: reacendeu o cigarro. Não, provavelmente não 
seria homem: seria aquilo mesmo a vida inteira, cabra 
governado pelos brancos, quase uma rês na fazenda alheia. 
(...) Tudo seco ao redor. E o patrão era seco também, arre-
liado, exigente.
31. A afirmação coerente com o quadro e com o texto é:
(A) O Modernismo definiu-se por um nacionalismo exa-
cerbado, contra o europeísmo parnasiano e, a favor 
de um estereótipo romântico, em prol de um pretexto 
de brasilidade.
(B) Identificados com as vanguardas, os modernistas 
aderiram ao instante efêmero das novidades e desco-
bertas e mergulharam na insatisfação geral do mundo 
que as ciências descortinaram em meados do século 
XIX.
(C) Com as frases: – “Nenhuma fórmula para a contempo-
rânea expressão do mundo”./ “Ver com olhos livres.”/ 
“Abaixo os preconceitos artísticos.”– os artistas procu-
raram ser fiéis a um ideário anarquista na concepção 
da arte.
(D) Os antecedentes culturais que prepararam a eclosão 
do Modernismo, a partir de 1922, nas artes brasileiras, 
explicam as características ambivalentes desse período: 
evasivo, indeterminado e infinitamente vário.
(E) O registro documental das características sociais, 
geográficas e históricas do interior brasileiro, na 
segunda fase do Modernismo, é aprofundado não só 
pela literatura, mas também pelas artes plásticas, e 
demonstra o engajamento dos artistas com ideologias 
revolucionárias.
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33. O poema concreto de José Lino Grünewald
Forma
Reforma
Disforma
Transforma
Conforma
Informa
Forma
(A) explora a materialidade do significante linguístico, 
recorrendo aos artifícios mencionados no texto III.
(B) apela a signos não verbais, incompatíveis com o uni-
verso poético, o que gera inconsistência de conteúdo.
(C) atende às intenções do autor de expressar sua indi-
vidualidade, por meio de vocabulário reduzido, de 
acordo com o texto I.
(D) inviabiliza-se como texto literário, por aproximar-se 
das mensagens utilitaristas, mencionadas no texto II.
(E) compõem-se dos elementos básicos da linguagem 
cotidiana, daí o alto teor estético dos versos.
34. Do confronto entre os textos I, II e III com o trecho de Eça 
de Queirós:
Então, passeando excitado pelo quarto, levava as suas 
acusações mais longe, contra o celibato e a Igreja; por que 
proibia ela aos seus sacerdotes, homens vivendo entre 
homens, a satisfação mais natural, que até têm os animais? 
Quem imagina que desde que um velho bispo diz – serás 
casto – a um homem novo e forte, o seu sangue vai subi-
tamente esfriar-se?
pode-se afirmar que este
(A) enfatiza as idiossincrasias do autor, responsáveis pela 
originalidade de seu estilo.
(B) utiliza recursos literários, como sintaxe rebuscada, 
incompatíveis com a temática.
(C) apresenta a intenção do narrador em ressaltar os pri-
vilégios das elites.
(D) expressa tom de denúncia sobre a realidade represen-
tada literariamente.
(E) emprega técnica narrativa inusitada para tratar de 
conteúdo distante do mundo real.
35. É possível aproximar o texto III dos versos de Olavo Bilac
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro, engasta a rima,
Como um rubim.
porque neles se observa
(A) apelo ao leitor para comprovar o teor científico-peda-
gógico da mensagem poética.
(B) exercício estético, de caráter pragmático, que revela o 
engajamento social do poeta.
(C) construção fática com os artifícios literários que se 
conformam à linguagem comum.
(D) princípio de equivalência do discurso poético com as 
demais formas de discursos.
(E) emprego de metalinguagem, com a valorização da 
materialidade linguística.
“Um
a
partida de futebol não pode sustar
o cu
rso
da
his
tó
ria
”.
Ola
vo
Bi
la
c
36. Ao apresentar aos alunos a caricatura de Olavo Bilac, 
espera-se que o professor afirme:
I. A caricatura é uma realização verbo-visual, sujeita a 
regras convencionais de produção e de recepção de texto, 
cumprindo funções em situações comunicativas.
II. A seleção lexical, a organização sintática e a configu-
ração semântica, em um texto não verbal, tornam-se 
inconsistentes, o que limita o domínio discursivo da 
caricatura.
III. A construção de um gênero textual, seja verbal ou não, 
é definida por conteúdos, propriedades formais e fun-
cionais, além de contextos sociocomunicativos.
Está correto apenas o contido em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e III.
(E) I e II.
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38. O trabalho com a crônica, em sala de aula, é produtivo, 
pois, trata-se de um gênero literário que
(A) reúne estratégias e técnicas de criação estética e lin-
guística, suscetíveis de representar o imaginário cole-
tivo da cultura.
(B) registra as ocorrências do cotidiano com o distancia-
mento do narrador, o que explica a objetividade com 
que são narradas.
(C) obedece a princípios de ordem filosófica e científica 
que determinam o modo como o cronista deve captar 
o real.
(D) possibilita ao leitor um conhecimento lógico e racio-
nal, que não contempla a sensibilidadee a imaginação.
(E) aciona fatos reais, por isso a crônica não se torna 
ficcional, o que a inviabiliza como instrumento de 
aprendizagem.
39. No trecho de Nelson Rodrigues, há traços estilísticos pró-
prios de uma crônica, como:
(A) criação de núcleos temáticos, com extenso desdobra-
mento espacial e temporal.
(B) enfoque intimista da realidade e intenção do narrador 
em atingir espaços surreais.
(C) estruturação fragmentada do enredo e emprego cien-
tífico da linguagem.
(D) registro do circunstancial e diálogo entre narrador e 
interlocutores virtuais.
(E) apelo à capacidade reflexiva do leitor para críticar os 
costumes de uma época.
40. Analisando-se, no contexto, quanto à coesão textual, as 
duas ocorrências do pronome isso em –
Mas falei em festa do futebol, realmente, foi muito 
mais do que isso. Era uma festa nacional, a festa do povo, 
a festa do homem.
O que aconteceu no dia do milésimo gol do Pelé foi 
isso: o Estádio Mário Filho voou pelos ares. –
conclui-se que o pronome isso indica, respectivamente, 
emprego de
(A) dêiticos e de palavras sinônimas.
(B) reativação anafórica e catafórica de referentes textuais.
(C) repetição de palavra e uso de termo ambíguo.
(D) palavra neutra e de apagamento do sujeito.
(E) reiteração de termos e riqueza lexical.
37. Ao se dar continuidade à frase da caricatura, – Uma 
partida de futebol não pode sustar o curso da história. A 
questão é que, aqui, esse esporte contamina de tal forma 
a vida das pessoas, principalmente dos homens, que eles 
interrompem suas próprias histórias para, em conjunto, 
construir uma outra, a que rejubila o coração brasileiro. –, 
conclui-se que no trecho se formou uma sequência de tipo
(A) injuntivo, pois, os enunciados incitam a uma ação.
(B) narrativo, já que há conflito de ação dramática.
(C) argumentativo, pela apresentação de ideias consis-
tentes.
(D) descritivo, em que há caracterização estática de seres 
e objetos.
(E) expositivo, pelas referências temporais e espaciais.
Para responder às questões de números 38 a 44, leia trecho 
da crônica de Nelson Rodrigues, extraída de À sombra das 
chuteiras importais.
Milhões deveriam estar presentes no Estádio Mário Filho 
para ver o milésimo gol de Pelé, uma linda festa do futebol 
brasileiro. (...) Não sei se sabem que o sublime crioulo fascina 
a mulher bonita. As mais lindas garotas estavam lá. Mas falei 
em festa do futebol, realmente, foi muito mais do que isso. Era 
uma festa nacional, a festa do povo, a festa do homem.
Na fila dos elevadores, o meu primeiro olhar descobriu a 
grã-fina das narinas de cadáver. Vocês entendem? Ela conti-
nua não sabendo quem é a bola. Mas o que a magnetizava era 
Pelé como homem, mito e herói. Bem sabemos que futebol 
é um esforço coletivo. São os times que ganham, perdem ou 
empatam. Mas no caso de Pelé, foi um só. Só ele marcou os 
mil gols. Nunca se viu nada parecido no mundo. É uma glória 
maravilhosamente individual, maravilhosamente solitária (...)
Ao que íamos assistir já era História e já era lenda. Ima-
ginem alguém que fosse testemunha de Waterloo, ou da mor-
te de César, ou sei lá. No ex-Maracanã, fez-se um silêncio 
ensurdecedor que toda cidade ouviu. No instante do chute, a 
coxa de Pelé tornou-se plástica, elástica, vital, como a anca de 
cavalo. Quando Pelé estourou as redes, o Estádio Mário Filho 
voou pelos ares. Desde Pero Vaz de Caminha, nenhum brasi-
leiro recebera apoteose tamanha. De repente, como patrícios 
do guerreiro, cada um de nós sentiu-se um pouco coautor. 
Pelé voou, arremessou-se dentro do gol. Agarrou e beijou a 
bola. E chorava, o divino crioulo. Naquele momento éramos 
todos brasileiros como nunca, apaixonadamente brasileiros. 
(Adaptado)
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43. Nas frases – Ela continua não sabendo quem é a bola./ 
Naquele momento éramos todos brasileiros como nunca, 
apaixonadamente brasileiros. – pode(m)-se depreender
(A) exploração da figuratividade da linguagem tanto na 
primeira como na segunda frase.
(B) enunciado argumentativo que atesta opinião do nar-
rador quanto às mulheres em geral (Ela continua 
não sabendo quem é a bola) e emprego de ironia em 
“apaixonadamente brasileiros”.
(C) informações implícitas: Ela antes já não sabia quem 
era a bola./ Naquele momento e não em todos os 
momentos éramos brasileiros como nunca antes.
(D) recursos linguísticos, tais como reiterações e repeti-
ções para garantir a coesão textual das frases.
(E) seleção lexical variada com palavras extraídas do 
nível coloquial e do erudito para a caracterização dos 
sujeitos.
44. Na crônica Letras louvando Pelé, Carlos Drummond de 
Andrade escreve: “Pelé, pelota, peleja. Bola, bolão, bala-
ço. Pelé sai dando balõezinhos. Vai, vira, voa, vara, quem 
viu, quem previu? GGGGoooolll. (...) O gol de letra, de 
lustre, de louro. O gol de placa, implacável. O gol sem 
fim, nascendo natural, do nada, do nunca; se fazendo fácil 
na trama difícil, flóreo, feliz. Fábula.” (Adaptado)
O fato de Nelson Rodrigues e de Carlos Drummond de 
Andrade conceberem crônicas sobre a figura de Pelé, 
caracterizando-o como “mito”, “herói”, “fábula”, permite 
concluir que
(A) o fenômeno literário se efetiva na inter-relação autor/
leitor/sociedade e assume, por conta da objetividade 
inerente a essa relação, uma abertura limitada para o 
real, ou seja, nem todos os objetos do mundo concreto 
se prestam ao fazer literário.
(B) a construção do discurso literário, muitas vezes, pren-
de-se a simples representação de fatos ou situações 
particulares, isto é, o escritor reproduz e fotografa 
o real sem intermediações e transforma em literário 
somente o que possui visibilidade.
(C) a cultura, a língua e a literatura estão estreitamente 
vinculadas e, por vezes, o trabalho do escritor com 
os signos verbais torna-se tão estetizado que o dis-
curso literário pode atingir as dimensões arquetípicas 
da sociedade.
(D) a natureza das informações que são transmitidas pelo 
texto literário pressupõe que o escritor assuma um 
compromisso com a realidade, sem recriá-la fantasio-
samente, razão pela qual a literatura deve prender-se 
ao discurso comum.
(E) a literatura como imitação das essencialidades da 
vida concebe-se num dinamismo em que a matéria 
ficcional se constrói mediante os dados que a ciência, 
a sociedade e, até a religião, estipulam como objetos 
de criação literária.
41. De acordo com Koch (2008), – “a remissão de termos no 
texto pode ser feita, entre outros modos, por intermédio de 
recursos de natureza lexical, como sinônimos, hiperôni-
mos, nomes genéricos, descrições definidas” –, afirmação 
exemplificada pelas expressões em destaque em:
(A) Na fila dos elevadores, o meu primeiro olhar desco-
briu a grã-fina das narinas de cadáver. Vocês enten-
dem?
(B) Milhões deveriam estar presentes no Estádio Mário 
Filho para ver o milésimo gol de Pelé, uma linda festa 
do futebol brasileiro.
(C) Quando Pelé estourou as redes, o Estádio Mário 
Filho voou pelos ares. Desde Pero Vaz de Caminha, 
nenhum brasileiro recebera apoteose tamanha.
(D) Ao que íamos assistir já era História e já era lenda. 
Imaginem alguém que fosse testemunha de Waterloo, 
ou da morte de César, ou sei lá.
(E) Milhões deveriam estar presentes no Estádio Mário 
Filho para ver o milésimo gol de Pelé, uma linda festa 
do futebol brasileiro. (...) Não sei se sabem que o 
sublime crioulo fascina a mulher bonita.
42. Atente para as afirmações sobre a versão parafraseada em 
modalidade oral do trecho em destaque na crônica:
Então, acho que ... desde Pero Vaz de Caminha, não teve 
brasileiro que recebeu uma baita homenagem desse jei-
to... Sabe, num instantinho, a gente, né, se sentiu dono da 
bola...
I. Observa-se na linguagem oral descontinuidade fre-
quente do fluxo discursivo, oque indica que o discurso 
está sempre se processando, se replanejando, em fun-
ção de fatores cognitivos-interacionais.
II. A presença de frases curtas, na modalidade oral, 
mostra que essa característica é exclusiva dessa moda-
lidade e não se aplica ao padrão escrito.
III. Ocorrências de ordem pragmática levam o locutor, ao 
perceber que formulou a fala de forma inadequada, a 
suspender o fluxo da informação para corrigi-la.
Está correto o que se afirma apenas em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.
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Para responder às questões de números 47 e 48, considere a 
foto de livro em quadrinhos da literatura brasileira, Memórias 
de um Sargento de Milícias, de Manuel Antonio de Almeida.
47. Ao apresentar o livro aos alunos, o professor
(A) minimiza a potencialidade do texto literário em favor 
dos benefícios pragmáticos proporcionados pelo 
texto visual.
(B) compara o texto em quadrinhos com o literário e atri-
bui ao primeiro maior eficácia como ferramenta de 
trabalho.
(C) constrói diálogo com objetos culturais em diferentes 
linguagens, o que indica reflexão e inventividade do 
ato pedagógico.
(D) utiliza-se das facilidades da linguagem visual, como 
técnica didática, mas enfatiza o predomínio da lin-
guagem literária sobre as demais.
(E) reconhece que a mensagem visual é mais apropriada 
para alunos com baixa experiência na fruição dos 
objetos estéticos da cultura.
48. Considerando-se as informações de Ângela Kleiman em 
Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura, a transforma-
ção do texto literário em quadrinhos permite concluir que
(A) a atividade do leitor com a literatura em quadrinhos 
pode comprometer a compreensão do texto literário.
(B) o texto não verbal, por não dispor da complexidade 
sintática dos textos verbais, compromete a compreen-
são do leitor.
(C) as características icônicas do texto em quadrinhos 
neutralizam o conhecimento prévio do leitor.
(D) as estratégias cognitivas demandadas pelo texto em 
quadrinhos não expandem a história de leitura do leitor.
(E) a exposição do leitor a todo tipo de texto amplia seu 
repertório e seu potencial de compreensão.
45. Observando-se a linguagem utilizada por Drummond no 
trecho da crônica, pode-se afirmar que nele
(A) a voz do narrador se dilui na mistura de outras vozes 
nos interstícios da narração.
(B) a ênfase ao significante linguístico resulta em artifí-
cios sonoros e rítmicos da linguagem.
(C) a monossignificação dos signos contribui para a cla-
reza e compreensão da mensagem.
(D) a combinação entre os elementos fônicos e sintáticos 
dificulta a interpretação do leitor.
(E) o cronista valeu-se da fala cotidiana, desvinculando-a 
de um viés estético.
46. Ao retomar o poema Canção do Exílio, de Gonçalves 
Dias, o poeta José Paulo Paes escreve Canção de Exílio 
Facilitada:
lá?
ah!
sabiá...
papá...
maná...
sofá...
sinhá ...
cá?
bah!
É correto afirmar que o poema de José Paulo Paes mostra
(A) elaboração de intertextualidade de semelhanças, com 
o intuito de garantir a comunicabilidade da mensa-
gem poética.
(B) incorporação de intertexto em que o discurso é reto-
mado, sem desvio de sentido, atestando uma constru-
ção de base parafrásica.
(C) estilização redutora da linguagem poética, tendo em 
vista a economia de signos nas mensagens contem-
porâneas.
(D) mecanismo intertextual implícito, em que o sentido 
parodístico depende de o interlocutor recuperar a 
fonte de onde ele se originou.
(E) estratégia de diálogo intertextual em que se procura 
retomar as marcas e a intenção do enunciador do 
texto-fonte.
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50. 
EU ADORO AS SUAS
RESPOSTAS, SENHOR.
SIM, PROFESSORA, É UMA PALAVRA
AMBÍGUA, NÃO É?
O COPO ESTÁMEIO CHEIOOU
MEIO VAZIO? SÃO SEIS OU SÃO
MEIA-DÚZIA? ISSO É MESMO
NECESSÁRIO PARAOBEM COMUM?
E
st
ad
o
 2
3
/1
2
/1
1
Analisando-se a linguagem do segundo quadrinho da 
tirinha, conclui-se que não há ambiguidade nas expressões 
“meio cheio” e “meio vazio” e em “seis” e “meia dúzia”, 
mas há frase ambígua em:
(A) Não se leva a arte ao povo com candidatos que rendo 
tirar proveito dos eventos artísticos em benefício 
próprio.
(B) A obra restaurada de Portinari, que o artista não pôde 
inaugurar na ONU, é exibida em São Paulo.
(C) Portinari não dá ao tema “Guerra” um tratamento 
realista, tal como fizeram os muralistas mexicanos, 
mas inspira-se nos cavaleiros do Apocalipse.
(D) A colocação dos painéis na ONU foi pensada de 
forma estratégica: ao entrar, depara-se com a obra 
Guerra; ao sair, com a obra Paz.
(E) Merece ser relembrada a frase de Portinari: “pintura 
que se desvincula do povo não é arte.”
49. Segundo Nilce Sant’Anna Martins (2008), “os estran-
geirismos existem por força do relacionamento entre os 
povos e podem ser empregados, quando a palavra estran-
geira parece ser mais motivada que a vernácula.” Moder-
namente, no mundo globalizado, os estrangeirismos se 
interpenetram com rapidez e velocidade. Entre nós, eles 
são muito comuns, por exemplo, em nomes de edifício 
(New Collection), nas publicações eletrônicas (E-book), 
na gastronomia (espaço gourmet) nos hábitos (happy 
hour, after five). Sobre o emprego dos estrangeirismos, é 
correto afirmar que
(A) comprometem o léxico da língua, mesmo quando eles 
se tornam verbetes de dicionários e são absorvidos 
pelos falantes em vários contextos.
(B) compõem o vocabulário de qualquer idioma, mas 
as palavras da língua materna expressam com mais 
eficácia e propriedade os sentimentos genuínos do 
falante.
(C) indicam exibicionismo cultural da parte do falante, 
pois a língua, sendo um instrumento de ascensão 
social, confere-lhe poder entre seus interlocutores.
(D) devem ser assimilados, criteriosamente, pois eles 
corrompem a pureza e a índole da língua materna, 
expressão da identidade de um povo.
(E) incrementam o intercâmbio linguístico, mas seu uso 
é válido, se a língua materna não dispuser de termo 
próprio para expressar as ideias.
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52. A leitura comparativa dos textos permite concluir que eles 
pertencem
(A) a diferentes gêneros, circulam na mesma esfera so-
cial de comunicação, sendo o segundo uma paródia 
do primeiro.
(B) a diferentes gêneros, circulam na mesma esfera so-
cial de comunicação, sendo o primeiro uma paródia 
do segundo.
(C) a diferentes gêneros, circulam em diferentes esferas 
sociais de comunicação, sendo o segundo uma paró-
dia do primeiro.
(D) ao mesmo gênero, circulam em diferentes esferas 
sociais de comunicação, sendo o segundo uma pa-
ródia do primeiro.
(E) ao mesmo gênero, circulam na mesma esfera social 
de comunicação, sendo o primeiro uma paródia do 
segundo.
53. Levando em conta os meios em que circulam os Textos 
I e II e as condições de produção do discurso, é correto 
afirmar que
(A) ambos revelam o emprego de registro de linguagem 
semelhante, ainda que determinados por diferentes 
contextos históricos, sociais e espaciais.
(B) o primeiro contém determinações históricas, sociais e 
espaciais que são retomadas no segundo por meio da 
referência objetiva e isenta de ideologia.
(C) ambos revelam o mesmo registro de linguagem, 
uma vez que são determinados pelo mesmo contexto 
histórico, social e espacial.
(D) o segundo contém nível de linguagem bastante com-
plexo, quando comparado ao primeiro, o que é deter-
minado pelo contexto histórico, social e espacial em 
que se insere.
(E) ambos revelam diferentes registros de linguagem, 
apesar de serem determinados pelo mesmo contexto 
histórico, social e espacial.
54. O Texto I expressa a poesia
(A) barroca, expondo as contradiçõesdo ser humano 
decorrentes da dualidade vida e morte.
(B) árcade, expondo a busca do homem por se livrar de 
valores existenciais não éticos.
(C) romântica, expondo o sentimentalismo do ser humano 
frente a uma situação adversa.
(D) parnasiana, expondo a contenção do sentimento e o 
privilégio aos aspectos formais da Arte.
(E) pós-moderna, expondo uma situação cotidiana como 
objeto de reflexão e arte para o homem.
Leia os textos para responder às questões de números 51 a 55.
Texto I
Poeminha do Contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho! 
(Mário Quintana, Prosa e Verso, 1978)
Texto II
WILLIAN BURRO
& BAUDELERDO
O POVO NÃO PRECISA
DE COMIDA! PRECISA
DE POESIA !
ELES PASSARÃO.
EU FRANGO À
PASSARINHO !
POESIA PRA
QUEM TEM
FOME ! !
iturrusgarai.com.br 4507
(http://adao.blog.uol.com.br, 09.08.2012)
51. No Texto I, o eu-lírico reconhece,
(A) com alegria, que sua condição inferior há de mudar 
assim como a daqueles que atravancam seu caminho.
(B) com desdém, que poderia estar em melhor condição, 
não fossem aqueles que atravancam seu caminho.
(C) com sarcasmo, que sua condição inferior é fruto da 
ação daqueles que atravancam seu caminho.
(D) com bom humor, que está em condição confortável 
em relação àqueles que atravancam seu caminho.
(E) com ironia, que sua condição é superior à de muitos, 
salvo em relação àqueles que atravancam seu caminho.
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57. Nas aulas de literatura, ao trabalhar com as ideias subja-
centes ao ideal do Arcadismo, um professor discutiu ca-
racterísticas do mundo atual que se harmonizam com esse 
ideal. No cotidiano do homem moderno, uma atitude que 
mantém esse vínculo é a
(A) pavimentação de ruas e estradas para facilitar o fluxo 
de veículos.
(B) construção de shoppings centers em diversos bairros 
das cidades.
(C) venda de produtos de várias naturezas pelo comércio 
eletrônico.
(D) redução do Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI).
(E) preocupação com a qualidade de vida e com o meio 
ambiente.
Leia os sonetos a seguir para responder às questões de núme-
ros 58 a 60.
Soneto 1: Grato silêncio, trêmulo arvoredo, / Sombra pro-
pícia aos crimes e aos amores, / Hoje serei feliz! — Longe, te-
mores, / Longe, fantasmas, ilusões do medo. / Sabei, amigos 
Zéfiros, que cedo / Entre os braços de Nise, entre estas flores, / 
Furtivas glórias, tácitos favores, / Hei-de enfim possuir: porém 
segredo! / Nas asas frouxos ais, brandos queixumes / Não leveis, 
não façais isto patente, / Que nem quero que o saiba o pai dos 
numes: / Cale-se o caso a Jove onipotente, / Porque, se ele o 
souber, terá ciúmes, / Vibrará contra mim seu raio ardente.
Soneto 2: A vós correndo vou, braços sagrados, / Nessa 
cruz sacrossanta descobertos, / Que, para receber-me, estais 
abertos, / E, por não castigar-me, estais cravados. / A vós, di-
vinos olhos, eclipsados / De tanto sangue e lágrimas cobertos, / 
Pois, para perdoar-me, estais despertos, / E, por não condenar-
-me, estais fechados. / A vós, pregados pés, por não deixar-me, / 
A vós, sangue vertido, para ungir-me, / A vós, cabeça baixa, para 
chamar-me. / A vós, lado patente, quero unir-me, / A vós, cravos 
preciosos, quero atar-me, / Para ficar unido, atado e firme.
Soneto 3: Busque Amor novas artes, novo engenho / Para 
matar-me, e novas esquivanças, / Que não pode tirar-me as es-
peranças, / Que mal me tirará o que eu não tenho. / Olhai de que 
esperanças me mantenho! / Vede que perigosas seguranças! / 
Que não temo contrastes nem mudanças, / Andando em bravo 
mar, perdido o lenho. / Mas, enquanto não pode haver desgosto 
/ Onde esperança falta, lá me esconde / Amor um mal, que mata 
e não se vê, / Que dias há que na alma me tem posto / Um não 
sei quê, que nasce não sei onde, / Vem não sei como e dói não 
sei porquê.
58. As características árcades apresentadas no texto de 
Massaud Moisés estão presentes apenas
(A) no soneto 1.
(B) no soneto 2.
(C) no soneto 3.
(D) nos sonetos 1 e 2.
(E) nos sonetos 2 e 3.
55. Ao se proceder à leitura comparativa dos textos em sala de 
aula, visando ao confronto dos sentidos em função dos gê-
neros textuais a que pertencem e das condições históricas 
e sociais da produção do discurso, está se privilegiando o 
trabalho com a
(A) variação linguística.
(B) intertextualidade.
(C) tipologia textual.
(D) transdisciplinaridade.
(E) coesão textual.
Leia o texto para responder às questões de números 56 a 58.
... destruindo a “hidra do mau gosto”, que se havia ins-
talado na poesia barroca, procuram realizar obra semelhante 
à dos clássicos antigos. Daí a imitação dos modelos greco-
-latinos ser a primeira característica a considerar na configu-
ração da estética arcádica. O mais vem por desenvolvimento 
dessa ideia-matriz: elogio da vida simples, sobretudo em face 
da Natureza, no culto permanente das virtudes morais; fuga da 
cidade para o campo (fugere urbem), pois a primeira é consi-
derada foco de mal-estar e corrupção; desprezo do luxo, das 
riquezas e das ambições que enfraquecem o homem; elogio da 
vida serena, plácida, pela superação estoica dos apetites me-
nores; elogio da velhice como exemplo desse ideal tranquilo 
da existência, da aurea mediocritas; elogio da espontaneidade 
primitiva, pré-civilizada; por outro lado, o gozo pleno da vida, 
minuto a minuto, na contemplação da beleza e da Natureza, 
pressupõe epicurismo, que equilibra as tendências estoicas do 
movimento; por fim, a incidental presença da Virgem Maria se 
explica por sua condição de neoclássicos católicos.
(Massaud Moisés, A literatura portuguesa, 2009, p. 97)
56. Tendo por referência as características da literatura árcade 
apresentadas por Massaud Moisés, conclui-se que os auto-
res dessa escola seguem
(A) os modelos antigos, defendendo a revisão dos gêneros 
e do uso da rima, o emprego do metro popular, a sim-
plicidade do poema e a substituição da mitologia pelo 
maravilhoso cristão.
(B) as novas tendências, defendendo a unificação dos gê-
neros, o uso de rimas, o emprego de metrificação rigo-
rosa, o requinte do poema e a abolição da mitologia.
(C) os modelos antigos, defendendo a separação de gêne-
ros, a abolição da rima, o emprego de metros simples, o 
despojamento do poema e a importância da mitologia.
(D) as novas tendências, defendendo a revisão dos gêne-
ros e do uso da rima, rigor formal no uso do metro e 
na construção do poema e a inclusão do maravilhoso 
cristão.
(E) os modelos antigos alternando-se com os novos, defen-
dendo a unificação dos gêneros, a alternância no uso 
da rima e do metro, o poema sublime e a abolição da 
mitologia.
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61. Tendo como referência a proposta de Schneuwly & Dolz 
(2004, p. 51) de agrupamento dos gêneros, o texto lido 
insere-se no domínio do
(A) narrar, centrado na mimese da ação através da criação 
da intriga no domínio do verossímil.
(B) relatar, centrado na representação pelo discurso de 
experiências vividas, situadas no tempo.
(C) argumentar, centrado na sustentação, refutação e 
negociação de tomadas de posição.
(D) expor, centrado na apresentação textual de diferentes 
formas dos saberes.
(E) descrever ações, centrado na regulação mútua de 
comportamentos tratados no domínio do verossímil.
62. Analise as afirmações, tendo como base a oração que 
inicia o texto: “Chegamos”.
I. A sintaxe da oração mostra que os complementos do 
verbo estão ocultos.
II. Levando em conta os aspectos comunicacionais, enten-
de-se que a desinência número-pessoal do verbo apon-
ta, dentre outros elementos, ao narrador e ao guia.
III. As condições de produção do discurso permitem inferir 
que o enunciado explicita que a caminhadado grupo foi 
momentaneamente pausada.
Está correto apenas o contido em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
63. Se o último parágrafo do texto começasse com “O dia 
começou a clarear...”, o termo em destaque que compro-
meteria a coesão textual seria:
(A) Em minutos, eram uns 40.
(B) ... o som era ensurdecedor, o meu coração batia forte.
(C) Anos viajando pelo mundo em busca de animais não 
me haviam preparado...
(D) ... não me haviam preparado para este momento.
(E) E, atrás de nós, o guia Julio estampava um sorriso 
orgulhoso.
64. No contexto de comunicação apresentado, a frase – “Pode 
deixar as malas aqui, pegue somente sua câmera sem 
flash, por favor”... – deve ser entendida como
(A) uma solicitação.
(B) uma divagação.
(C) um apelo.
(D) uma advertência.
(E) uma brincadeira.
59. No soneto 1, o verso – Porque, se ele o souber, terá ciúmes, 
– a perspectiva verbal está em tempo futuro. Se essa pers-
pectiva fosse de tempo passado, ele assumiria a seguinte 
redação, em conformidade com a norma-padrão:
(A) Porque, se ele o sabia, tivera ciúmes.
(B) Porque, se ele o soubesse, teria ciúmes.
(C) Porque, se ele o sabe, tem ciúmes.
(D) Porque, se ele o soubera, tivesse ciúmes.
(E) Porque, se ele o tinha sabido, vai ter ciúmes.
60. Os sonetos, tomados como objeto de ensino, foram inse-
ridos em uma aula de leitura literária. Dentre os comen-
tários dos alunos, a assertiva correta é:
(A) Trata-se de textos de natureza lírico-amorosa.
(B) Trata-se de textos em que o eu-lírico em 1.ª pessoa está 
ausente.
(C) Trata-se de textos que abordam a decadência do homem.
(D) Trata-se de textos que exploram diferentes aspectos da 
condição humana.
(E) Trata-se de textos que apresentam o homem como supe-
rior a Deus e à mulher.
Leia o texto para responder às questões de números 61 a 65.
“Chegamos”, diz meu guia Julio Ayala, um típico equato-
riano, nascido numa pequena vila aos pés do gigante e neva-
do vulcão Cotopaxi. Mas agora Julio é um dos muitos nativos 
que abandonaram as vilas e que trabalham levando amantes da 
natureza a admirarem as florestas da região. Quando ainda re-
cuperava o fôlego da longa e exaustiva caminhada, o guia me 
chama novamente. “Pode deixar as malas aqui, pegue somente 
sua câmera sem flash, por favor”, e assim ele me conduz até a 
beira de um barranco.
Ainda estava escuro, e pouco se via na densa floresta. O 
sono e a exaustão física tentavam me derrubar, mas, de repente, 
um som na mata faz meu coração acelerar. Um vulto cor de san-
gue escuro corta a copa das árvores num voo barulhento, pousa 
na vegetação densa e o perco de vista, mas seu canto não deixa 
dúvidas de quem é. Forte, grave e rouco, parecido com um rugi-
do. Era a voz do galo-da-serra-andino.
O dia começa a clarear, mas a névoa ainda ofusca o que 
está diante de mim. Agora eram dois, três, dez... Em minutos, 
eram uns 40. Galhos balançavam por todos os lados, o som era 
ensurdecedor, o meu coração batia forte. Os primeiros raios de 
sol passam por cima das montanhas e iluminam de vez o palco. 
Luzes vermelhas se agitam por todos os lados, uma cor forte 
que jamais tinha visto. Uns 40 galos-da-serra dançam bem na 
minha frente, machos tentando chamar a atenção de uma fêmea. 
Um espetáculo único no mundo. Anos viajando pelo mundo em 
busca de animais não me haviam preparado para este momento. 
Imagino o que passa pela cabeça de meu colega Danilo, um en-
genheiro de computação que abandonou as horas trancado num 
escritório para ver esse show. Sua expressão já dizia tudo. E, 
atrás de nós, o guia Julio estampava um sorriso orgulhoso.
(João Paulo Krajewski, Nas nuvens, com as aves andinas. 
Em: Terra da Gente, junho de 2012)
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67. Koch (2008), ao discorrer sobre as estratégias de referen-
ciação, observa que “a reativação de referentes no texto 
é realizada através de estratégias de referenciação anafó-
rica, formando-se, desta maneira, cadeias coesivas mais 
ou menos longas”. Dentre os recursos de referenciação 
está a elipse, que no poema pode ser exemplificada na 
passagem:
(A) De onde ela vem?!
(B) De que matéria bruta / Vem essa luz,
(C) Como as estalactites de uma gruta?!
(D) Vem da psicogenética e alta luta
(E) Que, em desintegrações maravilhosas,
68. Considere as informações.
– ... o aluno poderá tornar-se ciente da necessida-
de de fazer da leitura uma atividade caracterizada pelo 
engajamento e uso do conhecimento, em vez de mera 
recepção passiva. Leitura implica uma atividade de pro-
cura por parte do leitor, no seu passado, de lembranças e 
conhecimentos, daqueles que são relevantes para a com-
preensão de um texto que fornece pistas e sugere cami-
nhos, mas que certamente não explicita tudo o que seria 
possível explicitar.
– Para a compreensão do texto escrito, o estabeleci-
mento de objetivos e a formulação de hipóteses são ativi-
dades que pressupõem reflexão e controle consciente so-
bre o próprio conhecimento, sobre o próprio fazer, sobre 
a própria capacidade. Elas se opõem aos automatismos e 
mecanismos típicos do passar do olho que muitas vezes é 
tido como leitura na escola.
– No processo de construção da rede de ligações e 
articulações, o leitor é orientado por princípios gerais 
que determinam as formas das regras utilizadas para o 
estabelecimento da coesão e a construção de uma ma-
croestrutura.
(Ângela Kleiman, Texto e leitor: 
Aspectos Cognitivos da Leitura. Adaptado)
As informações apresentadas indicam uma abordagem da 
leitura como
(A) atividade lúdica.
(B) processo cognitivo.
(C) fruição estética.
(D) prática descontextualizada.
(E) ação inconsciente.
65. Norman Fairclough (2008, p.241) afirma: “As metáforas 
penetram em todos os tipos de linguagem e em todos os 
tipos de discurso, mesmo nos casos menos promissores, 
como o discurso científico e técnico. Além disso, as me-
táforas não são apenas adornos estilísticos superficiais do 
discurso. Quando nós significamos coisas por meio de 
uma metáfora e não de outra, estamos construindo nossa 
realidade de uma maneira e não de outra. As metáforas 
estruturam o modo como pensamos e o modo como agi-
mos, e nossos sistemas de conhecimento e crença, de uma 
forma penetrante e fundamental”.
O texto da revista Terra da Gente traz uma metáfora na 
seguinte passagem:
(A) ... é um dos muitos nativos que abandonaram as 
vilas...
(B) ... e assim ele me conduz até a beira de um barranco.
(C) ... um som na mata faz meu coração acelerar.
(D) Forte, grave e rouco, parecido com um rugido.
(E) ... e iluminam de vez o palco.
Leia o poema de Augusto dos Anjos para responder às questões 
de números 66 e 67.
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz, que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites de uma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
De feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
66. Analisando o poema em função da escola literária, do 
estilo do autor e do contexto sócio-histórico em que foi 
produzido, Alfredo Bosi pondera que o poeta o constrói 
com vocabulário
(A) esdrúxulo e viril, por meio do qual contrapõe a dimen-
são metafísica ao romantismo do homem.
(B) tênue e elegante, por meio do qual expressa sua visão 
de vida alinhada aos ideais neo-românticos.
(C) rebuscado e científico, por meio do qual externa a 
dimensão cósmica e a angústia moral da sua poesia.
(D) pomposo e sofisticado, por meio do qual vasculha a 
Arte pela Arte, como puro exercício literário.
(E) simples e popular, por meio do qual aproxima a arte 
do homem comum que também tem direito a ela.
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71. As digressõestêm sido definidas na literatura como seg-
mentos não relacionados topicamente com os materiais 
precedentes ou subsequentes, que estão, estes sim, rela-
cionados entre si; isto é, na digressão o tópico em curso 
é provisoriamente abandonado e um novo tópico é intro-
duzido, sendo, a seguir, por sua vez, abandonado e subs-
tituído novamente pelo tópico anterior (esquema a/b/a). 
(Koch, 2008, p.111)
Assinale a alternativa em que se define o tipo de texto em 
que ocorre a digressão e se apresenta um exemplo coeren-
te com a definição.
(A) É típico do texto conversacional, como se vê pelo 
exemplo:
Tão importante quanto o sucesso concreto do plano 
– ou seja, a inflação baixar de verdade – é a percep-
ção do sucesso. Explicando melhor, é a confiança de 
que os preços estão mesmo sob controle. (Folha de 
S.Paulo, 06.06.1994)
(B) É típico de texto escrito, como se vê pelo exemplo:
Tão importante quanto o sucesso concreto do plano 
– ou seja, a inflação baixar de verdade – é a percep-
ção do sucesso. Explicando melhor, é a confiança de 
que os preços estão mesmo sob controle. (Folha de 
S.Paulo, 06.06.1994)
(C) É típico de texto conversacional, como se vê pelo 
exemplo:
então a minha de onze anos... ela supervisiona o tra-
balhos dos cinco... então ela vê se as gavetas estão 
em orde/... em ordem se o:: material escolar já foi re/
arrumado para o dia seguinte... se nenhum:: fez... arte 
demais no banheiro... porque às vezes estão tomando 
banho e ficam jogando água pela janela quer dizer 
essa... é supervisora nata é assim... ah... toma con-
ta... precocemente não? das:: atividades dos irmãos 
(NURC/SP – D2 360: 1192-200)
(D) É típico do texto escrito, como se vê pelo exemplo:
então a minha de onze anos... ela supervisiona o tra-
balhos dos cinco... então ela vê se as gavetas estão 
em orde/... em ordem se o:: material escolar já foi re/
arrumado para o dia seguinte... se nenhum:: fez... arte 
demais no banheiro... porque às vezes estão tomando 
banho e ficam jogando água pela janela quer dizer 
essa... é supervisora nata é assim... ah... toma con-
ta... precocemente não? das:: atividades dos irmãos 
(NURC/SP – D2 360: 1192-200)
(E) É típico do texto híbrido (oral/escrito), como se vê 
pelo exemplo:
toma conta do pessoal ((risos)) oh... agora ah:: nossa... 
foi além do que eu... imaginava... (NURC/SP D2 360: 
1373-1388)
Leia a tira para responder às questões de números 69 e 70.
TODO ANO BIFALAND É VARRIDA
PELO FURACÃO .PEDRÃO
PEDRÃO FAZ UM ESTRAGO DOS
DIABOS QUANDO PASSA !
APESAR DISSO, OS BIFALANDESES
TÊM MUITO ORGULHO DE PEDRÃO.
NOSSO FURACÃO TEM NOME
! KATRINA, IRENE ...
ISSO LÁ É NOME DE FURACÃO ?
DE MACHO
(Folha de S.Paulo, 20.09.2011)
69. Conforme descrito pela personagem, em Bifaland, o fura-
cão têm nome “de macho”, sendo que a ideia de virilidade 
masculina é reforçada
(A) pela formação deverbal do nome do furacão.
(B) pela locução adverbial “dos diabos”, que define a sua 
ação.
(C) pelo emprego do sufixo aumentativo nesse nome.
(D) pela contradição entre o sentido do nome e a força 
do furacão.
(E) pelo duplo sentido expresso pelo nome do furacão.
70. É correto afirmar que, na tira, a linguagem carrega traços de
(A) informalidade, como comprovam as expressões 
“estrago dos diabos”, “nome de macho” e “isso lá”, 
uma vez que se destina à diversão dos leitores.
(B) formalidade, como comprovam as expressões “varrida”, 
“um estrago” e “Apesar disso”, uma vez que se trata de 
uma publicação em meio jornalístico.
(C) informalidade, como comprovam as expressões 
“Todo ano”, “Pedrão” e “quando passa”, uma vez que 
a mídia em que circula requer apenas esse registro.
(D) formalidade, como comprovam as expressões “dos 
diabos”, “muito orgulho” e “Nosso furacão”, uma 
vez que o texto que acompanha as imagens exige a 
norma-padrão.
(E) informalidade, como comprovam as expressões “é 
varrida”, “Apesar disso” e “Nosso furacão”, uma vez 
que se trata de texto de gênero literário.
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74. Observe as seguintes possibilidades de trabalho em sala de 
aula com o poema de Raimundo Correia.
I. Leitura individual e exposição dos pontos de vista 
sobre a leitura pelos alunos que o desejem fazer.
II. Leitura individual, leitura pelo professor, leitura em 
grupo, análise do vocabulário, questões de interpre-
tação, exposição das respostas, correção.
III. Leitura individual, exposição dos sentidos do texto 
pelo professor, produção escrita de um poema seme-
lhante.
IV. Leitura individual, declamação, exposição escrita dos 
sentidos do poema, leitura para os colegas de classe, 
leitura da biografia do autor, revisão do texto sobre os 
sentidos do poema.
A leitura como fruição estética do objeto literário está 
alinhada apenas à possibilidade descrita em
(A) I.
(B) III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) I, III e IV.
75. A Proposta Curricular do Estado de São Paulo prevê, no 
Ensino  Fundamental,  quatro  eixos:  Tipologias  Textuais, 
Gêneros Textuais, Texto e Discurso e Texto e História. Em 
relação aos dois primeiros, é correto afirmar que eles prio-
rizam, respectivamente,
(A) as variantes linguísticas evidenciadas nos diferen-
tes textos e a relação dos textos com a história e a 
ideologia.
(B) as formas de constituição de sentido dos diferentes 
textos e a relação dos textos com o registro nele 
verificado.
(C) as estruturas linguísticas dos diferentes textos e a 
relação dos textos com as variedades linguísticas do 
português.
(D) as organizações internas básicas dos diferentes tex-
tos e a relação dos textos com suas funções socio-
comunicativas.
(E) as estruturas sintáticas e semânticas dos diferentes 
textos e a relação dos textos com o uso da norma-
-padrão.
Para responder às questões de números 72 a 74, leia o poema 
de Raimundo Correia.
Quando do Olimpo nos festins surgia 
Hebe risonha, os deuses majestosos 
Os copos estendiam-lhe, ruidosos, 
E ela, passando, os copos lhes enchia...
A Mocidade, assim, na rubra orgia 
Da vida, alegre e pródiga de gozos, 
Passa por nós, e nós também, sequiosos, 
Nossa taça estendemos-lhe, vazia...
E o vinho do prazer em nossa taça 
Verte-nos ela, verte-nos e passa... 
Passa, e não torna atrás o seu caminho.
Nós chamamo-la em vão; em nossos lábios 
Restam apenas tímidos ressábios, 
Como recordações daquele vinho.
72. No verso – A Mocidade, assim, na rubra orgia –, o termo 
em destaque expressa sentido de
(A) causa e, nesse contexto, poderia ser substituído por 
“por causa disso”.
(B) comparação e, nesse contexto, poderia ser substituído 
por “da mesma forma”.
(C) adversidade e, nesse contexto, poderia ser substituído 
por “porém”.
(D) conclusão e, nesse contexto, poderia ser substituído 
por “portanto”.
(E) consequência e, nesse contexto, poderia ser substituí-
do por “em virtude disso”.
73. A leitura do texto permite afirmar que Raimundo Correia 
expressa em seu poema
(A) a literatura popular.
(B) a linguagem coloquial.
(C) o cristianismo.
(D) o gênero heroico.
(E) o apuro da forma.
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78. De acordo com a Proposta Curricular do Estado de São 
Paulo, “É necessário saber lidar com os textos nas diver-
sas situações de interação social. É essa habilidade de in-
teragir linguisticamente por meio de textos, nas situações 
de produção e recepção em que circulam socialmente, 
que permite a construção de sentidos desenvolvendo a 
competência discursiva e promovendo o letramento.” 
Portanto, o ensino de língua portuguesa deve promover 
o domínio da
(A) literatura nacional.
(B) norma-padrão da língua.
(C) ortografia oficial.
(D) variedade de gêneros textuais.
(E) sintaxe e da morfologia.
79. Em uma turma de 6.º ano, são comuns nas produções es-
critas

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