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ISOLADA DIR CIVIL TEMA V DOMICILIO

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CURSO DE DIREITO CIVIL – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
1 
Domicílio 
Tema V 
 
Direito Civil Começando do Zero. 
Elaboração: Luciano L. Figueiredo1. 
 
1. Introdução 
 
2. Domicílio Pessoal da Pessoa Natural 
 
Domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde esta-
belece residência com ânimo definitivo. Art. 70 do 
CC: 
 
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde 
ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
 
# Morada, Residência e Domicílio: Distinções Ne-
cessárias 
 
# Pluralidade de Domicílios? 
 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver di-
versas residências, onde, alternadamente, 
viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer 
delas. 
2.1 Domicílio Profissional da Pessoa Natural. 
 
 Art. 72. É também domicílio da pessoa natu-
ral, quanto às relações concernentes à profis-
são, o lugar onde esta é exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profis-
são em lugares diversos, cada um deles cons-
tituirá domicílio para as relações que lhe cor-
responderem. 
 
2.2 Domicílio Aparente ou Ocasional da Pessoa 
Natural. 
 
O Domicílio aparente ou ocasional está previsto no 
art. 73 do NCC, que mantém a mesma idéia do art. 
33 do CC anterior: “considerar-se-á domicílio da pes-
soa natural, que não tenha residência habitual, o lu-
gar onde for encontrada” - Cria-se uma “aparência de 
domicílio”. 
 
 
1 Advogado. Sócio do Figueiredo & Figueiredo Advocacia 
e Consultoria. Graduado em Direito pela Universidade Sal-
vador (UNIFACS). Especialista (Pós-Graduado) em Direito 
do Estado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). 
Mestre em Direito Privado pela Universidade Federal da 
3. Domicílio da Pessoa Jurídica de Direito Público 
e Privado 
 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domi-
cílio é: 
 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas 
capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a ad-
ministração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar 
onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio 
especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabe-
lecimentos em lugares diferentes, cada um de-
les será considerado domicílio para os atos 
nele praticados. 
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a 
sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio 
da pessoa jurídica, no tocante às obrigações 
contraídas por cada uma das suas agências, 
o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a 
que ela corresponder. 
 
4. Classificação do Domicílio 
 
4.1 Domicílio Voluntário ou Convencional 
 
Decorre de ato de vontade, e se subdivide em: 
 
a) Geral 
 
b) Especial ou de eleição (art 78, CC /424 CC / 51 e 
101 CDC) 
 
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contra-
tantes especificar domicílio onde se exercitem e cum-
pram os direitos e obrigações deles resultantes 
 
Art. 111 - A competência em razão da matéria e da 
hierarquia é inderrogável por convenção das partes; 
mas estas podem modificar a competência em razão 
do valor e do território, elegendo foro onde serão pro-
postas as ações oriundas de direitos e obrigações. 
Bahia (UFBA). Professor de Direito Civil. Coordenador Ci-
entífico do IBDFAM/BA. Palestrante. Autor de Artigos Ci-
entíficos e Livros Jurídicos. Fanpage: Luciano Lima Figuei-
redo. Twitter: @civilfigueiredo. Instagram: @lucianolima-
figueiredo. 
 
 
 
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Direito Civil 
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§ 1º - O acordo, porém, só produz efeito, quando 
constar de contrato escrito e aludir expressamente a 
determinado negócio jurídico. 
§ 2º - O foro contratual obriga os herdeiros e suces-
sores das partes. 
 
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláu-
sulas que estipulem a renúncia antecipada do ade-
rente a direito resultante da natureza do negócio. 
 
4.2 Domicílio Legal ou Necessário 
 
Decorre de mandamento da lei, em atenção à condi-
ção especial de determinadas pessoas. Nesse sen-
tido, leiam-se os seguintes artigos: 
 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servi-
dor público, o militar, o marítimo e o preso. 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu 
representante ou assistente; o do servidor público, 
o lugar em que exercer permanentemente suas fun-
ções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha 
ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se en-
contrar imediatamente subordinado; o do marítimo, 
onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lu-
gar em que cumprir a sentença. 
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado 
no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem de-
signar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser 
demandado no Distrito Federal ou no último ponto do 
território brasileiro onde o teve.

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